Por Deiber Nunes Martins
Nós te adoramos, Senhor Jesus e vos bendizemos!
Porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo!
Tendo recaído sobre Ele, o peso dos nossos pecados e também o peso dos açoites, maltratos e o severo cansaço físico que lhe abatia, Jesus cai pela segunda vez. E como um cordeiro levado ao matadouro, Jesus não se manifesta, não protesta, não reclama, não abre a boca.
Jesus foi provado em tudo como nós, exceto no pecado. Jesus sofreu dores, humilhações, foi imposta a ele as situações mais desfavoráveis possíveis, as condições mais atrozes. Esmagado pelo cansaço, Jesus cai pela segunda vez. Quantas vezes caímos pela segunda vez diante do sofrimento, da angústia, da dor. Sentimos uma subida vontade de desistir de tudo e ir pra bem longe. Uma das primeiras sensações a que o sofrimento nos impõe é esta: largar tudo e todos e ir para longe. E manifestamos esta vontade. Em sua passagem pelo mundo, Jesus teve a vontade humana e a vontade divina. Entretanto, na hora da dor, Jesus nada falou. Logo Ele, que muito poderia ter dito e talvez de seu protesto, uma grande lição aprendêssemos. Mas Ele não quis parar em seu sofrimento. E magnânimo, caiu silenciosamente, pela segunda vez.
Senhor, ensinastes bem mais que uma lição com sua dor e o seu silêncio. Quantas vezes caímos em um mísero desatino, e praguejamos? Às vezes reclamamos de coisas tão supérfluas que fazem teu sofrimento parecer longínquo em nossa vida. Afasta de nós este espírito de murmuração, Senhor. Esta vontade de desistir ainda na primeira queda. Fortaleça-nos para que na queda ou na dor, possamos silenciosamente, perseverar e continuar o caminho. Fica conosco, Senhor! Amém.
Belo Horizonte 15 de abril de 2011.
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