terça-feira, 20 de junho de 2017

171º dia, Nossa Senhora Consolata


Por Deiber Nunes Martins
A origem da devoção a Nossa Senhora Consolata vem do século V, quando Santo Eusébio, fugindo da Palestina, expulso que fora pelo imperador Constâncio, leva a imagem de Nossa Senhora a seu amigo, São Máximo.
São Máximo colocou a imagem em uma capela dedicada ao apóstolo Santo André, em Turim, na Itália. Ao longo do tempo, Maria foi derramando graças e mais graças aos fiéis que a chamavam de Nossa Senhora Consoladora ou popularmente Consolata. E por quatro séculos a devoção a Nossa Senhora Consolata ganhou força e uma infinidade de devotos.
No século IX, a crise iconoclasta trouxe uma ameaça a devoção em Nossa Senhora Consolata. Isso porque os iconoclastas, em um surto herético, destruíam todas as imagens de santos que adornavam as igrejas. Em 820, os religiosos de Turim resolveram esconder a imagem nos subterrâneos da igreja, onde ficou escondida por mais de um século. Tempo suficiente para as pessoas perderem a referência a Virgem Consolata e a devoção se enfraquecer, e os religiosos que esconderam a imagem, morrerem sem revelar onde ela estava escondida.
Foi no ano de 1014, que o Marquês de Ivréia, gravemente enfermo, teve uma visão de Maria e nesta visão, Nossa Senhora lhe pediu que construísse para ela três capelas, sendo uma na cidade de Turim. Logo após a visão, o marquês ficou curado e atendeu ao pedido da Mãe de Jesus.  Ao começarem a construção, durante as escavações, encontraram intacto o quadro de Nossa Senhora Consolata.
O povo se encheu de alegria e festa, ao devolver a imagem a Igreja de Santo André. Porém as frequentes guerras daquele tempo destruíram esta Igreja e a capela que abrigava a imagem de Nossa Senhora, que novamente desapareceu nas ruínas ficando sumida por cerca de 80 anos.
Somente quando João Ravache, um cego da cidade francesa de Briançon, teve uma visão de Maria, que lhe prometera devolver-lhe a visão caso encontrasse sua imagem nas ruínas da Igreja de Santo André, é que a imagem foi reencontrada outra vez. Para atender ao pedido da Virgem, João Ravache partiu com muita dificuldade da França para Turim, onde conseguiu sensibilizar o bispo Mainardo que o acolheu e ajudou. Em 20 de junho de 1014, finalmente encontraram a imagem da Virgem Consolata, mais uma vez intacta e a levaram ao cego que imediatamente recuperou a visão. O bispo, impressionado com o milagre, invocou Maria, dizendo: “Rogai por nós, Virgem Consoladora!”
A partir de então consolidava-se a devoção a Nossa Senhora Consolata, cuja festa sempre é comemorada a 20 de junho.
OREMOS:
Virgem Consolata, tantos foram os desencontros entre vossa imagem milagrosa e o vosso povo, vossos filhos. Ajudai, oh Mãe a seus filhos a encontrarem na fé a certeza da vitória em Cristo Jesus! Mostrai-nos a todo momento que nem tudo está perdido, para que revigorados pela fé, possamos sempre deixar no mundo um olhar de esperança que o renove.
Nossa Senhora Consolata, rogai por nós!
REFERÊNCIAS:
BISINOTO, Pe. Eugênio. Conheça os Títulos de Nossa Senhora. Aparecida, SP: Ed. Santuário, 2010.
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.
Portal A12 disponível em http://www.a12.com/santuario-nacional/formacao/detalhes/nossa-senhora-consolata-1


Nenhum comentário: