Por Deiber Nunes Martins
No ano de 1624, em Luxemburgo, mais
precisamente durante a festa da Imaculada Conceição, Pe. Brocquart, jesuíta,
colocou no cruzamento dos braços da cruz que ficava de frente ao seu mosteiro,
uma imagem de Nossa Senhora. Aquele gesto fez com que as pessoas passassem a
venerar aquela imagem naquele local, como Nossa Senhora da Dores, lembrando o
fato dela ter permanecido firme ao pé da cruz enquanto seu Filho expirava sua
vida, pela salvação dos homens.
Dois anos depois, em 1626, o pequeno
país, à época estado da Confederação Germânica, foi assolado por uma terrível
peste que fez muitas vítimas, entre elas, o padre Brocquart. Piedoso, o povo
fez inúmeras romarias até a cruz onde o padre havia fixado a imagem de Nossa
Senhora. Aquele gesto da população, fez com que Nossa Senhora intercedesse por
todos, inclusive pelo padre e em pouco tempo, a peste estava controlada na
região e o padre, completamente curado.
Os bispos e demais autoridades
eclesiásticas, estudaram com afinco os milagres da Virgem Maria na região e
concluíram que os milagres ocorridos foram frutos da presença milagrosa do
poder divino por meio daquela imagem fixada na cruz de frente ao mosteiro
jesuíta. Com isso, as devoções aumentaram ainda mais.
Em 1627, construíram uma pequena
capela em honra a Nossa Senhora de Luxemburgo. Com a autorização eclesiástica
para sua veneração, aumentaram o número de ex-votos. E também aumentaram as
ofertas de príncipes e imperadores à Virgem Maria, como os ricos vestidos e
adornos que ofereciam à imagem de madeira da Mãe de Deus.
Durante a Revolução Francesa, a
pequena capela foi destruída e a pequena imagem guardada junto aos jesuítas.
Pouco tempo depois, a piedade popular fez com que construíssem uma capela cem
vezes maior que a antiga, e a denominaram Catedral de Luxemburgo, onde
recolocaram a imagem mariana.
OREMOS:
Virgem de Luxemburgo, tantas são as
pestes que hoje acometem vosso povo. A peste dos vicios, das depravações, das
imoralidades, assim como a peste do egoísmo e da indiferença com quem sofre.
Curai, Mãe, vossos filhos de todas as pestes deste mundo. Afastai de nós o
orgulho, a vaidade e a avareza, pestes maiores de onde emanam uma infinidade de
outros males para o povo de Deus.
Nossa Senhora de Luxemburgo, velai por
nós!
REFERÊNCIAS:
ADUCCI, Edésia. Maria e Seus Títulos
Gloriosos. São Paulo: Ed. Loyola, 2003.
BERALDI, Pe. Roque Vicente. 101
Títulos de Nossa Senhora na Devoção Popular. São Paulo: Ed. Ave Maria, 2012.
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