Por
Deiber Nunes Martins
A
origem da devoção a Nossa Senhora Consolata vem do século V, quando Santo
Eusébio, fugindo da Palestina, expulso que fora pelo imperador Constâncio, leva
a imagem de Nossa Senhora a seu amigo, São Máximo.
São
Máximo colocou a imagem em uma capela dedicada ao apóstolo Santo André, em
Turim, na Itália. Ao longo do tempo, Maria foi derramando graças e mais graças
aos fiéis que a chamavam de Nossa Senhora Consoladora ou popularmente
Consolata. E por quatro séculos a devoção a Nossa Senhora Consolata ganhou
força e uma infinidade de devotos.
No
século IX, a crise iconoclasta trouxe uma ameaça a devoção em Nossa Senhora
Consolata. Isso porque os iconoclastas, em um surto herético, destruíam todas
as imagens de santos que adornavam as igrejas. Em 820, os religiosos de Turim
resolveram esconder a imagem nos subterrâneos da igreja, onde ficou escondida
por mais de um século. Tempo suficiente para as pessoas perderem a referência a
Virgem Consolata e a devoção se enfraquecer, e os religiosos que esconderam a
imagem, morrerem sem revelar onde ela estava escondida.
Foi
no ano de 1014, que o Marquês de Ivréia, gravemente enfermo, teve uma visão de
Maria e nesta visão, Nossa Senhora lhe pediu que construísse para ela três
capelas, sendo uma na cidade de Turim. Logo após a visão, o marquês ficou
curado e atendeu ao pedido da Mãe de Jesus.
Ao começarem a construção, durante as escavações, encontraram intacto o
quadro de Nossa Senhora Consolata.
O
povo se encheu de alegria e festa, ao devolver a imagem a Igreja de Santo
André. Porém as frequentes guerras daquele tempo destruíram esta Igreja e a
capela que abrigava a imagem de Nossa Senhora, que novamente desapareceu nas
ruínas ficando sumida por cerca de 80 anos.
Somente
quando João Ravache, um cego da cidade francesa de Briançon, teve uma visão de
Maria, que lhe prometera devolver-lhe a visão caso encontrasse sua imagem nas
ruínas da Igreja de Santo André, é que a imagem foi reencontrada outra vez.
Para atender ao pedido da Virgem, João Ravache partiu com muita dificuldade da
França para Turim, onde conseguiu sensibilizar o bispo Mainardo que o acolheu e
ajudou. Em 20 de junho de 1014, finalmente encontraram a imagem da Virgem
Consolata, mais uma vez intacta e a levaram ao cego que imediatamente recuperou
a visão. O bispo, impressionado com o milagre, invocou Maria, dizendo: “Rogai
por nós, Virgem Consoladora!”
A
partir de então consolidava-se a devoção a Nossa Senhora Consolata, cuja festa
sempre é comemorada a 20 de junho.
OREMOS:
Virgem
Consolata, tantos foram os desencontros entre vossa imagem milagrosa e o vosso
povo, vossos filhos. Ajudai, oh Mãe a seus filhos a encontrarem na fé a certeza
da vitória em Cristo Jesus! Mostrai-nos a todo momento que nem tudo está
perdido, para que revigorados pela fé, possamos sempre deixar no mundo um olhar
de esperança que o renove.
Nossa
Senhora Consolata, rogai por nós!
REFERÊNCIAS:
BISINOTO,
Pe. Eugênio. Conheça os Títulos de Nossa Senhora. Aparecida, SP: Ed. Santuário,
2010.
ZANON,
Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos
Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.
Portal
A12 disponível em
http://www.a12.com/santuario-nacional/formacao/detalhes/nossa-senhora-consolata-1
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