sexta-feira, 5 de março de 2021

Cálix Bento

 Ó Deus salve o oratório

"Ó Deus salve o oratório
Onde Deus fez a morada
Oiá, meu Deus, onde Deus fez a morada, oiá
Onde mora o calix bento
Onde mora o calix bento
E a hóstia consagrada
Óiá, meu Deus, e a hóstia consagrada, oiá

De Jessé nasceu a vara
De Jessé nasceu a vara
E da vara nasceu a flor
Oiá, meu Deus, da vara nasceu a flor, oiá
E da flor nasceu Maria
E da flor nasceu Maria
De Maria o Salvador
Oiá, meu Deus, de Maria o Salvador, oiá..."


Músicas do Martins

 Por Deiber Nunes Martins

Nos próximos posts vou tentar trazer todas as letras de músicas que meu saudoso pai ouvia e vez por outra cantarolava. Todas as canções que de certa forma me levam a ele. Com portentosa saudade!

Espero que curtam!

Belo Horizonte, 05 de Março de 2021.



Escrever é se libertar!


Por Deiber Nunes Martins

Escrever é um ato libertário. É tirar de você mesmo tudo aquilo que precisa sair, tudo aquilo que precisa ser dito, que precisa ser escrito, falado! Escrever quebra em nós as correntes do ostracismo ao qual não fomos criados. Não viemos ao mundo para sermos ignorados. Viemos pra ter sentido, pra fazer algum propósito. Para aqueles que creem como eu, viemos para fazer a vontade do Criador, Deus, que por meio de nós se quer fazer revelar. E qual melhor método epifânico que não a escrita? 

O ato de escrever pode funcionar como terapia, sobretudo em tempos atuais onde estamos aprisionados a uma situação pandêmica onde a clausura é por vezes questão de vida ou de morte. Mas aí você poderia argumentar: eu não preciso escrever, porque posso falar. Posso recorrer ao diálogo. Tudo bem, é fato. Mas também é fato que tem coisas que não conseguem se dizer por si mesmas. Tem conversas que não conseguimos ter, nem com nós mesmos! A majestosa festa das palavras vêm ao nosso socorro.

Outra vantagem de escrever sobre falar é que o primeiro nos faz pensar. Falar nem sempre. Ninguém consegue aglomerar palavras sem pensar. Todo e qualquer texto foi outrora um convite bem sucedido às palavras que o compõem. Quando escrevo, consciente ou inconscientemente me conduzo ao pensar. Quão escasso tem sido o pensamento neste começo de século! Observemos às artes. A arte cênica, a música, as artes plásticas. Que obra artística deste século tem nos levado a pensar? Que música contemporânea têm nos catapultado as cercanias do pensamento? Que romance você leu e saboreou capítulo por capítulo em reflexões que tenham valido a pena? Que filme nos prendeu ao pensamento mesmo após subirem os créditos?

Estamos presos a uma espiral de mediocridade. As correntes que nos prendem até parecem ser de aço, indestrutíveis. Mas se dissolvem no simples ato de pensar. A ignorância, a falta de cultura, o negacionismo, o relativismo, todos esses males do século XXI não resistem ao revolucionário ato de escrever. Portanto, sejamos libertários!


Belo Horizonte, 05 de março de 2021.