terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

59º dia, Nossa Senhora do Amparo


Por Deiber Nunes Martins
Nossa Senhora sempre foi o amparo dos cristãos. A Virgem Mãe de Deus sempre foi invocada como protetora, como amparo. Esta devoção nos remete ao momento em que Cristo, na cruz, nomeia sua Mãe como Mãe dos homens.
Em Portugal, esta devoção é muito popular. Os marinheiros portugueses invocavam Nossa Senhora do Amparo em suas viagens, pedindo proteção contra os perigos do mar. De Portugal, a devoção veio para o Brasil, onde a Igreja mais antiga em honra a Nossa Senhora do Amparo é a de Olinda, em Pernambuco, construída no século XVII.
Nossa Senhora do Amparo é bastante venerada também em Fortaleza, Ceará, cidade que nasceu sob a proteção dela. E também é Diamantina, Minas Gerais, onde no início do século XVIII, um belíssimo santuário foi construído em sua honra.
A imagem de Nossa Senhora do Amparo é representada pela Virgem Maria sentada, segurando com a mão esquerda o Menino Jesus de pé, sobre seus joelhos. Com a mão direita, Maria abençoa a seus devotos.
OREMOS:
Oh Maria, Mãe Cheia de Graça, abençoa aos vossos filhos, teus devotos. Pelo teu amor, ajuda-nos a vencer os problemas que nos acometem. Dá-nos ânimo e sabedoria para lidar com as dificuldades da vida. Ensina-nos a em tudo darmos graças e em tudo, termos um olhar de esperança e de confiança em vosso amparo.
Nossa Senhora do Amparo, rogai por nós!
REFERÊNCIAS:
BISINOTO, Pe. Eugênio. Conheça os Títulos de Nossa Senhora. Aparecida, SP: Editora Santuário, 2010.
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes. Orações e história de 260 títulos marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

58º dia, Nossa Senhora da Rússia


Por Deiber Nunes Martins
O comunismo, por conta do ateísmo a ele vinculado, fez a Rússia sofrer por um longo tempo, perseguições religiosas. Essas perseguições comunistas levaram a destruição de muitas igrejas e muito sofrimento ao povo católico. Apesar disso, a fé cristã resistiu bravamente e também a devoção mariana. Em todo o território russo, prevalece a Igreja Católica Ortodoxa, originada do cisma de 1054 quando a igreja do oriente passou a recusar obedecer ao comando do Papa. Mesmo separada, a Igreja Católica do Oriente, a Ortodoxa, manteve os sacramentos e práticas devocionais da Igreja de Roma, inclusive as devoções marianas.
Assim, diversos títulos marianos surgiram na Rússia, todos ligados aos ícones, uma tradição da Igreja Ortodoxa. Por meio dos ícones, conhecemos, por exemplo, Nossa Senhora de Czestochowska e Nossa Senhora de Kazan. Em meio a esses títulos, surge também a padroeira dos russos, denominada Nossa Senhora da Rússia.
OREMOS:
Nossa Senhora da Rússia, abençoai e protegei o povo russo. Livrai do meio deles a insanidade das guerras e do terrorismo. Afastai também, os males do comunismo. Cuidai da Igreja do Oriente, cujo comando está nas mãos dos patriarcas. Que eles aceitem o diálogo e busquem junto ao Santo Padre, o Papa, a convergência de ideias e doutrina.
Nossa Senhora da Rússia, velai por nós!
REFERÊNCIAS:
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes. Orações e história de 260 títulos marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

57º dia, Nossa Senhora D'arcachon


Por Deiber Nunes Martins
Arcachon é uma palavra grega que quer dizer porto de socorro, ou bom porto. A cidade de Arcachon fica no sudoeste da França, na região administrativa da Aquitânia. A cidade se caracteriza por duas aglomerações distintas de casas, uma próxima à praia, que é a estação balneária e outra que é o quarteirão do inverno, situada por detrás das dunas, que a protegem do vento frio do inverno.
Conta a história de Nossa Senhora D’arcachon que um jovem franciscano, diante de uma forte tempestade, à beira da praia, rezou pedindo que a tempestade cessasse. E tão logo pediu, foi atendido. Enquanto a tempestade cessava, uma forte onda trouxe aos braços do jovem uma imagem de Nossa Senhora Rainha do Céu, feita em um bloco de alabastro do século XIII.
Como gratidão, construíram a primeira capela a Nossa Senhora do Bom Porto, numa região imprópria e por essa razão, a capela durou pouco tempo. Construíram então, outra capela, numa região propícia, onde hoje é um santuário mariano muito visitado pelos homens do mar, sobretudo no dia 25 de março.
OREMOS:
Nossa Senhora do Bom Porto, olhai pelo povo francês, sobretudo nestes tempos onde o terrorismo têm falado mais alto. Confortai e consolai todos os familiares das vítimas desses terríveis ataques. Confortai e consolai a Igreja, que também é vítima dos terroristas. Abençoai todos nós, que estamos sujeitos às tempestades de violência, que assolam não só o território francês mas a todo o mundo, numa onda de inconsequência, intolerância e insanidade.
Nossa Senhora D’arcachon, rogai por nós!
REFERÊNCIA:
Site “Academia Marial de Aparecida”. Disponível em http://www.a12.com/santuario-nacional/formacao/detalhes/nossa-senhora-d-arcachon-ou-do-bom-porto 

sábado, 25 de fevereiro de 2017

56º dia, Nossa Senhora de Naju


Por Deiber Nunes Martins
A devoção a Nossa Senhora de Naju, embora ainda não seja reconhecida oficialmente pela Igreja, desperta admiração e veneração em muitos fiéis. Tendo começado na cidade de Naju, Coreia do Sul, de 30 junho de 1985 a dezembro de 1992, por mais de 700 vezes, a Virgem chorou sangue. Desse fenômeno, Maria Santíssima deixou uma mensagem à senhora Júlia Kim, que diz o seguinte:
“Minhas lágrimas, querida filha, são pelo constante fracasso da humanidade em não conseguir amar a Deus como Ele merece e as pessoas se amarem mutuamente como Ele nos ensinou; também por causa do execrável aborto que mata diariamente uma quantidade incontável de bebês, assassinando inocentes no útero de suas mães, por covardia, maldade e prazer satânico, e ainda, por causa das muitas almas que se recusam a se arrepender de seus pecados, não se interessando em procurar um meio para a sua conversão e com isso e com isso correm o risco da condenação eterna.”
Quando as lágrimas de sangue de Nossa Senhora pararam de cair, brotou da imagem um perfume de rosas, que ficou presente no ar por cerca de dois anos.
É preciso que se diga que as lágrimas de Maria são por nós, a humanidade. Ainda não estamos dispostos a aderir à proposta de Cristo que nada mais quer de nós que não seja o amor uns pelos outros. Não temos buscado uma mudança sincera de comportamento, tampouco uma fé madura que nos faça perceber que não escolhermos ao amor, nos leva a condenação, ao fogo eterno. Por isso a Mãe de Jesus chora sangue.
OREMOS:
Santa Maria, também vosso Filho suou sangue por conta da intransigência humana em mudar de vida. Fazei com que compreendamos vosso recado em Naju, e assim optemos pela proposta de Cristo.
Nossa Senhora de Naju, velai por nós!
REFERÊNCIA:
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes. Orações e história de 260 títulos marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

55º dia, Nossa Senhora dos Desamparados



Por Deiber Nunes Martins
A devoção a Nossa Senhora dos Desamparados surgiu na cidade de Valência, Espanha, em 1409. Nesta ocasião, mais precisamente, no dia 24 de fevereiro, padre Jofre, viu alguns rapazes molestando um jovem demente que em seus surtos de loucura, atacava a quem passasse por ali. Sensibilizado com o fato, o padre resolveu criar uma confraria com a missão de cuidar dos pobres e desamparados. Como era devoto de Nossa Senhora, escolheu a Virgem como protetora da confraria, sob o título de Nossa Senhora dos Desamparados.
A partir de então empreenderam busca a uma imagem que melhor representasse a Virgem dos Desamparados, sem no entanto, obter sucesso. Por conta disso, foi organizada uma concorrência pública para escolha dos escultores da imagem de Nossa Senhora dos Desamparados. Dois escultores peregrinos, se ofereceram para esculpir a imagem mas exigiram para isso, privacidade. Foram então levados a uma hospedaria onde puderam trabalhar com tranquilidade, tendo apenas a companhia de uma senhora cega e paralítica, esposa de um dos confrades, que cuidava da hospedaria.
Ao final do trabalho, os escultores mostraram ao povo a imagem esculpida e antes que pudessem ser retribuídos pelo ótimo trabalho, eles desapareceram. O desaparecimento não chamou tanto a atenção das pessoas quanto ao fato de a senhora paralítica e cega ficar completamente curada de suas enfermidades.
O fato foi visto como um milagre de Nossa Senhora dos Desamparados e a capela construída pelo Pe. Jofre para abrigar sua imagem, logo ficou muito pequena para receber os peregrinos que a ela visitavam. A notícia da cura da senhora espalhou-se rapidamente, e em 1667, um santuário belíssimo foi construído para Nossa Senhora em Valência.
OREMOS:
Nossa Senhora dos Desamparados, acolhei os pedidos dos mais pobres e desamparados, cujo número só aumenta, conforme as crises econômicas, políticas e sociais que enfrentamos. Ajudai-nos a sermos filhos dedicados à causa do Reino e assim buscarmos sempre trabalhar em prol de quem precisa.
Nossa Senhora dos Desamparados, rogai por nós!
REFERÊNCIA:
BERALDI, Pe. Roque Vicente. 101 Títulos de Nossa Senhora na devoção popular. São Paulo: Ed. Paulus, 2012.
BISINOTO, Pe. Eugênio. Conheça os Títulos de Nossa Senhora. Aparecida, SP: Ed. Santuário, 2010.

ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

54º dia, Nossa Senhora do Pantanal


Por Deiber Nunes Martins
Devoção tipicamente brasileira, nasceu na Diocese de Corumbá, Mar Grosso do Sul. A Virgem do Pantanal é uma linda imagem que segundo Dom Milton, bispo de Corumbá que autorizou a devoção e a proclamou Padroeira do Pantanal, tem os traços de Nossa Senhora Aparecida.
Sua imagem, esculpida por um artista local, é a Virgem Maria de pé com as duas mãos postas, envolta em um manto bordado com folhas e flores de camalotes. Na cabeça, uma coroa de pequenas folhas e flores de camalotes, destacando-se três botões de flores, simbolizando a íntima relação da Virgem Maria com a Santíssima Trindade.
Feita de acordo com a cultura e as riquezas pantaneiras, Nossa Senhora do Pantanal não só traz o povo pantaneiro pra debaixo do manto da Virgem, como identifica Maria como alguém de casa, para essas pessoas.
OREMOS:
Oh Virgem do Pantanal, rogai por vossos filhos brasileiros, que sofrem com a grave crise política e econômica que acomete ao nosso país.
Nossa Senhora do Pantanal, velai por nós!
Fonte: BISINOTO, Pe. Eugênio. Conheça os títulos de Nossa Senhora. Aparecida, SP, 2010.



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

53º dia, Nossa Senhora das Américas


Por Deiber Nunes Martins
A história da colonização do Continente Americano é marcada por guerras, mortes, massacres de indígenas, escravidão e ganância pelo ouro. No entanto, o colonizador europeu não trouxe só violência em sua bagagem. Trouxe também a devoção a Maria Santíssima. Seja no Caribe, na América Central ou na América do Sul, aonde os europeus aportavam, deixavam imagens da Mãe de Jesus que passavam a incorporar a vida naqueles locais.
Assim, Nossa Senhora se torna padroeira da América Latina e do México, como Nossa Senhora de Guadalupe. Do Uruguai, com Nossa Senhora dos Trinta e Três; da Colômbia, como Nossa Senhora de Chinquinquirá; de El Salvador, como Nossa Senhora da Paz; de Porto Rico, como Nossa Senhora da Divina Providência; da Argentina, como Nossa Senhora de Lujan; do Chile, como Nossa Senhora do Carmo; do povo guatemalteco, como Nossa Senhora do Rosário; de Cuba, como Nossa Senhora da Caridade do Cobre e do Brasil, como Nossa Senhora Aparecida.
Tantos e tantos nomes denominam Maria no continente americano. E todos estes nomes querem dizer uma só coisa: Maria é mãe da América e por isso, a chamamos também de Nossa Senhora das Américas.
OREMOS: Senhora das Américas, tu fostes proclamada e exaltada por todo o continente americano, trazida pelo colonizador em meio a tantos momentos difíceis e a tantas dores. Mas em tudo, um olhar de esperança e este olhar somente vós nos revela. Vós que soubestes servir a Deus em seu projeto salvífico, ajudai aos povos da América a serem mais unidos e fiéis a Teu Filho, Jesus Cristo.
Nossa Senhora das Américas, rogai por nós!
REFERÊNCIAS:
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo, SP: Ed. Paulus, 2014.
Blog Nossa Senhora das Américas. Disponível em http://nossasenhoradasamericas.blogspot.com.br/ , acessado em 09/11/2016 às 16:25.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

52º dia, Nossa Senhora de Bandra


Por Deiber Nunes Martins
Na Índia, a devoção a Nossa Senhora de Bandra, movimenta não só os católicos mas muitas pessoas de diversas denominações religiosas. Na cidade de Bandra, situada na costa noroeste de Bombaim, foi durante o século XVI uma possessão portuguesa. Talvez a influência portuguesa tenha contribuído para a construção do Santuário Mariano, que hoje reúne cerca de 50 mil pessoas todos os anos.
A Mãe de Jesus no solo indiano tem uma forte contribuição ao resgate da dignidade da mulher. Na sociedade de castas indiana a menina sempre foi desvalorizada. Por isso, a Igreja na Índia celebra junto com o dia de Nossa Senhora do Carmo, o dia da Menina, reunindo no Santuário de Bandra fiéis e pessoas de outras religiões, visando a valorização da mulher.
Talvez seja esta a maior Graça que a Virgem Maria ofereça aos indianos: o amor e a acolhida. Certamente é por isso que ela consegue unir diferentes religiões e religiosidades, numa terra onde o sincretismo religioso é algo quase que inimaginável. Tem coisas que só a Mãe de Deus consegue.

OREMOS:
Doce Mãe, em muitos lugares a mulher é humilhada e subjugada como raça inferior. Assim, acontece na Índia, onde as mães choram o parto de suas filhas. Vós que sempre nos mostrastes vossa Realeza não só no privilégio de seres a Mãe do Salvador mas também no teu jeito de ser, ajudai as mulheres que sofrem a violência doméstica e as humilhações da sociedade. Afastai da humanidade o machismo que aliena, o feminismo que escraviza e todas as ideologias que separam o homem da mulher e que os colocam em lados opostos numa estúpida disputa de poder. Maria Santíssima, convertei os corações masculinos para que estes aprendam a amar e respeitar suas mulheres. Dai autoestima necessária aos corações femininos para que não se sujeitem a qualquer migalha dos homens. Ensinai tanto a homens quanto a mulheres a terem respeito uns pelos outros.
Nossa Senhora de Bandra, velai por nós!
REFERÊNCIAS:
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo, Ed. Paulus, 2014.
Portal Gaudium Press, disponível em http://www.gaudiumpress.org/content/62532-Festa-da-Natividade-de-Nossa-Senhora-atrai-milhares-a-Igreja-na-India último acesso em 19/12/2016 às 14h37min.



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

51º dia, Nossa Senhora dos Pés de Prata


Por Deiber Nunes Martins
Este título mariano e sua consequente devoção nasceram na cidade francesa de Toul, no ano de 1284. Segundo uma lenda da região, um casal, tendo uma graça alcançada, resolveu presentear Nossa Senhora. Depositaram então, aos pés da Virgem, um par de sandálias de prata, na catedral de Toul. Daí nasceu o nome de Nossa Senhora dos Pés de Prata.
A catedral de Toul demorou cerca de cinco séculos para ficar pronta, numa obra iniciada no século X e terminada no século XV. A beleza de sua fachada impressiona, no entanto, não há como comparar à decoração de seu interior, uma vez que esta foi completamente destruída durante a Revolução Francesa.

OREMOS:
Nossa Senhora dos Pés de Prata, atendei o clamor do vosso povo, que sofre as injustiças dos poderosos. Não deixais que o pobre padeça os sofrimentos causados pelo egoísmo dos ricos. Sobretudo no Brasil, oh Mãe, olhai por aqueles que são menos assistidos pelo poder público, pelos doentes que sofrem os flagelos de um sistema de saúde precário, olhai por aqueles que têm fome e sede de aprender, mas que são vítimas de um ensino público miserável. Olhai, oh Mãe, pelos aposentados, que precisam trabalhar até a morte para completar a renda que recebem. Olhai pelos desempregados e por aqueles que estão no sub-emprego, sem perspectivas de crescimento e desenvolvimento pessoal. Olhai pelo eleitor, que deseja escolher o melhor para o seu país mas não dispõe de boas opções e ainda sofre com as complexas e nefastas regras eleitorais que elevam ao poder pessoas sem nenhum compromisso com o bem comum.
Nossa Senhora dos Pés de Prata, que vossos pés pisem a inconsequente ganância dos poderosos. Livrai o povo brasileiro dos esquemas, da politicagem e da corrupção. Favorecei os homens de boa fé e boa vontade a combaterem o bom combate e exercerem a política por vocação e em prol de toda a sociedade.

Nossa Senhora dos Pés de Prata, velai por nós!

REFERÊNCIA:
ADUCCI, Edésia. Maria e seus Títulos Gloriosos. São Paulo: Ed. Loyola, 2003.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

50º dia, Nossa Senhora de Antime


Por Deiber Nunes Martins
Antime é uma localidade situada junto à cidade de Fafe, pertencente ao Distrito de Braga, região norte de Portugal. Foi em Antime onde um dia encontraram uma imagem da Virgem Maria, mais especificamente a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia. Também à mesma época, a população de Fafe, pleiteou o direito a ter a imagem, alegando ter ela aparecido em seus domínios.
Esta disputa entre a Freguesia de Antime e o distrito de Fafe acirrou-se, gerando, para resolução do imbróglio um acordo entre as partes, bem inusitado. Conforme este acordo, a imagem seria colocada em um carro de bois, que sem comando, se guiaria na direção do povoado vencedor do direito de ter a imagem. Feito isso, o veículo guiou-se rumo ao povoado de Antime, que passou a ter o direito de possuir a imagem. Imagem esta que foi denominada Nossa Senhora de Antime e não muito depois, também passaria a ser conhecida como Senhora do Sol, visto que os produtores rurais da região a invocavam, sempre que precisavam de tempo aberto, ensolarado, para seus plantios.
Uma outra versão da história, conta que a imagem de Nossa Senhora de Antime pertencente a um convento da região e que todos os anos, sempre no mês de julho, uma imponente procissão leva a imagem de Antime para a cidade de Fafe, onde a festa em sua honra é celebrada.
OREMOS:
Nossa Senhora de Antime, protetora do povo português, olhai não só pelo povo lusitano, mas por todos aqueles que tanto precisam de sua intervenção nas diversas calamidades da vida. Auxiliai, óh Mãe, as mães que passam por uma gestação delicada, e os pais de família que convivem com o flagelo do desemprego. Curai, Senhora, os doentes e suas feridas do corpo e da alma.
Nossa Senhora de Antime, velai por nós!
REFERÊNCIA:
Site do município de Fafe, Portugal. Disponível em http://www.cm-fafe.pt/pt/completo/57 , acessado em 11/11/2016 às 10:43.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

49º dia, Nossa Senhora de Sipária


Por Deiber Nunes Martins
A aldeia de Sipária, em Trinidad e Tobago foi onde se construiu a primeira capela em honra a Santíssima Virgem, sob o título de Nossa Senhora Divina Pastora, ou Nossa Senhora de Sipária. A imagem de Nossa Senhora de Sipária foi trazida pelos espanhóis, quando Cristóvão Colombo descobriu o Continente Americano.
A imagem teria sido encontrada pelos índios, na mata e estes índios teriam construído para ela uma pequena ermida. Tempos mais tarde, tentaram levar a imagem para a aldeia de Oropenche, onde o acesso dos peregrinos seria facilitado. Porém, sentiram que não era vontade de Maria, que ela queria que a imagem permanecesse em Sipária.
E no Santuário de Nossa Senhora da Sipária, fiéis de Trinidad e Tobago, e também das Antilhas, da Venezuela e do Brasil se reúnem para celebrar em honra a Virgem Maria. A festa de Nossa Senhora da Sipária acontece sempre no segundo domingo da Páscoa.
OREMOS:
Nossa Senhora de Sipária, abençoai os povos da América. Afastai de nós o perigo das guerras, da fome e das catástrofes do clima. Intercedei pelos menos favorecidos, que tanto precisam do carinho da Mãe do Nosso Senhor.
Nossa Senhora de Sipária, velai por nós!
REFERÊNCIAS:
Site Nossa Senhora das Américas, disponível em http://nossasenhoradasamericas.blogspot.com.br/2010/05/nossa-senhora-de-siparia-padroeira-de.html acesso em 11/11/2016 às 14:07.
Site do Santuário Nacional de Aparecida, disponível em http://www.a12.com/santuario-nacional/formacao/detalhes/nossa-senhora-de-siparia


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

48º dia, Nossa Senhora de Crea



Por Deiber Nunes Martins
O Monte Crea fica nos Alpes, na região limítrofe entre a Itália e a França, chamada Piemonte. Neste belíssimo local, Santo Eusébio, bispo de Vercelli, mandou erigir uma capela em honra a Nossa Senhora. Seu objetivo era santificar o Monte Crea, tido como local de cultos pagãos. Era o ano 350.
Depois anos depois, após uma temporada de exílio no oriente, Santo Eusébio trouxe 3 imagens de Nossa Senhora, deixando uma em sua terra natal, a Sardenha, outra em Oropa e a terceira na capela no Monte Crea.
Ao longo dos séculos a pequena capela de Nossa Senhora de Crea foi diversas vezes reconstruída, assim como a imagem, restaurada. A última restauração, findada no início da década de 1990, retirou da imagem sua cor original, que a colocava no rol das imagens marianas de cor negra ou morena.
Foi a partir do século XV, que a pequena capela no Monte Crea, começou a dar lugar ao santuário mariano dos mais expressivos que se tem hoje. Tal feito se deu por obra dos monges Lateranenses, homens de elevada cultura e dons artísticos. A partir do século XIX, a Igreja deu à ordem dos frades menores a responsabilidade de guarda do santuário de Nossa Senhora de Crea. E a partir de 1992, o Vaticano entregou a responsabilidade do Santuário de Nossa Senhora de Crea aos padres da diocese de Casalle Monferato.
OREMOS:
Maria, grandiosos são os sinais de teu amor e proteção a vossos filhos. Quão maravilhosos são os caminhos que nos levam a esta santa devoção. E o santuário do Monte Crea é um deles! Obrigado, oh Mãe, por despertar em nós o ardor missionário e a vontade de cada vez mais conhecer a Vosso Filho. Que por meio de voz, Maria Concebida Sem Pecado, nos acheguemos a Ele, Cristo Jesus!
Nossa Senhora de Crea, velai por nós!
REFERÊNCIAS:
Página do blog “Mãe de Jesus”, disponível em http://maejesus.blogspot.com.br/2016/02/nossa-senhora-de-crea.html  

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

47º dia, Nossa Senhora da Atocha


Por Deiber Nunes Martins
A Espanha sempre teve muito carinho e devoção com a Mãe de Deus (Theotókos). Por isso, o sumiço da imagem de Maria Mãe de Deus causou assombro e desespero em muitas pessoas, entre elas, um fervoroso devoto de Nossa Senhora, de nome Gracian Ramirez.
Era tempo das invasões muçulmanas e o povo espanhol sofria severa repressão. A prática da religião cristã, só era permitida dentro das igrejas e de forma secreta. Por conta dessa repressão dos muçulmanos, Gracian entrou em desespero quando chegou à Capela e não encontrou a imagem da Mãe de Deus no altar. Imaginou ele que a perseguição dos muçulmanos recrudescera e que por isso, sua esposa e filha sofreriam as mais atrozes violências, da parte do inimigo. Assim, em desespero, matou-as a fio de espada, para livrá-las daquele infortúnio. Em seguida, se pôs junto a outros fiéis na procura da imagem venerada.
Algum tempo depois, os devotos encontraram a imagem da Mãe de Deus no meio de uma plantação de Atochas, que são uma espécie de gramínea, cultivada para a cura de algumas enfermidades. Jubilosos, tentaram retirar do meio das atochas a imagem de Nossa Senhora, porém sem sucesso. Perceberam então, que ali deveriam construir uma capela para Maria.
O comandante das tropas muçulmanas, entretanto, ao ver aquela aglomeração no meio da plantação das atochas, partiu para o ataque com seus exércitos, julgando ser aquele um movimento de sublevação do povo espanhol. O povo, inclusive Gracian Ramirez partiu para a contra-ofensiva, derrotando bravamente todo o exército muçulmano. O povo compreendeu a vitória como mais um dos milagres de Nossa Senhora e pôs-se a festejar, a exceção de Ramirez.
Este, desolado, voltou até o lugar onde a imagem estava, presa às atochas, para rezar pelas almas de sua mulher e filha. E para sua surpresa, tão logo chegou ao local, encontrou as duas, de joelhos, rezando e agradecendo a intervenção da Mãe de Jesus. A princípio, não quis ele acreditar, mas tão logo sua esposa e sua filha acorreram a ele, percebeu que de fato elas estavam vivas e que aquele era mais um dos milagres da Mãe de Deus. A partir de então, o povo daquela região espanhola passou a reconhecer Nossa Senhora com um novo título: Nossa Senhora da Atocha.
OREMOS:
Quão grandiosos são os feitos, oh Mãe, que o Senhor faz por vossa intercessão. Ajuda-nos, Maria a compreender que Jesus Cristo vosso Filho é o Senhor e que com Ele no comando, nada precisamos temer. Ajuda-nos, óh Mãe, a crer na Providência Divina e assim não temermos nenhuma crise ou nenhuma maldade dos nossos governantes.
Nossa Senhora da Atocha, velai por nós!
REFERÊNCIAS:
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo, SP: Ed. Paulus, 2014.
Portal do Santuário Nacional de Aparecida, disponível em http://www.a12.com/santuario-nacional/formacao/detalhes/nossa-senhora-da-atocha 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

46º dia, Nossa Senhora do Sameiro


Por Deiber Nunes Martins
O Monte Sameiro, situado ao norte de Portugal, era até o final da Primeira Guerra, o local de peregrinação mariana mais conhecido no mundo. Pe. Martinho, vigário de Braga, mandou colocar, em 1871, no cume da montanha, no alto do Monte Sameiro, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. A belíssima imagem, trazia Nossa Senhora com a mão direita no peito e a esquerda erguida, abençoando as terras aos pés daquele monte.
Já em 1871, na primeira peregrinação, ocorrida em junho, mais de 60 mil pessoas subiram ao monte, indicando que ali seria um local de constante visitação. Assim, não demorou a ser construída uma capela em honra a Virgem do Sameiro.
OREMOS:
Oh Maria Concebida sem Pecado, rogai por nós que recorremos a Vós! Afastai de nós, oh Mãe, toda maldade do mundo. Fazei com que tenhamos um coração manso e humilde como o de Cristo e que assim saibamos acolher aos mais pobres e desfavorecidos. Virgem do Sameiro, olhai por aqueles que estão desamparados, por aqueles a quem as leis dos homens não alcançam.
Nossa Senhora do Sameiro, velai por nós!
REFERÊNCIA:
Site “Maria, Mãe da Igreja”, disponível em http://www.mariamaedaigreja.net/textos/Nossa%20Senhora%20do%20Sameiro%20(1871)%20Morro%20Sameiro%20Portugal.pdf, acessado em 27/12/2016 às 17h41min.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

45º dia, Nossa Senhora de Bistrica


Por Deiber Nunes Martins
Bistrica é uma vila ao norte de Zagreb, na Croácia. Em meados do século XV, a imagem de Nossa Senhora foi escondida na parede da igreja de Marija Bistrica e lá ficou esquecida, até 1684, quando foi colocada num altar. A partir de então, inúmeras peregrinações aconteceram até o ano de 1880 quando um grave incêndio consumiu a igreja. Por um milagre, a imagem de Nossa Senhora permaneceu intacta.
A imagem de Nossa Senhora de Bistrica tem a cor negra e para o fato há duas versões: uma delas são os efeitos do incêndio do final do século XIX. A outra versão seria a de que os escultores daquele tempo, costumavam esculpir Nossa Senhora com a pele escura, inspirados pelo Antigo Testamento, onde consta que o Rei Salomão admirava a pele escura das mulheres de Jerusalém.
A igreja de Marija Bistrica era dedicada a Nossa Senhora das Neves até o século XIX quando passou a receber o nome de Majka Bozja Bistricka, que quer dizer Mãe de Deus de Bistrica. Em 1923, por ordem do Papa Pio XI, o santuário recebeu o título de Basílica Menor e alguns anos depois, o arcebispo de Zagreb coroou de forma solene a imagem de Nossa Senhora, proclamando-a Rainha de todo o povo croata.
OREMOS:
Oh Senhora Mãe dos Povos, Mãe de Deus de Bistrica, abençoai o povo croata, assim como todos os povos do leste europeu. Alguns desses povos têm sofrido privação de direitos e liberdades individuais, outros, sofrem o flagelo das guerras e sofrimentos. Cuidai, Mãe, desses teus filhos, que muito precisam do vosso auxílio.
Nossa Senhora de Bistrica, rogai por nós!

REFERÊNCIAS:
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos.  São Paulo: Ed. Paulus, 2014.
Portal A12 – Santuário Nacional de Aparecida. Disponível em http://www.a12.com/santuario-nacional/formacao/detalhes/nossa-senhora-de-bistrica, acessado em 27/12/2016 às 15h17min.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

44º dia, Nossa Senhora da Serra



Por Deiber Nunes Martins
Esta devoção remonta o princípio do Cristianismo e vem da pequena cidade de Cabra, na Espanha.
Havia nesta cidade, um templo dedicado a uma deusa pagã. Sobre este templo foi construída uma igreja dedicada a São João Batista. No altar dessa igreja era venerada uma imagem de Nossa Senhora, esculpida por São Lucas, ainda no século primeiro.
Tempos mais tarde, durante as invasões muçulmanas, a imagem foi escondida em uma gruta. E muito tempo depois, em 1244 foi encontrada por um pastor no alto de uma serra conhecida como “El Picacho”.
Os aldeões levaram a imagem da Virgem de volta para a Igreja de São João Batista de onde ela havia sido retirada. Mas por repetidas vezes, a imagem misteriosamente voltou para a serra de El Picacho. Então, os moradores de Cabra entenderam que precisavam construir uma igreja para a Virgem da Serra em El Picacho. E assim foi feito, com a construção sendo terminada ainda no século XIV.
OREMOS:
Nossa Senhora da Serra, bem que poderíeis ser a padroeira de Minas. Esta terra rodeada de montanhas, de serras. Oh Virgem, pela associação com o relevo deste Estado e também por vossa magnífica bondade, abençoai o povo mineiro, sobretudo o povo sofrido de Bento Rodrigues. Cuida das famílias que perderam seus entes queridos, suas casas e seus pertences. Zele pelo povo ameaçado pelas barragens de rejeitos. Interceda, oh Mãe, por todos nós que amamos nossas Minas Gerais.
Nossa Senhora da Serra, velai por nós!
REFERÊNCIA:
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.


domingo, 12 de fevereiro de 2017

43º dia, Nossa Senhora de Gunadala


Por Deiber Nunes Martins
Vijayawada é uma cidade do Estado de Andhra Pradesh, na Ìndia, próximo ao rio Krishna. Foi nesta cidade que em 1924, Pe. Paulo Arlati mandou que colocassem no ponto mais alto da cidade, numa colina situada no bairro de Gunadala, a imagem de Nossa Senhora de Lourdes que recebera da Itália. Vijayawada é uma cidade populosa, com mais de 1 milhão de habitantes, onde coabitam hindus, muçulmanos, cristãos e diversas outras religiões.
Com o passar do tempo, sem que houvesse qualquer anúncio ou divulgação, o povo começou a subir a colina de Gunadala para tocar os pés da alva imagem de Maria Santíssima e oferecer-lhe incenso, flores, velas e bananas. Como o movimento de pessoas tornou-se intenso, construíram duas escadas para a subida da colina.
Assim como em Lourdes, dia 11 de fevereiro é comemorada uma festa em honra à Nossa Senhora, onde a maioria dos festeiros não é católica. Milhares de pessoas de todos os cultos e religiões sobem a colina e fazem suas orações e oferendas à Mãe de Jesus. Neste dia, Nossa Senhora é coroada por um muçulmano. Muitas pessoas fazem votos e promessas à Virgem e por isso mandou cortar os cabelos. Muitos peregrinos carregam o rosário no pescoço.
No hospital de Vijayawada são confirmadas curas de diversas doenças entre elas a lepra e o câncer, de pessoas que participaram das peregrinações. Mesmo de diferentes religiões, a devoção do povo se assemelha à de Lourdes, Fátima ou Medjugorje.
Um sinal da presença de Maria na colina de Gunadala é o fato de as guerras entre muçulmanos e hindus ter levado a Índia e o Paquistão a uma ferrenha cisão, e Vijayawada com sua maioria de muçulmanos em um país de maioria hindu, ter ficado livre de qualquer conflito entre os beligerantes. A cidade tornou-se um lugar de oração, onde as peregrinações são feitas em clima de fraternidade e paz entre cristãos, muçulmanos e hindus. Nas palavras de um brâmane da região fica uma importante lição e o maior desejo de Nossa Senhora: “Maria é mãe também de nós, os hindus”.
OREMOS:
Santa Maria de Gunadala, vós sois o fruto da maravilhosa devoção de Lourdes, numa terra que poderia ser considerada inóspita para nós católicos. E no entanto, vossas graças também se achegaram ao solo indiano, unindo muçulmanos, cristãos e hindus num só povo, o povo de Deus! Como deve ser lindo o sobe e desce de pessoas de diferentes culturas a prestar-lhe homenagem! Como deve ser linda, vossa coroação feita por um islamita! Virgem Maria, obrigado por nos mostrar o caminho da paz. Que esta paz chegue aos corações dos homens em todas as partes do mundo!
Nossa Senhora de Gunadala, velai por nós!
REFERÊNCIAS:
ROMAN, Ernesto N. Aparições de Nossa Senhora: suas mensagens e milagres. São Paulo: Ed. Paulus, 2015.
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.



sábado, 11 de fevereiro de 2017

42º dia, Nossa Senhora de Lourdes


Por Deiber Nunes Martins
Lourdes é uma cidadezinha situada no alto dos Pirineus, na França, quase na fronteira com a Espanha. Quatro anos depois do Papa Pio IX proclamar o dogma da Imaculada Conceição, a Virgem Maria resolveu confirma-lo, aparecendo a partir de 11 de fevereiro de 1858, a uma jovenzinha da região, chamada Bernardete Soubirous. Esta jovenzinha de 14 anos, com a saúde debilitada, estava às margens do rio Gave na gruta Massabiele, pegando lenha quando ouviu um ruído, parecendo uma rajada forte de vento. Olhou então na direção da encosta e avistou uma belíssima senhora com um rosário nas mãos e com um sorriso nos lábios. Inclinando a cabeça, Nossa Senhora saúda Bernardette e com o crucifixo do rosário faz o sinal da cruz. Àquele gesto, Bernardette, admirada com a imagem de Maria, retirou seu rosário da bolsa e começou a rezar. Nossa Senhora a acompanhou durante toda a oração, movendo as continhas do rosário com os dedos e inclinando a cabeça a cada Glória. Ao final do rosário, Maria desapareceu sem nada falar.
Voltaria a Mãe de Jesus a aparecer dois dias depois, também sem nada dizer. Na terceira aparição, Bernardette indaga à Virgem se ela poderia escrever num pedaço de papel o seu nome. E Maria responde não ser necessário e convida a menina a voltar àquele lugar por mais quinze dias. Nesta aparição, Maria se despede de Bernardette dizendo:
“Não te prometo fazer feliz neste mundo, mas sim no outro”.
Nas aparições seguintes, Maria pedia a Bernardette que rezasse pelos pecadores. Em duas aparições, ela repetiu por três vezes a palavra “Penitência...”
E depois por mais dezoito vezes ao longo do mesmo ano, sempre em uma gruta. Em todas as aparições, a Virgem Maria insistia na conversão e penitência dos pecadores. Bernardette se penitenciava à medida em que aconteciam as aparições: beijava e cavava a terra com as mãos, bebia água lodosa, comia ervas amargas. Em uma das aparições, os demônios começaram a dar gritos assustadores. Nossa Senhora apenas levantou a cabeça e os gritos cessaram. A partir da 11ª aparição, a multidão de fiéis começou a imitar a pequena Bernardette nos exercícios penitenciais. Na 13ª aparição, Maria pediu à menina que dissesse aos sacerdotes para se dirigirem ao local em procissão e que se fizesse uma capela.
No dia 25 de março de 1858, Nossa Senhora disse à Bernardette:
“Eu sou a Imaculada Conceição”.
Acontece que a menina não sabia o que aquele nome significava e antes que pudesse perguntar, Maria desapareceu. Bernardette então acorreu ao pároco sobre esta aparição e ele perguntou se a senhora das aparições não seria a Virgem Maria. A menina foi categórica: “Não! Eu creio que não. É a Imaculada Conceição”.
Pobre Bernardette, tão jovenzinha! Desconhecia ela que 4 anos antes, o Santo Padre havia proclamado o dogma da Imaculada Conceição. E a partir daquele dizer, o pároco então deu crédito às aparições.
Após exaustivo trabalho de investigação e interrogatórios à Bernardete, uma comissão da Diocese de Tarbes, a qual a cidade de Lourdes pertence, concluiu pela veracidade das aparições e das curas ocorridas na região. Então, em 11 de fevereiro de 1862, o bispo de Tarbes aprovou o culto a Nossa Senhora de Lourdes.
Tempos depois, Bernardete entrou para o Convento de Nevers. Sob muitos sofrimentos físicos e morais, ela manteve sua simplicidade e mansidão. E estas virtudes fizeram dela santa, canonizada em 2 de julho de 1933.
O pedido de Nossa Senhora de Lourdes a seus fiéis pela conversão, é também um refrigério aos doentes e a quem sofre. Lourdes é a Virgem dos enfermos, daqueles que padecem sofrimentos corporais. Sofrem pelo peso dos pecados. Todo pecador é um enfermo que precisa buscar sua conversão e cura. Precisamos seguir o conselho de Nossa Senhora de Lourdes. Inúmeras pessoas procuram a gruta de Lourdes por conta da fonte de água milagrosa que brota de lá. O que muita gente não sabe é que aquela fonte não existia antes da aparição de Nossa Senhora. As águas começaram a brotar daquela terra quando Nossa Senhora pediu Bernardette que buscasse água no solo seco da gruta e a menina obedeceu, mostrando toda a sua fé.
A belíssima região francesa de Lourdes, hoje é lugar de peregrinação dos fiéis de todo o mundo. Mais de 5 milhões de peregrinos visitam Lourdes anualmente. Por ser o lugar das aparições da Virgem uma gruta, Nossa Senhora de Lourdes também é conhecida como Nossa Senhora da Gruta.
OREMOS:
Senhor, quantos são aqueles que sofrem nos hospitais, nas enfermarias, nos leitos dos asilos, ou mesmo em casa, as privações de uma vida saudável. Quantos são os enfermos que levam uma vida de sofrimento, de dores, como viveu a pequena Bernardette?
Dá-nos, Senhor a graça de acolher o conselho de Nossa Senhora de Lourdes. Abra o nosso coração à conversão. Ó Mãe de Lourdes, interceda por nós, servos sofredores. Interceda pela Igreja que sofre nos hospitais, nos asilos. Interceda por todos os enfermos em casa e nos hospitais. Ajuda-nos a suportar com fé e esperança os momentos de sofrimento. Amém.

Nossa Senhora da Gruta, rogai por nós!
Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

REFERÊNCIAS:
ALVES, Aparecida Matilde. Maria de Todos os Povos - Um mês com Nossa Senhora
BERALDI, Pe. Roque Vicente. 101 Títulos de Nossa Senhora na Devoção Popular. São Paulo: Ed. Ave Maria, 2012.
BISINOTO, Pe. Eugênio. Conheça os Títulos de Nossa Senhora. Aparecida, SP: Ed. Santuário, 2010.
ROMAN, Ernesto N. Aparições de Nossa Senhora suas mensagens e milagres. São Paulo, Ed. Paulus, 2015.
ZANON, Frei Darlei. Nossa Senhora de Todos os Nomes: Orações e História de 260 Títulos Marianos. São Paulo: Ed. Paulus, 2014.