quarta-feira, 26 de março de 2008

Atlético: 100 Anos de Paixão (Parte III)

Ser Atleticano

Por Deiber Nunes Martins

Ser atleticano é ter o privilégio de fazer parte de uma nação de torcedores fanáticos, apaixonados e fiéis. Ser atleticano é exibir orgulhoso as marcas de uma batalha, tendo na memória os melhores momentos do último triunfo. Ser atleticano é um caráter das Minas Gerais é inerente ao bom mineiro.
O Atleticano torce contra o vento, contra tudo e contra todos que desafiarem seu Galo Forte e Vingador. Sua paixão incondicional o faz chorar amargamente cada derrota e ao mesmo tempo comprar o ingresso para a próxima partida. O atleticano é assim. Protesta quando a diretoria quer lhe fazer engolir um time medíocre, cobra jogador de qualidade e classifica quem é capacitado a vestir o manto alvinegro e quem não é. Atleticano ensina o filho sobre amor e paixão levando-o ao Mineirão pra ver jogo do Galo. Ser Atlético é uma festa!
Torcedor do Galo se vê de longe: é o autêntico apaixonado que de tão apaixonado chega a ser enjoado. Mas é gente boa. Um atleticano é a alegria da casa em dia de triunfo em clássico e precisa ser consolado quando lhe sobra a dor da derrota. Por isso, todo atleticano precisa do amor da mulher amada e somente ela é capaz de entender tamanho amor por um time de futebol.
Que se iludam os cruzeirenses, famosos graças a boa fase de seu time e às insistentes campanhas mercadológicas da mídia, sobretudo a televisiva. Não questiono que ao sair de Minas Gerais se encontre mais torcedor do time do Barro Preto que do Galo. E que isso talvez até aconteça fora da região de entorno de Belo Horizonte. Talvez seja uma verdade que só um censo demográfico seja capaz de colocar prova. Não importa.
O que importa é que atleticano nasce atleticano. Quem é atleticano o é de verdade. Está no sangue, na conjuntura genética. A concorrência azul tem muito é simpatizante, torcedor de momento que não sabe nem a escalação do time. No glorioso Clube Atlético Mineiro, não há simpatizantes. Há atleticanos de verdade!
Por isso, não comemoramos só cem anos de um clube de futebol. Mas também cem anos de uma paixão. Paixão que não acaba e vira caso de amor a cada nova partida. Parabéns, Galo! Parabéns a cada atleticano que assim como eu, tem a honra de ser apaixonado!

Belo Horizonte, 25 de março de 2008.

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