Por
Deiber Nunes Martins
“La
morenita” é o nome carinhoso com o qual o povo hondurenho costuma chamar sua
padroeira: Nossa Senhora de Suyapa. Sua história começou por volta de 1796,
quando dois jovens lavradores – Alejandro Colindres e Jorge Martinez voltavam da
roça para casa, ao final de uma semana de trabalho pesado nos campos situados
na montanha de Piligüím. Os jovens eram filhos de Isabel Colindres, uma devota
fervorosa da Virgem Maria.
Era
costume dos jovens lavradores deixarem o trabalho mais cedo no sábado e
empreenderem a rotineira viagem destino a aldeia em que moravam, na cidade de
Suyapa, em Honduras. No entanto, naquele sábado especificamente, os jovens
iniciaram a viagem de retorno mais tarde e quando anoiteceu, estavam ainda no
meio do caminho. Decidiram então, dormir num lugar chamado “Quebrada de
Piligüím”, em meio a relva. Ao deitarem, um dos jovens sentiu-se incomodado com
algo parecido com uma pedra, a incomodá-lo nas costas. No escuro, pegou o
objeto e jogou-o longe, voltando a deitar-se. Mas o incômodo persistiu. Levantando-se
novamente, o jovem percebeu que o objeto que tinha atirado longe, voltara para
o mesmo lugar. Intrigado, resolveu guardar o objeto na mochila.
No
dia seguinte, os jovens terminaram a viagem. E a mãe deles, Isabel, ao recolher
os pertences na mochila do filho, para lavar, encontrou o objeto que havia
incomodado o rapaz na noite anterior. Surpreendeu-se com a imagem belíssima de
Nossa Senhora da Conceição, talhada em cedro. A imagem tinha cerca de 6 centímetros
e trazia Nossa Senhora com a face morena, os traços indígenas vestida num manto
cor de rosa. Devota de Maria, Isabel Colindres preparou para a imagem, um
pequeno altar em sua casa.
Algum
tempo mais tarde, José de Zelaya y Midense, capitão dos granadeiros, que desde
a juventude sofria com cálculos renais, ouviu falar de Nossa Senhora de Suyapa
e pediu para ver a imagem. A mãe do jovem Alejandro levou a imagem até a casa
do capitão e ele pediu de joelhos a Virgem que o curasse. Em menos de três
dias, José de Zelaya expeliu as pedras. Em gratidão, construiu uma capela no
vale de Suyapa.
A
devoção aumentou e hoje a pequena capela de Suyapa, tornou-se o gigantesco Santuário
de Nossa Senhora de Suyapa. Em 1925, o Papa Pio XII proclamou Nossa Senhora de
Suyapa, ou “La Morenita” como é popularmente conhecida, a padroeira de Honduras.
OREMOS:
Virgem
de Suyapa, Nossa Senhora “La Morenita”, padroeira do povo hondurenho,
ajudai-nos nas difíceis batalhas do dia a dia. Batalha por emprego, batalha por
saúde, batalha por educação. Batalha pela vida. Assim como ajudastes o capitão das
forças armadas hondurenhas, ajudai vosso povo a resistir aos embustes do
maligno. Ajudai-nos na principal batalha de nossa vida: a batalha contra o
inimigo de Deus. Dá-nos sabedoria e humildade para resistirmos às tentações
deste mundo e fazermos a vontade do Pai das Misericórdias.
Nossa
Senhora de Suyapa, rogai por nós!
REFERÊNCIAS:
ZANON,
Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos
Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.
Blog
“Nossa Senhora das Américas”, Disponível
em http://nossasenhoradasamericas.blogspot.com.br/2010/05/nossa-senhora-de-suyapa-padroeira-de.html,
último acesso em 03 de fevereiro de 2017 às 12h13 min.
Nenhum comentário:
Postar um comentário