Por
Deiber Nunes Martins
Três
fatos de suma relevância na história da humanidade, fizeram com que a Mãe de
Jesus ficasse conhecida como a Auxiliadora dos Cristãos.
O
primeiro deles, no ano 626, a cidade de Constantinopla foi atacada pelos
persas. O patriarca Sérgio, invocou a Santíssima Virgem e no 11º de invasão
persa, uma bela senhora, acompanhada de duas ajudantes, foi vista saindo da
Igreja e seguindo rumo ao lugar onde se alojavam os soldados persas. A
princípio, o povo pensou tratar-se da imperatriz de Constantinopla, mas logo se
teve notícia de que ela se encontrava no palácio. Enquanto perguntavam quem era
a senhora a seguir na direção do inimigo, ouviram muita agitação vinda do meio
dos persas. Em seguida, as tropas persas foram vistas abandonando
Constantinopla. O povo então deu crédito aquela vitória, à Nossa Senhora
Auxiliadora, que sempre acorre seu povo.
O
segundo feito de Nossa Senhora Auxiliadora foi no século XVI, quando as tropas
do imperador Selim I partiram para conquistar todo o continente europeu. Com o
intuito de salvar os países católicos daquela invasão, o Papa Pio V, conseguiu
fazer com que a Espanha e Veneza fizessem um acordo de cooperação. E esta
aliança, fez com que os muçulmanos liderados por Selim I, fossem derrotados em
Lepanto, na Grécia, no dia 7 de outubro de 1571.
O
terceiro feito de Maria Santíssima, aconteceu no início do século XIX, quando o
imperador francês Napoleão I, impôs à Igreja um pesado jugo. Sob protesto, o
Papa Pio VII excomungou Napoleão e este o prendeu no castelo de Fontainebleau,
onde o Pontífice passou por toda espécie de sofrimentos e humilhações, por
cinco anos. Neste tempo, a Igreja sempre manteve-se em comunhão pelo Papa.
Todos elevavam suas preces a Deus, inclusive o Papa, que prometeu coroar a
imagem de Nossa Senhora em Savona, lugar onde havia sido preso por Napoleão. Em
1813, de forma surpreendente, as tropas napoleônicas foram vencidas pelos
exércitos aliados, na Batalha de Leipzig. Pressionado, Napoleão teve de
libertar o Papa. Pio VII, em cumprimento da sua promessa, foi até Savona, onde
coroou a imagem de Nossa Senhora Auxiliadora. No dia 24 de maio de 1824, o Papa
fez sua entrada triunfante em Roma. E a partir desse dia, passou-se a festejar todos
os anos, a Virgem Auxiliadora dos cristãos.
Esta
devoção, tomou grandes proporções quando São João Bosco e os salesianos que o
seguiam, acolheram Nossa Senhora Auxiliadora como patrona. Por meio dos
salesianos, esta devoção ganhou corpo.
A
imagem de Nossa Senhora Auxiliadora traz Maria de pé, segurando o Menino Jesus
no braço esquerdo, usando uma capa presa ao pescoço, que cobre as pernas do
Menino. Traz a Virgem em seu braço direito estendido, o cetro de ferro.
OREMOS:
Oh
Maria concebida sem pecado original. Quero amar-vos toda vida, com ternura
filial. Vosso olhar, a nós volvei. Vossos filhos, protegei. Oh, Maria! Oh
Maria! Vossos filhos protegei!
Guia-nos,
Mãe Auxiliadora, pelos caminhos de Vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ajuda-nos, nas dificuldades desta vida, para que possamos ser instrumentos do
amor do Pai na vida de nossos irmãos. Nestes tempos tão difíceis, Mãe, não nos
deixai perecer. Fazei com que tenhamos serenidade e firmeza para tudo suportar,
por amor a Jesus. Auxiliai-nos, Mãe querida, a sermos fiéis e firmes em nosso
propósito cristão.
Nossa
Senhora Auxiliadora, rogai por nós!
REFERÊNCIAS:
ADUCCI,
Edésia. Maria e Seus Títulos Gloriosos. São Paulo: Ed. Loyola, 2003.
BERALDI,
Pe. Roque Vicente. 101 Títulos de Nossa Senhora na Devoção Popular. São Paulo:
Ed. Ave Maria, 2012.
BISINOTO,
Pe. Eugênio. Conheça os Títulos de Nossa Senhora. Aparecida, SP: Ed. Santuário,
2010.
ROMAN,
Ernesto N. Aparições de Nossa Senhora: Suas mensagens e milagres. São Paulo:
Ed. Paulus, 2015.
ZANON,
Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos
Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.