quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz Ano Novo

Por Deiber Nunes Martins

Escrevo aqui, da Bahia, a todos os meus amigos leitores que me acompanharam ao longo do ano de 2008. Este foi um ano de lutas e de muitas vitórias a todos nós. Deus nos acompanhou ao longo deste tempo e tenho certeza de que não nos desamparou. Nesta imensa certeza do amor do Pai, é que estou caminhando rumo a 2009.
A todos vocês, eu deixo o meu sincero abraço e desejo de que em 2009 possamos novamente estarmos juntos. Eu aqui, no teclado e vocês ai, com o mouse lendo os meus textos. Peço a Deus que me inspire ainda mais para que no próximo ano eu possa deixar neste blog um pouco da minha história e de minha vida.
Um grande vitória certamente é a oportunidade de começar um novo ano. Em meio a tantas pessoas que não terão esta oportunidade, ou que estarão começando o ano no leito de um hospital ou encarcerado ou mesmo desiludidos sem nenhuma perspectiva ou esperança, nós temos o melhor. A esperança em Cristo, de que Ele nos fará a diferença. Esta é a melhor oportunidade para o ano que está chegando. Que possamos vivê-lo com muito amor, com muita paz e com muita esperança. A esperança de um mundo que pode ser bem melhor.
Só depende de nós.
Feliz Ano Novo!
Camacan-BA, 31 de Dezembro de 2008.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Oração das Lidas Terminadas


Por Pe. Sérgio Luiz e Silva, Paróquia São José, BH


“Consolai, consolai meu povo, diz vosso Deus. Animai Jerusalém, dizei-lhe bem alto: SUAS LIDAS ESTÃO TERMINADAS!...” Is. 40, 1-2ª

Pai! Foi assim que Jesus te chamou e nos ensinou a te chamar. No Filho somos filhos. Tu enviaste sobre nós o Espírito Santo que clama em nós: “Abba, Pai!” Portanto, já não sou escravo, mas filho. E, se sou filho, sou também herdeiro por Ti, meu Deus e Pai (Tg 4, 4-7).

Como filho, expresso minha gratidão por tudo que me deste viver neste ano de 2008, mesmo as lutas e tribulações pelas quais passei. Em todas elas eu Te dou graças (Fp 4,6). Liberta-me de toda servidão que me amarra, condiciona e derrota, impedindo-me de tomar posse dos teus planos para mim no novo ano que vai nascer. Quero limpar de minha vida as atitudes e pensamentos que atraíram problemas, mais do que vitórias.

Na autoridade do nome de teu Filho Jesus, recebo, para minha vida e de todos os meus, a proclamação do profeta Isaías: SUAS LIDAS ESTÃO TERMINADAS! Na unção do Espírito Santo, profetizo esta Palavra em todas as áreas de minha vida:

MINHAS LIDAS ESTÃO TERMINADAS, EM NOME DE JESUS! (3X)

Eu entrego, eu confio, eu espero! (3x)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Palavras de Um Futuro Bom

Letra: Rogério Flausino, Jota Quest
Comentário: Deiber Nunes Martins

Anda!
Enquanto o dia acorda
A gente ama
Tô pronto prá te ouvir
Aqui na cama
Te espero "vamo" rir
De todo mundo
Nesse quarto tão profundo
Haran!...

Pára!
Repara!
Tente ver a tua cara
Contemple esse momento
É coisa rara
Uma emoção assim
Só se compara
A tudo que nós já
Passamos juntos
Ah! Ah! Lará!...

Preciso tanto
Aproveitar você
Olhar teus olhos
Beijar tua boca
Ouvir palavras
De um futuro bom
Heié! Heié!
Preciso tanto
Aproveitar você
Olhar teus olhos
Beijar tua boca
Dizer palavras
De um futuro bom
Haran! Haran!...

Anda!
Enquanto o dia acorda
A gente ama
Tô pronto prá te ouvir
Aqui na cama
Te espero
"Vamo" rir de todo mundo
Nesse quarto tão profundo
Naran!...

Pára!
Repara!
Tente ver a sua cara
Contemple esse momento
É coisa rara
Uma emoção assim
Só se compara
A tudo que nós já
Passamos juntos
Nesse quarto
Em um segundo...

Preciso tanto
Aproveitar você
Beijar teus olhos
Olhar tua boca
Dizer palavras
De um futuro bom
Heié! Nanaran!
Preciso tanto
Aproveitar você
Beijar teus olhos
Olhar tua boca
Ouvir palavras
De um futuro bom...

Palavras! Palavras!
Palavras de um futuro bom
Palavras! Palavras!

Preciso tanto
Aproveitar você
Beijar teus olhos
Olhar tua boca
Ouvir Palavras
Palavras! Palavras!
De um futuro bom
Heié! Heié! Heié
Heié! Nanaran!...

Esta música diz por si só o que eu quero para 2009. Quero amar dez vezes mais que em 2008. Poder dizer e ouvir palavras de um futuro bom da mulher que amo...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

É Natal


Por: Deiber Nunes Martins

É natal. Aniversário de Cristo. Tempo de renovação da alma. Um tempo abençoado. Durante o natal podemos renovar nossa vida, nossos projetos, nossos sonhos. É tempo de faxina interior. De incorporar novas idéias, novas atitudes e tudo o que é bom. Tempo bom.
Cristo nasceu numa manjedoura, longe do conforto do lar, em meio aos animais, no único lugar que São José pôde arrumar. Hoje, vivemos a estressante procura por um apartamento situado perto de escola, hospital, supermercado e tudo o mais. O nosso projeto envolve o conforto. O de Cristo era a necessidade.
Naquele tempo, os pastores seguiram a estrela, rumo a gruta onde a José e Maria estavam com o Menino Deus. Desde os primeiros segundos de vida, Jesus foi luz. Iluminou os corações de seus pais e iluminou os corações dos pastores e dos reis magos. É o Menino Deus. Era pra ser a luz do nosso tempo. Mas nem sempre o é.
Dia 24 de dezembro de 2008. Centro de Belo Horizonte. A cidade toda agitada, a poucas horas da celebração do natal. Lojistas se agitam nos últimos momentos de venda, de negócios a serem feitos. Vendedores trabalham extenuados pelos turnos de dobrados, horas extras e comissões que nada valem. Pessoas se comprimem buscando os últimos presentes, as últimas lembrancinhas. O trânsito é um festival de buzinaços, de intolerâncias e tudo o mais. Tudo se agita, tudo se inquieta. Mas na agitação das pessoas, o Menino Deus renasce, sem ouro, incenso e mirra. Todos os presentes foram distribuídos. Faltou o do Menino.
Em meio a tanta agitação e balbúrdia, eu paro para refletir um pouco. Estou chateado por não encontrar a roupa que procurava, o presente ideal. Um garotinho chega a meu lado com uma caixa de balas...
"Moço, compra bala na minha mão. Duas por um real..."
O menino magricelo mal consegue segurar a caixa pesada. Pergunto se ele tem troco pra cinco reais e ele me devolve:
"Tenho não. Comecei agora."
"E a que horas vai terminar?" Eu faço a indagação, esperando uma outra resposta, mas a que ele tem é a mais possível:
"Termino as sete. Tenho que vender toda essa caixa."
A que horas vai terminar. A que horas termina a miséria, a pobreza, o sofrimento? É o que eu desejava saber. Aquele menino tinha de estar brincando com as outras crianças, vivendo o sabor da véspera de natal, como todos os outros meninos da sua idade (seis anos, não mais que isso). Mas não.
Até quando Jesus viveria naquela miséria? Até quando o menino não teria um lugar para nascer. Até quando viveria exilado, com seus pais temendo a ira do tirano Herodes?
Até quando aquele garotinho viverá vendendo balas, para ajudar no sustento da família? Até quando gastaremos o nosso tempo alimentando um sistema excludente, comprando o que não é essencial para fazer a felicidade de quem amamos? Até quando não daremos nosso ouro, incenso e mirra ao Menino Deus?
É natal. Tempo de pensar e repensar. Mas o menino continuará na manjedoura, sofrendo com a nossa indiferença. Enquanto o outro garotinho continuará largando o aconchego do seu lar para viver na incerteza das ruas, vendendo suas balas. É natal. Uma data. Só isso...
Mas eu quero mais. E sei que você também...
Feliz Natal, Menino Jesus!

Belo Horizonte 25 de dezembro de 2008

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A chuva


Por Deiber Nunes Martins

A chuva lava pensamentos, sentimentos
Chuva que não para cair
Goteja em meu peito um pressentimento
De que você não pode vir.

Me pego pensando em mim mesmo
Enloquece-me esta dor desvairada
Saio disparando meu pranto a esmo
Não tenho mais esta paz descuidada.

A chuva corta meus sonhos
Você não sabe o quanto te quero
Afasta-te, sofrimentdo medonho
Me devolve o amor que espero.

Quando não mais te vejo em mim
Corta-me na carne, devolve minha dor
Não posso estar tão triste assim
Não entendo mais meu doce amor.

Chuva, chuva forte, chova sorte
Augúrios de um amor que não tem fim
Leva-me à vida, dor que torce a morte
Não me deixe sofrer tanto assim.

Belo Horizonte, 15 de Dezembro de 2008.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Eu Amo Esta Cidade


Por Deiber Nunes Martins

Hoje vou cantar esta cidade
Vou dizer a ela todo meu amor
Ao mais belo horizonte da minha vida
Um lugar feliz pra qualquer idade.

Eu amo esta cidade
Mais do que qualquer trem
Você pode não gostar ou rir de mim
Mas BH é meu lugar!

Cercado por montanhas se faz amor
E nas cercanias do prazer todo verso
No reverso deste sentimento
Trejeitos de cidade multicor.

Aqui o céu é se faz em preto e branco
As mulheres são lindas, quentes, inteligentes
Cidade do uai meu sinhô
De gari a dono de banco.

Eu amo esta cidade
Mais do que qualquer trem
Você pode rir ou não gostar
Mas não troco por nada BH.

Terra boêmia de mil e um barzinhos
Cada qual a seu jeitinho e seu tempero
Cidade dos sabores, frango com quiabo e angu
Quero em meu prato mais um tiquinho!

BH linda! Cidade jardim!
Amor dos amores, da praça liberdade
Uma verdade, uma certeza
BH sempre tão linda assim...

Eu amo esta cidade
Mais do que qualquer trem
Você pode rir ou não gostar
Mas aqui é meu lugar!

Amo BH mais que qualquer trem
É aqui o meu lar doce lar
Lugar de gente boa sinsinhô
Vem morar aqui também!

Belo Horizonte, 12 de Dezembro de 2008.

Homenagem aos 111 anos de Belo Horizonte.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

É Diferente


Por Deiber Nunes Martins

Quem pode entender as nuances do amor? Aline e Vitor faziam um casal perfeito. Se é que pode existir tal casal, mas eles certamente se aproximavam disso. Estudaram juntos no colégio, depois viveram algum tempo em cidades distantes. Mas só descobriram o amor quando se reencontraram, na festa de Betinha, há alguns meses atrás. E não foi qualquer amor. Foi coisa séria. Amor arrebatador que mudava tudo.
Mas certo dia, Vitor deixou a todos boquiabertos.Em poucos termos, chegou a soleira da porta, respirou fundo e disse sem olhar os presentes nos olhos:
“Está tudo acabado. Terminamos.”
E de dentro do quarto, uns poucos soluços de Aline era o que se ouvia. Olívia, a amiga inseparável largou a bebida e as pedras do dominó e correu para o quarto, tentar consolar a amiga.
Ainda perplexo, Léo pensou em oferecer uma bebida a Vitor. Mas quando fez menção de colocar o vinho no copo, o rapaz já estava saindo do apartamento, meio sem rumo. Ninguém se compadeceu dele.
Era Aline quem carecia de cuidados. Era ela a rejeitada. Era ela, a infeliz. Talvez Vitor estivesse passando por um momento confuso, próprio da juventude. Ou talvez, algum rabo de saia estivesse mexendo com a sua cabeça. Certamente, ele era o culpado. Não carecia compaixão. Aline sim. A pobre sofredora.
Mas Aline não sofria tanto assim.
“O que aconteceu, amiga?”, indagou Olívia “Estava tudo tão bem entre vocês...”
“Ele terminou comigo, amiga”, disse Aline, seriamente “tava demorando...”
“Como assim?”, indagou Olívia incrédula, “Do que está falando?”
“Ele descobriu algumas coisas, pegou algumas cartas minhas, descobriu tudo sobre meu passado, sobre o Breno.”
“E quem é Breno?”
“Ora, quem é Breno! Uma paixão do tempo em que eu estava fora daqui. Acontece que voltei, mas não perdi o contato com ele. Continuamos nos comunicando pela internet, e-mail e tudo o mais. Acontece que o Vitor é esperto e tem muitos amigos. Algum amigo dele deve ter monitorado meu computador, ou coisa assim. Só sei que o Vitor tinha uma certeza irremediável quando me disse que tava rompendo comigo.”
“Mas, Aline, vocês se gostam tanto! O que foi que ele te disse?”
“Disse que não suportaria saber que a mulher que ele ama, ainda é capaz de se comunicar com outro homem. Ainda mais um ex-namorado. E ainda mais um cara que eu ainda não esqueci.”
“Mas você não deixou ele saber que você ainda não esqueceu esse tal de Breno?”
“E precisava? Se meus olhos me entregam, se minhas frases soltas falam mais que minha boca? O que eu posso fazer se ainda amo o Breno?”
“Mas, Line, você me jurou que amava o Vitor! Como é isso?”
“Sei lá, amiga! Com o Vitor é diferente...”

Belo Horizonte, 09 de Dezembro de 2008.

Nossa Senhora da Conceição


Por Deiber Nunes Martins

Deus é tão bom que nos deu seu Filho muito amado, para nos salvar. Mas sua bondade ainda vai além. Porque por meio de seu filho, nos deu também a Mãe, Maria, a Virgem da Conceição. Virgem e Mãe que disse Não ao pecado, dizendo Sim a Deus. Esta Mulher, Mãe de Nosso Senhor deve ser o exemplo a todas as mulheres da terra. E aos homens também.
Em minha vida, preciso imitar Maria em seu sim, em sua santidade. Em sua harmonia com o Céu, Maria nos ensina a fazer o que Deus quer de nós. A Mãe de Jesus é importante para o cristianismo tanto quanto Jesus. A imagem do Céu vem a Cristo por intermédio de sua Mãe. Na passagem das Bodas de Caná, é Maria quem se mostra como intercessora e como Mãe. Mulher sábia, que sabe enxergar nas entrelinhas o momento inicial da missão de Jesus.
A simplicidade de Maria é a maior lição que precisamos aprender. Preciso viver esta humildade, preciso entender esta sabedoria revestida das coisas simples que tanto agradam a Deus. Maria não é uma Mulher rebuscada, como tantas que vemos por ai. Maria é autêntica e leva sua fé as últimas conseqüências. Como faltam mulheres assim hoje em dia! Mulheres de fibra que não desistem, que lutam até o fim. Que vivem o medo sem se deixar levar por ele. Mulheres que são o coração do homem. No caso de Maria, o coração de Jesus e de José.
Mãezinha do Céu, a ti quero entregar o meu amor e a minha devoção. Perdoa-me, pelas vezes que lhe roubo meu coração, para entregá-lo as efemérides deste mundo. Perdoa-me Mãe querida, por não te amar tanto quanto deveria. E obrigado, porque nos ensina, que mesmo diante de tanto desamor, o amor de Deus sempre é maior e vencedor.
Nossa Senhora da Conceição, rogai por nós!

Belo Horizonte, 08 de Dezembro de 2008.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Notas sobre o Poema "Meia Noite é Quando é Menos Um Dia"


Por Deiber Nunes Martins

Um dos meus últimos poemas, antes da inspiração pedir o divórcio e se mandar com as crianças, "Meia Noite é Quando é Menos um Dia" gerou certa polêmica e muitos o consideraram um poema sombrio, pessimista e depressivo. Respondendo a estes, quero postar esta nota, desfazendo todo e qualquer mal entendido que possa existir.
O poema que para muitos refere-se a tristeza, a vontade de morrer, ao processo depressivo que muitas pessoas hoje em dia estão passando, é na verdade o oposto disso tudo. Este poema tem a ver com o meu coração e com o amor que carrego neste. Meia noite é quando é menos um dia, não para a morte. Mas para que eu encontre com meu amor. A cada dia, vivo no compasso da espera. Espera lancinante e para alguns amigos maluca. Tenho ouvido de muita gente que este noivado não vai dar certo, que esta mulher não é para mim. Que eu fui encontrar uma noiva longe de mais, com tanta mineira linda aqui dando sopa. Não me importa, este poema é para estes. Para que entendam que esta é a mulher que eu quero para minha vida, a amada dos meus dias. Meia Noite é menos um dia, para eu amar esta mulher, como se eu não a amasse hoje mais que ontem e menos que amanhã.
Por vezes, não sou digno deste amor. Não ouso merecê-lo. Mas é Deus quem decide isso com o seu amor e a sua misericórdia. Este poema retrata este amor calcado em Deus, que não cansa de me amar e de intervir em meu favor, quando muitas vezes eu faço tudo errado...
Sou um pobre pecador, um homem frágil, cheio de defeitos. Mas um homem que também ama e que por isso ousa sonhar com o dia de amanhã. Ousa sonhar com a amada ao seu lado. Meia noite é quando é manos um dia, para que um novo encontro aconteça. Benditos reencontros. Bendita mulher! E bendita aquela viagem a Bahia...
Pois é isso, caríssimos. Meia noite é quando é menos um dia. Não para morrer, mas para viver este amor que dilacera meu peito, corta na carne e na alma. Mas não sangra. Dói mas desatina sem doer.
Meia noite é quando é menos um dia, pra te encontrar, minha minina!

Belo Horizonte, 07 de Dezembro de 2008.