Por
Deiber Nunes Martins
A
cidade francesa de Chartres, também conhecida como Carnatum, que quer dizer “lugar
santo”, era uma região onde se venerava uma divindade celta. No subsolo, em uma
gruta bem escondida, sacerdotes celtas faziam seu culto, amparados pelo
imperador romano que garantiu ali as celebrações pagãs. Por conta disso,
construíram ali um belíssimo templo subterrâneo.
Logo
nos primeiros séculos, os cristãos, com medo das perseguições romanas,
celebravam a Santa Missa nas catacumbas. Descobriram o templo subterrâneo dos
celtas e neste templo uma imagem que se assemelhava à Mãe de Deus – uma mulher
com uma criança no colo. Dizem as lendas da região, que os sacerdotes celtas já
veneravam a Mãe de Nosso Senhor, ainda quando ela vivia em Nazaré, o que impõe
a esta imagem a mais antiga de toda a França: Nossa Senhora de Chartres, ou “Nossa
Senhora Debaixo da Terra”.
Séculos
mais tarde, durante a Revolução Francesa, a antiga imagem de Nossa Senhora de
Chartres foi queimada. A imagem foi substituída no século XIX, não se perdendo entretanto
a tradição do culto à Nossa Senhora de Chartres. A cada ano mais e mais
peregrinos visitavam o antigo tempo, que se tornou com o passar dos anos um dos
mais belos santuários marianos de toda a Europa.
OREMOS:
Virgem
de Chartres, abençoai todos os povos, de diferentes raças, culturas, tradições
e línguas. Favorecei o entendimento de diferentes religiões e religiosidades
para que possamos em qualquer canto deste mundo, viver em harmonia e paz. Assim
como vossa devoção nasceu em meio a um culto pagão na cidade de Chartres, fazei
com que a humanidade compreenda as diferenças como virtude e não como rivalidade.
Nossa
Senhora de Chartres, velai por nós!
REFERÊNCIAS:
BERALDI,
Pe. Roque Vicente. 101 Títulos de Nossa Senhora na devoção popular. São Paulo:
Ed. Ave Maria, 2012.
ZANON,
Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos
Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.
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