Por Dalvimar Gallo, Anjos de Resgate
Pai, eu sei que teu silêncio, só, me basta
Que o teu calar diz mais do que palavras
Mas sabes no momento que eu preciso ouvir
Ouvir tua voz.
Pai, eu sei q errei e quero te pedir perdão
Talvez o teu silêncio seja a correção
Talvez eu não esteja tão maduro assim
Pra te ouvir falar.
Pai, desesperado eu clamo tua compaixão
Não posso suportar a dor da solidão
Sussurra ao menos algo ao meu coração, e então
Me diz, qual é o meu caminho, minha direção
Minh'alma está gritando, pronta pra te ouvir
Renunciei minha vida e hoje estou aqui.
Fala ao meu coração, as coisas do teu coração
Se tua palavra me fizer chorar, sei que é por amor
Quebra o silêncio então, toca-me com tua mão
Fala com tua voz de Pai, dá-me a tua paz.
Filho, eu sempre estou falando pra quem quer ouvir
E mesmo se eu não falo, sempre estou aqui
Até quando descanso, olho por ti
Por ti.
Filho, se a vida te machuca, sofro por ti
Carrego-te nos braços, pode crer
Confia teu futuro em minhas mãos
Filho meu.
Sim, esqueça o teu passado, já te perdoei
Por tantas vezes tua vida eu restaurei
Sou eu quem te renova e te faz feliz, feliz.
Não, não fique assim gritando, pois já estou aqui
Faça silencio em torno do teu coração
O meu falar é baixo, podes não me ouvir.
Dá-me teu coração, as dores do teu coração
Se minha palavra te fizer chorar, saiba é por amor
Dá-me teu coração, as dores do teu coração
Falo com minha voz de Pai, dou-te a minha paz.
Pai, eu sei que teu silêncio, só, me basta.
segunda-feira, 31 de março de 2008
domingo, 30 de março de 2008
A Decisão Tomada
Por Deiber Nunes Martins
Caríssimos amigos! Venho por meio deste informar sobre uma decisão que tomei, com certo atraso até, mas que mesmo assim se faz essencial em minha vida. A decisão, inspirada na mulher que eu amo é a seguinte: invadir o céu com minhas insistentes orações.
Tal pedido veio-me na mente após o Aviva Belô, de ontem, aqui no Mineirinho. Me veio claramente que é o que devo fazer. Arriscar-se mais na Providência Divina. Clamar mais por ela em minha vida e na vida de Bi. Nossos caminhos não se cruzaram por acaso. Isto é fato. Talvez Deus espere isso de mim. Espere que eu dê o primeiro passo e que insista. Talvez eu ainda não saiba o poder de uma oração. E seja nisso que Deus esteja trabalhando em mim. Então, a minha insistente oração é necesária. É o que devo fazer.
Dentro dessa minha decisão convido a todos vocês meus leitores a clamarem aos céus pelo milagre. Se quiserem me ajudar a pedir pelo meu, eu ficarei agradecido. Mas, clamem pelo milagre de Deus na vida de vocês. Todos nós temos uma situação, um momento em que Deus pode entrar em nossas vidas e fazer a diferença. Clamemos sem cessar por isso. Que minha decisão anime você a tomar outras decisões em busca deste Deus maravilhoso que tanto nos ama.
Belo Horizonte, 30 de Março de 2008.
Caríssimos amigos! Venho por meio deste informar sobre uma decisão que tomei, com certo atraso até, mas que mesmo assim se faz essencial em minha vida. A decisão, inspirada na mulher que eu amo é a seguinte: invadir o céu com minhas insistentes orações.
Tal pedido veio-me na mente após o Aviva Belô, de ontem, aqui no Mineirinho. Me veio claramente que é o que devo fazer. Arriscar-se mais na Providência Divina. Clamar mais por ela em minha vida e na vida de Bi. Nossos caminhos não se cruzaram por acaso. Isto é fato. Talvez Deus espere isso de mim. Espere que eu dê o primeiro passo e que insista. Talvez eu ainda não saiba o poder de uma oração. E seja nisso que Deus esteja trabalhando em mim. Então, a minha insistente oração é necesária. É o que devo fazer.
Dentro dessa minha decisão convido a todos vocês meus leitores a clamarem aos céus pelo milagre. Se quiserem me ajudar a pedir pelo meu, eu ficarei agradecido. Mas, clamem pelo milagre de Deus na vida de vocês. Todos nós temos uma situação, um momento em que Deus pode entrar em nossas vidas e fazer a diferença. Clamemos sem cessar por isso. Que minha decisão anime você a tomar outras decisões em busca deste Deus maravilhoso que tanto nos ama.
Belo Horizonte, 30 de Março de 2008.
Estação das Flores
Por Djanira Silva - Missionária Canção Nova
A sábia natureza ensina que é preciso respeitar o processo de espera
Quem já plantou uma semente e esperou os dias passarem para vê-la germinar, crescer e frutificar, certamente sabe dar mais valor a um campo florido. É que se leva um tempo determinado para cada coisa acontecer também na natureza, e as flores são sinais de etapas superadas. Apontam um novo tempo, uma nova estação.
Como é certo que colhemos o que plantamos, contemplar as flores nos encoraja a viver à espera do fruto. A sabia natureza nos ensina que é preciso respeitar o processo de espera; o problema é que muitas vezes nos esquecemos disso e queremos “colher” imediatamente, sem considerar o tempo certo para cada coisa.
Seria cômico ver que alguém plantou uma semente de abacate e, no dia seguinte, já quisesse colher seus frutos. Pior ainda, se essa pessoa ao não encontrar abacates se irritasse e arrancasse a semente da terra, ignorando o processo necessário para o seu desenvolvimento.
O que diríamos de uma situação assim? Talvez a achemos estranha, mas, muitas vezes, é isso que acontece conosco! Queremos colher no dia seguinte ou na mesma hora o que ainda estamos plantando, e quando não acontece como esperávamos, ficamos irritados, destruímos a “semente” e desistimos dos sonhos.
A Palavra do Senhor garante-nos que: “O que semeia com fartura, com abundância também ceifará” (II Coríntios 9, 6b). Mas também afirma que há um tempo para cada coisa debaixo dos céus: Tempo para plantar e tempo para colher... (cf. Eclesiastes 3, 1-15).
Aqui na Europa já é primavera, chegou a estação das flores! Estes dias passando por um campo bem florido, sentindo o frescor do entardecer, respirei fundo enquanto constatava que, com a natureza, também vivo uma nova estação, a “estação das flores”. O inverno passou, o deserto floriu e as flores que colho são sinais de que valeu a pena semear, cultivar e esperar.
É interessante perceber que saí desta terra no final do outono e voltei no início da primavera, Deus poupou-me do inverno, levou-me a viver o verão, com sua intensidade, em outro país. Seria tudo isso coincidência? Certamente não. Para nós que temos fé nada nesta vida é coincidência, tudo é fruto da Providência Divina. É preciso ter um olhar de fé e esperança em tudo o que vivemos e isso é também respeitar cada etapa da vida.
Reencontrando os amigos, constato que as sementes lançadas germinaram, cresceram e deram frutos... Vale a pena semear o bem, mesmo que seja com lágrimas e entre espinhos. No exercício da missão que assumo, no contato com diversas pessoas, infelizmente, encontro muita gente sem esperança, sem paciência e sem um sentido na vida. Muitas vezes, cansadas ou paralisadas em decepções ou sonhos perdidos. Pessoas que pararam de semear por não contemplarem de imediato o fruto de seus esforços.
Tenho certeza de que não é essa a vontade de Deus para nenhum de seus filhos. Mas compreendo também que, na verdade, o Senhor sempre respeita a nossa liberdade e espera de nós o mínimo de abertura para realizar a obra d’Ele. É preciso sair do comodismo!
Creio que temos muita força de vontade, disposição e coragem para serem utilizadas. É hora de reagir!
A cultura do imediatismo, na qual estamos inseridos, vai aos poucos minando em nós a disposição para cultivar e esperar o tempo de contemplar o milagre do germinar, crescer e desabrochar. Dá-se a impressão de que o homem pode tudo e na hora que ele determina. No entanto, o curso natural da vida nos ensina que não é bem assim. Os sábios já descobriram isso!
Estes dias conheci a história de um menino que compreendeu bem esse segredo, acredito que seu exemplo ilustra minhas palavras. Seu nome é Nike. Ele tinha apenas dez centavos no bolso quando procurou um fazendeiro e apontou para um tomate de aparência deliciosa, pendendo do pé. Disse-lhe:
"Dou-lhe dez centavos por aquele tomate", ofereceu o menino.
"Esse tipo de tomate custa vinte centavos", afirmou o fazendeiro.
"E aquele ali?" perguntou Nike, apontando para um tomate menor, mais verde e menos atraente. O fazendeiro concordou: “Aquele custa dez centavos”.
"Está bem", disse Nike, e fechou o negócio colocando o dinheiro mão do fazendeiro.
"Venho apanhá-lo daqui a duas semanas", conclui o garoto.
Podemos aprender com Nike, que investiu dez centavos em um tomate que valeria vinte no futuro. Se estivermos dispostos a semear agora – o bem que desejamos colher no amanhã e soubermos respeitar as etapas do desenvolvimento –, certamente veremos nosso campo florir e a estação das flores virá até nós.
Fátima, Portugal, em 30/03/2008
A sábia natureza ensina que é preciso respeitar o processo de espera
Quem já plantou uma semente e esperou os dias passarem para vê-la germinar, crescer e frutificar, certamente sabe dar mais valor a um campo florido. É que se leva um tempo determinado para cada coisa acontecer também na natureza, e as flores são sinais de etapas superadas. Apontam um novo tempo, uma nova estação.
Como é certo que colhemos o que plantamos, contemplar as flores nos encoraja a viver à espera do fruto. A sabia natureza nos ensina que é preciso respeitar o processo de espera; o problema é que muitas vezes nos esquecemos disso e queremos “colher” imediatamente, sem considerar o tempo certo para cada coisa.
Seria cômico ver que alguém plantou uma semente de abacate e, no dia seguinte, já quisesse colher seus frutos. Pior ainda, se essa pessoa ao não encontrar abacates se irritasse e arrancasse a semente da terra, ignorando o processo necessário para o seu desenvolvimento.
O que diríamos de uma situação assim? Talvez a achemos estranha, mas, muitas vezes, é isso que acontece conosco! Queremos colher no dia seguinte ou na mesma hora o que ainda estamos plantando, e quando não acontece como esperávamos, ficamos irritados, destruímos a “semente” e desistimos dos sonhos.
A Palavra do Senhor garante-nos que: “O que semeia com fartura, com abundância também ceifará” (II Coríntios 9, 6b). Mas também afirma que há um tempo para cada coisa debaixo dos céus: Tempo para plantar e tempo para colher... (cf. Eclesiastes 3, 1-15).
Aqui na Europa já é primavera, chegou a estação das flores! Estes dias passando por um campo bem florido, sentindo o frescor do entardecer, respirei fundo enquanto constatava que, com a natureza, também vivo uma nova estação, a “estação das flores”. O inverno passou, o deserto floriu e as flores que colho são sinais de que valeu a pena semear, cultivar e esperar.
É interessante perceber que saí desta terra no final do outono e voltei no início da primavera, Deus poupou-me do inverno, levou-me a viver o verão, com sua intensidade, em outro país. Seria tudo isso coincidência? Certamente não. Para nós que temos fé nada nesta vida é coincidência, tudo é fruto da Providência Divina. É preciso ter um olhar de fé e esperança em tudo o que vivemos e isso é também respeitar cada etapa da vida.
Reencontrando os amigos, constato que as sementes lançadas germinaram, cresceram e deram frutos... Vale a pena semear o bem, mesmo que seja com lágrimas e entre espinhos. No exercício da missão que assumo, no contato com diversas pessoas, infelizmente, encontro muita gente sem esperança, sem paciência e sem um sentido na vida. Muitas vezes, cansadas ou paralisadas em decepções ou sonhos perdidos. Pessoas que pararam de semear por não contemplarem de imediato o fruto de seus esforços.
Tenho certeza de que não é essa a vontade de Deus para nenhum de seus filhos. Mas compreendo também que, na verdade, o Senhor sempre respeita a nossa liberdade e espera de nós o mínimo de abertura para realizar a obra d’Ele. É preciso sair do comodismo!
Creio que temos muita força de vontade, disposição e coragem para serem utilizadas. É hora de reagir!
A cultura do imediatismo, na qual estamos inseridos, vai aos poucos minando em nós a disposição para cultivar e esperar o tempo de contemplar o milagre do germinar, crescer e desabrochar. Dá-se a impressão de que o homem pode tudo e na hora que ele determina. No entanto, o curso natural da vida nos ensina que não é bem assim. Os sábios já descobriram isso!
Estes dias conheci a história de um menino que compreendeu bem esse segredo, acredito que seu exemplo ilustra minhas palavras. Seu nome é Nike. Ele tinha apenas dez centavos no bolso quando procurou um fazendeiro e apontou para um tomate de aparência deliciosa, pendendo do pé. Disse-lhe:
"Dou-lhe dez centavos por aquele tomate", ofereceu o menino.
"Esse tipo de tomate custa vinte centavos", afirmou o fazendeiro.
"E aquele ali?" perguntou Nike, apontando para um tomate menor, mais verde e menos atraente. O fazendeiro concordou: “Aquele custa dez centavos”.
"Está bem", disse Nike, e fechou o negócio colocando o dinheiro mão do fazendeiro.
"Venho apanhá-lo daqui a duas semanas", conclui o garoto.
Podemos aprender com Nike, que investiu dez centavos em um tomate que valeria vinte no futuro. Se estivermos dispostos a semear agora – o bem que desejamos colher no amanhã e soubermos respeitar as etapas do desenvolvimento –, certamente veremos nosso campo florir e a estação das flores virá até nós.
Fátima, Portugal, em 30/03/2008
sábado, 29 de março de 2008
Sobre o Meu Pai
Por Deiber Nunes Martins
Hoje, sexta-feira, comemoro o dia do meu pai. O aniversário dele. Tenho tanto a dizer de meu pai que as palavras se fazem bem pequenas. E o meu amor por ele é algo bem meu, bem particular, bem dentro de mim, do meu eu, que se torna dispensável qualquer partilha aqui no blog. No entanto, em homenagem ao meu pai, quero postar a letra da música que ele mais gosta. A poesia de hoje, então é esta letra de Demis Roussos, "Goodbye My Love Goodbye".
A certeza do amor, nos faz seguir. Mesmo que apareceram os momentos de adeus, o amor nos dá a paz necessária para a espera do reencontro. Isto é um pouco do amor.
Goodbye My Love Goodbye
(Demis Roussos)
Hear the wind sing a sad, old song
It knows I'm leaving you today
Please dont cry or my heart will break
when I go on my way.
Goodbye my love goodbye
Goodbye and au revoir
As long as you remember me
I'll never be too far.
Goodbye my love goodbye
I always be true
So hold me in your dreams
Till I come back to you.
See the stars in the sky above
They'll shine wherever I may roam
I'll pray every lonely night
That soon they'll guide me home.
Belo Horizonte, 28 de Março de 2008.
Hoje, sexta-feira, comemoro o dia do meu pai. O aniversário dele. Tenho tanto a dizer de meu pai que as palavras se fazem bem pequenas. E o meu amor por ele é algo bem meu, bem particular, bem dentro de mim, do meu eu, que se torna dispensável qualquer partilha aqui no blog. No entanto, em homenagem ao meu pai, quero postar a letra da música que ele mais gosta. A poesia de hoje, então é esta letra de Demis Roussos, "Goodbye My Love Goodbye".
A certeza do amor, nos faz seguir. Mesmo que apareceram os momentos de adeus, o amor nos dá a paz necessária para a espera do reencontro. Isto é um pouco do amor.
Goodbye My Love Goodbye
(Demis Roussos)
Hear the wind sing a sad, old song
It knows I'm leaving you today
Please dont cry or my heart will break
when I go on my way.
Goodbye my love goodbye
Goodbye and au revoir
As long as you remember me
I'll never be too far.
Goodbye my love goodbye
I always be true
So hold me in your dreams
Till I come back to you.
See the stars in the sky above
They'll shine wherever I may roam
I'll pray every lonely night
That soon they'll guide me home.
Belo Horizonte, 28 de Março de 2008.
Casulo
Este é o dia que o Senhor fez para nós. Alegremo-nos e Nele Exultemos.
Por Deiber Nunes Martins
Conforme escrevo em minhas confidências, hoje é um dia de sentir saudades de minha amada. Ela está lá noutra cidade e eu aqui. A realidade dela é lá e a minha aqui. Isto torna as coisas um tanto quanto difíceis. Isto porque em meus relacionamentos fui adestrado a estar bem perto da pessoa amada. E agora isto não é possível. Sofro por isso. Mas por outro lado, a alegria de Deus vem ao meu encontro para me contagiar. Por que Deus é assim, quando nossos exércitos vão se extinguindo, vamos perdendo batalhas e mais batalhas, Ele vem ao nosso encontro, pra nos dar a força necessária para superar o que muitas vezes é insuperável aos olhos humanos. Assim, a alegria me contagia e nela reside a minha força. Mas não é uma alegria absurda, eufórica, uma falsa alegria focada no desespero. A alegria do Senhor é aquela que apazigua meu coração. Vai me dando forças para continuar a caminhada e me dando também a paz de espírito necessária para transmitir esta alegria aos outros.
Deus vai conduzindo as coisas e muitas vezes, o plano Dele é incompreensível para nós. Porém, se não podemos compreender os planos do Pai, precisamos compreender o seu amor por nós. Assim, deve ser nossa caminhada.
E hoje, o desejo que veio a mente foi o de ir além de minhas forças e compreensões. Meu desejo hoje, foi me lançar nos braços de Deus e caminhar pra junto de minha amada, sem lenço e sem documento. Apenas com minha essência. Deixaria meu emprego, minha família, minha vida. E iria pra Bahia, cuidar dela.
O bom é que Deus vai aos poucos nos formando nas pequenas coisas. Nas coisas mais simples. O desejo de largar tudo foi enorme. A saudade apertando de um lado, minha amada vivendo os processos dela, de outro. E apesar disso, eu entendo que é preciso estar aqui, assim como ela, precisa estar lá. Pelo menos por agora. Entender isso, não é abrir mão deste amor que nos consome, mas dar a ele a oportunidade de se solidificar cada vez mais. Assim como a lagarta que precisa viver o processo de estar presa ao seu casulo, para se transformar em borboleta, talvez o nosso amor precise estar preso ao casulo da distância para ser a tradução da maravilha de Deus para as pessoas. É assim que imagino meu amor com a Bi: um testemunho das maravilhas de Deus, fonte de evangelização para as pessoas.
Então, ao partilhar com ela as agruras do dia, percebo que também da parte dela, não é fácil. O atual momento, os problemas familiares, em tudo, Deus está nos formando. Tanto ela como eu. Não podemos lutar além de nossas forças. Devemos antes ser dóceis ao Senhor. Mesmo que ser dócil a Deus não represente uma vida de conto de fadas, um mar de rosas. Mas ao contrário, uma batalha ferrenha, para estar perto Dele e não vacilar nas murmurações e reclamações.
O texto de hoje, meus amigos, era um colóquio sobre as minhas dores. Mas por tudo o que vivi neste dia, mudei seu enfoque. Ao invés de me entristecer, devo me alegrar. E ao invés de chorar, devo sorrir. Pois é a alegria do Senhor a minha força. Força para caminhar este caminho as vezes de pedras em lugar das flores.
Belo Horizonte, 27 de março de 2008.
Por Deiber Nunes Martins
Conforme escrevo em minhas confidências, hoje é um dia de sentir saudades de minha amada. Ela está lá noutra cidade e eu aqui. A realidade dela é lá e a minha aqui. Isto torna as coisas um tanto quanto difíceis. Isto porque em meus relacionamentos fui adestrado a estar bem perto da pessoa amada. E agora isto não é possível. Sofro por isso. Mas por outro lado, a alegria de Deus vem ao meu encontro para me contagiar. Por que Deus é assim, quando nossos exércitos vão se extinguindo, vamos perdendo batalhas e mais batalhas, Ele vem ao nosso encontro, pra nos dar a força necessária para superar o que muitas vezes é insuperável aos olhos humanos. Assim, a alegria me contagia e nela reside a minha força. Mas não é uma alegria absurda, eufórica, uma falsa alegria focada no desespero. A alegria do Senhor é aquela que apazigua meu coração. Vai me dando forças para continuar a caminhada e me dando também a paz de espírito necessária para transmitir esta alegria aos outros.
Deus vai conduzindo as coisas e muitas vezes, o plano Dele é incompreensível para nós. Porém, se não podemos compreender os planos do Pai, precisamos compreender o seu amor por nós. Assim, deve ser nossa caminhada.
E hoje, o desejo que veio a mente foi o de ir além de minhas forças e compreensões. Meu desejo hoje, foi me lançar nos braços de Deus e caminhar pra junto de minha amada, sem lenço e sem documento. Apenas com minha essência. Deixaria meu emprego, minha família, minha vida. E iria pra Bahia, cuidar dela.
O bom é que Deus vai aos poucos nos formando nas pequenas coisas. Nas coisas mais simples. O desejo de largar tudo foi enorme. A saudade apertando de um lado, minha amada vivendo os processos dela, de outro. E apesar disso, eu entendo que é preciso estar aqui, assim como ela, precisa estar lá. Pelo menos por agora. Entender isso, não é abrir mão deste amor que nos consome, mas dar a ele a oportunidade de se solidificar cada vez mais. Assim como a lagarta que precisa viver o processo de estar presa ao seu casulo, para se transformar em borboleta, talvez o nosso amor precise estar preso ao casulo da distância para ser a tradução da maravilha de Deus para as pessoas. É assim que imagino meu amor com a Bi: um testemunho das maravilhas de Deus, fonte de evangelização para as pessoas.
Então, ao partilhar com ela as agruras do dia, percebo que também da parte dela, não é fácil. O atual momento, os problemas familiares, em tudo, Deus está nos formando. Tanto ela como eu. Não podemos lutar além de nossas forças. Devemos antes ser dóceis ao Senhor. Mesmo que ser dócil a Deus não represente uma vida de conto de fadas, um mar de rosas. Mas ao contrário, uma batalha ferrenha, para estar perto Dele e não vacilar nas murmurações e reclamações.
O texto de hoje, meus amigos, era um colóquio sobre as minhas dores. Mas por tudo o que vivi neste dia, mudei seu enfoque. Ao invés de me entristecer, devo me alegrar. E ao invés de chorar, devo sorrir. Pois é a alegria do Senhor a minha força. Força para caminhar este caminho as vezes de pedras em lugar das flores.
Belo Horizonte, 27 de março de 2008.
sexta-feira, 28 de março de 2008
Vou te Amar
Márcio Todeschini
Eu tanto esperei pra te ver assim,
Já sofremos juntos, sonhamos juntos,
Que bom poder dizer: “Chegamos aqui!”
Tão bom é o nosso Deus que nos quis assim,
Nossa humanidade tão diferente,
Com Deus a gente aprende o que é o amor!
É negar-se a si mesmo sempre que for preciso,
Pra fazer o outro feliz!
É dizer a verdade com carinho e ternura,
É estar presente, ser presença, ser amigo e cuidar!
Vou te amar, porque Deus me ensina a ser teu,
Vou te amar, meu caminho pro Céu é contigo.
Foi fazendo a vontade do nosso Deus,
Que te encontrei!
Vou te amar!
Belo Horizonte, 27 de Março de 2008.
Eu tanto esperei pra te ver assim,
Já sofremos juntos, sonhamos juntos,
Que bom poder dizer: “Chegamos aqui!”
Tão bom é o nosso Deus que nos quis assim,
Nossa humanidade tão diferente,
Com Deus a gente aprende o que é o amor!
É negar-se a si mesmo sempre que for preciso,
Pra fazer o outro feliz!
É dizer a verdade com carinho e ternura,
É estar presente, ser presença, ser amigo e cuidar!
Vou te amar, porque Deus me ensina a ser teu,
Vou te amar, meu caminho pro Céu é contigo.
Foi fazendo a vontade do nosso Deus,
Que te encontrei!
Vou te amar!
Belo Horizonte, 27 de Março de 2008.
quinta-feira, 27 de março de 2008
Doce
Por Deiber Nunes Martins
Às vezes, é preciso deixar partir
Pra que aconteça uma nova chegada
Talvez comigo também seja assim
E não seja só de ouvir contar.
Mas é tão difícil a distância
Que às vezes não tenho nem voz
Pra clamar pelo que preciso
Estar bem perto de minha amada.
Mas eu bem sei, que assim vai ser
Nem sempre se tem o que mais se carece
Esta é uma lição que’u não queria saber
Que somos um mesmo estando longe!
Então eu percebo que é o começo
Que a dor não é maior que o coração
Estamos juntos estando longe
E em breve vamos nos reencontrar.
Mas não é fácil estar sem você
A saudade invade o pensamento
Como a tempestade que cai sobre a terra.
Mesmo que’u saiba que uma hora vai passar.
Hoje eu comi um pouco de doce
Adocicada virou minha vida desde que te conheci
Era aquele doce que comemos juntos
Que mais doce ficou com você perto de mim.
Eu sou um homem
Mas também um menino
O menino que morre de medo do escuro
Assim como eu morro de medo de te ver partir.
Assim percebo que não é só o começo
Da estrada que me leva a felicidade
Que eu vivo aqui com tua presença
E que vivo também com tua saudade
Hoje eu ouvi aquela música
Você tornou a ópera da minha vida
A música que sempre me fará de você lembrar
Um canto pra dizer que sempre vou te amar.
Belo Horizonte, 26 de março de 2008.
Às vezes, é preciso deixar partir
Pra que aconteça uma nova chegada
Talvez comigo também seja assim
E não seja só de ouvir contar.
Mas é tão difícil a distância
Que às vezes não tenho nem voz
Pra clamar pelo que preciso
Estar bem perto de minha amada.
Mas eu bem sei, que assim vai ser
Nem sempre se tem o que mais se carece
Esta é uma lição que’u não queria saber
Que somos um mesmo estando longe!
Então eu percebo que é o começo
Que a dor não é maior que o coração
Estamos juntos estando longe
E em breve vamos nos reencontrar.
Mas não é fácil estar sem você
A saudade invade o pensamento
Como a tempestade que cai sobre a terra.
Mesmo que’u saiba que uma hora vai passar.
Hoje eu comi um pouco de doce
Adocicada virou minha vida desde que te conheci
Era aquele doce que comemos juntos
Que mais doce ficou com você perto de mim.
Eu sou um homem
Mas também um menino
O menino que morre de medo do escuro
Assim como eu morro de medo de te ver partir.
Assim percebo que não é só o começo
Da estrada que me leva a felicidade
Que eu vivo aqui com tua presença
E que vivo também com tua saudade
Hoje eu ouvi aquela música
Você tornou a ópera da minha vida
A música que sempre me fará de você lembrar
Um canto pra dizer que sempre vou te amar.
Belo Horizonte, 26 de março de 2008.
quarta-feira, 26 de março de 2008
O amor de Deus
Por Deiber Nunes Martins
Amigos, a alegria deste dia é saber que tem um Deus maravilhoso olhando por nós e cuidando de tudo. Se por um lado não dá pra conter as lágrimas de ver a amada partir, aquele avião decolando e tudo o mais, por outro, não dá pra esquecer do amor de Deus e de sua Providência em minha vida, colocando a pessoa certa para caminhar comigo neste caminho rumo à santidade.
A cada dia que passa percebo o quão certa é esta vitória. O quão certo é o milagre de Deus em nossas vidas. Ainda não tenho a fé necessária para subjugar minha razão mas não desisto de buscar, não desisto do amor. De todas as coisas que Bi me ensina, a mais importante dela é que o amor torna tudo novo de novo, tudo certo, tudo perto e tudo natural. Então, como podemos ficar sem Deus? Sem esta fonte inesgotável de amor a nos fazer caminhar?
Bárbara é a alegria de minha vida, meu ideal, minha busca. Não tenho medo de lhe declarar o meu amor. Um amor que não se cansa de amar, que não cabe no meu coração e que me faz feliz, definindo a felicidade como o ar que eu respiro, como a alegria de viver por este amor.
Não há dinheiro no mundo que pague a serenidade do amor. A calma, a mansidão, a certeza. O amor é bom. E nos faz ir além. O amor não nos julga, não nos questiona, o amor nos compreende. O amor nos ama. Então eu posso entender o que fez meu coração saltar à minha boca, aquele momento! Não há riqueza no mundo que pague a confiança da mulher amada em você. Não há preço para um “Eu confio em você!”, quando este é incondicional. Sob todas as condições, há uma confiança plena que nos faz ir além de nós mesmos. Assim, eu me sinto forte e seguro das decisões a tomar. Assim também, eu me comprometo pela vida e por minha fidelidade a Deus e minha amada. Me comprometo a cuidar de tudo o que Deus me der e a cuidar também de minha amada, sendo-lhe fiel e amoroso por toda a minha vida.
Quando se vive o amor, entende-se Deus. E na confiança que Ele deposita em nós, a diferença podemos fazer. Não somos nada sem o amor de Deus. Mas com o amor Dele somos tudo. Com o amor Dele, aprendemos a amar e ser amados. Amada de minha vida, eu te amo! E tudo o mais fica subentendido neste amor.
Belo Horizonte, 24 de março de 2008 às 14:00.
Amigos, a alegria deste dia é saber que tem um Deus maravilhoso olhando por nós e cuidando de tudo. Se por um lado não dá pra conter as lágrimas de ver a amada partir, aquele avião decolando e tudo o mais, por outro, não dá pra esquecer do amor de Deus e de sua Providência em minha vida, colocando a pessoa certa para caminhar comigo neste caminho rumo à santidade.
A cada dia que passa percebo o quão certa é esta vitória. O quão certo é o milagre de Deus em nossas vidas. Ainda não tenho a fé necessária para subjugar minha razão mas não desisto de buscar, não desisto do amor. De todas as coisas que Bi me ensina, a mais importante dela é que o amor torna tudo novo de novo, tudo certo, tudo perto e tudo natural. Então, como podemos ficar sem Deus? Sem esta fonte inesgotável de amor a nos fazer caminhar?
Bárbara é a alegria de minha vida, meu ideal, minha busca. Não tenho medo de lhe declarar o meu amor. Um amor que não se cansa de amar, que não cabe no meu coração e que me faz feliz, definindo a felicidade como o ar que eu respiro, como a alegria de viver por este amor.
Não há dinheiro no mundo que pague a serenidade do amor. A calma, a mansidão, a certeza. O amor é bom. E nos faz ir além. O amor não nos julga, não nos questiona, o amor nos compreende. O amor nos ama. Então eu posso entender o que fez meu coração saltar à minha boca, aquele momento! Não há riqueza no mundo que pague a confiança da mulher amada em você. Não há preço para um “Eu confio em você!”, quando este é incondicional. Sob todas as condições, há uma confiança plena que nos faz ir além de nós mesmos. Assim, eu me sinto forte e seguro das decisões a tomar. Assim também, eu me comprometo pela vida e por minha fidelidade a Deus e minha amada. Me comprometo a cuidar de tudo o que Deus me der e a cuidar também de minha amada, sendo-lhe fiel e amoroso por toda a minha vida.
Quando se vive o amor, entende-se Deus. E na confiança que Ele deposita em nós, a diferença podemos fazer. Não somos nada sem o amor de Deus. Mas com o amor Dele somos tudo. Com o amor Dele, aprendemos a amar e ser amados. Amada de minha vida, eu te amo! E tudo o mais fica subentendido neste amor.
Belo Horizonte, 24 de março de 2008 às 14:00.
Oração do Atleticano
Por Roberto Drummond
Senhor apague o sol,
Apague a lua
Anoiteça os olhos da amada
Mas não deixe o Atlético capitular
Não deixe, Senhor, o adversário passar
Não deixe nosso goleiro vacilar.
De asas de pássaros ao goleiro
Dê os braços dos amantes ao goleiro
Faça-o abraçar esse pássaro sem asas
Como se fosse à mulher mais esperada
Mais desejada,
Mais sonhada,
Mais amada,
Mais adiada.
Senhor, tire o pão nosso de cada dia,
Corte nossa água
Nos condene à fome e a sede
Proíba nossos amores
Exile as amadas na China
Ou na Conchinchina
Decrete a solidão nas esquinas,
Nos bares e em nosso coração.
Faça de nós, Senhor, um bolero,
Faça de nós um tango
Faça de nós uma guarânia
Ou uma balada
Faça de nós a mais desesperada canção
Nos mate não apenas da sede de água
Mas da sede da boca da amada
Mas transforme nossa defesa num muro
Numa barreira, numa trincheira
Num obstáculo intransponível.
Mate a todos nós da fome de amor
Que é pior que a fome de verdade
Mas não deixe, Senhor, o adversário passar
Senhor, dispare a inflação
Mingúe nosso feijão
Aprisione nossa ilusão
Prenda de vez nosso coração
Mas espalhe luz sobre os caminhos do Atlético
Sobre a grama verde onde pisam nossos heróis
Acenda uma estrela na chuteira deles
E não deixe, Senhor, o adversário passar
Não deixe o Atlético capitular
Senhor, nos faça descobrir o amor
Para depois tirá-lo de nós
Faça-nos sofrer de amor
Mate-nos de amor, se preciso
Mas quando nosso atacante pegar a bola, Senhor
Iluminado seja o seu caminho
Cheio de estrelas e de dribles
E de passes mágicos e de cruzamentos
E de gols seja feito o seu caminho
Encantada seja a sua chuteira
E que nos seus pés
Na sua cabeça
Bendita seja a vitória do Atlético!
E depois de tudo, Senhor
Depois que o Atlético cantar
Aí, Senhor, se julgar necessário nos tomar algum fruto
Após tanta recompensa
Prive-nos de tudo o que quiser
Exile a amada no Equador
E outra vez, Senhor
Nos mate de amor!
Mas não deixe o adversário passar!
Se houver uma camisa preta e branca estendida no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento!
Belo Horizonte, 25 de março de 2008, 100 anos do Clube Atlético Mineiro.
Senhor apague o sol,
Apague a lua
Anoiteça os olhos da amada
Mas não deixe o Atlético capitular
Não deixe, Senhor, o adversário passar
Não deixe nosso goleiro vacilar.
De asas de pássaros ao goleiro
Dê os braços dos amantes ao goleiro
Faça-o abraçar esse pássaro sem asas
Como se fosse à mulher mais esperada
Mais desejada,
Mais sonhada,
Mais amada,
Mais adiada.
Senhor, tire o pão nosso de cada dia,
Corte nossa água
Nos condene à fome e a sede
Proíba nossos amores
Exile as amadas na China
Ou na Conchinchina
Decrete a solidão nas esquinas,
Nos bares e em nosso coração.
Faça de nós, Senhor, um bolero,
Faça de nós um tango
Faça de nós uma guarânia
Ou uma balada
Faça de nós a mais desesperada canção
Nos mate não apenas da sede de água
Mas da sede da boca da amada
Mas transforme nossa defesa num muro
Numa barreira, numa trincheira
Num obstáculo intransponível.
Mate a todos nós da fome de amor
Que é pior que a fome de verdade
Mas não deixe, Senhor, o adversário passar
Senhor, dispare a inflação
Mingúe nosso feijão
Aprisione nossa ilusão
Prenda de vez nosso coração
Mas espalhe luz sobre os caminhos do Atlético
Sobre a grama verde onde pisam nossos heróis
Acenda uma estrela na chuteira deles
E não deixe, Senhor, o adversário passar
Não deixe o Atlético capitular
Senhor, nos faça descobrir o amor
Para depois tirá-lo de nós
Faça-nos sofrer de amor
Mate-nos de amor, se preciso
Mas quando nosso atacante pegar a bola, Senhor
Iluminado seja o seu caminho
Cheio de estrelas e de dribles
E de passes mágicos e de cruzamentos
E de gols seja feito o seu caminho
Encantada seja a sua chuteira
E que nos seus pés
Na sua cabeça
Bendita seja a vitória do Atlético!
E depois de tudo, Senhor
Depois que o Atlético cantar
Aí, Senhor, se julgar necessário nos tomar algum fruto
Após tanta recompensa
Prive-nos de tudo o que quiser
Exile a amada no Equador
E outra vez, Senhor
Nos mate de amor!
Mas não deixe o adversário passar!
Se houver uma camisa preta e branca estendida no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento!
Belo Horizonte, 25 de março de 2008, 100 anos do Clube Atlético Mineiro.
Atlético: 100 Anos de Paixão (Parte III)
Ser Atleticano
Por Deiber Nunes Martins
Ser atleticano é ter o privilégio de fazer parte de uma nação de torcedores fanáticos, apaixonados e fiéis. Ser atleticano é exibir orgulhoso as marcas de uma batalha, tendo na memória os melhores momentos do último triunfo. Ser atleticano é um caráter das Minas Gerais é inerente ao bom mineiro.
O Atleticano torce contra o vento, contra tudo e contra todos que desafiarem seu Galo Forte e Vingador. Sua paixão incondicional o faz chorar amargamente cada derrota e ao mesmo tempo comprar o ingresso para a próxima partida. O atleticano é assim. Protesta quando a diretoria quer lhe fazer engolir um time medíocre, cobra jogador de qualidade e classifica quem é capacitado a vestir o manto alvinegro e quem não é. Atleticano ensina o filho sobre amor e paixão levando-o ao Mineirão pra ver jogo do Galo. Ser Atlético é uma festa!
Torcedor do Galo se vê de longe: é o autêntico apaixonado que de tão apaixonado chega a ser enjoado. Mas é gente boa. Um atleticano é a alegria da casa em dia de triunfo em clássico e precisa ser consolado quando lhe sobra a dor da derrota. Por isso, todo atleticano precisa do amor da mulher amada e somente ela é capaz de entender tamanho amor por um time de futebol.
Que se iludam os cruzeirenses, famosos graças a boa fase de seu time e às insistentes campanhas mercadológicas da mídia, sobretudo a televisiva. Não questiono que ao sair de Minas Gerais se encontre mais torcedor do time do Barro Preto que do Galo. E que isso talvez até aconteça fora da região de entorno de Belo Horizonte. Talvez seja uma verdade que só um censo demográfico seja capaz de colocar prova. Não importa.
O que importa é que atleticano nasce atleticano. Quem é atleticano o é de verdade. Está no sangue, na conjuntura genética. A concorrência azul tem muito é simpatizante, torcedor de momento que não sabe nem a escalação do time. No glorioso Clube Atlético Mineiro, não há simpatizantes. Há atleticanos de verdade!
Por isso, não comemoramos só cem anos de um clube de futebol. Mas também cem anos de uma paixão. Paixão que não acaba e vira caso de amor a cada nova partida. Parabéns, Galo! Parabéns a cada atleticano que assim como eu, tem a honra de ser apaixonado!
Belo Horizonte, 25 de março de 2008.
Por Deiber Nunes Martins
Ser atleticano é ter o privilégio de fazer parte de uma nação de torcedores fanáticos, apaixonados e fiéis. Ser atleticano é exibir orgulhoso as marcas de uma batalha, tendo na memória os melhores momentos do último triunfo. Ser atleticano é um caráter das Minas Gerais é inerente ao bom mineiro.
O Atleticano torce contra o vento, contra tudo e contra todos que desafiarem seu Galo Forte e Vingador. Sua paixão incondicional o faz chorar amargamente cada derrota e ao mesmo tempo comprar o ingresso para a próxima partida. O atleticano é assim. Protesta quando a diretoria quer lhe fazer engolir um time medíocre, cobra jogador de qualidade e classifica quem é capacitado a vestir o manto alvinegro e quem não é. Atleticano ensina o filho sobre amor e paixão levando-o ao Mineirão pra ver jogo do Galo. Ser Atlético é uma festa!
Torcedor do Galo se vê de longe: é o autêntico apaixonado que de tão apaixonado chega a ser enjoado. Mas é gente boa. Um atleticano é a alegria da casa em dia de triunfo em clássico e precisa ser consolado quando lhe sobra a dor da derrota. Por isso, todo atleticano precisa do amor da mulher amada e somente ela é capaz de entender tamanho amor por um time de futebol.
Que se iludam os cruzeirenses, famosos graças a boa fase de seu time e às insistentes campanhas mercadológicas da mídia, sobretudo a televisiva. Não questiono que ao sair de Minas Gerais se encontre mais torcedor do time do Barro Preto que do Galo. E que isso talvez até aconteça fora da região de entorno de Belo Horizonte. Talvez seja uma verdade que só um censo demográfico seja capaz de colocar prova. Não importa.
O que importa é que atleticano nasce atleticano. Quem é atleticano o é de verdade. Está no sangue, na conjuntura genética. A concorrência azul tem muito é simpatizante, torcedor de momento que não sabe nem a escalação do time. No glorioso Clube Atlético Mineiro, não há simpatizantes. Há atleticanos de verdade!
Por isso, não comemoramos só cem anos de um clube de futebol. Mas também cem anos de uma paixão. Paixão que não acaba e vira caso de amor a cada nova partida. Parabéns, Galo! Parabéns a cada atleticano que assim como eu, tem a honra de ser apaixonado!
Belo Horizonte, 25 de março de 2008.
segunda-feira, 24 de março de 2008
O amor de Deus
Por Deiber Nunes Martins
Amigos, a alegria deste dia é saber que tem um Deus maravilhoso olhando por nós e cuidando de tudo. Se por um lado não dá pra conter as lágrimas de ver a amada partir, aquele avião decolando e tudo o mais, por outro, não dá pra esquecer do amor de Deus e de sua Providência em minha vida, colocando a pessoa certa para caminhar comigo neste caminho rumo à santidade.
A cada dia que passa percebo o quão certa é esta vitória. O quão certo é o milagre de Deus em nossas vidas. Ainda não tenho a fé necessária para subjugar minha razão mas não desisto de buscar, não desisto do amor. De todas as coisas que Bi me ensina, a mais importante dela é que o amor torna tudo novo de novo, tudo certo, tudo perto e tudo natural. Então, como podemos ficar sem Deus? Sem esta fonte inesgotável de amor a nos fazer caminhar?
Bárbara é a alegria de minha vida, meu ideal, minha busca. Não tenho medo de lhe declarar o meu amor. Um amor que não se cansa de amar, que não cabe no meu coração e que me faz feliz, definindo a felicidade como o ar que eu respiro, como a alegria de viver por este amor.
Não há dinheiro no mundo que pague a serenidade do amor. A calma, a mansidão, a certeza. O amor é bom. E nos faz ir além. O amor não nos julga, não nos questiona, o amor nos compreende. O amor nos ama. Então eu posso entender o que fez meu coração saltar à minha boca, aquele momento! Não há riqueza no mundo que pague a confiança da mulher amada em você. Não há preço para um “Eu confio em você!”, quando este é incondicional. Sob todas as condições, há uma confiança plena que nos faz ir além de nós mesmos. Assim, eu me sinto forte e seguro das decisões a tomar. Assim também, eu me comprometo pela vida e por minha fidelidade a Deus e minha amada. Me comprometo a cuidar de tudo o que Deus me der e a cuidar também de minha amada, sendo-lhe fiel e amoroso por toda a minha vida.
Quando se vive o amor, entende-se Deus. E na confiança que Ele deposita em nós, a diferença podemos fazer. Não somos nada sem o amor de Deus. Mas com o amor Dele somos tudo. Com o amor Dele, aprendemos a amar e ser amados. Amada de minha vida, eu te amo! E tudo o mais fica subentendido neste amor.
Belo Horizonte, 24 de março de 2008 às 14:00.
Amigos, a alegria deste dia é saber que tem um Deus maravilhoso olhando por nós e cuidando de tudo. Se por um lado não dá pra conter as lágrimas de ver a amada partir, aquele avião decolando e tudo o mais, por outro, não dá pra esquecer do amor de Deus e de sua Providência em minha vida, colocando a pessoa certa para caminhar comigo neste caminho rumo à santidade.
A cada dia que passa percebo o quão certa é esta vitória. O quão certo é o milagre de Deus em nossas vidas. Ainda não tenho a fé necessária para subjugar minha razão mas não desisto de buscar, não desisto do amor. De todas as coisas que Bi me ensina, a mais importante dela é que o amor torna tudo novo de novo, tudo certo, tudo perto e tudo natural. Então, como podemos ficar sem Deus? Sem esta fonte inesgotável de amor a nos fazer caminhar?
Bárbara é a alegria de minha vida, meu ideal, minha busca. Não tenho medo de lhe declarar o meu amor. Um amor que não se cansa de amar, que não cabe no meu coração e que me faz feliz, definindo a felicidade como o ar que eu respiro, como a alegria de viver por este amor.
Não há dinheiro no mundo que pague a serenidade do amor. A calma, a mansidão, a certeza. O amor é bom. E nos faz ir além. O amor não nos julga, não nos questiona, o amor nos compreende. O amor nos ama. Então eu posso entender o que fez meu coração saltar à minha boca, aquele momento! Não há riqueza no mundo que pague a confiança da mulher amada em você. Não há preço para um “Eu confio em você!”, quando este é incondicional. Sob todas as condições, há uma confiança plena que nos faz ir além de nós mesmos. Assim, eu me sinto forte e seguro das decisões a tomar. Assim também, eu me comprometo pela vida e por minha fidelidade a Deus e minha amada. Me comprometo a cuidar de tudo o que Deus me der e a cuidar também de minha amada, sendo-lhe fiel e amoroso por toda a minha vida.
Quando se vive o amor, entende-se Deus. E na confiança que Ele deposita em nós, a diferença podemos fazer. Não somos nada sem o amor de Deus. Mas com o amor Dele somos tudo. Com o amor Dele, aprendemos a amar e ser amados. Amada de minha vida, eu te amo! E tudo o mais fica subentendido neste amor.
Belo Horizonte, 24 de março de 2008 às 14:00.
quarta-feira, 19 de março de 2008
Dia de São José
Por Deiber Nunes Martins
Hoje, 19 de março comemora-se o dia de São José. São José é o padroeiro da família e do trabalhador. Em sua homenagem, quero postar hoje a novena que sempre faço a este Santo de Deus que sempre intercede por nós.
NOVENA A SÃO JOSÉ
1. Oração a São José
São José, carpinteiro de Nazaré, amigo dos pobres e fiel esposo de Maria, intercedei por todos os que se empenham no trabalho espiritual, intelectual e manual. Intercedei junto a Jesus por todas as necessidades do mundo do trabalho e pelos nossos governantes.
Alcançai-nos, também, a graça de que tanto necessitamos (fazer o pedido). Que nós tenhamos a graça de imitar as vossas virtudes para chegarmos, um dia, à vivência da plenitude em Deus. Amém!
São José, rogai por nós.
2. Terço de São José
Nas contas grandes: “Oh meu glorioso São José, nas vossas maiores aflições e atribulações, o anjo não vos valeu? Valei-me (nos) São José!
Nas contas pequenas: “São José, valei-me (nos)”.
No final de cada mistério: Ave José
“Ave José, cheio de graça. Jesus e Maria estão convosco. Bendito sois vós entre todos os homens e bendito o fruto do ventre de vossa santíssima esposa, Jesus. São José, pai virgem de Jesus, esposo da bem-aventurada e sempre Virgem Maria, rogai por todos nós vossos devotos. Agora e na hora de nossa morte. Amém.”
3. Oração a São José
São José, tu foste a árvore abençoada por Deus, não para dar frutos, mas para dar sombra; sombra protetora de Maria, tua esposa; sombra de Jesus, que te chamou de pai e ao qual tu te entregaste totalmente; tua vida, feita de trabalho e de silêncio, me ensina a ser eficaz em todas as situações; me ensina acima de tudo, a esperar na obscuridade firme na fé; sete dores e sete alegrias resumem tua existência: foram as alegrias de Cristo e de Maria, expressão de tua dedicação sem limites. Que teu exemplo me acompanhe em todos os momentos: florescer onde a vontade do Pai me colocou; saber esperar, entregar-me se, sem reservas até que a tristeza e a alegria dos outros sejam minha própria tristeza e minha própria alegria. Amém.
Hoje, 19 de março comemora-se o dia de São José. São José é o padroeiro da família e do trabalhador. Em sua homenagem, quero postar hoje a novena que sempre faço a este Santo de Deus que sempre intercede por nós.
NOVENA A SÃO JOSÉ
1. Oração a São José
São José, carpinteiro de Nazaré, amigo dos pobres e fiel esposo de Maria, intercedei por todos os que se empenham no trabalho espiritual, intelectual e manual. Intercedei junto a Jesus por todas as necessidades do mundo do trabalho e pelos nossos governantes.
Alcançai-nos, também, a graça de que tanto necessitamos (fazer o pedido). Que nós tenhamos a graça de imitar as vossas virtudes para chegarmos, um dia, à vivência da plenitude em Deus. Amém!
São José, rogai por nós.
2. Terço de São José
Nas contas grandes: “Oh meu glorioso São José, nas vossas maiores aflições e atribulações, o anjo não vos valeu? Valei-me (nos) São José!
Nas contas pequenas: “São José, valei-me (nos)”.
No final de cada mistério: Ave José
“Ave José, cheio de graça. Jesus e Maria estão convosco. Bendito sois vós entre todos os homens e bendito o fruto do ventre de vossa santíssima esposa, Jesus. São José, pai virgem de Jesus, esposo da bem-aventurada e sempre Virgem Maria, rogai por todos nós vossos devotos. Agora e na hora de nossa morte. Amém.”
3. Oração a São José
São José, tu foste a árvore abençoada por Deus, não para dar frutos, mas para dar sombra; sombra protetora de Maria, tua esposa; sombra de Jesus, que te chamou de pai e ao qual tu te entregaste totalmente; tua vida, feita de trabalho e de silêncio, me ensina a ser eficaz em todas as situações; me ensina acima de tudo, a esperar na obscuridade firme na fé; sete dores e sete alegrias resumem tua existência: foram as alegrias de Cristo e de Maria, expressão de tua dedicação sem limites. Que teu exemplo me acompanhe em todos os momentos: florescer onde a vontade do Pai me colocou; saber esperar, entregar-me se, sem reservas até que a tristeza e a alegria dos outros sejam minha própria tristeza e minha própria alegria. Amém.
terça-feira, 18 de março de 2008
Semana Santa e as Procissões
Por Deiber Nunes Martins
Sempre gostei da Semana Santa por causa da manifestação de fé do povo. Durante essa semana, as pessoas se voltam mais para as coisas de Deus. Além disso, acontecem procissões e eu sempre gostei de procissões. Sempre representaram para mim um acontecimento único. Mas as vezes, em uma santa procissão acontecem situações cômicas...
Por mais que o padre peça o respeito das pessoas, sempre tem um que não entenda muito bem. Como o caso daquelas senhoras que passaram a caminhada toda tagarelando, contando as novidades da vida de um de outro. Às vezes uma se assusta e emenda um pedaço de uma Ave Maria meio destoante. Por mais que o padre oriente, sempre tem um desavisado. Mas a procissão segue.
Em seu curso, passa-se por algumas ruas do bairro. Sempre tem um jovem ou uma jovem, que sempre se envergonha de estar seguindo a procissão. E muitas vezes, tem aquele que disfarça, quando vê um conhecido:
"Ora, ora, seguindo a procissão?"
"Não, não. Estou de passagem e esta procissão insiste em me seguir!"
Bom, existem também alguns dos nossos irmãos evangélicos que num ímpeto de rivalidade, acham um absurdo a procissão passar na porta da igreja deles. Muitas vezes, quando a procissão avança, entoando músicas sacras, ou mesmo o Terço Mariano, o som dentro dos templos evangélicos é aumentado. Como se Deus sofresse algum problema de audição... Engraçado, não?
Aliás, sobre os nossos irmãos evangélicos e me perdoem os leitores protestantes, eles sempre afirmam que seguimos a um Deus morto, ao seguirmos uma procissão. Não tenho conhecimento teológico suficiente para ficar esclarecendo as posições destes meus amigos, todavia eu digo que o Deus que seguimos não é morto, porque ressuscitou ao terceiro dia. Acontece que para que Ele pudesse ressuscitar e manifestar assim a Glória dos Céus, foi preciso a Cruz. Sem a Cruz, não haveria ressurreição. No mais, vida que segue e procissão também.
Avançamos agora para junto de um bar. É engraçado a postura dos donos de bares e botequins diante da Procissão. A maioria deles, se não todos, abaixam as portas de seus estabelecimentos pela metade, num sinal claro de respeito. Pena que as duas comadres que estavam conversando lá no início não concordem e digam:
“Vejam só que falta de respeito! Podiam fechar tudo!”
“É... realmente podiam. Mas será que vocês também não podiam fechar a boca?”
Enquanto deixam a porta aberta pela metade, os donos de bares e botequins estão respeitando a fé de um povo. Talvez nunca tenham adentrado uma Igreja, ou talvez não comunguem da nossa religião católica. Porém o gesto deles é de total respeito, em minha opinião. Pior o desrespeito de quem segue a procissão. Vida que segue, procissão também.
Ao longo do caminho, as pessoas enfeitam as ruas por onde a procissão passa. Um senhor mais atrasadinho, acaba por acender as velas tão logo a procissão passa a frente de sua casa. Atabalhoado, ele quase derruba os castiçais e chama muito a atenção de tão engraçado que é o seu desespero para não deixar Jesus passar sem nenhuma vela acessa. Ao final, ao menos uma o desajeitado senhor consegue acender, e a procissão passa.
A caminhada com Jesus continua e vai se aproximando do local de destino. Neste momento me impressiona a figura de uma senhora caminhando junto da gente. Ela caminha de muletas pois lhe falta uma das pernas. Uma outra senhora, acompanha toda a procissão em cadeira de rodas. Fico admirado com as pessoas que seguem Jesus ao meu lado, muitas delas, caminham sem ter nenhuma condição. São pessoas idosas que caminham acima de tudo, na fé.
A procissão chega finalmente ao seu destino e a satisfação é muita. Durante a longa caminhada, podemos sentir Deus caminhando conosco. Muitas vezes no olhar compenetrado das pessoas. No esforço de cada um. Na voz seca e imperiosa do padre, tentando fazer-se ouvir nas orações proferidas. Na emoção de quem chega ao destino, tendo como companheiro, ninguém menos que Jesus Cristo!
Senhor, que possamos não só segui-lo mas também andar contigo, caminhar do teu lado, obedecendo-te em tudo o que nos pedir. Que o Senhor nos dê a força necessária para não desanimar-mos diante das dificuldades do caminho. E que ao vermos nossa incapacidade de continuar, que continuemos na fé. Que a fé nos mova, ao imenso amor de Deus, amém.
Belo Horizonte, 18 de março de 2008.
Sempre gostei da Semana Santa por causa da manifestação de fé do povo. Durante essa semana, as pessoas se voltam mais para as coisas de Deus. Além disso, acontecem procissões e eu sempre gostei de procissões. Sempre representaram para mim um acontecimento único. Mas as vezes, em uma santa procissão acontecem situações cômicas...
Por mais que o padre peça o respeito das pessoas, sempre tem um que não entenda muito bem. Como o caso daquelas senhoras que passaram a caminhada toda tagarelando, contando as novidades da vida de um de outro. Às vezes uma se assusta e emenda um pedaço de uma Ave Maria meio destoante. Por mais que o padre oriente, sempre tem um desavisado. Mas a procissão segue.
Em seu curso, passa-se por algumas ruas do bairro. Sempre tem um jovem ou uma jovem, que sempre se envergonha de estar seguindo a procissão. E muitas vezes, tem aquele que disfarça, quando vê um conhecido:
"Ora, ora, seguindo a procissão?"
"Não, não. Estou de passagem e esta procissão insiste em me seguir!"
Bom, existem também alguns dos nossos irmãos evangélicos que num ímpeto de rivalidade, acham um absurdo a procissão passar na porta da igreja deles. Muitas vezes, quando a procissão avança, entoando músicas sacras, ou mesmo o Terço Mariano, o som dentro dos templos evangélicos é aumentado. Como se Deus sofresse algum problema de audição... Engraçado, não?
Aliás, sobre os nossos irmãos evangélicos e me perdoem os leitores protestantes, eles sempre afirmam que seguimos a um Deus morto, ao seguirmos uma procissão. Não tenho conhecimento teológico suficiente para ficar esclarecendo as posições destes meus amigos, todavia eu digo que o Deus que seguimos não é morto, porque ressuscitou ao terceiro dia. Acontece que para que Ele pudesse ressuscitar e manifestar assim a Glória dos Céus, foi preciso a Cruz. Sem a Cruz, não haveria ressurreição. No mais, vida que segue e procissão também.
Avançamos agora para junto de um bar. É engraçado a postura dos donos de bares e botequins diante da Procissão. A maioria deles, se não todos, abaixam as portas de seus estabelecimentos pela metade, num sinal claro de respeito. Pena que as duas comadres que estavam conversando lá no início não concordem e digam:
“Vejam só que falta de respeito! Podiam fechar tudo!”
“É... realmente podiam. Mas será que vocês também não podiam fechar a boca?”
Enquanto deixam a porta aberta pela metade, os donos de bares e botequins estão respeitando a fé de um povo. Talvez nunca tenham adentrado uma Igreja, ou talvez não comunguem da nossa religião católica. Porém o gesto deles é de total respeito, em minha opinião. Pior o desrespeito de quem segue a procissão. Vida que segue, procissão também.
Ao longo do caminho, as pessoas enfeitam as ruas por onde a procissão passa. Um senhor mais atrasadinho, acaba por acender as velas tão logo a procissão passa a frente de sua casa. Atabalhoado, ele quase derruba os castiçais e chama muito a atenção de tão engraçado que é o seu desespero para não deixar Jesus passar sem nenhuma vela acessa. Ao final, ao menos uma o desajeitado senhor consegue acender, e a procissão passa.
A caminhada com Jesus continua e vai se aproximando do local de destino. Neste momento me impressiona a figura de uma senhora caminhando junto da gente. Ela caminha de muletas pois lhe falta uma das pernas. Uma outra senhora, acompanha toda a procissão em cadeira de rodas. Fico admirado com as pessoas que seguem Jesus ao meu lado, muitas delas, caminham sem ter nenhuma condição. São pessoas idosas que caminham acima de tudo, na fé.
A procissão chega finalmente ao seu destino e a satisfação é muita. Durante a longa caminhada, podemos sentir Deus caminhando conosco. Muitas vezes no olhar compenetrado das pessoas. No esforço de cada um. Na voz seca e imperiosa do padre, tentando fazer-se ouvir nas orações proferidas. Na emoção de quem chega ao destino, tendo como companheiro, ninguém menos que Jesus Cristo!
Senhor, que possamos não só segui-lo mas também andar contigo, caminhar do teu lado, obedecendo-te em tudo o que nos pedir. Que o Senhor nos dê a força necessária para não desanimar-mos diante das dificuldades do caminho. E que ao vermos nossa incapacidade de continuar, que continuemos na fé. Que a fé nos mova, ao imenso amor de Deus, amém.
Belo Horizonte, 18 de março de 2008.
segunda-feira, 17 de março de 2008
Colóquios...
Por Deiber Nunes Martins
Parte Um
Difíceis têm sido os últimos dias. É visível a dor do fim da noite, quando as luzes se apagam, todos dormem a exceção de quem sofre. Sofre a ansiedade dos dias futuros, que não existem, sofre as oportunidades perdidas, como se não houvesse outra pela frente, sofre a dor que nunca sentiu, sofre a dor de todo dia, sofre a dor do erro. Sofre uma dor que não existe mas dói.
A cada vez mais me convenço de que arrepender-se é não poder esperar por outra chance. Porque na verdade, não se pode mesmo. Os tempos não voltam. É preciso recomeçar um recomeço diferente, onde o que ficou para trás, ficou mesmo, é morto. Entretanto, a dificuldade de cada dia é um sinal de crescimento. Quanto mais difícil a caminhada para o céu, é porque mais próximos estamos dele. Assim, o crescimento pessoal é medido conforme as dores que se pode suportar. Mas não se iluda, não podemos muito.
As vezes ainda me assusto como posso num momento estar tão sereno, tão calmo e no momento seguinte, tão agitado, tão nervoso e confuso. Talvez eu não me conheça tanto assim, a ponto de poder evitar. Talvez meu coração ainda seja um terreno desconhecido para mim. Ainda não sei quais as minhas razões, se é que elas existem.
O que importa é que se em algum momento eu achei que tudo seria fácil, então eu posso dizer que me enganei. Não está sendo. E não será surpresa nenhuma se bater a minha porta, a vontade de desistir e jogar tudo pro alto, voltar atrás. Porque a cada passo dado maior é a dor. Todavia, não dá mais pra voltar.
O que me consola e me prepara para a dura jornada, é a certeza do amor. Porque o amor é maior que toda a minha dor. E por ele, eu sou capaz de morrer. Não há mais uma essência de vida, há todo o meu ser em busca do que outrora era só um sonho. E mesmo se tivesse volta, eu não capitularia. Eu não sei no que vai dar, não sei qual é o plano. Apenas sei que não vou capitular.
Belo Horizonte, 17 de Março de 2008.
Parte Um
Difíceis têm sido os últimos dias. É visível a dor do fim da noite, quando as luzes se apagam, todos dormem a exceção de quem sofre. Sofre a ansiedade dos dias futuros, que não existem, sofre as oportunidades perdidas, como se não houvesse outra pela frente, sofre a dor que nunca sentiu, sofre a dor de todo dia, sofre a dor do erro. Sofre uma dor que não existe mas dói.
A cada vez mais me convenço de que arrepender-se é não poder esperar por outra chance. Porque na verdade, não se pode mesmo. Os tempos não voltam. É preciso recomeçar um recomeço diferente, onde o que ficou para trás, ficou mesmo, é morto. Entretanto, a dificuldade de cada dia é um sinal de crescimento. Quanto mais difícil a caminhada para o céu, é porque mais próximos estamos dele. Assim, o crescimento pessoal é medido conforme as dores que se pode suportar. Mas não se iluda, não podemos muito.
As vezes ainda me assusto como posso num momento estar tão sereno, tão calmo e no momento seguinte, tão agitado, tão nervoso e confuso. Talvez eu não me conheça tanto assim, a ponto de poder evitar. Talvez meu coração ainda seja um terreno desconhecido para mim. Ainda não sei quais as minhas razões, se é que elas existem.
O que importa é que se em algum momento eu achei que tudo seria fácil, então eu posso dizer que me enganei. Não está sendo. E não será surpresa nenhuma se bater a minha porta, a vontade de desistir e jogar tudo pro alto, voltar atrás. Porque a cada passo dado maior é a dor. Todavia, não dá mais pra voltar.
O que me consola e me prepara para a dura jornada, é a certeza do amor. Porque o amor é maior que toda a minha dor. E por ele, eu sou capaz de morrer. Não há mais uma essência de vida, há todo o meu ser em busca do que outrora era só um sonho. E mesmo se tivesse volta, eu não capitularia. Eu não sei no que vai dar, não sei qual é o plano. Apenas sei que não vou capitular.
Belo Horizonte, 17 de Março de 2008.
Os Verdadeiros Heróis
Por Deiber Nunes Martins
Outro dia mencionei algo sobre os verdadeiros heróis, aqueles que sabem das suas limitações e se colocam a disposição de Deus para fazerem a diferença, na vida dos outros. O heroísmo começa com a humildade de quem o pratica. Muitas vezes, nem sendo conhecido pelos seus atos.
Existem muitos heróis que fazem sua história anonimamente. Não aparecem para a sociedade, mas contribuem para o bem-estar desta. Pessoas que muitas vezes dão a sua vida em prol de um objetivo que no frigir dos ovos nem são seus. Fico a pensar no porquê de tais atos, no porquê deste gesto tão altruísta. E não tenho respostas.
Na história da humanidade, quantos santos e santas de Deus foram martirizados, foram mortos para que o cristianismo pudesse ser difundido? Inúmeros foram os cristãos daquele tempo que, mesmo sabendo das conseqüências de seguir Jesus Cristo – as mais atrozes possíveis – seguiram. E fizeram a diferença no mundo contemporâneo. Não fossem os grandes cristãos, heróis daquele tempo e hoje não seríamos seguidores de Cristo e hoje não teríamos a oportunidade de conhecer o caminho, a verdade, e a vida. A maioria destes heróis, são desconhecidos aos católicos mais fervorosos. E quantos e quantos cristãos de hoje, nem sabem que tais heróis existiram, para que pudessem hoje, estampar no peito, o título de cristão?
Exemplos práticos da vida cristã, os heróis religiosos, que viveram no anonimato fizeram grandes obras em prol da fé. São pessoas que abraçaram um ideal de vida que a princípio não era o deles e o priorizaram, acima até mesmo de suas vontades pessoais. E hoje, muitos deles, não são nem sequer mencionados.
Longe do campo religioso, quantos heróis do dia a dia fazem a diferença na vida das pessoas e nem são lembrados. Circula na internet, uma suposta carta de um petroleiro da Plataforma P 18 da Petrobrás ao apresentador Pedro Bial questionando os critérios desse para chamar aos participantes de seu reality show de “heróis”. O argumento deste petroleiro leva em conta seus colegas de serviço mortos em um acidente de helicóptero que se preparava para sair da plataforma e os responsáveis pelas operações de salvamento das vítimas. Engraçado pensar que este petroleiro está certo. A dor da perda de seus companheiros o fez pensar na importância do termo herói, para que este não pudesse ser usado de qualquer maneira pelos meios de comunicação.
Entretanto, acredito que o apresentador não fez por mal ao classificar os “BBB’s” de heróis. Este predicativo é fruto do nosso desconhecimento do que seja de fato, a palavra, herói.
Deste modo, vê-se que o herói de verdade não tem um nome, uma identidade. O verdadeiro herói é aquele que se esconde na vaidade dos outros, que se dizem heróis do nosso tempo. E na maior parte dos casos, o verdadeiro herói nunca será lembrado. Mas nem por isso deixará de ser, um herói.
Belo Horizonte, 17 de março de 2008.
Outro dia mencionei algo sobre os verdadeiros heróis, aqueles que sabem das suas limitações e se colocam a disposição de Deus para fazerem a diferença, na vida dos outros. O heroísmo começa com a humildade de quem o pratica. Muitas vezes, nem sendo conhecido pelos seus atos.
Existem muitos heróis que fazem sua história anonimamente. Não aparecem para a sociedade, mas contribuem para o bem-estar desta. Pessoas que muitas vezes dão a sua vida em prol de um objetivo que no frigir dos ovos nem são seus. Fico a pensar no porquê de tais atos, no porquê deste gesto tão altruísta. E não tenho respostas.
Na história da humanidade, quantos santos e santas de Deus foram martirizados, foram mortos para que o cristianismo pudesse ser difundido? Inúmeros foram os cristãos daquele tempo que, mesmo sabendo das conseqüências de seguir Jesus Cristo – as mais atrozes possíveis – seguiram. E fizeram a diferença no mundo contemporâneo. Não fossem os grandes cristãos, heróis daquele tempo e hoje não seríamos seguidores de Cristo e hoje não teríamos a oportunidade de conhecer o caminho, a verdade, e a vida. A maioria destes heróis, são desconhecidos aos católicos mais fervorosos. E quantos e quantos cristãos de hoje, nem sabem que tais heróis existiram, para que pudessem hoje, estampar no peito, o título de cristão?
Exemplos práticos da vida cristã, os heróis religiosos, que viveram no anonimato fizeram grandes obras em prol da fé. São pessoas que abraçaram um ideal de vida que a princípio não era o deles e o priorizaram, acima até mesmo de suas vontades pessoais. E hoje, muitos deles, não são nem sequer mencionados.
Longe do campo religioso, quantos heróis do dia a dia fazem a diferença na vida das pessoas e nem são lembrados. Circula na internet, uma suposta carta de um petroleiro da Plataforma P 18 da Petrobrás ao apresentador Pedro Bial questionando os critérios desse para chamar aos participantes de seu reality show de “heróis”. O argumento deste petroleiro leva em conta seus colegas de serviço mortos em um acidente de helicóptero que se preparava para sair da plataforma e os responsáveis pelas operações de salvamento das vítimas. Engraçado pensar que este petroleiro está certo. A dor da perda de seus companheiros o fez pensar na importância do termo herói, para que este não pudesse ser usado de qualquer maneira pelos meios de comunicação.
Entretanto, acredito que o apresentador não fez por mal ao classificar os “BBB’s” de heróis. Este predicativo é fruto do nosso desconhecimento do que seja de fato, a palavra, herói.
Deste modo, vê-se que o herói de verdade não tem um nome, uma identidade. O verdadeiro herói é aquele que se esconde na vaidade dos outros, que se dizem heróis do nosso tempo. E na maior parte dos casos, o verdadeiro herói nunca será lembrado. Mas nem por isso deixará de ser, um herói.
Belo Horizonte, 17 de março de 2008.
sexta-feira, 14 de março de 2008
O Milagre da Quaresma
Por Deiber Nunes Martins
Estava lendo o blog da Adriana (www.adrianaonline.com.br) onde ela falava das graças que tem recebido neste tempo quaresmal e fico aqui pensando: como é importante este tempo para a nossa vida espiritual. É durante a quaresma que nos preparamos para o momento da ressurreição do Senhor. Aos olhos humanos, uma simples temporada. Aos olhos da fé, o tempo de milagres.
Fico admirado com as palavras da Adriana sobre este tempo, afinal nunca parei pra pensar a quaresma como o tempo dos milagres, mas eles acontecem. O milagre requer um sinal de nossa parte, requer que sinalizemos o seu acontecimento. É o encher as talhas de água, ou dispor os cinco pães e dois peixes. No caso da Adriana, foi preciso seu tornozelo trincado, para que o milagre da conversão chegasse até o seu pai...
No meu caso, tenho visto o milagre todos os dias desta quaresma. O milagre do amor, da minha vida, do meu trabalho, da minha família. A todo momento, uma nova graça, uma nova bênção, Deus envia a nós. Basta que tomemos posse. Mas essa dica, o Eros Biondini já nos deu. O que Deus tem me mostrado ao longo neste tempo é que em meio a fumaça, há oxigênio há respirar. O que eu quero dizer?
Quero dizer, meus caros, que talvez seja este tempo quaresmal, o tempo das maiores provações a que tenho sido submetido. E quanto mais eu me comprometo com meu Senhor, mais eu sou colocado à prova. E os ataques vem de todo lado, muitas vezes, de onde menos espero. Assim, diante da nuvem turva de fumaça, vem o Senhor ao meu encontro de maneiras tão sutis que me deixam boquiaberto! Esta semana, só Deus sabe o quão tentado eu fui. Tentado a murmurar, falar, pensar ou fazer o mal. No entanto, em curtíssimos momentos, Deus me mostra as respostas mais concretas às minhas provações. Um exemplo disso foi ontem quinta-feira. Enquanto adorava ao Senhor na Igreja de São José aqui em Belo Horizonte, como faço todas as quintas-feiras em meu horário de almoço, o Senhor mostrou-me por intermédio do padre que conduzia o momento, a importância da Cruz em nossas vidas. Não há glória para nós, sem a Santa Cruz. Não há ressurreição sem a Cruz e isto é óbvio! Mas note: se você quer a Graça de Deus, não evite o sofrimento da Cruz.
Então, o grande milagre desta semana, talvez tenha sido perceber que preciso viver o sofrimento da maneira adequada. E o certo neste momento, é tomá-lo como parte do meu caminho a ser trilhado e ter a certeza plena de que ele é passageiro, eu não morro por causa dele. Bom, isto é um pouquinho da realidade que estou vivendo...
Amigos e amigas, o sofrimento é inerente ao ser humano. Todavia, manter-se nele, ou acabrunhar seu espírito no mar de lama do sofrimento é opcional. Você escolhe como prosseguir ou como não prosseguir. Se nos guiarmos por Cristo, a vitória é certa, mesmo a via sendo a do sofrimento.
Concluindo, a quaresma é o tempo de milagres, sim. Em minha opinião porque estamos mais abertos ao sagrado que de costume. E por isso, Deus se lança em nós no afã de nos fazer o bem. Ele sempre quer nos dar o melhor, suas primícias! Mas diante das nossas incessantes recusas, ele fica esperando um tempo oportuno, uma brechinha para entrar e fazer a diferença. E assim, nos conduzir pra junto Dele.
Belo Horizonte, 14 de Março de 2008.
Estava lendo o blog da Adriana (www.adrianaonline.com.br) onde ela falava das graças que tem recebido neste tempo quaresmal e fico aqui pensando: como é importante este tempo para a nossa vida espiritual. É durante a quaresma que nos preparamos para o momento da ressurreição do Senhor. Aos olhos humanos, uma simples temporada. Aos olhos da fé, o tempo de milagres.
Fico admirado com as palavras da Adriana sobre este tempo, afinal nunca parei pra pensar a quaresma como o tempo dos milagres, mas eles acontecem. O milagre requer um sinal de nossa parte, requer que sinalizemos o seu acontecimento. É o encher as talhas de água, ou dispor os cinco pães e dois peixes. No caso da Adriana, foi preciso seu tornozelo trincado, para que o milagre da conversão chegasse até o seu pai...
No meu caso, tenho visto o milagre todos os dias desta quaresma. O milagre do amor, da minha vida, do meu trabalho, da minha família. A todo momento, uma nova graça, uma nova bênção, Deus envia a nós. Basta que tomemos posse. Mas essa dica, o Eros Biondini já nos deu. O que Deus tem me mostrado ao longo neste tempo é que em meio a fumaça, há oxigênio há respirar. O que eu quero dizer?
Quero dizer, meus caros, que talvez seja este tempo quaresmal, o tempo das maiores provações a que tenho sido submetido. E quanto mais eu me comprometo com meu Senhor, mais eu sou colocado à prova. E os ataques vem de todo lado, muitas vezes, de onde menos espero. Assim, diante da nuvem turva de fumaça, vem o Senhor ao meu encontro de maneiras tão sutis que me deixam boquiaberto! Esta semana, só Deus sabe o quão tentado eu fui. Tentado a murmurar, falar, pensar ou fazer o mal. No entanto, em curtíssimos momentos, Deus me mostra as respostas mais concretas às minhas provações. Um exemplo disso foi ontem quinta-feira. Enquanto adorava ao Senhor na Igreja de São José aqui em Belo Horizonte, como faço todas as quintas-feiras em meu horário de almoço, o Senhor mostrou-me por intermédio do padre que conduzia o momento, a importância da Cruz em nossas vidas. Não há glória para nós, sem a Santa Cruz. Não há ressurreição sem a Cruz e isto é óbvio! Mas note: se você quer a Graça de Deus, não evite o sofrimento da Cruz.
Então, o grande milagre desta semana, talvez tenha sido perceber que preciso viver o sofrimento da maneira adequada. E o certo neste momento, é tomá-lo como parte do meu caminho a ser trilhado e ter a certeza plena de que ele é passageiro, eu não morro por causa dele. Bom, isto é um pouquinho da realidade que estou vivendo...
Amigos e amigas, o sofrimento é inerente ao ser humano. Todavia, manter-se nele, ou acabrunhar seu espírito no mar de lama do sofrimento é opcional. Você escolhe como prosseguir ou como não prosseguir. Se nos guiarmos por Cristo, a vitória é certa, mesmo a via sendo a do sofrimento.
Concluindo, a quaresma é o tempo de milagres, sim. Em minha opinião porque estamos mais abertos ao sagrado que de costume. E por isso, Deus se lança em nós no afã de nos fazer o bem. Ele sempre quer nos dar o melhor, suas primícias! Mas diante das nossas incessantes recusas, ele fica esperando um tempo oportuno, uma brechinha para entrar e fazer a diferença. E assim, nos conduzir pra junto Dele.
Belo Horizonte, 14 de Março de 2008.
quinta-feira, 13 de março de 2008
O Anjo
Música de Dalvimar Gallo (Anjos de Resgate)
Por Deiber Nunes Martins
Resolvi pedir a DEUS pra que eu possa te guardar
Ser teu ANJO protetor te velar e te cuidar
Quando eu precisei pôs tua vida em mim
DEUS permita-me ser teu ANJO aqui.
Eu pedi pra DEUS gravar o teu nome em minha mão
DEUS foi muito mais além te gravou em meu coração
Já não posso mais esquecer de ti
Tua vida DEUS transplantou em mim.
Há um ANJO aqui que intercede por ti
Trago um pedaço do céu num olhar pra te dar
Há um ANJO aqui bem pertinho de ti
Basta acreditar SOU TEU ANJO aqui.
O teu nome DEUS escreveu em mim.
A letra desta música fala alto em meu coração. Meu grande sonho hoje é ser o anjo de minha amada. Guardá-la de todo perigo, rezando com ela e pedindo em minhas limitações a proteção dos anjos do céu para nós dois. Ao mesmo tempo, desejo também dela cuidar, velar seu sono, ser o teu amparo nos momentos difíceis, o companheiro fiel para todas as horas.
Enfim, esta música é o meu sonho hoje guardado no coração de Deus. E Ele, em sua infinita bondade e misericórdia, tem nos abençoado com a sua Providência, para que este, aos poucos se realize. Deus não faz uma obra pela metade. Ele tem um plano concreto e este plano passa por toda a Sua vontade. Cabe a mim, ser dócil aos designios Dele. Na certeza de que Deus olha por nós, eu escuto esta música e sei que aos poucos esta linda letra vai se tornando uma profecia que se realiza em minha vida.
Eu não sou nada, eu não tenho nada. Mas neste nada que eu sou e tenho, Deus realiza a sua obra, Deus mostra o seu poder. Deus mostra quem Ele é. Quando eu paro pra olhar tudo o que passei, tudo o que eu vivi, pra ter hoje esta consciência, eu percebo que Deus me trouxe até aqui. E vai me levar a lugares ainda mais distantes. Portanto, nada mais eu temo. Talvez, o homem novo que há em mim, ainda seja um embrião, talvez ainda seja o alicerce de uma casa. Uma casa que vai sendo construída aos poucos, com muito sacrifício, mas também com muita fé.
Senhor, que eu possa ter a honra de ser o amado de minha amada. Senhor, tenha compaixão de mim, um pobre capitão de indústria, um pobre pecador, mas também um pobre servo que deseja de todo coração servi-lo por toda a vida. E assim, premiado pela Vossa compaixão, eu possa, no tempo que Lhe aprouver, tomar minha minina, minha orquídea, como minha digníssima esposa. E além disso, Senhor, eu possa, guiado pelo teu Santo Espírito, fazê-la infinitamente feliz, assim como José, vosso servo a quem eu peço agora a intercessão, fez a Maria Santíssima, a quem também peço que olhe por mim. Amém.
Belo Horizonte, 13 de Fevereiro de 2008.
Por Deiber Nunes Martins
Resolvi pedir a DEUS pra que eu possa te guardar
Ser teu ANJO protetor te velar e te cuidar
Quando eu precisei pôs tua vida em mim
DEUS permita-me ser teu ANJO aqui.
Eu pedi pra DEUS gravar o teu nome em minha mão
DEUS foi muito mais além te gravou em meu coração
Já não posso mais esquecer de ti
Tua vida DEUS transplantou em mim.
Há um ANJO aqui que intercede por ti
Trago um pedaço do céu num olhar pra te dar
Há um ANJO aqui bem pertinho de ti
Basta acreditar SOU TEU ANJO aqui.
O teu nome DEUS escreveu em mim.
A letra desta música fala alto em meu coração. Meu grande sonho hoje é ser o anjo de minha amada. Guardá-la de todo perigo, rezando com ela e pedindo em minhas limitações a proteção dos anjos do céu para nós dois. Ao mesmo tempo, desejo também dela cuidar, velar seu sono, ser o teu amparo nos momentos difíceis, o companheiro fiel para todas as horas.
Enfim, esta música é o meu sonho hoje guardado no coração de Deus. E Ele, em sua infinita bondade e misericórdia, tem nos abençoado com a sua Providência, para que este, aos poucos se realize. Deus não faz uma obra pela metade. Ele tem um plano concreto e este plano passa por toda a Sua vontade. Cabe a mim, ser dócil aos designios Dele. Na certeza de que Deus olha por nós, eu escuto esta música e sei que aos poucos esta linda letra vai se tornando uma profecia que se realiza em minha vida.
Eu não sou nada, eu não tenho nada. Mas neste nada que eu sou e tenho, Deus realiza a sua obra, Deus mostra o seu poder. Deus mostra quem Ele é. Quando eu paro pra olhar tudo o que passei, tudo o que eu vivi, pra ter hoje esta consciência, eu percebo que Deus me trouxe até aqui. E vai me levar a lugares ainda mais distantes. Portanto, nada mais eu temo. Talvez, o homem novo que há em mim, ainda seja um embrião, talvez ainda seja o alicerce de uma casa. Uma casa que vai sendo construída aos poucos, com muito sacrifício, mas também com muita fé.
Senhor, que eu possa ter a honra de ser o amado de minha amada. Senhor, tenha compaixão de mim, um pobre capitão de indústria, um pobre pecador, mas também um pobre servo que deseja de todo coração servi-lo por toda a vida. E assim, premiado pela Vossa compaixão, eu possa, no tempo que Lhe aprouver, tomar minha minina, minha orquídea, como minha digníssima esposa. E além disso, Senhor, eu possa, guiado pelo teu Santo Espírito, fazê-la infinitamente feliz, assim como José, vosso servo a quem eu peço agora a intercessão, fez a Maria Santíssima, a quem também peço que olhe por mim. Amém.
Belo Horizonte, 13 de Fevereiro de 2008.
quarta-feira, 12 de março de 2008
Eu Sou Outro Você
Música de Lulu Santos
Por Deiber Nunes Martins
Tempo é arte, foi o que eu aprendi
Não é dinheiro ou outra coisa que se conte
É uma outra dimensão
Toda vida vive da luz do sol
Que se faltasse tudo então pereceria
Foi o que eu aprendi de tanto ver se repetir
Que anestesia, e eu já nem sentia, ia me destruir
Mas não aconteceu, estou aqui...
Toda vida, eu quis tanto querer
Como se não bastasse o que já me cabia
Na esfera emocional
Na verdade eu sou o outro você
Tanto que enxergo em ti o que em mim não veria
Foi o que eu aprendi de tanto ver se repetir
Que anestesia, e eu já nem sentia, ia me destruir
Mas não aconteceu, estou aqui...
Esta música representa muito para mim. É uma de minhas favoritas do Lulu e além disso, foi lançada numa época muito importante, era 1997, se não me engano. Uma época em que vivi os maiores enganos até então de minha vida. Era o momento onde eu tive ambições desmedidas. Desejava tudo do melhor que a vida podia me oferecer. E trabalhava para isso, respirava pra isso, orava pra isso e vivia pra isso.
E quanto mais eu vivia aquela situação, mais forte eu me sentia. Chegando ao ponto de concluir com uma certeza absurda que seria capaz de conquistar tudo o que eu queria. E quanto mais eu vivia este processo, mais me convencia dele, mais as coisas aconteciam, me provando de sua veracidade.
Este engano me fez passar por situações difíceis e inúmeras crises comigo mesmo. Como se um castelo de cartas estivesse ruindo todo ele. Este processo me gerou sofrimento, que demorei muito para absorver.
Então, somente agora nestas minhas últimas férias é que pude realmente entender todo aquele momento. E esta música voltou a tomar vida dentro de mim. Só que agora, de um jeito diferente. Foram naquelas maravilhosas tardes em solo baiano que eu pude entender o quanto eu posso caminhar, o quanto eu sou capaz. Mas eu sou limitado, não posso nada, na verdade. Ilimitado sou, na presença de meu Deus. Por isso nunca em minha vida esquecerei aquelas tardes que mudaram a minha vida, fazendo-me perceber de um jeito novo, fazendo-me sentir melhor comigo mesmo, curando um pouco dos meus medos e fraquezas e ainda, fazendo-me novo. Devo toda essa Graça a Deus Pai o Criador. Mas também, por intermédio de uma pessoa que sabe bem quem é, que mudou a minha vida, colocando a minha frente um espelho pra que eu me pudesse ver por inteiro e assim, pudesse melhor me conhecer.
Na verdade, minha minina, eu sou outro você, tanto que enxergo em ti o que em mim, não veria.
Belo Horizonte, 12 de Fevereiro de 2008.
Por Deiber Nunes Martins
Tempo é arte, foi o que eu aprendi
Não é dinheiro ou outra coisa que se conte
É uma outra dimensão
Toda vida vive da luz do sol
Que se faltasse tudo então pereceria
Foi o que eu aprendi de tanto ver se repetir
Que anestesia, e eu já nem sentia, ia me destruir
Mas não aconteceu, estou aqui...
Toda vida, eu quis tanto querer
Como se não bastasse o que já me cabia
Na esfera emocional
Na verdade eu sou o outro você
Tanto que enxergo em ti o que em mim não veria
Foi o que eu aprendi de tanto ver se repetir
Que anestesia, e eu já nem sentia, ia me destruir
Mas não aconteceu, estou aqui...
Esta música representa muito para mim. É uma de minhas favoritas do Lulu e além disso, foi lançada numa época muito importante, era 1997, se não me engano. Uma época em que vivi os maiores enganos até então de minha vida. Era o momento onde eu tive ambições desmedidas. Desejava tudo do melhor que a vida podia me oferecer. E trabalhava para isso, respirava pra isso, orava pra isso e vivia pra isso.
E quanto mais eu vivia aquela situação, mais forte eu me sentia. Chegando ao ponto de concluir com uma certeza absurda que seria capaz de conquistar tudo o que eu queria. E quanto mais eu vivia este processo, mais me convencia dele, mais as coisas aconteciam, me provando de sua veracidade.
Este engano me fez passar por situações difíceis e inúmeras crises comigo mesmo. Como se um castelo de cartas estivesse ruindo todo ele. Este processo me gerou sofrimento, que demorei muito para absorver.
Então, somente agora nestas minhas últimas férias é que pude realmente entender todo aquele momento. E esta música voltou a tomar vida dentro de mim. Só que agora, de um jeito diferente. Foram naquelas maravilhosas tardes em solo baiano que eu pude entender o quanto eu posso caminhar, o quanto eu sou capaz. Mas eu sou limitado, não posso nada, na verdade. Ilimitado sou, na presença de meu Deus. Por isso nunca em minha vida esquecerei aquelas tardes que mudaram a minha vida, fazendo-me perceber de um jeito novo, fazendo-me sentir melhor comigo mesmo, curando um pouco dos meus medos e fraquezas e ainda, fazendo-me novo. Devo toda essa Graça a Deus Pai o Criador. Mas também, por intermédio de uma pessoa que sabe bem quem é, que mudou a minha vida, colocando a minha frente um espelho pra que eu me pudesse ver por inteiro e assim, pudesse melhor me conhecer.
Na verdade, minha minina, eu sou outro você, tanto que enxergo em ti o que em mim, não veria.
Belo Horizonte, 12 de Fevereiro de 2008.
terça-feira, 11 de março de 2008
Atlético: 100 anos de Paixão (Parte II)
No Tempo do Luizinho
Por Deiber Nunes Martins
Uma das alegrias de ser atleticano está nas vitórias memoráveis e nos belos momentos traduzidos em jogos e em gols, ao longo de sua história centenária. Grandes craques já passaram por este time, mas eu me lembro em particular de um, que vi jogar. Luizinho. Quarto zagueiro. Hoje, pergunta pra esses meninos das categorias de base o que é um quarto zagueiro e eles vão achar graça, percebendo-se ignorantes diante da pergunta. Luizinho foi o maior quarto-zagueiro que vi jogar.
Quando se pensa em zagueiros, lembra-se primeiro de botineiros, aqueles beques sem noção que só sabem fazer faltas. Uma qualidade de todo bom zagueiro é a antecipação da jogada. E isso eu pude entender, vendo o Luizinho jogar. Quando o zagueiro antecipa a jogada, ele evita a falta. Os botineiros, ao contrário, por chegarem sempre atrasados no lance, param o ataque adversário com falta. Tem muito zagueiro carniceiro nos dias de hoje e muitos deles, chegam até a Seleção Brasileira. No tempo do Luizinho, beque era ofensa moral a qualquer zagueiro. Era comum o bom zagueiro terminar o jogo sem fazer nenhuma falta e passar jogos e mais jogos sem levar cartão. Hoje, é comum o juiz impedir o beque de terminar o jogo...
Naquele tempo, a defesa atleticana era uma muralha. Lembro-me que o Galo sempre teve bons goleiros, um deles foi o João Leite. Mas acredito que todos os goleiros daquela década de oitenta não seriam tão lembrados se não fosse o Luizinho. Lembro-me bem disso. E olha que naquele tempo haviam bons atacantes e armadores craques de bola, no futebol brasileiro. Aquela década em minha modesta opinião foi mais bem servida de craques que a década de hoje. O futebol também era melhor. Dava gosto ver um jogo de futebol. Atlético e Cruzeiro? Eram sempre jogos eletrizantes!
No tempo do Luizinho, a massa atleticana sempre ia tranqüila para o campo. Em dia de clássico, o estresse era todo do lado cruzeirense. Eles podiam ter o ataque que fosse, que passava em branco. E quando o time atleticano não ia bem, Luizinho acabava ganhando o Motorrádio como o melhor em campo...
Talvez eu seja ainda muito jovem pra ser saudosista. Mas, só se tem saudade do que é bom. E aquele time do Galo era muito bom! Hoje, falei do Luizinho. O melhor quarto zagueiro que vi jogar. Um craque que anulava os atacantes adversários fossem quem fossem. O Galo tinha um timaço! E os outros? Ah, os outros... Tremiam!]
Nos dias de hoje, a torcida atleticana, alguns saudosistas como eu, pedem a Deus que o Leandro Almeida jogue ao menos a terça parte do que o Luizinho jogou. O garoto é bom de bola e vai longe. Esperamos que ele tome o Luizinho como espelho dentro e fora de campo e ajude o Galo em suas conquistas. Que a zaga galista volte a ser a muralha daquele tempo. E que os adversários, sejam eles quem forem, voltem a tremer diante do glorioso Clube Atlético Mineiro.
Belo Horizonte, 11 de março de 2008.
Por Deiber Nunes Martins
Uma das alegrias de ser atleticano está nas vitórias memoráveis e nos belos momentos traduzidos em jogos e em gols, ao longo de sua história centenária. Grandes craques já passaram por este time, mas eu me lembro em particular de um, que vi jogar. Luizinho. Quarto zagueiro. Hoje, pergunta pra esses meninos das categorias de base o que é um quarto zagueiro e eles vão achar graça, percebendo-se ignorantes diante da pergunta. Luizinho foi o maior quarto-zagueiro que vi jogar.
Quando se pensa em zagueiros, lembra-se primeiro de botineiros, aqueles beques sem noção que só sabem fazer faltas. Uma qualidade de todo bom zagueiro é a antecipação da jogada. E isso eu pude entender, vendo o Luizinho jogar. Quando o zagueiro antecipa a jogada, ele evita a falta. Os botineiros, ao contrário, por chegarem sempre atrasados no lance, param o ataque adversário com falta. Tem muito zagueiro carniceiro nos dias de hoje e muitos deles, chegam até a Seleção Brasileira. No tempo do Luizinho, beque era ofensa moral a qualquer zagueiro. Era comum o bom zagueiro terminar o jogo sem fazer nenhuma falta e passar jogos e mais jogos sem levar cartão. Hoje, é comum o juiz impedir o beque de terminar o jogo...
Naquele tempo, a defesa atleticana era uma muralha. Lembro-me que o Galo sempre teve bons goleiros, um deles foi o João Leite. Mas acredito que todos os goleiros daquela década de oitenta não seriam tão lembrados se não fosse o Luizinho. Lembro-me bem disso. E olha que naquele tempo haviam bons atacantes e armadores craques de bola, no futebol brasileiro. Aquela década em minha modesta opinião foi mais bem servida de craques que a década de hoje. O futebol também era melhor. Dava gosto ver um jogo de futebol. Atlético e Cruzeiro? Eram sempre jogos eletrizantes!
No tempo do Luizinho, a massa atleticana sempre ia tranqüila para o campo. Em dia de clássico, o estresse era todo do lado cruzeirense. Eles podiam ter o ataque que fosse, que passava em branco. E quando o time atleticano não ia bem, Luizinho acabava ganhando o Motorrádio como o melhor em campo...
Talvez eu seja ainda muito jovem pra ser saudosista. Mas, só se tem saudade do que é bom. E aquele time do Galo era muito bom! Hoje, falei do Luizinho. O melhor quarto zagueiro que vi jogar. Um craque que anulava os atacantes adversários fossem quem fossem. O Galo tinha um timaço! E os outros? Ah, os outros... Tremiam!]
Nos dias de hoje, a torcida atleticana, alguns saudosistas como eu, pedem a Deus que o Leandro Almeida jogue ao menos a terça parte do que o Luizinho jogou. O garoto é bom de bola e vai longe. Esperamos que ele tome o Luizinho como espelho dentro e fora de campo e ajude o Galo em suas conquistas. Que a zaga galista volte a ser a muralha daquele tempo. E que os adversários, sejam eles quem forem, voltem a tremer diante do glorioso Clube Atlético Mineiro.
Belo Horizonte, 11 de março de 2008.
Sem Rumo
Por Deiber Nunes Martins
Estava eu naquele trem sem saber para onde ir. Veja bem, o trem tinha o seu destino certo e não iria pra outro lugar. Todavia, eu estava sem rumo. Por mais que me dirigisse a algum lugar, com endereço certo, eu estava sem rumo. E isso era impressionante, porque tinha todos os lugares pra ir, todas as pessoas e lugares para visitar. Meu tempo estava bem resolvido e os provimentos não me faltavam. Mas eu estava sem rumo.
Enquanto o trem partia, eu pensava nas pessoas que ficavam. Muitas que eu não tive a oportunidade concreta de conhecê-las. Talvez por timidez, que é o mesmo que egoísmo, no sentido de não se doar ao máximo para o outro e não deixar que ele te conheça. Muitas vezes, passava isso pela minha cabeça. E eu não sabia como proceder.
Agora eu partia sem rumo para outro lugar, para outra cidade, outro destino. Nada eu sabia. Apenas partia, sem rumo. E pensava no que estava ficando para trás. Tudo o que eu podia ter feito e não fiz. Então, comecei a pensar nos que estavam ali comigo. Nas pessoas que seguiam viagem também. Lógico, pensei eu, que nenhum deles estava na minha situação. Todos sabiam pra onde ir.
Foi então que eu percebi uma senhora de frente pra mim. E percebi que ela vestia uma blusa com a estampa da Virgem Maria. Olhar para esta senhora me transmitia paz. Talvez porcausa da Senhora que ela trazia estampada em seu peito.
Era engraçado. Por não ter rumo, eu caminhava no caminho certo. Por não ter pra onde ir, Deus me mostrava o caminho a seguir. E me mostrava também que o caminho certo é para o refúgio da Virgem Mãe. Hoje, ao recordar estas coisas, percebo a grandeza de Deus, sua paciência para comigo, e o seu amor incondicional.
Agora, o trem está chegando a mais uma estação. É um momento de chegada e partida. Chegada, porque chegam novas realidades, novas emoções. Partida, porque outras realidades de uma vida, vão ficando para trás, nesta estação. Algo está chegando e algo está partindo. Não cabe a mim dizer onde vou ficar, onde vou desembarcar. Em Deus eu posso seguir sem rumo porque sei que não importa a direção, eu vou chegar.
Belo Horizonte, 11 de Março de 2008.
segunda-feira, 10 de março de 2008
Escolhe, pois a Vida
Canto da Campanha da Fraternidade 2008
Com carinho, desenhei este planeta;
Com cuidado, aqui plantei o meu jardim.
Com alegria, eu sonhei o paraíso,
Para a vida, dom de amor que não tem fim.
Ponho, então à tua frente
Dois caminhos diferentes:
Vida e morte, e escolherás.
Sê sensato: escolhe a vida!
Parte o pão, cura as feridas!
Sê fraterno e viverás.
Fiz o homem e a mulher à minha imagem;
Por amor e para o amor, eu os criei.
Com meu povo, celebrei uma aliança.
O caminho da justiça eu ensinei.
Com tristeza vejo a vida desprezada,
Nos meus filhos e em toda a natureza.
Me entristece tantas vidas abortadas,
Dói em mim a violência e a pobreza.
Com carinho, desenhei este planeta;
Com cuidado, aqui plantei o meu jardim.
Com alegria, eu sonhei o paraíso,
Para a vida, dom de amor que não tem fim.
Ponho, então à tua frente
Dois caminhos diferentes:
Vida e morte, e escolherás.
Sê sensato: escolhe a vida!
Parte o pão, cura as feridas!
Sê fraterno e viverás.
Fiz o homem e a mulher à minha imagem;
Por amor e para o amor, eu os criei.
Com meu povo, celebrei uma aliança.
O caminho da justiça eu ensinei.
Com tristeza vejo a vida desprezada,
Nos meus filhos e em toda a natureza.
Me entristece tantas vidas abortadas,
Dói em mim a violência e a pobreza.
Volta pra Casa
Por Deiber Nunes Martins
Edmo estava cansado. Realmente cansado. Era fim de noite e agora ele se recordava de tudo o que havia feito no fim de semana. Tinha sido um final de semana corrido. Muitas atividades, muitas pessoas, muitos momentos, enfim tanta coisa pela qual ele havia passado!
Ele abriu a porta de seu apartamento, já pedindo por sua cama. Apenas encostou a porta, olhou ao redor, toda bagunça. Avistou o divã na pequena sala de TV e se jogou nele. Havia uma mesinha ao lado, com um balde de pipocas pela metade. Devia ser ainda o resultado da noite da última sexta-feira, em que passara boa parte do tempo assistindo filme e comendo pipocas. Sozinho.
Embaixo do balde de pipoca, havia um pedaço de papel. Edmo, a princípio não deu muita importância a ele. O ideal era descansar. Ele sabia que precisava de um bom banho, mas não tinha coragem de erguer-se e atravessar o modesto apartamento rumo ao banheiro. Também precisava se barbear, mas definitivamente, deixaria isso para a manhã seguinte, manhã de segunda-feira, quando começaria tudo de novo.
O cansaço definitivamente falou mais alto e Edmo adormeceu. Mas o divã não era o lugar mais confortável ao repouso do rapaz e ele logo agitou-se, esticando o braço mais do que deveria e derrubando no chão o balde de pipoca. O barulho foi suficiente para acordá-lo e isto o irritou profundamente. Sentindo o corpo doer, finalmente ergueu-se e ficou olhando a pipoca derramada no tapete da sala. Então mirou o pedaço de papel na mesinha. Tomou-o e pôs-se a ler em voz alta, a frase que nele estava escrita:
“Volta pra casa!”
Neste momento, veio a mente de Edmo, muitas realidades da sua vida. Inúmeros momentos e situações que estava vivendo naqueles dias. Percebeu que estava vivendo no limite de suas forças. E percebeu também que não estava sendo correto consigo mesmo, nem com as pessoas do seu convívio. Na verdade, Edmo estava sendo a algum tempo infiel às pessoas que muito o amavam e estava flertando com um mundo que não lhe pertencia. Estava migrando de um lugar para o outro, de uma realidade para a outra. E percebia também o estrago que isto poderia causar mediante a influência que ele exercia sobre as pessoas.
Edmo era um rapaz muito carismático e suas idéias seduziam as pessoas do seu grupo. Entretanto, estar flertando com outro mundo, estava maculando tais idéias e fazendo com que ele colocasse em risco o seu próprio grupo, o grupo ao qual pertencia desde o início de sua vida.
Definitivamente, aquilo lhe perturbou severamente. Mas, o mundo que estava almejando e as realidades que ele lhe proporcionava estavam causando em sua vida um alívio que ele nunca tinha experimentado. Era uma realidade nova e isto o seduzia. Mas, ele não podia negar o quão perigoso poderia ser aquele flerte. Não dava para transitar em dois mundos.
Aquela frase, o incomodava. Para muitos, seria uma frase qualquer, sem nenhum sentido aparente. Mas para Edmo, era diferente. Ele sabia muito bem o significado daquela frase e na verdade, seu subconsciente já aguardava ansioso por ela. No entanto, Edmo tinha dúvidas e queria saber. Ele tinha muito a saber e perguntar. E assim o fez. Olhando para o papel, perguntou a si mesmo: “Não seria arriscado voltar pra casa? Será que eu serei bem recebido? Eu que errei tanto em minha vida, cometi tantos erros, no encontro com esse mundo em que estou vivendo, será que tenho volta? Será que posso voltar para casa?”
E imediatamente, as respostas saltaram a seus olhos. Era preciso voltar para casa. E quando o fizesse, não seriam necessárias justificativas, desculpas, ou explicações. Não haveria necessidade de se consertar os erros, reparar os males. Tudo aquilo que havia sido feito no final de semana poderia ser apagado, sem maiores perguntas. Bastaria, voltar pra casa. Era só a sua volta pra casa que interessava. E na verdade, é a volta pra casa, o mais importante. O essencial.
Nesta quaresma, todos nós somos chamados a voltar pra casa, o nosso lugar ideal de repouso. O lugar onde nenhum mal pode nos atingir. É um tempo de conversão, um tempo de volta pra casa e assim como Edmo, talvez estejamos há muito tempo longe de casa, vivenciado realidades que não são as nossas.
Portanto, se temos o Céu como nossa casa, pra que vamos ficar morando de aluguel no inferno?
Belo Horizonte, 10 de Março de 2008.
Edmo estava cansado. Realmente cansado. Era fim de noite e agora ele se recordava de tudo o que havia feito no fim de semana. Tinha sido um final de semana corrido. Muitas atividades, muitas pessoas, muitos momentos, enfim tanta coisa pela qual ele havia passado!
Ele abriu a porta de seu apartamento, já pedindo por sua cama. Apenas encostou a porta, olhou ao redor, toda bagunça. Avistou o divã na pequena sala de TV e se jogou nele. Havia uma mesinha ao lado, com um balde de pipocas pela metade. Devia ser ainda o resultado da noite da última sexta-feira, em que passara boa parte do tempo assistindo filme e comendo pipocas. Sozinho.
Embaixo do balde de pipoca, havia um pedaço de papel. Edmo, a princípio não deu muita importância a ele. O ideal era descansar. Ele sabia que precisava de um bom banho, mas não tinha coragem de erguer-se e atravessar o modesto apartamento rumo ao banheiro. Também precisava se barbear, mas definitivamente, deixaria isso para a manhã seguinte, manhã de segunda-feira, quando começaria tudo de novo.
O cansaço definitivamente falou mais alto e Edmo adormeceu. Mas o divã não era o lugar mais confortável ao repouso do rapaz e ele logo agitou-se, esticando o braço mais do que deveria e derrubando no chão o balde de pipoca. O barulho foi suficiente para acordá-lo e isto o irritou profundamente. Sentindo o corpo doer, finalmente ergueu-se e ficou olhando a pipoca derramada no tapete da sala. Então mirou o pedaço de papel na mesinha. Tomou-o e pôs-se a ler em voz alta, a frase que nele estava escrita:
“Volta pra casa!”
Neste momento, veio a mente de Edmo, muitas realidades da sua vida. Inúmeros momentos e situações que estava vivendo naqueles dias. Percebeu que estava vivendo no limite de suas forças. E percebeu também que não estava sendo correto consigo mesmo, nem com as pessoas do seu convívio. Na verdade, Edmo estava sendo a algum tempo infiel às pessoas que muito o amavam e estava flertando com um mundo que não lhe pertencia. Estava migrando de um lugar para o outro, de uma realidade para a outra. E percebia também o estrago que isto poderia causar mediante a influência que ele exercia sobre as pessoas.
Edmo era um rapaz muito carismático e suas idéias seduziam as pessoas do seu grupo. Entretanto, estar flertando com outro mundo, estava maculando tais idéias e fazendo com que ele colocasse em risco o seu próprio grupo, o grupo ao qual pertencia desde o início de sua vida.
Definitivamente, aquilo lhe perturbou severamente. Mas, o mundo que estava almejando e as realidades que ele lhe proporcionava estavam causando em sua vida um alívio que ele nunca tinha experimentado. Era uma realidade nova e isto o seduzia. Mas, ele não podia negar o quão perigoso poderia ser aquele flerte. Não dava para transitar em dois mundos.
Aquela frase, o incomodava. Para muitos, seria uma frase qualquer, sem nenhum sentido aparente. Mas para Edmo, era diferente. Ele sabia muito bem o significado daquela frase e na verdade, seu subconsciente já aguardava ansioso por ela. No entanto, Edmo tinha dúvidas e queria saber. Ele tinha muito a saber e perguntar. E assim o fez. Olhando para o papel, perguntou a si mesmo: “Não seria arriscado voltar pra casa? Será que eu serei bem recebido? Eu que errei tanto em minha vida, cometi tantos erros, no encontro com esse mundo em que estou vivendo, será que tenho volta? Será que posso voltar para casa?”
E imediatamente, as respostas saltaram a seus olhos. Era preciso voltar para casa. E quando o fizesse, não seriam necessárias justificativas, desculpas, ou explicações. Não haveria necessidade de se consertar os erros, reparar os males. Tudo aquilo que havia sido feito no final de semana poderia ser apagado, sem maiores perguntas. Bastaria, voltar pra casa. Era só a sua volta pra casa que interessava. E na verdade, é a volta pra casa, o mais importante. O essencial.
Nesta quaresma, todos nós somos chamados a voltar pra casa, o nosso lugar ideal de repouso. O lugar onde nenhum mal pode nos atingir. É um tempo de conversão, um tempo de volta pra casa e assim como Edmo, talvez estejamos há muito tempo longe de casa, vivenciado realidades que não são as nossas.
Portanto, se temos o Céu como nossa casa, pra que vamos ficar morando de aluguel no inferno?
Belo Horizonte, 10 de Março de 2008.
sexta-feira, 7 de março de 2008
One - U2
Composição: Bono Vox
Is it getting better, or do you feel the same?
Will it make it easier on you now, you got someone to blame?
You say one love, one life, it's one need in the night.
One love, get to share it
Leaves you baby, you don't care for it.
Did I disappoint you or leave a bad taste in your mouth?
You act like you never had love and you want me to go without.
Well, it's too late tonight to drag the past out into the light.
We're one, but we're not the same.
We get to carry each other, carry each other... one
Have you come here for forgiveness?
Have you come to raise the dead?
Have you come here to play Jesus to the lepers in your head?
Did I ask too much, more than a lot?
You gave me nothing, now it's all I got.
We're one, but we're not the same.
Well, we hurt each other, then we do it again.
You say love is a temple, love a higher law
Love is a temple, love the higher law.
You ask me to enter, but then you make me crawl
And I can't be holding on to what you got, when all you got is hurt.
One love, one blood, one life, you got to do what you should.
One life with each other: sisters, brothers.
One life, but we're not the same.
We get to carry each other, carry each other.
One, one.
Esta música para mim, representa muito do ideal cristão que devemos perseguir. Em toda a vida quebramos a cabeça sendo muitos com os outros ao invés de sermos um só. Muitas vezes deixamos o individualismo e a intolerância falar mais alto e não damos valor ao simples da vida. Esta música me ensina isso, que quando se ama de verdade, se é um só com aquela pessoa. E a vida assim passa a ser mais simples. Mais fácil de ser vivida. E por isso também é bem melhor quando se ama de verdade...
Is it getting better, or do you feel the same?
Will it make it easier on you now, you got someone to blame?
You say one love, one life, it's one need in the night.
One love, get to share it
Leaves you baby, you don't care for it.
Did I disappoint you or leave a bad taste in your mouth?
You act like you never had love and you want me to go without.
Well, it's too late tonight to drag the past out into the light.
We're one, but we're not the same.
We get to carry each other, carry each other... one
Have you come here for forgiveness?
Have you come to raise the dead?
Have you come here to play Jesus to the lepers in your head?
Did I ask too much, more than a lot?
You gave me nothing, now it's all I got.
We're one, but we're not the same.
Well, we hurt each other, then we do it again.
You say love is a temple, love a higher law
Love is a temple, love the higher law.
You ask me to enter, but then you make me crawl
And I can't be holding on to what you got, when all you got is hurt.
One love, one blood, one life, you got to do what you should.
One life with each other: sisters, brothers.
One life, but we're not the same.
We get to carry each other, carry each other.
One, one.
Esta música para mim, representa muito do ideal cristão que devemos perseguir. Em toda a vida quebramos a cabeça sendo muitos com os outros ao invés de sermos um só. Muitas vezes deixamos o individualismo e a intolerância falar mais alto e não damos valor ao simples da vida. Esta música me ensina isso, que quando se ama de verdade, se é um só com aquela pessoa. E a vida assim passa a ser mais simples. Mais fácil de ser vivida. E por isso também é bem melhor quando se ama de verdade...
Você não sabe os meus motivos
Por Deiber Nunes Martins
Você não sabe os meus motivos...
Não sabe o porquê dos meus olhares
O porquê de insistir em te ver assim
O porquê de te pedir pra dizer sempre as mesmas coisas...
Você não sabe ainda, as razões
Pra eu tanto querer estar bem perto
Nos momentos únicos que estamos a sós
Você talvez não conheça ainda
As razões que me movem.
Talvez ainda saiba pouco de mim
E desconheça o básico da minha vida desde que nela você entrou
Talvez você não saiba do meu jeito simples de te amar
Olhando nos olhos, sorrindo ao teu sorriso
Lamentando a existência da sua dor
Reclamando das suas travessuras contra si mesma...
Talvez você não saiba como sofre meu coração
Quando quem se importa mais com você sou eu
Você não sabe o porquê dos meus olhares
O jeito diferente de falar
O modo todo meu de segurar suas mãos
Você ainda não sabe o porquê das minhas manias
O porquê das minhas palavras esquisitas...
E você ainda não sabe os meus motivos de te querer tanto!
Querer você a todo tempo, espaço e lugar
Você não sabe o porquê de tanto contemplar tua beleza
O porquê de’u não estar mentindo quando digo que estás linda
Talvez você ainda não saiba o porquê das canções que canto a ti
E também não deva saber também o porquê das coisas que escrevi
Naquele caderno, àquelas tardes ensolaradas dentro daquele quarto
Talvez você não saiba esses motivos, não é mesmo?
Eu só posso te dizer que os motivos sempre existiram
E todos eles resumem-se num só
Em todo o meu ser, em toda a minha essência
Meu único motivo, minha única razão
É guardar você em minha mente e coração
Porque eu te amo tanto!
Que eu não saberia mais viver sem este amor,
E não saberia mais viver, sem ter motivos,
Razões pra tanto te amar.
Belo Horizonte, 07 de Fevereiro de 2008.
Você não sabe os meus motivos...
Não sabe o porquê dos meus olhares
O porquê de insistir em te ver assim
O porquê de te pedir pra dizer sempre as mesmas coisas...
Você não sabe ainda, as razões
Pra eu tanto querer estar bem perto
Nos momentos únicos que estamos a sós
Você talvez não conheça ainda
As razões que me movem.
Talvez ainda saiba pouco de mim
E desconheça o básico da minha vida desde que nela você entrou
Talvez você não saiba do meu jeito simples de te amar
Olhando nos olhos, sorrindo ao teu sorriso
Lamentando a existência da sua dor
Reclamando das suas travessuras contra si mesma...
Talvez você não saiba como sofre meu coração
Quando quem se importa mais com você sou eu
Você não sabe o porquê dos meus olhares
O jeito diferente de falar
O modo todo meu de segurar suas mãos
Você ainda não sabe o porquê das minhas manias
O porquê das minhas palavras esquisitas...
E você ainda não sabe os meus motivos de te querer tanto!
Querer você a todo tempo, espaço e lugar
Você não sabe o porquê de tanto contemplar tua beleza
O porquê de’u não estar mentindo quando digo que estás linda
Talvez você ainda não saiba o porquê das canções que canto a ti
E também não deva saber também o porquê das coisas que escrevi
Naquele caderno, àquelas tardes ensolaradas dentro daquele quarto
Talvez você não saiba esses motivos, não é mesmo?
Eu só posso te dizer que os motivos sempre existiram
E todos eles resumem-se num só
Em todo o meu ser, em toda a minha essência
Meu único motivo, minha única razão
É guardar você em minha mente e coração
Porque eu te amo tanto!
Que eu não saberia mais viver sem este amor,
E não saberia mais viver, sem ter motivos,
Razões pra tanto te amar.
Belo Horizonte, 07 de Fevereiro de 2008.
quinta-feira, 6 de março de 2008
O Ateu e a Laranja
Extraído do Livro "Ancorando sua vida em Deus", do Frei Elias Vella
Em Londres há um jardim público chamado Hyde Park. Todos os domingos você pode encontrar lá representantes de diferentes religiões ou filosofias que dão as suas mensagens de forma espontânea para aqueles que vão descansar no jardim. De fato, esta parte do jardim é chamada de Esquina Hyde Park. Fala-se a respeito de tudo. Todos são livres para expressar suas idéias e outros são livres para discutir com eles ou contradizê-los.
Um ateu costumava ir todos os domingos até a Esquina Hyde Park para falar a respeito da não-existência de Deus. Habitualmente ele costumava desafiar as pessoas que viessem a dar-lhe ouvidos para debaterem com ele. Mas ninguém parecia interessado ou capaz de fazê-lo, tendo em vista que ele se comunicava muito bem.
Mas certa vez apareceu um senhor idos que ousou subir no pódio em que o ateu falava. O ateu ficou contente que finalmente alguém quisesse confrontá-lo. Mas aquele ancião parecia estranho: ele simplesmente pegou uma laranja de sua sacola e começou a descascá-la perante todos. E todos de olhos fixos nele sorriam. Alguns estavam mesmo soltando gargalhadas mas muitos outros estavam de fato curiosos, não entendendo o porquê daquele ancião se comportar daquela maneira.
O ateu olhava para ele de forma desdenhosa, sem saber o saber o que o ancião tinha em mente. Mas o velho, muito pacientemente, continuava a descascar a laranja. E após descascá-la, começou a comê-la. E todos estavam observando o homem comer a laranja!
Finalmente ele virou-se para o ateu e lhe perguntou: “Qual é o sabor da laranja?”. O ateu estava nervoso e respondeu: “Como posso saber? É você que está comendo a laranja e não eu.”.
“É a mesma coisa quando você tenta falar sobre Deus”, respondeu o ancião. “Você não tem o direito de fazer isso, porque você nunca experimentou Deus. Eu já O experimentei, e portanto sou eu que tenho o direito de falar a respeito dEle”.
Devemos experimentar Deus para depois darmos um testemunho, negativo ou positivo Dele. Assim, não seremos levianos em qualquer das posições que venhamos a defender. E com isso, Deus nos propõe um desafio: conhecê-lo, prová-lo, experimentá-lo, para depois falar Dele. E depois fica a pergunta: Será que depois de experimentar a Deus, prová-lo em sua essência, ainda terá alguém a dar um testemunho negativo Dele?
Em Londres há um jardim público chamado Hyde Park. Todos os domingos você pode encontrar lá representantes de diferentes religiões ou filosofias que dão as suas mensagens de forma espontânea para aqueles que vão descansar no jardim. De fato, esta parte do jardim é chamada de Esquina Hyde Park. Fala-se a respeito de tudo. Todos são livres para expressar suas idéias e outros são livres para discutir com eles ou contradizê-los.
Um ateu costumava ir todos os domingos até a Esquina Hyde Park para falar a respeito da não-existência de Deus. Habitualmente ele costumava desafiar as pessoas que viessem a dar-lhe ouvidos para debaterem com ele. Mas ninguém parecia interessado ou capaz de fazê-lo, tendo em vista que ele se comunicava muito bem.
Mas certa vez apareceu um senhor idos que ousou subir no pódio em que o ateu falava. O ateu ficou contente que finalmente alguém quisesse confrontá-lo. Mas aquele ancião parecia estranho: ele simplesmente pegou uma laranja de sua sacola e começou a descascá-la perante todos. E todos de olhos fixos nele sorriam. Alguns estavam mesmo soltando gargalhadas mas muitos outros estavam de fato curiosos, não entendendo o porquê daquele ancião se comportar daquela maneira.
O ateu olhava para ele de forma desdenhosa, sem saber o saber o que o ancião tinha em mente. Mas o velho, muito pacientemente, continuava a descascar a laranja. E após descascá-la, começou a comê-la. E todos estavam observando o homem comer a laranja!
Finalmente ele virou-se para o ateu e lhe perguntou: “Qual é o sabor da laranja?”. O ateu estava nervoso e respondeu: “Como posso saber? É você que está comendo a laranja e não eu.”.
“É a mesma coisa quando você tenta falar sobre Deus”, respondeu o ancião. “Você não tem o direito de fazer isso, porque você nunca experimentou Deus. Eu já O experimentei, e portanto sou eu que tenho o direito de falar a respeito dEle”.
Devemos experimentar Deus para depois darmos um testemunho, negativo ou positivo Dele. Assim, não seremos levianos em qualquer das posições que venhamos a defender. E com isso, Deus nos propõe um desafio: conhecê-lo, prová-lo, experimentá-lo, para depois falar Dele. E depois fica a pergunta: Será que depois de experimentar a Deus, prová-lo em sua essência, ainda terá alguém a dar um testemunho negativo Dele?
quarta-feira, 5 de março de 2008
Precisa-se de um Herói de Verdade
Por Deiber Nunes Martins
Tenho percebido em minha atividade profissional e no dia a dia, a importância de se manter humilde diante das situações. A humildade talvez, seja a virtude mais improvável do ser humano, justamente por exigir deste uma postura ao qual não se está acostumado a ter. Deste modo, ser humilde no mundo contemporâneo às vezes parece sinal de loucura.
No entanto, numa sociedade marcada pelas regras e pela obediência a estas, a humildade é uma arma. E ser humilde pode ser o diferencial daqueles que vão além, sobretudo ao campo profissional. Mas, o que quer dizer esta humildade, o que quer dizer ser humilde?
Ser humilde é reconhecer-se limitado, reconhecer-se imperfeito. E realmente o somos! Não podemos resolver todos os problemas, não somos capazes de fazer tudo. Por isso, a humildade é um exercício de sinceridade do ser humano com ele mesmo. Não se trata aqui de uma ação externa, em relação aos outros, mas sim de um compromisso consigo mesmo de reconhecer o quão limitado somos.
A humildade por vezes é uma virtude mal interpretada pelas pessoas. Muitas delas a consideram um sinal de fraqueza diante do oponente, o que é justamente o contrário. O humilde reconhece-se inferior porque ele é mesmo. E assim sendo tem maior liberdade de ser ele mesmo. Ao passo que o nada modesto, na obrigação de ser o melhor, vive sempre pressionado por si mesmo. Seu adversário é ele próprio e por ele ser o melhor, acaba sendo derrotado.
Nas organizações o que se percebe é exatamente isso. Muitas vezes, o empregado quer reconhecer-se superior ao seu chefe e acaba entrando em choque com ele. Muitas vezes, uma ordem recebida é cumprida parcialmente devido ao fato do subordinado reconhecer-se superior e não entender a razão de tal ordem. Geralmente estes são aqueles que não reconhecem o seu lugar, a sua posição. Então vem o choque. E na maioria das vezes, quem está em nível inferior é quem sai perdendo.
Reconhecer-se incapaz de mudar uma situação é o primeiro passo para a mudança. O líder de verdade é aquele que se reconhece na condição de incapacidade perante a todos os problemas e que por isso, precisa de ajuda para solucioná-los. Isto em momento algum retira dele a condição de líder, mas o fortalece para os embates futuros. Além disso, o líder em sua posição de humildade tem a prerrogativa de nenhum outro líder: a prerrogativa do erro.
Não somos e nunca seremos perfeitos. Perfeito, só o Criador. Reconhecer-se imperfeito e humilhar-se diante do outro é ser verdadeiro consigo mesmo. Esta é a maior verdade que podemos dizer. Todas as disposições em contrário criam uma ilusão para os outros, sobre a nossa capacidade. E quando a verdade vem a tona, quebram-se os mitos. Nada pior que um herói de brinquedo na vida real. E o mundo está cheio de heróis de brinquedo. É preciso super-heróis de verdade, aqueles que são iguais a qualquer um, frágeis, limitados, passíveis de erro. São estes heróis que podem fazer realmente a diferença.
Belo Horizonte, 04 de Março de 2008.
Tenho percebido em minha atividade profissional e no dia a dia, a importância de se manter humilde diante das situações. A humildade talvez, seja a virtude mais improvável do ser humano, justamente por exigir deste uma postura ao qual não se está acostumado a ter. Deste modo, ser humilde no mundo contemporâneo às vezes parece sinal de loucura.
No entanto, numa sociedade marcada pelas regras e pela obediência a estas, a humildade é uma arma. E ser humilde pode ser o diferencial daqueles que vão além, sobretudo ao campo profissional. Mas, o que quer dizer esta humildade, o que quer dizer ser humilde?
Ser humilde é reconhecer-se limitado, reconhecer-se imperfeito. E realmente o somos! Não podemos resolver todos os problemas, não somos capazes de fazer tudo. Por isso, a humildade é um exercício de sinceridade do ser humano com ele mesmo. Não se trata aqui de uma ação externa, em relação aos outros, mas sim de um compromisso consigo mesmo de reconhecer o quão limitado somos.
A humildade por vezes é uma virtude mal interpretada pelas pessoas. Muitas delas a consideram um sinal de fraqueza diante do oponente, o que é justamente o contrário. O humilde reconhece-se inferior porque ele é mesmo. E assim sendo tem maior liberdade de ser ele mesmo. Ao passo que o nada modesto, na obrigação de ser o melhor, vive sempre pressionado por si mesmo. Seu adversário é ele próprio e por ele ser o melhor, acaba sendo derrotado.
Nas organizações o que se percebe é exatamente isso. Muitas vezes, o empregado quer reconhecer-se superior ao seu chefe e acaba entrando em choque com ele. Muitas vezes, uma ordem recebida é cumprida parcialmente devido ao fato do subordinado reconhecer-se superior e não entender a razão de tal ordem. Geralmente estes são aqueles que não reconhecem o seu lugar, a sua posição. Então vem o choque. E na maioria das vezes, quem está em nível inferior é quem sai perdendo.
Reconhecer-se incapaz de mudar uma situação é o primeiro passo para a mudança. O líder de verdade é aquele que se reconhece na condição de incapacidade perante a todos os problemas e que por isso, precisa de ajuda para solucioná-los. Isto em momento algum retira dele a condição de líder, mas o fortalece para os embates futuros. Além disso, o líder em sua posição de humildade tem a prerrogativa de nenhum outro líder: a prerrogativa do erro.
Não somos e nunca seremos perfeitos. Perfeito, só o Criador. Reconhecer-se imperfeito e humilhar-se diante do outro é ser verdadeiro consigo mesmo. Esta é a maior verdade que podemos dizer. Todas as disposições em contrário criam uma ilusão para os outros, sobre a nossa capacidade. E quando a verdade vem a tona, quebram-se os mitos. Nada pior que um herói de brinquedo na vida real. E o mundo está cheio de heróis de brinquedo. É preciso super-heróis de verdade, aqueles que são iguais a qualquer um, frágeis, limitados, passíveis de erro. São estes heróis que podem fazer realmente a diferença.
Belo Horizonte, 04 de Março de 2008.
terça-feira, 4 de março de 2008
I Still Haven't Found What I'm Looking For
U2
I have climbed the highest mountains
I have run through the fields
Only to be with you (x2)
I have run I have crawled
I have scaled
these city walls (x2)
Only to be with you
But I still haven't found
What I'm looking for
But I still haven't found
What I'm looking for
I have kissed honey lips
Felt the healing in her fingertips
It burned like fire
This burning desire
I have spoke with the tongue of angels
I have held the hand of the devil
It was warm in the night
I was cold as a stone
But I still haven't found
What I'm looking for
But I still haven't found
What I'm looking for
I believe in the Kingdom Come
Then all the colours will
bleed into one (x2)
But yes I'm still running
You broke the bonds and you loosed the chains
You carried the cross
And my shame (x2)
You know I believe it
But I still haven't found
What I'm looking for
But I still haven't found
What I'm looking for
Certas pessoas, tem o poder de extrair de nós o melhor. O melhor que está muitas vezes escondidos e às vezes não sabemos que o temos. A letra desta música é o meu dizer a minha amada, a pessoa que vai além em minha vida, chegando a lugares que ninguém nunca chegou. Minha Orquídea, você me faz ir além contigo! E isso é o mais importante! O essencial! A você, razão da minha vida, o meu melhor! O meu amor genuíno! Que eu não sabia que tinha e tenho! Graças a você!
I have climbed the highest mountains
I have run through the fields
Only to be with you (x2)
I have run I have crawled
I have scaled
these city walls (x2)
Only to be with you
But I still haven't found
What I'm looking for
But I still haven't found
What I'm looking for
I have kissed honey lips
Felt the healing in her fingertips
It burned like fire
This burning desire
I have spoke with the tongue of angels
I have held the hand of the devil
It was warm in the night
I was cold as a stone
But I still haven't found
What I'm looking for
But I still haven't found
What I'm looking for
I believe in the Kingdom Come
Then all the colours will
bleed into one (x2)
But yes I'm still running
You broke the bonds and you loosed the chains
You carried the cross
And my shame (x2)
You know I believe it
But I still haven't found
What I'm looking for
But I still haven't found
What I'm looking for
Certas pessoas, tem o poder de extrair de nós o melhor. O melhor que está muitas vezes escondidos e às vezes não sabemos que o temos. A letra desta música é o meu dizer a minha amada, a pessoa que vai além em minha vida, chegando a lugares que ninguém nunca chegou. Minha Orquídea, você me faz ir além contigo! E isso é o mais importante! O essencial! A você, razão da minha vida, o meu melhor! O meu amor genuíno! Que eu não sabia que tinha e tenho! Graças a você!
Tudo Perto, Tudo Certo, Tudo Natural!
Por Deiber Nunes Martins
Estou pronto...
Que se abram as portas, eu estou pronto! Realmente, estou preparado. Estou pronto para matar, pronto pra morrer. Pronto para o que tiver de ser. É assim que se encaminha e será deste jeito. Não do meu jeito. Do meu jeito, talvez ninguém se machucasse ou não. Sinceramente, o meu jeito não é o mais adequado. Então, que se abram as portas... estou pronto!
Não há o que fugir, pra onde correr. Vamos enfrentar o que vier. Estou pronto como nunca estive. E este é o momento, o melhor momento. Depois disso nada será como antes. Então que seja deste jeito e não do nosso. É chegada a hora e o momento é agora. Vamos em frente, abram as portas!
As pessoas começam a aglomerar-se. Pequenos tumultos começam. Todos querem começar e estão prontos. Eu estou pronto! Vamos esperar as portas se abrirem. Vamos ver o que vai vir. E seja o que Deus quiser. É o momento e não vou fugir dele. Sim, eu estou pronto. É agora ou nunca!
Espera, uma pessoa vai falar alguma coisa. Ela vai dizer:
“Em instantes, abriremos os portões! Fiquem atentos e não façam tumulto! Vamos começar!”
Deixa eu me preparar, os portões vão se abrir. É o momento da vida de todos nós. É a única oportunidade porque é agora! Não tem um amanhã. Estou pronto. Definitivamente estou pronto para o que vem por aí. Pronto pra matar ou morrer. Estou preparado para o momento único da vida, o agora. Vamos começar.
Gostaria de saber o que vai ser de nós. Gostaria de saber o que encontrarei pela frente. A incerteza me fere e ao mesmo tempo me faz forte. Não saber o que esperar, me faz esperar por tudo. E me faz ter mais medo. O medo que eu nunca tive.
Mas olha só o que temos aqui! Que bela menina! Que sorriso lindo o dela! E é para mim. Acho que não vou conseguir me concentrar em mais nada, só no sorriso desta garota... De onde ela é? O que ela quer? Será que ela está pronta? O que será de nós dois?
Espera, eles vão abrir, agora não tem mais jeito! As portas estão para abrir. Já não dá nem pra respirar com esse povo todo nos espremendo! Espera um pouco, já não sei se não tenho medo. Parece que tem um fiozinho de medo aqui dentro de mim. Não sei porque, o sorriso desta menina me fez perceber o quão fraco eu sou e o quanto de medo eu tenho. Sim, eu tenho medo, por causa dela. O que vou fazer? Não dá mais pra voltar. E ela não pára de me sorrir! Não consigo pensar em mais nada, só no sorriso dela!
Pronto! Abriram! Portas abertas, portões abertos. As pessoas correm como se fugissem da morte. Tento não correr, não adianta, eu vou chegar de qualquer jeito! A menina continua sorrindo e agora caminha do meu lado. Raios! Ela não pára de me sorrir e porque ela não foi a frente com os outros? Por que ela insiste em caminhar junto de mim? Será que ela não sabe que eu não me pertenço mais e será assim com ela também? O que será que ela pensa? Quem é essa garota?
Não dá mais pra voltar. Entramos! Agora é o compasso da espera a nos dizer o que virá. Tem gente pronta até demais! Que coisa! Eu não estou tão pronto assim... Não estou preparado assim como talvez deveria? O que virá? Eu não sei. Parece que esta garota vai continuar me olhando e me sorrindo... assim, vou cuidando dela e ela de mim. E nada mais. Mas, eu não estou pronto. Mesmo assim, venha o que tiver de vir. Estamos aqui, juntos contra o resto se preciso for. E não vamos mais a lugar nenhum. Espera! Ela tá me dizendo alguma coisa. Não sei bem o que é, mas parece que é algo assim:
“Tudo certo, tudo perto, tudo natural...”
E mais ela diz que também não está pronta! Tudo bem! Quem é que está? Não estamos prontos, mas quem será que está?
Belo Horizonte, 04 de Março de 2008.
Estou pronto...
Que se abram as portas, eu estou pronto! Realmente, estou preparado. Estou pronto para matar, pronto pra morrer. Pronto para o que tiver de ser. É assim que se encaminha e será deste jeito. Não do meu jeito. Do meu jeito, talvez ninguém se machucasse ou não. Sinceramente, o meu jeito não é o mais adequado. Então, que se abram as portas... estou pronto!
Não há o que fugir, pra onde correr. Vamos enfrentar o que vier. Estou pronto como nunca estive. E este é o momento, o melhor momento. Depois disso nada será como antes. Então que seja deste jeito e não do nosso. É chegada a hora e o momento é agora. Vamos em frente, abram as portas!
As pessoas começam a aglomerar-se. Pequenos tumultos começam. Todos querem começar e estão prontos. Eu estou pronto! Vamos esperar as portas se abrirem. Vamos ver o que vai vir. E seja o que Deus quiser. É o momento e não vou fugir dele. Sim, eu estou pronto. É agora ou nunca!
Espera, uma pessoa vai falar alguma coisa. Ela vai dizer:
“Em instantes, abriremos os portões! Fiquem atentos e não façam tumulto! Vamos começar!”
Deixa eu me preparar, os portões vão se abrir. É o momento da vida de todos nós. É a única oportunidade porque é agora! Não tem um amanhã. Estou pronto. Definitivamente estou pronto para o que vem por aí. Pronto pra matar ou morrer. Estou preparado para o momento único da vida, o agora. Vamos começar.
Gostaria de saber o que vai ser de nós. Gostaria de saber o que encontrarei pela frente. A incerteza me fere e ao mesmo tempo me faz forte. Não saber o que esperar, me faz esperar por tudo. E me faz ter mais medo. O medo que eu nunca tive.
Mas olha só o que temos aqui! Que bela menina! Que sorriso lindo o dela! E é para mim. Acho que não vou conseguir me concentrar em mais nada, só no sorriso desta garota... De onde ela é? O que ela quer? Será que ela está pronta? O que será de nós dois?
Espera, eles vão abrir, agora não tem mais jeito! As portas estão para abrir. Já não dá nem pra respirar com esse povo todo nos espremendo! Espera um pouco, já não sei se não tenho medo. Parece que tem um fiozinho de medo aqui dentro de mim. Não sei porque, o sorriso desta menina me fez perceber o quão fraco eu sou e o quanto de medo eu tenho. Sim, eu tenho medo, por causa dela. O que vou fazer? Não dá mais pra voltar. E ela não pára de me sorrir! Não consigo pensar em mais nada, só no sorriso dela!
Pronto! Abriram! Portas abertas, portões abertos. As pessoas correm como se fugissem da morte. Tento não correr, não adianta, eu vou chegar de qualquer jeito! A menina continua sorrindo e agora caminha do meu lado. Raios! Ela não pára de me sorrir e porque ela não foi a frente com os outros? Por que ela insiste em caminhar junto de mim? Será que ela não sabe que eu não me pertenço mais e será assim com ela também? O que será que ela pensa? Quem é essa garota?
Não dá mais pra voltar. Entramos! Agora é o compasso da espera a nos dizer o que virá. Tem gente pronta até demais! Que coisa! Eu não estou tão pronto assim... Não estou preparado assim como talvez deveria? O que virá? Eu não sei. Parece que esta garota vai continuar me olhando e me sorrindo... assim, vou cuidando dela e ela de mim. E nada mais. Mas, eu não estou pronto. Mesmo assim, venha o que tiver de vir. Estamos aqui, juntos contra o resto se preciso for. E não vamos mais a lugar nenhum. Espera! Ela tá me dizendo alguma coisa. Não sei bem o que é, mas parece que é algo assim:
“Tudo certo, tudo perto, tudo natural...”
E mais ela diz que também não está pronta! Tudo bem! Quem é que está? Não estamos prontos, mas quem será que está?
Belo Horizonte, 04 de Março de 2008.
segunda-feira, 3 de março de 2008
Atlético: 100 anos de Paixão (Parte I)
O Craque do Time
Por Deiber Nunes Martins
Estamos no mês de março. E neste mês, o glorioso Clube Atlético Mineiro, completa 100 anos de existência. É o mês do centenário. É do conhecimento de todo atleticano que se preze que o Atlético pode não ter a maior torcida do Brasil, mas seguramente ela é a mais apaixonada de todas e ainda, maior que a do rival, Cruzeiro.
Mas, polêmicas à parte, o Atlético em seu centenário de histórias acumula conquistas e infortúnios também. Como toda grande paixão, a paixão pelo Atlético Mineiro é marcada por amor e ódio. Muitas vezes, nos momentos mais felizes desta longeva história de amor, o torcedor atleticano, ou galista, como ouso chamar-nos, foi à forra diante do arquiinimigo do Barro Preto. De todas as conquistas atleticanas, as mais deliciosas foram em cima do Cruzeiro...
A maior conquista do nosso Galo sem dúvida alguma foi obtida em 1971, em pleno Maracanã, diante do poderoso Botafogo. Uma vitória de um a zero, suficiente para colocar o Galo na história como o primeiro campeão brasileiro. Este título é importante não só por ser um título, mas também porque marca a história do clube como o pioneiro, o primeiro campeão brasileiro.
Ao longo destes cem anos, muitas histórias pra contar. Muitos jogos para se lembrar, muitas conquistas a serem lembradas e comemoradas. Muitos triunfos nos clássicos. Inúmeras vitórias saborosas... São cem anos de glórias e cem anos de alegrias! Mas o importante, o mais importante, é que nestes cem anos, a maior conquista atleticana foi o amor da sua torcida. Menor em números em relação a algumas no Brasil, mas superior a todas em paixão. O Atlético em momento algum de sua história se viu abandonado pela massa. Em momento algum o atleticano deixou de torcer contra o vento, quando a camisa preta e branca esteve pendurada no varal...
Ser atleticano é saborear vitórias. Muitas vezes elas não vêm dentro de campo, mas certamente aparecem nas arquibancadas, nas mesas dos bares, nas rodas de amigos ou mesmo nos braços da mulher amada. Muitas vezes, o amor do atleticano se reflete no amor a vida, no amor em sua forma mais sublime. O amor do atleticano persiste ao longo dos tempos, ao longo da história. Sob a forma de raça, suor e lágrimas.
Recordo-me de um jogo no início da década de 90, a década perdida para o Atlético. Um jogo contra o Vitória da Bahia em pleno Mineirão. Estádio lotado, a vitória colocava o Galo numa boa situação no campeonato. No primeiro tempo, jogo parelho, embora o Galo tenha dominado a maior parte do tempo, sem, no entanto concluir suas chances em gols. No segundo tempo, mais domínio atleticano, mas logo no início, gol do Vitória. Vitória um a zero! Silêncio no Mineirão, a massa estava apreensiva. Derrota não estava nos planos de ninguém.
Mais um pouco de jogo e o Vitória nos contra-ataques assustava. Bem mais que a pressão que o Galo fazia. O tão sonhado gol de empate parecia estar mais distante do que o segundo gol baiano. E, não deu outra, estava. Aos quarenta minutos aproximadamente, Vitória da Bahia dois, Galo zero.
Naquele momento, eu descobri porque o Clube Atlético Mineiro é diferente de todos os outros times, porque sua torcida é diferente de todas as outras. Qualquer outra partida em qualquer estádio do mundo o estádio se esvaziaria. Todos, resignados com a derrota do time de coração, iriam pra casa, chorar as mágoas. Com o Atlético é diferente. A torcida do Atlético é diferente. Naquela noite, eu aprendi o que é ser atleticano.
Tão logo o Vitória fez o segundo gol, a massa atleticana começou a cantar o hino do clube, e a empurrar o time pra frente. Nenhum jogador atleticano pôde se esmorecer diante daquele voto de confiança que lhe era dado. Assim, sob a trilha sonora do hino do glorioso e sobre os gritos de “Raça! Raça!”, o Atlético partiu pra cima, nos minutos finais do jogo e fez o improvável. Faltando dois minutos para o fim, gol do Galo! Galo um, Vitória dois. E no minuto final, sob o incentivo da massa, mais um gol. Do Galo! E fim de jogo, Atlético dois, Vitória da Bahia também dois.
Foi um empate. Não era de todo mal aquele resultado. Mas por ser dentro de casa, tinha tudo para ter um sabor de derrota. E tinha. Porém, naquele jogo, eu entendi o que era ser atleticano. E entendi também como a torcida pode ganhar um jogo. A torcida do glorioso Atlético Mineiro ganhou aquele jogo, quando não deixou que os jogadores dentro de campo desistissem. Assim, com aquele Mineirão tremendo, as arquibancadas balançando, o torcedor empurrando o time no momento mais difícil da partida, foi um sinal de confiança. Cada torcedor fazendo o seu papel, dizendo a todos os jogadores e comissão técnica: “Eu confio em vocês, empatem esse jogo!” E o time assim o fez.
Nestes cem anos de história atleticana, esta é a partida da minha vida. E o maior craque que já vi jogar neste time sem dúvida alguma é o que joga com a camisa doze. A apaixonada torcida atleticana da qual orgulhosamente faço parte. É por isso que eu sou atleticano e amo este time. Porque ele me faz ser com ele, um craque de futebol.
Belo Horizonte, 03 de março de 2008.
Por Deiber Nunes Martins
Estamos no mês de março. E neste mês, o glorioso Clube Atlético Mineiro, completa 100 anos de existência. É o mês do centenário. É do conhecimento de todo atleticano que se preze que o Atlético pode não ter a maior torcida do Brasil, mas seguramente ela é a mais apaixonada de todas e ainda, maior que a do rival, Cruzeiro.
Mas, polêmicas à parte, o Atlético em seu centenário de histórias acumula conquistas e infortúnios também. Como toda grande paixão, a paixão pelo Atlético Mineiro é marcada por amor e ódio. Muitas vezes, nos momentos mais felizes desta longeva história de amor, o torcedor atleticano, ou galista, como ouso chamar-nos, foi à forra diante do arquiinimigo do Barro Preto. De todas as conquistas atleticanas, as mais deliciosas foram em cima do Cruzeiro...
A maior conquista do nosso Galo sem dúvida alguma foi obtida em 1971, em pleno Maracanã, diante do poderoso Botafogo. Uma vitória de um a zero, suficiente para colocar o Galo na história como o primeiro campeão brasileiro. Este título é importante não só por ser um título, mas também porque marca a história do clube como o pioneiro, o primeiro campeão brasileiro.
Ao longo destes cem anos, muitas histórias pra contar. Muitos jogos para se lembrar, muitas conquistas a serem lembradas e comemoradas. Muitos triunfos nos clássicos. Inúmeras vitórias saborosas... São cem anos de glórias e cem anos de alegrias! Mas o importante, o mais importante, é que nestes cem anos, a maior conquista atleticana foi o amor da sua torcida. Menor em números em relação a algumas no Brasil, mas superior a todas em paixão. O Atlético em momento algum de sua história se viu abandonado pela massa. Em momento algum o atleticano deixou de torcer contra o vento, quando a camisa preta e branca esteve pendurada no varal...
Ser atleticano é saborear vitórias. Muitas vezes elas não vêm dentro de campo, mas certamente aparecem nas arquibancadas, nas mesas dos bares, nas rodas de amigos ou mesmo nos braços da mulher amada. Muitas vezes, o amor do atleticano se reflete no amor a vida, no amor em sua forma mais sublime. O amor do atleticano persiste ao longo dos tempos, ao longo da história. Sob a forma de raça, suor e lágrimas.
Recordo-me de um jogo no início da década de 90, a década perdida para o Atlético. Um jogo contra o Vitória da Bahia em pleno Mineirão. Estádio lotado, a vitória colocava o Galo numa boa situação no campeonato. No primeiro tempo, jogo parelho, embora o Galo tenha dominado a maior parte do tempo, sem, no entanto concluir suas chances em gols. No segundo tempo, mais domínio atleticano, mas logo no início, gol do Vitória. Vitória um a zero! Silêncio no Mineirão, a massa estava apreensiva. Derrota não estava nos planos de ninguém.
Mais um pouco de jogo e o Vitória nos contra-ataques assustava. Bem mais que a pressão que o Galo fazia. O tão sonhado gol de empate parecia estar mais distante do que o segundo gol baiano. E, não deu outra, estava. Aos quarenta minutos aproximadamente, Vitória da Bahia dois, Galo zero.
Naquele momento, eu descobri porque o Clube Atlético Mineiro é diferente de todos os outros times, porque sua torcida é diferente de todas as outras. Qualquer outra partida em qualquer estádio do mundo o estádio se esvaziaria. Todos, resignados com a derrota do time de coração, iriam pra casa, chorar as mágoas. Com o Atlético é diferente. A torcida do Atlético é diferente. Naquela noite, eu aprendi o que é ser atleticano.
Tão logo o Vitória fez o segundo gol, a massa atleticana começou a cantar o hino do clube, e a empurrar o time pra frente. Nenhum jogador atleticano pôde se esmorecer diante daquele voto de confiança que lhe era dado. Assim, sob a trilha sonora do hino do glorioso e sobre os gritos de “Raça! Raça!”, o Atlético partiu pra cima, nos minutos finais do jogo e fez o improvável. Faltando dois minutos para o fim, gol do Galo! Galo um, Vitória dois. E no minuto final, sob o incentivo da massa, mais um gol. Do Galo! E fim de jogo, Atlético dois, Vitória da Bahia também dois.
Foi um empate. Não era de todo mal aquele resultado. Mas por ser dentro de casa, tinha tudo para ter um sabor de derrota. E tinha. Porém, naquele jogo, eu entendi o que era ser atleticano. E entendi também como a torcida pode ganhar um jogo. A torcida do glorioso Atlético Mineiro ganhou aquele jogo, quando não deixou que os jogadores dentro de campo desistissem. Assim, com aquele Mineirão tremendo, as arquibancadas balançando, o torcedor empurrando o time no momento mais difícil da partida, foi um sinal de confiança. Cada torcedor fazendo o seu papel, dizendo a todos os jogadores e comissão técnica: “Eu confio em vocês, empatem esse jogo!” E o time assim o fez.
Nestes cem anos de história atleticana, esta é a partida da minha vida. E o maior craque que já vi jogar neste time sem dúvida alguma é o que joga com a camisa doze. A apaixonada torcida atleticana da qual orgulhosamente faço parte. É por isso que eu sou atleticano e amo este time. Porque ele me faz ser com ele, um craque de futebol.
Belo Horizonte, 03 de março de 2008.
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