sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Uma Vida Só

Pe. André Luna, SCJ

Conte uma história de felicidade
Fale dos tempos de amor
Quando os dias demoravam a passar
E as horas se perdiam...

Lembra aquele dia, sem correr
Antes de a gente levantar
Com jeito de domingo
Todo mundo, o cheiro do café
E a vontade de ficar mais um pouco...

Quero voltar no tempo e lembrar
A vida simples de um dia só
Pois eu preciso respirar de novo
O que foi bom faz bem a vida inteira
Os sentimentos não voltam, eu sei
Mas a gente muda

Levanta, é hora de acordar! Só falta você!
É triste quando a gente perde tempo
Não sabendo, viver
É bem melhor, quando se ama de verdade
E aproveita uma vida só
Porque a vida pode não dar outra chance...

E aproveita uma vida só
Porque a vida pode não dar outra chance...



Amigos, a letra desta música é a minha mensagem de final de ano. Eu quero que esta letra seja o meu lema de vida em 2008. Uma vida só, um dia de cada vez, na simplicidade, na humildade e a alegria em Cristo Jesus. Problemas, teremos. Fracassos, teremos. Erros, teremos. Mas acima de tudo isso, teremos o amor de Deus Pai a nos embalar neste ano e nos outros também. E este amor, é o meu desejo real para 2008. A felicidade que espero. Feliz 2008!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O Jardineiro

Texto de Rabindranath Tagore

SERVO: Tem piedade deste humilde servo, amada rainha!
RAINHA: A audiência terminou, e meus servos todos já se foram. Por que vieste assim tarde?
SERVO: Minha hora chega quando terminas de atender os outros. Venho te perguntar o que restou para teu último servo.
RAINHA: E o que esperas, assim tão tarde?
SERVO: Torna-me o jardineiro do teu jardim...
RAINHA: Como? Ficaste louco?
SERVO: Não... Eu deixarei todas as outras coisas. Deporei a espada e a lança no chão. Não me mandes a cortes distantes, nem me peças novas conquistas. Torna-me o jardineiro de teu jardim...
RAINHA: E o que farias?
SERVO: Eu te serviria em teus dias ociosos. Manteria verde a grama do caminho por onde andas de manhã, e a cada passo teus pés seriam abençoados pelas flores que anseiam morrer. Eu te embalaria no balanço preso aos galhos do saptaparna, e a lua do anoitecer se esforçaria para beijar tua roupa voando entre as folhas. Renovaria a lamparina de teu quarto com óleo perfumado, e enfeitaria o estrado de teu trono com figuras de sândalo e açafrão...
RAINHA: E o que desejas como pagamento?
SERVO: Que me deixes tomar nas mãos o botão de lótus de teus punhos e enlaçar teus pulsos com pulseiras de flores; que me deixes pintar seus pés com suco das flores de ashoka (1) e sugar com meus beijos o pó que neles por acaso se apegar...
RAINHA: Está bem, meu servo! Teu desejo foi atendido. De agora em diante, és o jardineiro de meu jardim...


_______
(1) Ashoka - (sânscrito)= ausência de sofrimento.

Luz Divina

Roberto Carlos

Luz que me ilumina o caminho e
que me ajuda a seguir
Sol que brilha à noite e
a qualquer hora
Me fazendo sorrir
Claridade, fonte de amor
que me acalma e seduz
Essa luz ,
Só pode ser Jesus
Essa luz
Raio duradouro que orienta
O navegante perdido
Força dos humildes, dos aflitos
Paz dos arrependidos
Brilho das estrelas do universo
O seu olhar me conduz
Essa luz
É claro que é Jesus
Essa luz
Sigo em paz no caminho da
vida porque
O caminho a verdade a vida
é você
Por isso eu te sigo
Jesus meu amigo
Quero caminhar do seu lado
E segurar sua mão
Mão que me abençoa e
me perdoa
E afaga o meu coração
Estrela que nos guia luz divina
O seu amor nos conduz
Essa luz
É claro que é Jesus
Essa luz
ESTRIBILHO
É claro que é Jesus
Essa luz
É claro que é Jesus
Essa luz
Só pode ser Jesus
(Só pode ser Jesus)
Essa luz (Essa luz)
Só pode ser Jesus
(Só pode ser Jesus)
Essa luz (Quero ver Jesus)
É claro que é Jesus
Essa luz divina
Essa luz...
É claro que é Jesus
Essa luz (Luz divina)
É claro que é Jesus
(É claro que é Jesus)
Essa luz

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Cercanias do Meu Ser

Por Deiber Nunes Martins

Alguns textos revelam um pouco da nossa essência de vida. Outros, até bem mais. E a maioria do que escrevemos nos revela por inteiro, tudo aquilo que somos e que passamos para o papel. Não dá pra fingir uma coisa que não somos, porque nas pequenas coisas, nas pequenas frases, palavras, revelamos o que realmente somos. E aí, cai ao chão toda máscara. É por essas e outras que eu amo escrever. Porque escrevendo, eu revelo a mim mesmo. E assim, também, me conheço um pouco mais.
No final de semana, recebi uma crítica sobre o texto "Mes Raisons". Uma amiga me criticou pela frase: "É assim que vai ser, e é assim que é." Em sua visão, ela entendeu ser esta frase de um autoritarismo sem tamanho. E que de minha parte, isso não combinava. Resolvi passar o natal pensando nesta frase e no texto em que ela estava inserida. Realmente, descobri que minha amiga, está com razão.
Dou a mão à palmatória pra reconhecer que aquele texto está carregado de parte de mim que não me pertence. Eu não o fingi. Mas, por engano tracei linhas que não me pertencem. Por engano, relatei um amor que não vivi. Um sentimento que não me pertenceu. E que por isso, não há razão de ser.
Amiga minha, esqueça o texto. Em breve, vou refazê-lo. Poderia apagá-lo, retirar do meu blog. Mas não vou. Deixarei ele exposto para me lembrar o quanto sou humano e quando somos acometidos por erros. Tudo naquele texto foi um erro. Inclusive o contexto no qual estava inserido e que passo a relatar agora.
As minhas razões eram pra ser as mais nobres possíveis. Era pra ser um amor a ser vivido. Mas não passou de ilusão. Na verdade, eu confundi as coisas. Confundi os momentos, e os sentimentos. Felizmente, foi passado. E não me machuquei. Embora, tenha experimentado sentimentos bem humanos como o ódio e o rancor. Felizmente também, estes estão superados.
Sendo assim, "Mes Raisons" e "Ma Fleur" representam devaneios de minha mente. E como devaneios, mesmo sendo essência minha, não me pertencem. Assim como todo aquele sentimento não me pertece. Graças ao Bom Deus, que me prepara o melhor.
Não sou autoritário, mas o bordão "É assim que vai ser e é assim que é" representa uma vontade que se tem de sentir o que não se controla, o que não se aprende, o que não se ordena, o que não se entende, o que não se conta, o que não se descreve, mas se escreve: o amor. Uma vontade minha de encontrar a amada de minha vida. Mesmo que por vezes, eu a fantasie por demais. Mas está certo, atendendo a inúmeros pedidos, vou parar de fantasiar...
Até mesmo porque a mulher daquele texto, idealizada, era a mulher perfeita. E a amada de minha vida, não pode ser perfeita, porque perfeição não existe. Só Deus é perfeito. Só em Deus reside a perfeição. Mas eu naquele momento, acreditei nas coisas simples que eu via. E me encantei com a simplicidade que eu via e vivia.
Enfim, talvez eu tenha mesmo sido autoritário. Mas foi no sentido de querer o melhor para minha vida, e não querer que este melhor passasse. Mas o meu erro foi acreditar que o melhor era o que eu via apenas com os olhos. Nem sempre o melhor é o que vemos com os olhos. O melhor vem do coração. Por isso eu não sentia. Em meu pragmatismo fui autoritário, este é o meu mea culpa. Mas que atire a primeira pedra quem nunca errou, se prendendo à razão e se esquecendo do coração...
Acho que são estas as cercanias do meu ser. Este ser que anseia por amar sem medida. Este Homem que anseia por um mundo novo, anseia por viver a vida simples de um dia só. Este ser que anseia por amar incondicionalmente e poder dizer neste amor que:
É assim que vai ser e é assim que é.

Uma Vez que Vieste

Por Autor Desconhecido

Senhor Jesus, uma vez que vieste até nós numa verdadeira casa de homens, entre animais e instrumentos de trabalho, e talvez de muita desordem, peço-te humildemente que venhas também morar em minha casa.
Senhor Jesus, uma vez que vieste num presépio de madeira rústica e de palha, peço-te humildemente que não rejeites minha baixeza.
Senhor Jesus, uma vez que nasceste da linhagem humana cheia de impurezas e de contradições, peço-te humildemente por minha família e por meus parentes, pelos que estão longe e pelos que estão bem perto, pelos que me precederam e pelos que me seguem, por todos aqueles que vão nascer até o fim dos tempos.
Senhor Jesus, uma vez que és o Filho de Deus e que muitos não o reconheceram, abre nossos olhos para que te conheçamos e coloca a graça em nossas vidas. Amém.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Where The Streets Have No Name

(U2)
I wanna run, I want to hide
I wanna tear down the walls
That hold me inside.
I wanna reach out
And touch the flame
Where the streets have no name.

I wanna feel sunlight on my face.
I see the dust-cloud
Disappear without a trace.
I wanna take shelter
From the poison rain
Where the streets have no name
Where the streets have no name
Where the streets have no name.

We're still building and burning down love
Burning down love.
And when I go there
I go there with you
(It's all I can do).

The city's a flood, and our love turns to rust.
We're beaten and blown by the wind
Trampled in dust.
I'll show you a place
High on a desert plain
Where the streets have no name
Where the streets have no name
Where the streets have no name.

We're still building and burning down love
Burning down love.
And when I go there
I go there with you
(It's all I can do).

Reconciliação

Por Deiber Nunes Martins
O final do ano se aproxima e em questão de dias será o Natal. É um tempo de alegria, onde se comemora a vinda de Jesus. Um tempo onde o que é imperfeito precisa dar lugar a perfeição de Deus. E por ser um tempo de alegria e paz entre os homens, é um tempo de reconciliação também. Reconciliação do homem consigo mesmo e com o irmão.
O fim de ano nos permite fazer um balanço da nova vida, sob o prisma do ano que termina e recarregar as baterias para o ano que começa. Sempre começamos do zero, mas também sempre levamos para o ano que começa alguma coisa do ano que passou. Muita coisa boa vem na lembrança, como reminiscências de uma vida. Mas também muita coisa ruim vai no pacote.
Neste mês, às vésperas do natal, foi acometido de um desapontamento tal por uma pessoa que cometi o erro de odiar a mim mesmo pela chance que dei a ela de se aproximar de mim. Neste sentimento, matei-a dentro de mim mesmo, querendo me livrar de todo e qualquer resquício de vida que esta pessoa me transmitia. A mágoa foi muito grande e talvez o seja porque quanto mais confiamos, mas esperamos a certeza da fidelidade. E quando esta certeza não vem, sofremos muito, pois a quem julgamos diferente de tudo e todos, não passa de mais do mesmo.
Hoje, passados alguns dias do ocorrido, com o sangue mais frio, vejo a possibilidade de voltar atrás. Não vou receber esta pessoa de braços abertos em minha vida, uma vez que partiu dela a iniciativa de refutar toda e qualquer aproximação de minha parte. De mais a mais, os sentimentos não voltam e a gente muda a todo o tempo. Não sinto por ela, mais que a gratidão por ela ter me dado a oportunidade de ver que todos nós somos humanos. Até mesmo aqueles a quem no inconscientes colocamos acima do bem e do mal. O meu voltar atrás entretanto, me permite reconciliar comigo mesmo.
Nesta reconciliação, eu decido por ressuscitar esta pessoa em minha vida. Decido por apagar toda possibilidade de vendetta que possa haver entre ela e eu. Decido por deixar que Deus abrande meu coração, fazendo com que se eu a encontre numa destas vielas da vida, eu não a trate como morta. E se ela, arrependida, me pedir o perdão, eu decido por perdoá-la.
Faço isso por ela, por mim e por um Deus que me alimenta. Um Deus que se mostra Senhor da minha vida, Senhor dos meus dias. Um Deus que me ama tão incondicionalmente que o mínimo que eu posso fazer por Ele é retribuir a este amor. Sei o quanto me custa fazer isso, ressuscitar em meu coração, uma pessoa que não considerou, meu coração. O preço é alto, mas Ele, o aniversariante do mês, pagou com a Cruz pelas vezes que eu não considero o coração Dele.
Que neste Natal, as pessoas voltem-se para a realidade que nos move: Jesus Cristo. Que Ele não seja o coadjuvante nos festejos, mas o ator central de uma trama que nos leva a alegria e a felicidade, sem perder a santidade, amém.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Canção Nova III - Evangelização

Por Deiber Nunes Martins

Uma das coisas que mais impressionam na CN é a sua capacidade evangelizadora. A evangelização é tratada em todos os meios de comunicação. Se evangeliza por meio de livros, revistas, CD's, DVD's, brindes, e toda a espécie de material possível e imaginável. Também se evangeliza por meio da dança, do teatro, música e afins. A evangelização está presente nos quatro cantos da Canção Nova.
As pessoas se sentem tocadas por Deus, no carisma das outras pessoas, na alegria da acolhida, e na animação do ambiente. Em tudo o Espírito Santo habita e impressionam os momentos vivenciados naquele lugar.
O chamado Rincão novo é um Centro de Evangelização. Um espaço com capacidade para mais de cinqüenta mil pessoas. E durante o Hosana estava lotado. As pregações foram muito boas. Infelizmente, devido aos contratempos descritos na viagem, acabamos por perder várias palestras, inclusive a homenagem que foi feita ao saudoso Padre. Léo, falecido no início deste ano.
No domingo pela manhã, logo cedo, às oito horas, tivemos a Santa Missa. Mais uma vez presidida pelo Monsenhor Jonas. Em sua homilia, ele falou sobre a necessidade que temos de estar em sintonia com o Espírito Santo e de clamarmos a todo o tempo pelo Batismo no Espírito. Este, precisa ser renovado dia a dia, ele falava. No decorrer da Santa Missa, sentíamos como o poder de Deus atua em nós. Ficou claro o tempo todo isso. Em um dado momento, houve um testemunho dado por um médico da CN de que um senhor havia ficado de pé após receber a Eucaristia, na Missa do sábado. Detalhe, ele havia perdido o movimento das pernas após sofrer um AVC.
O Espírito Santo se manifestou prontamente na Missa de Domingo. Seja na chuva que caiu sem ser esperada, no ventinho que inundou todo o rincão ou na riqueza da pregação do Monsenhor Jonas que disse que o nosso batismo no Espírito é como uma toalha imersa em uma vasilha com água. Esta toalha encharcada é o que o Espírito Santo faz com a gente: Ele nos encharca com sua luz e com seu poder. E assim não somos mais nós a agirmos, mas Deus que age em nós, pela ação do Espírito Santo.
Após a Santa Missa, tivemos a adoração ao Santíssimo Sacramento, iniciada com uma linda procissão, por todo o Centro de Evangelização. Durante a procissão, uma senhora com problemas de locomoção tentou tocar a arca onde estava Jesus Eucarístico, mas não conseguiu. Ela não dobrava a perna e não conseguia caminhar. A vontade de se aproximar de Jesus e de tocá-lo aliada a sua fé falaram mais alto: alguns minutos após a arca com Jesus ter sido colocada sobre o altar, ela chegou a este, caminhando. Então, sua filha adotiva, contou toda a história, emocionando a todos ali. E Monsenhor Jonas Abib a conduziu até Jesus, satisfazendo a sua vontade de se aproximar do Senhor.
A veracidade dos testemunhos, os olhares cintilantes e extasiados, a euforia das pessoas após os momentos de oração, confirmam todo o carisma evangelizador da CN. O Espírito de Deus repousa sobre cada um daqueles que por ali passam. E por isso não há como não ser tocado,
Deus Pai Todo Poderoso, permita-nos inebriar cada vez mais da ação do Espírito Santo para que não fechemos nosso coração às realidades de nossas vidas. E que as maravilhas vistas na Canção Nova não sejam apenas a Canção Nova, mas sejam também a extensão da nossa vida. Amém.

Canção Nova II - A Música

Por Deiber Nunes Martins

O final de semana foi mesmo pra guardar na memória. É muito bom sentir a presença do Espírito Santo e isto na Canção Nova é o mais natural. Ao adentrar Canção Nova, você sente nas pessoas o brilho no olhar, a alegria das pessoas contagiando todo o ambiente. É lógico que você vê também as pessoas da maneira como são. Na Canção Nova, assim como em qualquer outro lugar, você encontra pessoas mal humoradas, estressadas, algumas até grosseiras. Acho que tudo isso, fruto do calor intenso que faz em Cachoeira e que esquenta por demais a moleira dos que ali estão. Mas o Espírito Santo é tão bom e tão presente que acaba fazendo com que sejamos mais tolerantes com estas pessoas, e fazendo também que usemos toda a nossa empatia.
No sábado à noite, fomos assistir ao show de lançamento do CD “Deus me Abraça”, do Pe. Cleidimar Moreira, membro da Comunidade Canção Nova. Antes de falar do show é necessário dizer que CN se destaca por seu carisma musical. Existem grandes músicos na comunidade e todos eles têm um propósito único: servir ao Senhor com a música que fazem. CN está mostrando ao mundo a música católica. Uma música de qualidade que toca os corações e revoluciona o modo de pensar cristão. Digo isso, porque sinto que a música católica renovada tem feito maravilhas junto as pessoas. Tenho visto ao longo do tempo nossos irmãos evangélicos mais fervorosos cantando músicas feitas made in Cachoeira Paulista, pelos músicos da Canção Nova. Também vejo o mesmo acontecer com pessoas que não praticam a religião católica e por outros irmãos de outras religiões. É impressionante o poder da música da evangelização. E sobre a evangelização, cabe até mesmo um tópico à parte sobre a Canção Nova.
Se a música é o destaque da CN, é preciso dizer sobre os músicos da comunidade. Todos eles são muito bons, sem exceção alguma. Porém, os de minha preferência, pela ordem são: Pe. Fábio de Melo, Diácono Nelsinho Correa, Monsenhor Jonas Abib, Adriana, Pe. Cleidimar Moreira, e Marcio Todeschini. Este último, fiquei conhecendo agora e gostei de todas as músicas de seu CD, “Deus vai Além”.
Confesso também ter ficado impressionado com o talento musical do Pe. Cleidimar Moreira. Sua voz imperiosa adentra nossos ouvidos nos transportando para uma outra dimensão. Uma dimensão onde o amor de Deus reside e tudo cura. Com letras fortes, Pe. Cleidimar nos mostra o amor de Deus em sua perfeição e nos ensina a amar a Deus também. As músicas dele também nos remetem à catequese, nos fazendo sentir como crianças ao encontro de um Deus Amor que nos abraça, que nos acolhe, que nos ama.
Não há como não se impressionar com a performance musical do padre. O show que conta com a abertura dos músicos da CN interpretando outras canções do padre, do seu primeiro CD “Neste Nome Há Poder” é marcado pela ousadia nas interpretações, pela afinação dos músicos, e pela singeleza do cenário. Quem dirigiu o show quis destacar o talento musical do Pe. Cleidimar e com isso, quem ganhou foi o público que deixou o Rincão velho, onde o show aconteceu, extasiado e emocionado com a poesia e a música. É a CN em seu melhor momento, nos contagiando pela música e pelos sentimentos que nos movem.
Que Deus em sua infinita bondade, possa nos revelar a todo o tempo as maravilhas que ouvimos na Canção Nova, a música que nos santifica e nos ensina que o céu também é feito de música. Amém.

Canção Nova I

Por Deiber Nunes Martins

Há muito conheço de ouvir dizer, de ouvir falar, a Comunidade Canção Nova. É bem certo que no início do ano, lá estive, em Cachoeira Paulista, de passagem, voltando de Aparecida do Norte. Naquela tarde de domingo não foi possível me inteirar da essência daquele lugar, a não ser simplesmente conhecê-lo. Ver onde as coisas acontecem mas não ver como acontecem. E que coisas lá acontecem. Neste último final de semana, foi diferente.
Tive a oportunidade de viajar para Cachoeira Paulista, para participar do Hosana Brasil, um mega-evento que acontece todos os anos na Canção Nova. Várias atrações eram aguardadas, entre elas, o show de lançamento do CD Deus Me Abraça do Pe. Cleidimar Moreira, da Comunidade.
A viagem que começou cheia de atropelos. Para começar, um dilúvio tomou conta do final de tarde em Belo Horizonte, e com isso atrasou tudo. Viagem atrasada, alguns contratempos que quase impediram o sonho de acontecer. Um motorista que não conhecia Belo Horizonte (assustador para o início de uma viagem, não?) e uma confusão enorme na chegada, com ninguém sabendo onde ficaria hospedado. Tudo isso, dava pra imaginar o pior. Ali, naquele momento achei que era o pior momento, achei que a viagem seria um fracasso total. Alguns acontecimentos paralelos, que prefiro não entrar em detalhes, davam sinal que o passeio não seria bom. Por volta das onze da manhã de sábado, ainda estávamos esperando vagas para hospedagem. O nosso grupo dissipou e devido a uma falta de organização, muitos correram para uma mesma pousada, ocupando as vagas dos demais, inclusive a minha.
Naquele momento, eu achei que o passeio tinha ido para o espaço. E já pensava em traçar um plano de volta a Belo Horizonte. Estava com o coração apertado. Pensei, “Meu Deus, eu cheguei até aqui, será que terei de voltar assim do nada? Será que os percalços do caminho, a chuva, o trânsito, as dificuldades do motorista, será que tudo isso eram sinais de que a viagem tinha de ser abortada e eu não os percebi?” Um mundo de idéias passou pela minha cabeça. Mas ultimamente, por obra de Deus, um mundo de idéias apenas têm passado pela minha cabeça. Graças a le bon Dieu!
Aos poucos as coisas foram se ajeitando, e por volta do meio dia, conseguimos todos nos instalar. O dia então começava para nós. Minhas expectativas eram inúmeras. Mas o dia passava rápido e quando percebi, estava no meio do Rincão – uma arena enorme com capacidade para dezenas de milhares de pessoas – para a Santa Missa das 17 horas. Era dia de Nossa Senhora da Conceição, da qual sou devoto a Missa seria festiva.
Presidida por Monsenhor Jonas Abib, o fundador da Comunidade Canção Nova, a Santa Missa começou a me dar mostras do que estava para acontecer no fim de semana. Em sua homilia, Monsenhor Jonas, cheio do Espírito Santo, disse:
“Deus quis precisar de você. Mas o seu fazer não é nada, sem a presença de Deus.”
Estas palavras levam a meu trabalho. Em algum momento da história, Deus quis precisar de mim naquilo que eu faço. E também a cada um dos meus colegas de trabalho. Deus quis precisar de todos nós. Mas o nosso fazer não é nada sem a presença de Deus, a conduzir da melhor maneira nossos trabalhos. Deus vai à frente de tudo e isto ficou claro em toda a Santa Missa.
Ficou claro também o quanto Deus age e cura no meio de nós. A importância de estarmos firmes em oração porque não sabemos quando mais precisaremos orar. Deus se faz presente no meio de nós não apenas nos momentos bonitos, nos grandes eventos e naquelas horas, que só Ele é a resposta as nossas aflições. Deus se faz presente todo o tempo e é assim que devemos entender. Esta é só a primeira parte de tudo o que aconteceu neste final de semana. Ainda tenho muito a partilhar e nos próximos textos, o farei. Que a graça de Deus cresça em nós sem cessar e que a presença do seu Santo Espírito seja mais que real, em nossas vidas. Amém.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Sedução - Parte Três

Por Deiber Nunes Martins
Chegou a hora de finalizar a trilogia sobre a sedução. E deixo para o final as idéias mais conhecidas sobre o tema. Não há como voltar-se para o tema, sem destacar que a sedução é uma arma genuinamente feminina. E por assim dizer, são elas as especialistas no assunto. Minha experiência neste, é como vítima. Se é que se pode dizer vítima...
Os homens não possuem os atributos femininos, na arte da conquista. Além disso, as mulheres tem uma maneira bem peculiar de lidar com o desejo. Diferente dos homens que perdem numa boa cruzada de pernas a la "Instinto Selvagem". É importante frisar isso porque falar da sedução masculina é até um pecado diante das infinitas possibilidades femininas. De qualquer forma, resume-se em um pequeno parágrafo a habilidade masculina em seduzir. Apenas se faz pertinente dizer que o homem precisa conhecer e bem a mulher alvo de sua conquista, para então imprimir sua estratégia. Antes de mais nada, é preciso ser inteligente e ter muito bom humor. As vezes até paciência porque tem mulheres que são mesmo difíceis. O bom de tudo é que Deus criou as fáceis para que os homens mais obtusos tivessem a quem conquistar.
A mulher ao longo da história mostra como consegue convencer usando seus inúmeros atributos. Como os homens ao longo da história, sempre foram fáceis demais, então a mulher sempre teve mais êxito em seu intento de seduzir, embora usasse bem pouco esta habilidade. Talvez em função da opressão masculina, que sempre exigia das mulheres uma postura submissa, sem a exposição de idéias próprias. Todavia, as grandes damas da história, usaram e muito bem, suas armas de sedução.
Particularmente, prefiro o jogo de charme que uma mulher faz. Uma mulher inteligente, sabe o que dizer sem palavras. O uso do corpo é uma habilidade irrestível da mulher. E por isso, não há delícia maior que observá-las. Em pouco tempo, se consegue saber as reações femininas e conhecer um pouco sobre elas também.
As mulheres sedutoras, não são aquelas que se vestem de modo vulgar, exagerando nas transparências, decotes e roupas curtas. São na verdade, aquelas que se vestem de modo discreto, porém sensual, num jogo de esconde-mostra que aguça a imaginação masculina. Porque a mulher sedutora é aquela que mexe com o imaginário masculino. Nem sempre é a mais formosa, mas é aquela que certamente se faz desejar.
São armas femininas, a mão no cabelo, a cruzada de pernas, imortalizada com Sharon Stone, no filme "Instinto Selvagem", o olhar penetrante e inquisidor de muitas mulheres e o sorriso espontâneo de outras tantas. Armas que nós homens não somos capazes de resistir.
Enfim, a mulher é a mestra na arte da sedução. Mesmo que nós homens sejamos presas bem fáceis, as mulheres sabem como nos conquistar. O interessante da sedução é que muitas vezes, ela tem por objetivo despertar um sentimento oculto em nós. Algo que sentimos, sem saber. Muitas vezes, o alvo da sedução é quem já possui as marcas da sedução embaixo da pele. E por assim dizer, a sedução é uma das armas do amor.