quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Práticas de Jejum - Segunda Semana da Quaresma: O Jejum do Olhar

Por Deiber Nunes Martins

Caríssimos, entramos na segunda semana da quaresma e o jejum desta semana, não é menos difícil que o anterior. Aliás, não há isso de grau de dificuldade, quando falamos de jejuar. O jejum não foi feito para nos consumir em algo que não damos conta de fazer. Mas o jejum, é uma forma de entrarmos em sintonia com o que Deus quer para nós. E Deus quer a conversão, a transformação do homem/mulher velho em homem/mulher novo. O jejum desta semana é o do olhar.
O que é o jejum do olhar?
Assim como o da caminhada, é um jejum de atitude e por esta razão, muito difícil de se conseguir cumprir. O jejum do olhar é como o da caminhada, é buscar olhar somente para o que interessa. E deixar de lado aquilo que não convêm. Eu decido o que olhar e como olhar. O jejum do olhar vem ao encontro de necessidades bem mais profundas da nossa humanidade. Tem gente, que tem compulsão em olhar o que o outro está fazendo. Em bisbilhotar a vida alheia. O jejum do olhar é uma boa hora pra se evitar este tipo de postura. Tem gente que busca encontrar um erro a todo custo na conduta do outro. Este tipo de olhar maledicente antes mesmo do jejum, deve ser evitado, assim como o olhar de cobiça para a mulher/homem alheios. Não há nada de errado em olhar uma mulher bonita na rua, ou no caso das mulheres um homem. Admirar a beleza é algo saudável. Mas, o mau uso dos nossos olhos, o olhar com intenções obscuras é nefasto para a nossa humanidade. Assim, cada um deve conduzir sua postura do modo como Deus o ensina. No jejum do olhar, se eu posso evitar, contemplar a beleza de uma mulher, evitarei. Evitarei olhar situações que não me dizem respeito e que muitas vezes nossa humanidade vai se calejando em assistir. É o colega de trabalho que chega pra contar o que o colega do outro setor fez. Nós podemos nos privar de saber. Eu não preciso olhar a vida do outro. No jejum, começo a aprender isso.
O jejum do olhar também é uma forma de evitar tomar conhecimento daquilo que não me afeta de modo primário. Atualmente, o noticiário seja ele televisivo, radiofônico, impresso ou digital, parece ter 95% de notícias ruins, e 5% de informes publicitários, comerciais. A cultura do negativismo, da notícia ruim, da tragédia tomou conta do ideário humano. Um amigo meu postou esta semana no facebook que as novelas globais agora, seguem a tendência de mostrar num dado momento a surra que a mocinha dá na vilã. O público quer ver o circo pegar fogo. Todo mundo quer ver a tragédia. Porque não evitar?
Se eu posso evitar de ver aquilo que agride o meu olhar, por que não fazer este bem a mim mesmo?
No jejum do olhar, eu devo fazer a seguinte pergunta: será que o que tenho à minha frente para ver é mesmo necessário que eu veja?
A decisão de olhar é nossa. A decisão de olhar uma mulher passando na avenida; a briga no trânsito, a polícia prendendo o bandido, o vizinho traindo a esposa, o vídeo postado no You Tube, ou no facebook é nossa. Neste jejum, a intenção é não olhar. Não olhar para o que não nos interessa de fato.
É comprometermos a olhar para o horizonte que Deus nos chama a olhar. Olhar de verdade para as necessidades do irmão. Ao invés de perder tempo no facebook, porque não visitar um doente no hospital? Ao invés de perturbar meu colega com as "novas" fofocas do dia porque não aprender algo novo? Porque não revisitar algo bom que o outro fez? Olhar o lado bom ao invés do ruim? Porque não trocar o telejornal mais-do-mesmo por um documentário? Ou um bom filme? Talvez levar a namorada ao cinema, desligar o iphone, iphad ou sei lá o que... Olhar para o que de fato interessa, que é a vida que corre em nossas veias. A dádiva que Deus nos oferece.
Senhor, que neste jejum do olhar, eu consiga de fato, olhar para as maravilhas que Tu criaste. Que eu consiga olhar para o que de fato interessa e assim, deixar de lado os vícios e compulsões de olhar para o lado ruim das coisas, ou buscar o inconveniente para lançar meus olhos. Que eu consiga ao longo desta semana, aprender que Teu Filho Jesus foi tentado a olhar para uma outra realidade, a realidade do pecado. E resistiu, nos ensinando a resistir com Ele. Que eu consiga, Senhor Jesus, ao final desta semana, ter um novo olhar, renovado por Ti. Amém.

Belo Horizonte, 29 de fevereiro de 2012.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Aquele estranho dia que nunca chega: o católico-light

Por Deiber Nunes Martins

Ao ler o mais novo texto do blog “O Catequista”, sobre a nulidade matrimonial, me vem o desejo de escrever um pouco sobre uma erva daninha a consumir nossa espiritualidade, o católico-light. Ouvi este termo pela primeira vez da boca do saudoso Pe. Léo, em uma de suas maravilhosas pregações e hoje tenho percebido dentro das paróquias, nos grupos e movimentos da Igreja, como o catolicismo light vem estragando as pessoas. Católico-light é aquele que professa a doutrina católica mas comunga de certas práticas contraditórias à religião católica. Vamos falar um pouco sobre isso.

Se fizermos uma enquete entre os grupos pastorais, muitos deles de sólida espiritualidade e outros de catequese, aos quais deveriam ter a obrigação de conhecer a fundo a doutrina católica, perceberemos que um expressivo número de pessoas integrantes destes grupos, acreditam em reencarnação, são favoráveis ao aborto em casos extremos, acreditam e lêem horóscopo, além de seguirem certas ideologias da nova era.

É sério? De onde você tirou isso, Deiber?

Elementar meu caro leitor, basta dar uma corrida pelas timelines do Facebook, por exemplo. Aliás, é nas redes sociais (orkut, facebook, twitter, etc) que se encontra um terreno fértil à disseminação das práticas de catolicismo light. Quanta porcaria o povão compartilha!

Mas, na maioria das vezes, a pessoa não vai na crista da onda desse movimento da web. É assim mesmo que pensa. Muito por desconhecimento da sua fé. Estes incautos são muitas vezes formadores de opinião dentro da paróquia, influenciam e lideram pessoas em grupos pastorais. Ou simplesmente exercem a popularidade que lhes é peculiar e mesmo sem saber, disseminam um catolicismo que não é nosso.

Por isso não é de se estranhar quando o blog “O Catequista” fala sobre nulidade matrimonial, ancorado no desconhecimento da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimônio, sexualidade fecunda e a educação dos filhos na fé da Igreja. Este tripé que legitima o matrimônio na maioria das vezes não é ensinado na catequese, passa despercebido no momento de preparação para o Crisma e em tantas vezes é negligenciado na preparação dos noivos. Tão grave quanto isto é o fato de os casais não aproveitarem o curso de noivos como deveriam e assim compreenderem a essência do matrimônio.

Como se pode perceber, o católico-light vai sendo formado ao longo de sua caminhada dentro da Igreja muitas vezes por outros católicos-light. Católicos que não aprenderam ao longo de suas formações a riqueza da doutrina de nossa fé. Assim, transmitem a experiência de vida que tiveram. Deste círculo vicioso, surgem aberrações como o movimento “Católicas-pelo-direito-de-decidir” ou coisa parecida.

Caríssimo(a), infelizmente o catolicismo light bate à nossa porta. Há pouco tempo tive sérias dissensões com membros de grupos pastorais adeptos da Teologia da Libertação e derivados. Também já vi pessoas bem firmes na fé, pregando suas crenças na reencarnação e em valores espíritas. A TV é um poderoso instrumento do catolicismo light, a serviço do encardido. Na TV valores são corrompidos, o sexo antes do casamento é valorizado, assim como o aborto, a eutanásia e o divórcio são aconselhados, mesmo que implicitamente. E nesta toada vai se formando o católico-light, cercado de argumentos questionáveis.

É preciso que tenhamos zelo e carinho com a nossa fé. Deixar de ser um católico-light é antes de tudo abraçar os ensinamentos de Jesus presentes na Sagrada Escritura. É aprofundar-se nos assuntos de nossa fé, procurar ler as Encíclicas papais e os demais documentos da Nossa Igreja. É ter o Catecismo da Igreja Católica como livro de cabeceira e consultá-lo sempre que uma dúvida surgir. E além de tudo isso, meus leitores, é reconhecer nossas limitações e o nosso pouco conhecimento da fé. Com este espírito de humildade, somos capazes de crescer na fé e defendermos de verdade a nossa Doutrina Católica. Que o nosso Bom Deus nos ajude a sermos fiéis e a deixarmos o catolicismo light, se neste estivermos imersos. Amém.

Belo Horizonte, 24 de fevereiro de 2012.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Práticas de Jejum - Primeira Semana da Quaresma: O Jejum da Caminhada

Por Deiber Nunes Martins

Amigos, nesta primeira semana da quaresma, uma semana mais curta, de quarta de cinzas até o primeiro domingo da quaresma, quero praticar o jejum da caminhada. Um jejum que talvez esteja sendo cunhado por mim (risos) mas que pode ser valioso para a vivência deste tempo.

Mas em que consiste o jejum da caminhada?

Afirmo que não se trata de abrir mão de caminhar. Mas sim, evitar o “caminhar à toa”, em vão. Evitar ir onde não precisamos ir. Parece simples mas como este é um exercício duro para a nossa vida! Como é difícil evitar aquela caminhada desnecessária à mesa de trabalho do(a) colega para falar mal de alguém, para fazer aquela intriga, aquela fofoca!

O jejum da caminhada também nos permite evitar ir à casa de alguém sem um motivo real, apenas para falar mal da vida alheia. Podemos evitar de ir ao shopping fazer uma compra desnecessária. Podemos jejuar aquela caminhada àquele lugar inconveniente. Podemos nos abster de ir a um lugar que sabemos que não estaremos bem. Podemos nos abster daquela visita desnecessária. Enfim, podemos jejuar aquela caminhada que não nos levará a lugar nenhum, não representará crescimento em nossa vida. Como disse no post anterior, este é um jejum de ação. De modo que busco nele deixar de caminhar rumo ao pecado. E como é difícil este tipo de jejum!

Fazendo o jejum da caminhada, quero selecionar nesta semana, os passos que darei em minha vida. Começando do físico, partirei para o espiritual. Não quero andar errante, perdido, sem rumo. Mas quero gastar minha energia com o que de fato importe. Se neste período, houver um doente a quem eu deva visitar e levar conforto, alento, então não será uma caminhada infrutífera e devo sim ir. Mas não quero caminhar sem propósito definido.

Senhor, Tu que caminhaste rumo ao calvário carregando a Cruz dos nossos pecados, dá-me a graça de viver bem este primeiro jejum da quaresma, que me proponho fazer. Que ao mesmo tempo em que abdique de andar rumo a lugar nenhum, eu deixe de lado a preguiça de ir onde realmente preciso ir. Que caminhe firme na fé e persevere no intento de fazer somente a Tua Vontade, onde quer que eu esteja. Amém.


Belo Horizonte, 23 de fevereiro de 2012.

O Tempo Quaresmal

Por Deiber Nunes Martins

Nesta quarta de cinzas, iniciamos o tempo quaresmal que são quarenta dias de reflexões, jejuns e orações em busca de mudança de vida, conversão. Infelizmente, por desconhecimento das coisas de nossa fé, nós nos abdicamos de viver este tempo como ele deve ser vivido. Muita gente, acha que passar quarenta dias sem fazer aquilo que gosta e que muitas vezes é um vício, como o álcool, vai purificar todos os dias restantes do ano em que fizer o que gosta e que se faz muitas vezes um vício em sua vida. Muitos fazem deste pseudo-sacrifício, uma justificativa para um ano cheio de libertinagens. Quero neste texto e nos próximos que postar sobre o tema refletir sobre este assunto e mais, construir junto com vocês, meus leitores, boas práticas de vida para este tempo de profundo recolhimento e reflexão.

A quaresma são quarenta dias que antecedem a semana santa, precedida pelo domingo de ramos. Neste 2012, tem seu início em 22 de fevereiro e término em 1 de Abril. Durante este período, a cor litúrgica das celebrações é o roxo, que simboliza a penitência. Quaresma é tempo de penitência. A Igreja nos pede neste período que busquemos o recolhimento espiritual, muita oração e jejum. Não é uma imposição, mas se torna salutar viver este momento sem abusar da euforia e dos excessos. Em duas datas torna-se obrigatório abster-se de comer carne: a quarta de cinzas e a sexta-feira da paixão. Nestas duas ocasiões devemos perseverar no jejum de carne, salvo em situações de saúde, onde uma dieta prescrita por médico nos indique o consumo de carne. De todo modo, nestas datas, podemos trocar a carne de boi ou porco, ou mesmo de aves, por peixe. Ou mesmo fazermos o sacrifício de nestes dois dias não comermos carne.

Segundo o Monsenhor Jonas Abib o ato de jejuar vem da Tradição da Igreja Católica e não significa passar fome. “Jejuar é refrear a nossa gula e disciplinar o nosso comer.”(1) Mas o jejum, meus caros não cabe apenas a comida/bebida. O jejum pode ser também de ações. É importante frisar que o jejum é uma forma de penitência, é um modo de buscar a purificação do corpo e o autodomínio de nossas atitudes.

Quero nesta quaresma, assumir o compromisso de semana a semana praticar diferentes tipos de jejum. E ao longo das semanas quero partilhá-los com vocês. Que Nosso Bom Deus nos dê a graça de vivermos de verdade este tempo frutífero e abençoado, e não de tristeza e terror, como muitos dizem.

Senhor Jesus, esteja conosco nesta quaresma, ensinando-nos a jejuar, a orar e a buscar de verdade uma vida nova. Que possamos chegar ao Tempo Pascal revigorados e curados de muitos males e vícios. Que eu possa deixar o homem velho nesta quaresma e ressuscitar contigo na Páscoa, como Homem Novo, cheio de Vossa Graça, sendo luz para o mundo e sal para esta terra. Amém.

Belo Horizonte, 23 de fevereiro de 2012.

(1) ABIB, Jonas Mons. PRÁTICAS DE JEJUM. Ed. Loyola, São Paulo, 1994.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Desperta a minha fé, Senhor, Desperta!


Por Deiber Nunes Martins

Revendo em uma palestra uma cena do filme "Desafiando Gigantes" fiquei refletindo sobre a importância da fé em nossas vidas. As vezes tratamos a fé como um assunto banal, do cotidiano ou simplesmente da espiritualidade de cada um. Em um mundo cada vez menos espiritualizado, conhecer sua fé pode fazer a diferença em sua vida e na dos outros.
Fé é acreditar no que não se vê. Aprendemos muito disso na catequese, para o nosso primeiro contato com Deus. Eu não vejo Deus, mas Ele está presente em minha vida, na minha história. Assim como não vejo o ar, mas sem ele não vivo. Como se pode perceber, fé é algo mais abrangente. Fé é acreditar no que não se vê a ponto de se criar intimidade com o que é oculto aos nossos olhos. Sim, eu falo de Deus. Muitas vezes acreditamos no ar, mas não o seguimos, nem lhe somos próximos. Apenas dependemos dele, para viver.
Deus está presente em nossa história a todo o momento. Às vezes não o reconhecemos, mas certamente Ele nos vê e nos acolhe. A cada um de um jeito diferente. Depende da fé de cada um. Mas a todos com o mesmo amor. É a essência de Deus, ser Amor. Isto é fé.
Acreditamos no amor mesmo quando este nos fere de dor que parece não ter fim e ser mortal. Mesmo diante da desilusão amorosa, da decepção com quem se ama, acreditamos que há algo que valha a pena lutar, um amor que não acaba. Amor infinito é fé. Uns tem, outros... bem outros dizem que o amor acabou.
Amor não acaba, nossa fé nos diz isso. Amor nos leva até o fim. Amor amor. Não só o de mãe. Engraçado que dias atrás a repórter policial entrevistava uma criminosa que tinha no corpo tatuado o dizer: "Amor, só de mãe". Acontece que o amor não é só da mãe para com o filho/filha. Este amor é um amor sublime e também carregado de fé. Mas o amor pode ser de filho para mãe/pai, amor de irmãos, amor de amigos, amor de amantes. Amor de verdade é carregado do tempero da fé. Acredita no outro lado do amor. Quem ama, acredita. Sabe o limite do(a) amado(a). Pois está acostumado a lidar com a essência da pessoa amada. Sabe lidar com os maus e os bons momentos. Compartilha alegria e tristeza, prazer e dor, euforia e angústia. Sentimentos de quem tem fé.
A propósito, a fé nos leva a suportar a dor. Sofre, mas sofre com dignidade e de modo mais tênue quem é cheio de fé. Porque a fé nos leva a contabilizar o propósito. Na cena do filme, o treinador de um time de futebol americano incita o líder do time a carregar um companheiro nas costas por toda a extensão do campo, mais de cem jardas. Com os olhos vendados. Ele o motiva a seguir em frente mesmo com a dor. Sem ver nada, o jovem chega a linha de fundo com o companheiro nas costas, jurando ter percorrido cinqüenta jardas, que tinha sido o combinado com o técnico, aquilo que ele julgava ser capaz de fazer para seu treinador. No entanto qual a sua surpresa ao ver que tinha caminhado por cem jardas e não cinqüenta, com seu amigo nas costas. A fé deste jovem lhe fazia crer que era capaz de rastejar por cinqüenta jardas. Mas acima disso, sua fé mostrou que ele não tinha limites. E precisava encontrar seu caminho.
Muitas vezes nossa fé está adormecida. E precisa de um estalo, para acordar. A dor tem esta capacidade de despertar a fé que há em nós. Quantos testemunhos de pessoas que precisaram passar pelo martírio da dor, para descobrir a fé adormecida que tinham? Parece pouco, pensar que um sentimento fisiológico possa influenciar nossa fé e nossa espiritualidade. Mas não é. É no momento da lágrima que cai, onde reencontramos nossa esperança e o nosso desejo de que o melhor está por vir e vai chegar. Se eu não fizer da minha dor um trampolim para a cura, para o aumento da minha fé, então não terei chance. Serei engolido pelo mundo cada vez mais cético.
Senhor é preciso acordar nossa fé. Somos fracos, vacilantes e muitas vezes nos deixamos levar pelo ceticismo do mundo. Passamos por cima dos Vossos ensinamentos e pecamos. Pecamos por falta de fé. Fé viva que remove montanhas. Dá-me Fé, Senhor. Dá-me alma. Dá-me força, Senhor, para que eu possa percorrer o caminho da minha vida, com quantas pessoas Tu quiser jogar em minhas costas. Sei da dor que preciso enfrentar na caminhada. Mas sei também que sem ela, pouco provada será minha fé. E é esta certeza na tua certeza, que me move, Senhor. Acorda a minha fé. Amém.

Belo Horizonte, 16 de fevereiro de 2012.