Por Deiber Nunes Martins
Nós te adoramos, Senhor Jesus e vos bendizemos!
Porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo!
Ao chegarem no lugar da caveira, o Gólgota, pregaram Jesus na cruz que Ele carregava. Jesus, mesmo diante de tamanha dor, pedia ao Pai que perdoasse a todos, pois não sabiam o que faziam. Mesmo diante da oração de Jesus, eles o insultavam.
Antes de ter seus membros inferiores e superiores pregados ao madeiro, Jesus já sofria dores atrozes pelo corpo. Extenuado e ferido pelas chicotadas que lhe arrancavam nacos na carne, Jesus já perdia muito sangue e com ele, as forças de seu corpo humano também se esvaíam. A fraqueza da carne surrada, maltratada, machucada agora era ainda mais testada no pregar-se a cruz. Aqueles cravos perfuravam o corpo de Cristo causando-lhe não somente a terrível dor da ruptura de carne, nervos, veias e tendões mas também a dor aguda da morte iminente. Dizem que o ser humano tem mais medo da dor que da morte. Naquela hora terrível, Jesus enfrentou os dois com a oração. Pedia por aqueles que o açoitavam, humilhavam, machucavam seu corpo. Clamava a Deus por pessoas que ali presentes talvez até tenham recebido de seus milagres mas que agora voltavam-se contra Ele, clamando sua morte. Como, no momento da morte, pedir a Deus o perdão para o assassino? Como o ser humano é capaz de tamanho altruísmo? Jesus ali, pregado ao madeiro, é o cordeiro imolado. O rosto divino do homem no rosto humano de Deus.
Senhor, tamanho é o mistério de vossa paixão que precisamos parar em nós mesmos e buscar compreender o que pra nós é de difícil compreensão. Compreender o incompreensível, entender suas razões. Senhor, ver o sofrimento de Teu Filho deve ser para nós um momento de profunda reflexão. Tamanho altruísmo, tamanha obediência, tamanha mansidão e humildade, não são vistos entre as pessoas. Não dispomos de tamanha grandeza. Mas queremos ser imitadores de Cristo. Queremos aprender com Ele. Sabemos que o sofrimento é inerente ao ser humano mas a grandeza de sofrer com o mesmo semblante de Jesus estampado no rosto é divino demais para nossas limitações e imperfeições. A ponto que precisamos aprender, Senhor. Ensina-nos a desejar o semblante de Cristo em nossa vida nas diversas situações as quais passamos. Amém.
Belo Horizonte, 19 de abril de 2011.
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