quinta-feira, 31 de agosto de 2017

243º dia, Nossa Senhora de Covadonga ou das Batalhas



Por Deiber Nunes Martins

No início do século VIII com a batalha de Guadalete, acirrou-se o conflito entre mouros e espanhóis (visigodos). Nesta batalha, o rei dos asturianos, dom Rodrigo foi derrotado e morto. Um dos príncipes da coroa asturiana, dom Pelayo, não aceitando o revés, motivou os espanhóis a lutarem contra os mouros, mesmo tendo um exército diminuto.

O levante asturiano foi duramente rechaçado pelos mouros que alocaram o lugar-tenente Alkamar para combater os cristãos. Esperto, dom Pelayo não permitiu que suas tropas diminutas enfrentassem o inimigo em campo aberto, batendo em retirada com seus exércitos, mulheres, crianças e idosos, rumo as montanhas. A estratégia do comandante asturiano contava com a soberba do inimigo em perseguir os cristãos em fuga.

Dom Pelayo posicionou seus homens nos cumes dos montes e os civis desarmados, armou-lhes com picaretas para que movessem as pedras morro abaixo na direção dos exércitos de Alkamar. Com os demais soldados, Pelayo montou uma emboscada numa caverna chamada de Covadonga. Enquanto esperava os inimigos, o comandante asturiano encomendou a si e seus comandados à proteção de Nossa Senhora.

E a intercessão poderosa da Mãe de Jesus marcou aquela batalha e toda a guerra contra os mouros na Península Ibérica.

Os exércitos mouros romperam ferozmente o morro atrás dos cristãos e foram recebidos com pedras e todos os perigos naturais daquele lugar, que os asturianos conheciam bem. Em contrapartida, os mouros atacavam com uma chuva de flechas mas as flechas atingiram, de forma milagrosa a própria artilharia de Alkamar. Há uma explicação para o milagre: os flecheiros por não conhecerem bem o local em que estavam, acertavam as flechas nas rochas, que ricocheteavam voltando diretamente na direção dos mouros.

Mais acima, no estreito de Covadonga, os exércitos inimigos que conseguiam romper as ofensivas cristãs eram combatidos pelos soldados de Pelayo entrincheirados na caverna em posição estratégica e por isso em melhores condições que os inimigos. Por todos os lados caíam os árabes e como se não bastasse a resistência cristã, uma forte tempestade veio a cair sobre os mouros, aumentando ainda mais o temor dos comandados de Alkamar, que não tendo mais alternativas, teve de ordenar a retirada de seus soldados.

A derrota em Covadonga teve dois efeitos práticos na guerra contra os mouros: derrubou a moral dos árabes e fez de Pelayo o novo rei das Astúrias. Em ação de graças pela intervenção de Nossa Senhora, os espanhóis a proclamaram Nossa Senhora de Covadonga ou das Batalhas.

OREMOS:

Nossa Senhora de Covadonga, afastai de nós os inimigos de Cristo. Fazei com que perseveremos bravamente na defesa da fé e do Evangelho, como fizeram os cristãos asturianos.

Nossa Senhora de Covadonga, rogai por nós!

REFERÊNCIA:

ADUCCI, Edésia. Maria e Seus Títulos Gloriosos. São Paulo: Ed. Loyola, 2003.


quarta-feira, 30 de agosto de 2017

242º dia, Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores


Por Deiber Nunes Martins
Em Portugal, quando da invasão dos mouros, as freiras de um convento português, em fuga, esconderam a imagem de Nossa Senhora da Lapa numa gruta. Tempos mais tarde, uma pastora muda passou a falar assim que encontrou a imagem escondida.
A devoção veio para o Brasil e no Rio de Janeiro ganhou um oratório na rua dos Mercadores, nos fundos da Igreja da Cruz dos Militares. Este oratório foi um presente dos mascates (mercadores) que montavam suas bancas nas ruas do entorno da Igreja. Da devoção desses vendedores à Mãe de Deus, surgiu o título: Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores.
Diante do oratório, todos os dias se rezava o Santo Terço e todo dia 15 de agosto, a imagem era adornada. Os mercadores mais abastados montaram uma confraria que a partir de 1747 iniciou a construção do templo em honra a Nossa Senhora. Três anos mais tarde, antes mesmo do término da construção, a igreja em honra a Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores foi aberta.
OREMOS:
Santa Maria dos mercadores, abençoai todos aqueles que retiram do comércio o seu sustento. Dai aos mercadores, um coração generoso e compassivo que rejeite a ganancia e siga os preceitos de Cristo.
Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, velai por nós!
REFERÊNCIAS:
Academia Marial de Aparecida, disponível em http://www.a12.com/academia/titulos-de-nossa-senhora/nossa-senhora-da-lapa-dos-mercadores, acessado em 13 de fevereiro de 2018 às 18h07min.
Site Mapa da Cultura do Rio de Janeiro, disponível em http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/igreja-nossa-senhora-da-lapa-dos-mercadores, acessado em 13 de fevereiro de 2018 às 18h09min.



terça-feira, 29 de agosto de 2017

241º dia, Nossa Senhora de Macau

Por Deiber Nunes Martins
Possessão portuguesa desde 1557, a região de Macau recebeu, enviados pelo rei de Portugal, dois doutores responsáveis por tratar os assuntos relacionados à monarquia. Esses doutores eram Miguel e Paulo, homens justos, que logo ganharam a admiração dos cristãos que ali moravam.
Não lhes faltava a fé e o amor a Nossa Senhora. A fé daqueles homens tornou-se flagrante quando Paulo ficou doente e se vendo nas últimas, encomendou-se à Virgem Maria. Muito devoto, o doutor mantinha em seu quarto uma imagem da Mãe de Jesus.
Compadecido, Miguel pôs-se a rezar pelo amigo doente, confiante em Nossa Senhora, rezava a ela, não encomendando a alma de Paulo, mas acreditando no Poder de Deus que poderia ser invocado pela Mãe de Jesus, para que a cura chegasse àquele homem.
A fé daqueles homens fez com que a cura viesse a Paulo. E este teve a certeza dela quando viu a própria Virgem Maria adentrar o quarto, acompanhada de anjos. Maria confirmou ao homem que sua doença havia desaparecido. Tudo isso para alegria dos amigos Miguel e Paulo, que puseram a divulgar o milagre.
Tempos depois, a igreja de Nossa Senhora de Macau foi elevada a categoria de catedral, atendendo à fé dos cristãos daquela região chinesa.
OREMOS:
Virgem de Macau, por vosso intermédio, restauraste a saúde de seu devoto português. Abençoa, oh Mãe, vossos filhos enfermos que muito necessitam de cura física. Olhai pelos doentes nos hospitais, sobretudo, nas casas santas, que passam por sérias dificuldades financeiras. Olhai Mãe, por aqueles que não possuem recursos para um melhor tratamento e precisam de ajuda.
Nossa Senhora de Macau, rogai por nós!

REFERÊNCIA:
BERALDI, Pe. Roque Vicente. 101 Títulos de Nossa Senhora na Devoção Popular. São Paulo: Ed. Ave Maria, 2012.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

240º dia, Nossa Senhora de Bolonha


Por Deiber Nunes Martins
A origem dessa devoção remonta segundo a lenda, o ano de 636, quando cristãos de Jerusalém e Antioquia, depositaram a imagem de Nossa Senhora em um pequeno barco, no Mar Mediterrâneo, buscando fugir dos ataques dos sarracenos. Milagrosamente, a pequena embarcação chegou ao porto da cidade de Bolonha ao norte da França. Os franceses recolheram a imagem com grande júbilo e a denominaram Nossa Senhora de Bolonha.
Tempos depois no século XVI, soldados das tropas do rei Henrique VIII saquearam Bolonha, e levaram consigo a imagem da Virgem. No meio do caminho, foram acometidos por uma peste e julgando ser castigo divino, retornaram e devolveram a imagem ao povo de Bolonha. Dois séculos mais tarde, protestantes franceses tentaram destruir a imagem, sem sucesso. Raivosos, enterraram-na nas proximidades do castelo de Houvault. Depois a desenterraram e a jogaram em um poço, cujo proprietário, tempos depois, converteu-se à fé católica e devolveu a imagem a seus donos.
Apenas alguns anos depois, a imagem foi novamente atacada. Dessa vez por hereges que acabaram logrando êxito e destruindo a imagem da qual se apoderaram. Os fiéis encontraram somente uma das mãos da imagem, que ainda hoje é venerada por muitos peregrinos.
Em 1814, um sacerdote parisiense foi até Bolonha e colocou no lugar da antiga imagem, uma cópia. O santuário foi reconstruído e elevado a condição de catedral, consagrada em 1866.
OREMOS:
Senhora de Bolonha, os acontecimentos adversos à vossa imagem, nos mostram como precisamos ser fortes nas atribulações e nas contrariedades da vida. Nem sempre as coisas saem como queremos. Ajuda-nos pois a acolher as adversidades com serenidade e a certeza de que são para nossa purificação e para honra e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que saibamos colher dos infortúnios dessa vida, oportunidades reais de enriquecimento espiritual.
Nossa Senhora de Bolonha, velai por nós!
REFERÊNCIA:
BERALDI, Pe. Roque Vicente. 101 Títulos de Nossa Senhora na Devoção Popular. São Paulo: Ed. Ave Maria, 2012.

domingo, 27 de agosto de 2017

239º dia, Nossa Senhora da Saúde

Por Deiber Nunes Martins
Duas devoções distintas se fundem em uma quando se trata de Nossa Senhora da Saúde: a devoção portuguesa e a devoção mexicana. Vamos conhecer um pouco delas.
Em Portugal, na Idade Media, Nossa Senhora da Saúde surgiu por volta do ano 1599 quando a peste negra assolou a Europa, fazendo milhares de vítimas. Na pequena cidade de Sacavém, o número de mortos num só dia, foi suficiente para tomar todas as dependências da Igreja de Nossa Senhora da Vitória. Precisaram recrutar os condenados que viviam nas galés, para sepultar os mortos e isso foi feito nos arredores da Igreja.
Logo na abertura da primeira vala, os coveiros encontraram uma imagem da Virgem Maria. E isso foi suficiente pro povo se reunir em pleno fervor, clamando a intercessão de Maria, para que a incidência de peste cessasse. Uma procissão foi feita e ao seu final, a peste cessou. Procissões foram feitas em todo o país e a peste continuou cedendo até ser completamente banida no início do século XVII.
No México, a devoção a Nossa Senhora da Saúde começou por volta do ano de 1538, quando D. Vasco de Guiroga, bispo de Michoacán pediu aos índios Patzcuaro para esculpir a imagem da Virgem Maria. A imagem esculpida foi colocada no hospital fundado pelo mesmo bispo. Tempos mais tarde, em 1717, foi consagrado o santuário em honra a Nossa Senhora da Saúde, por conta dos milagres alcançados por meio da intercessão de Maria.
OREMOS:
Virgem da Saúde, restaurai a saúde dos enfermos. Visitai os hospitais, visitai os doentes. Que por vossa intercessão, os enfermos recuperem a saúde. Mostrai aos homens, oh Virgem, o poder do Nosso Deus e ensinai-nos a cultivar a fé e a certeza da vitória sobre a doença.
Instruí também, Mãe, vossos filhos a cuidarem do corpo físico, mostrando-nos que este corpo é Templo Sagrado de Vosso Senhor Jesus Cristo. Conscientizados por vós, que saibamos nos prevenir dos flagelos e doenças do corpo e da alma.
Nossa Senhora da Saúde, rogai por nós!
REFERÊNCIAS:
ADUCCI, Edésia. Maria e Seus Títulos Gloriosos. São Paulo: Ed. Loyola, 2003.
BISINOTO, Pe. Eugênio. Conheça os Títulos de Nossa Senhora. Aparecida, SP: Ed. Santuário, 2010.

ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.

sábado, 26 de agosto de 2017

238º dia, Nossa Senhora de Czestochowska


Por Deiber Nunes Martins
Nossa Senhora de Czestochowa ou Czestochowska , também é conhecida como Nossa Senhora do Monte Claro. A imagem de Nossa Senhora de Czestochowa é um ícone de pintura sobre a madeira em estilo bizantino. É a imagem de Nossa Senhora negra. Também conhecido como Odigitria, o quadro retrata a Virgem Maria segurando seu Filho com a mão direita.
Diz a tradição que o ícone foi pintado por São Lucas entre os séculos V e VIII. Tendo passado pelas mãos de diversos proprietários, teve seu destino definido pelo príncipe Ladislau Opolcziyk que mandou construir uma capela na colina de Jasna Gora, no final do século XVI. Meio século mais tarde, os hussitas – discípulos do teólogo Jan Huss – invadiram a capela e danificaram a imagem, deixando marcas de corte de espada na face de Nossa Senhora, marcas que ficaram até hoje na imagem, mesmo após a restauração feita por iniciativa do Papa Clemente XI.
A partir do século XVIII, a imagem passou a ser venerada e a Virgem negra conhecida como a padroeira da Polônia, sendo sua festa, celebrada no dia 26 de agosto.
OREMOS:
Nossa Senhora de Czestochowska, a vós recorremos buscando proteção e refúgio contra a intolerância religiosa e todos os males decorrentes do secularismo dos dias atuais. Vem sobre nós com vosso manto e cubra-nos com os frutos do Espírito Santo, para que saibamos dar uma resposta santa aos embustes e ofensas proferidas contra nossa fé e nossa espiritualidade.
Nossa Senhora de Czestochowska, ou Nossa Senhora de Czestochowa, rogai por nós!

REFERÊNCIAS:
ADUCCI, Edésia. Maria e Seus Títulos Gloriosos. São Paulo: Ed. Loyola, 2003.
BERALDI, Pe. Roque Vicente. 101 Títulos de Nossa Senhora na Devoção Popular. São Paulo: Ed. Ave Maria, 2012.
BISINOTO, Pe. Eugênio. Conheça os Títulos de Nossa Senhora. Aparecida, SP: Ed. Santuário, 2010.

ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

237º dia, Nossa Senhora da Ressurreição



Por Deiber Nunes Martins
Maria foi fiel ao projeto de salvação de Deus. Sua fidelidade é testemunhada no mistério pascal de Seu Filho, Jesus Cristo. Maria ficou firme durante toda paixão, morte e também ressurreição de Nosso Senhor. Maria dá testemunho da Ressurreição de Jesus e do que este mistério representou para a humanidade.
Ajudando os homens a crerem no mistério pascal de Cristo, Maria nos ensina a crer em nossa própria ressurreição. A Mãe de Deus nos mostra que é possível à humanidade alcançar a salvação que o Senhor nos propõe. A devoção à Virgem da Ressurreição tem importância fundamental ao resgatar a esperança da humanidade na Salvação que vem de Deus.
OREMOS:
Virgem da Ressurreição, retira de nós todo pessimismo, todo pensamento maligno que nos oprime e nos traz desesperança. Afasta de nós todo sentimento de tristeza, amargura, tudo aquilo que retira de nós a alegria do Evangelho. Venha em nosso socorro, diante da tendência mundana em explorar as notícias ruins, as coisas ruins.
Mãe do Céu, que em cada situação da nossa vida, que em cada problema que enfrentarmos, tenhamos um olhar ressurreto, um olhar de esperança que alimente nossa vida e nos traga a verdadeira alegria do Céu. Que por vosso intermédio, saibamos crer e adorar Nosso Senhor Ressuscitado.
Nossa Senhora da Ressurreição, rogai por nós!
REFERÊNCIA:

ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

236º dia, Nossa Senhora dos Prazeres


Por Deiber Nunes Martins
No final do século XVI, nas terras dos Condes de Alcântara, em Lisboa, Portugal, apareceu uma belíssima imagem mariana sobre uma fonte. A partir daquela aparição, as águas da fonte tornaram-se milagrosas e o doente que a bebia, ficava curado. A imagem, que de tão rara beleza parecia ter sido esculpida pelos anjos, foi levada para a casa dos condes, onde foi depositada em um oratório. Entretanto, a imagem voltou milagrosamente para o lugar onde havia sido encontrada.
Passando por ali, uma menina, Nossa Senhora apareceu a ela e lhe pediu que instruísse aos pais e aos vizinhos que construíssem naquele lugar uma capela para Ela e que a chamassem doravante de Nossa Senhora dos Prazeres. A aparição mexeu com as pessoas da região que logo acataram ao pedido da Mãe de Deus e lhe construíram a capela.
Algum tempo depois, a Mãe de Jesus apareceu a um noviço que sempre depositava flores aos pés da imagem de Nossa Senhora dos Prazeres. Nesta aparição, Nossa Senhora indicou ao jovem que assim como a Igreja celebrava as sete dores de Maria, deveria celebrar também suas sete alegrias (prazeres), a saber:
1.   O anúncio do Anjo Gabriel;
2.   A Saudação de sua prima Isabel;
3.   O nascimento do Menino Jesus;
4.   A Visita dos Reis Magos;
5.   O encontro de Jesus no templo;
6.   A primeira aparição de Cristo Ressuscitado e
7.   A sua coroação como Rainha dos Céu e da terra.
A imagem de Nossa Senhora dos Prazeres representa Maria de pé, com o Menino Jesus sentado em seu braço esquerdo. Ela veste uma túnica de mangas largas e um longo manto, tendo a cabeça coberta por um véu curto. A seus pés aparecem sete anjos, que representam os prazeres da vida de Nossa Senhora.

OREMOS:
Mãe da Alegria, ensinai-nos a viver com alegria. Ensinai-nos a apreciar com saboroso prazer, as alegrias do nosso tempo, da nossa vida. Que mesmo diante de tantas adversidades e tantas tristezas que o mundo nos oferece, não nos falte tempo, para apreciarmos a beleza da vida e assim celebrarmos nossos prazeres, assim como Vós também os celebrastes. E assim como Vós, que colocastes Cristo como o prazer maior e central de vossa vida, nós também, povo de Deus, saibamos celebrar Cristo como centro da nossa alegria.
Nossa Senhora dos Prazeres, velai por nós!
REFERÊNCIAS:
ADUCCI, Edésia. Maria e Seus Títulos Gloriosos. São Paulo, Ed. Loyola, 2003.
BERALDI, Pe. Roque Vicente. 101 Títulos de Nossa Senhora na Devoção Popular. São Paulo: Ed. Ave Maria, 2012.
BISINOTO, Pe. Eugênio. Conheça os Títulos de Nossa Senhora. Aparecida, SP: Ed. Santuário, 2010.

ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

235º dia, Nossa Senhora do Patrocínio


Por Deiber Nunes Martins
O século XVI na Espanha foi marcado por guerras, invasões e toda espécie de ameaças vindas dos muçulmanos, que buscavam tomar o controle da Península Ibérica, a começar pela Espanha. É neste momento intenso e turbulento, que surge a devoção a Nossa Senhora do Patrocínio.
Cheios de fé e confiança, os espanhóis confiaram a Maria Mãe de Jesus e a seu patrocínio, suas vidas e seu futuro. E Nossa Senhora não lhes faltou. A Espanha saiu-se vitoriosa de todas as guerras e tentativas de domínio que lhe foram impostas pelos muçulmanos. Em 1656, o rei Felipe IV pediu ao Papa Alexandre VII que oficializasse em toda Espanha a festa em honra ao Patrocínio de Maria.
Tempos mais tarde, a devoção a Nossa Senhora do Patrocínio aumentou e tão logo a guerra findou, Nossa Senhora do Patrocínio passou a ser invocada também pelo exército espanhol e por todas as famílias.
OREMOS:
Virgem Santa, venho a ti rogar por vosso patrocínio em todas as áreas de minha vida. Ajudai-me a fazer a vontade de Nosso Senhor e assim empreender meu caminho de salvação. Ajuda-me a ser melhor para mim mesmo e para os meus irmãos. Que o Vosso Patrocínio me cure dos males do corpo e da alma e que me ajude em todas as áreas de minha vida. Que por meio de vossa intercessão, eu tenha um coração mais solidário e direcionado às coisas do Reino.

Nossa Senhora do Patrocínio, rogai por nós!

REFERÊNCIAS:
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.


terça-feira, 22 de agosto de 2017

234° dia, Nossa Senhora Rainha


Por Deiber Nunes Martins
Encerrando o Ano Santo de 1954, o Papa Pio XII escreveu a encíclica Ad caeli Reginam, que quer dizer: “Para a Rainha do Céu”. As razões do Papa foram motivadas pela realeza de Maria, expressa nos Congressos Marianos que precederam aquele ano santo, que comemorava o centenário do dogma da Imaculada Conceição. No ano seguinte, o Sumo Pontífice instituiu a festa de Nossa Senhora Rainha, a 22 de agosto, oito dias depois da festa da Assunção.
Era mais que natural a Igreja proclamar Nossa Senhora como Rainha. A realeza de Cristo, por si só, impunha a realeza de Maria. Mas assim como Cristo veio ao mundo para estabelecer seu Reino, Sua Mãe tem a mesma missão. A realeza expressa soberania sobre os súditos e as virtudes de Nossa Senhora a colocam num patamar acima da humanidade.
Deste modo, a realeza de Maria não a diviniza, mas explicita o seu valor para os homens. Maria nos leva a Cristo. Conforme nos diz o livro de Samuel, o povo de Israel, desagradou a Deus, pedindo ao profeta um rei que os governasse. Assim, desprezaram a realeza do Senhor. Somente com Cristo é que a governança do Senhor sobre os povos é reconhecida pela humanidade. E nesse aspecto, o papel de Nossa Senhora é essencial. Por meio de seu “Sim”, ela permite ao Senhor fazer a obra acontecer em meio aos homens. Por isso, Maria é Rainha.
OREMOS:
Oh Mãe, pela realeza de Vosso Filho, sois a Nossa Rainha também! Intercedas por nós, para que possamos buscar a verdadeira conversão e assim alcançar vosso Reino.
Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!
REFERÊNCIAS:
ALVES, Aparecida Matilde. Maria de Todos os Povos: Um mês com Nossa Senhora. São Paulo: Ed. Paulinas, 2013.
BERALDI, Pe. Roque Vicente. 101 Títulos de Nossa Senhora na Devoção Popular. São Paulo: Ed. Ave Maria, 2012.
BISINOTO, Pe. Eugênio. Conheça os Títulos de Nossa Senhora. Aparecida, SP: Ed. Santuário, 2010.
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

233º dia, Nossa Senhora de Knock

Por Deiber Nunes Martins
Padre Cavanah era respeitado e querido por todos os fiéis da aldeia de Knock, no condado de Mayo, Irlanda. Ele era o prior de uma pequenina capela na aldeia, dedicada a São João Batista. Devoto de Nossa Senhora, comprometera-se com ela rezar pelas almas no Purgatório, cem missas.
No dia 21 de agosto de 1829, Padre Bartholomeu Cavanah rezou sua centésima missa em intenção as almas no Purgatório. Terminada a celebração, foi a aldeia visitar os paroquianos. Retornou sob forte chuva, que deixou suas roupas encharcadas. Pediu então a sua empregada, Mary McLoughin que cuidasse de secar suas roupas na lareira. A empregada, cumpriu as ordens do padre e saiu para visitar a amiga, Mary Beirne.
Mrs. McLoughin viu uma luz intensa iluminando três figuras, ao lado de fora da capela. Julgando as imagens de Nossa Senhora, São José e São João Evangelista, como aquisições de Padre Cavanah para a capela, e a intensa luz como efeito da bruma de fim de tarde, a adorná-las, a empregada seguiu rumo a casa de sua amiga. Nesse ínterim, a irmã de Mary Beirne, Margaret Beirne, foi a capela para fechá-la, como sempre fazia e também viu a luz forte do lado de fora da Igreja, mas não lhe deu muita atenção, nem comentou o fato com ninguém.
Só depois que sua irmã veio acompanhando a empregada do padre até a capela e também avistou as imagens, foi que as três mulheres entenderam o que de fato estavam vendo: a aparição de Nossa Senhora, São José e São João Evangelista, este último em trajes de bispo. Outras pessoas testemunharam a aparição, como a idosa Bridget Trench, que até tentou tocar nos santos, mas não conseguiu. Todos os que viram a aparição de Nossa Senhora, admiravam o fato dos santos se mexerem mas não dizerem nada. E tanto eles, quanto o padre Cavanah, presenciaram a partir de então, centenas de milagres e curas inexplicáveis ocorridos na região.
Indagando-se sobre os motivos da aparição milagrosa, a aldeia de Knock, os paroquianos chamaram a Virgem em alvas vestes, com uma brilhante coroa na cabeça, e em orante postura de Nossa Senhora do Silêncio.
Hoje, a capela, transformada em Santuário, em Knock Mhuire, na Irlanda, é um dos santuários mais visitados de toda a Europa.
OREMOS:
Nossa Senhora do Silêncio de Knock, teu silêncio nos diz tudo. A tudo guardas no coração e nos revelas em momentos oportunos de nossa vida, o que precisamos para estarmos próximos de Jesus. Tantas são as graças que, desejamos pedir, mas ao contemplar tua imagem alva e silenciosa, percebemos que o que mais precisamos pedir, nós já temos, que é o amor de Deus. Ajudai-nos, pois oh Mãe, a compreendermos o senhorio de Cristo em nossas vidas, para que próximos a Ele, saibamos evitar as armadilhas do maligno em nossos caminhos.
Nossa Senhora de Knock, velai por nós!
REFERÊNCIAS:
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.
Portal do Santuário Nacional de Aparecida. Disponível em http://www.a12.com/santuario-nacional/formacao/detalhes/nossa-senhora-do-silencio-knock-irlanda


domingo, 20 de agosto de 2017

232º dia, Nossa Senhora da Agonia

Por Deiber Nunes Martins
No século XIII, o Frei Jacopone de Todi compôs o poema “Stabat Mater Dolorosa”, dedicado à Nossa Senhora e que retrata toda a sua agonia junto à cruz de Jesus. Acredita-se que este poema seja a origem da devoção a Nossa Senhora da Agonia, um título que ficou muito conhecido na cidade de Viana do Castelo, em Portugal.
Lá, os fiéis faziam o percurso da Via-Sacra partindo do Convento Franciscano até o Morro da Forca, onde encerravam com a oração da 14ª Estação. Tempos depois, já no século XVIII, construíram neste morro, a Igreja dedicada a Nossa Senhora da Agonia. E a partir de 1783, a Igreja começou a celebrar todos os anos no dia 20 de agosto a esta festa mariana.
A imagem de Nossa Senhora da Agonia representa Maria de pé com as mãos postas uma em cima da outra a altura do peito. Um véu azul escuro cobre todo o corpo de Maria. Esta imagem lembra Nossa Senhora aos pés da cruz, conforme relata o Evangelho de João.
Nossa Senhora da Agonia é conhecida como a padroeira dos pescadores.
OREMOS: “Stabat Mater Dolorosa” (Estava a Mãe Dolorosa)
Estava a Mãe dolorosa, junto à cruz, lacrimosa,

Da qual pendia o Filho.

A espada atravessava,

Sua alma agoniada, entristecida e dolorida.

Quão triste e aflita estava ali a bendita,

Mãe do Unigênito!

Quão abatida, sofrida e trêmula via

O sofrimento do Filho divino.

Qual é o vivente que não chora,

Vendo a Mãe do Cristo em tamanho suplício?

Quem não ficaria triste,

Contemplando a mãe aflita, padecendo com seu Filho?

Por culpa de sua gente, ela viu Jesus torturado,

Submetido a flagelos.

Viu o Filho muito amado, morrendo abandonado,

Entregando o seu espírito.

Mãe, fonte de amor, que eu sinta a força da dor

Para poder contigo pranteá-lo.

Faz arder meu coração devido à partida do Cristo Deus,

Para que o possa agradar.

Santa Mãe, dá-me isto: trazer as chagas do Cristo

Cravadas no coração.

Com teu Filho, que por mim morre assim,

Quero o sofrimento partilhar.

Dá-me contigo chorar pelo crucificado

Enquanto vida eu tiver.

Junto à cruz quero estar e me juntar

Ao teu pranto de saudade.

Virgem das virgens radiante, não te amargures:

Dá-me contigo chorar.

Que a morte de Cristo permita,

Que de sua paixão eu partilhe,

E que suas chagas possa venerar.

Que pelas chagas eu seja atingido e pela Cruz inebriado

Pelo amor do Filho.

Animado e elevado por ti Virgem, eu seja defendido

No dia do juízo.

Amém.

REFERÊNCIAS:

BISINOTO, Pe. Eugênio. Conheça os Títulos de Nossa Senhora. Aparecida, SP: Ed. Santuário, 2010.

ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.