Por Deiber Nunes Martins
Nós te adoramos, Senhor Jesus e vos bendizemos!
Porque pela Vossa santa cruz remistes o mundo!
Os soldados tomaram a túnica de Jesus e tiraram à sorte para ver quem com ela ficaria. Assim, Jesus é despojado de suas vestes.
Jesus adentrou o mundo despojado de suas vestes reais por ser Filho de Deus, para então nascer filho do homem. Ele nasce pobre, em uma estrebaria, dividindo o espaço com os animais. Jesus vive a condição de pobreza, de quem nada tem, para nos mostrar que o ter não é o que nos dignifica mas sim o que somos. Ao fim de sua peregrinação na Terra, Jesus novamente é despojado de suas vestes. Talvez naquele momento, ainda mais um sofrer a Ele é imposto: talvez ali, no momento da crucificação, Ele tenha sentido frio, assim como o que sentira na estrebaria ao nascer. A diferença é que ali, na manjedoura, um animal que cobria a frente da gruta e as mãos de Maria, Sua Mãe o protegiam. No calvário, o frio do corpo mistura-se ao frio da solidão.
Senhor, Tu fostes despojado de suas vestes e sentistes frio. Todavia, Tu nos ensinas a nos despojarmos das vestes do homem velho e revestirmos do homem novo. O caminho da salvação perpassa as estradas do sofrimento, da provação, do frio, da solidão. Que saibamos não temer o sofrimento. Que saibamos não reclamar das provações pois são elas que nos cingem da pureza do homem novo. Amém.
Belo Horizonte 18 de abril de 2011.
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