terça-feira, 12 de abril de 2011

1ªEstação: Jesus é condenado à morte


Por Deiber Nunes Martins

Nós te adoramos, Senhor Jesus e vos bendizemos!

Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

No momento do “julgamento” de Jesus todo e qualquer tipo de arbitrariedade aconteceu. Jesus foi esbofeteado, humilhado, não teve direito a livre defesa, o povo foi influenciado ao posicionar-se em tal situação. Enfim, Jesus não teve um julgamento justo, mesmo para aquele tempo e lugar onde as noções de justiça diferem das noções que conhecemos. É admirável a postura de humildade de Jesus perante as “autoridades” e mais admirável ainda o seu silêncio diante da injustiça. Era de se pensar, que o Filho de Deus manifestaria seu descontentamento diante da situação adversa. E no entanto, Jesus nada fala em sua defesa.

Muitas vezes, somos como que catapultados para uma arena de batalha, onde precisamos nos posicionar frente a uma situação de injustiça e barbárie. No indignamos, nos revoltamos, perdemos nossa razão e serenidade, exasperamos, nos desentendemos, brigamos e não mudamos a situação. Porque não cabe a nós mudar tal quadro. A injustiça está aí à nossa porta e as armas que usamos para combatê-la, não produzem o efeito desejado. Nestas horas, o melhor caminho, por mais tortuoso e difícil que seja é silenciar o coração. Jesus não se calou diante da injustiça, mas permitiu que por meio dela, a obra de Deus Pai se concretizasse.

Senhor, venha em nosso socorro fazer com que compreendamos o silêncio na hora mais lancinante de injustiça. Ensina-nos a calar o corpo e fazer reverberar a alma em busca da melhor solução para o que nos parece infame e injusto. Faze com que sejamos mansos, humildes e serenos mesmo quando o mundo nos exige uma postura inflamada. Que a Tua resposta, Senhor, seja também a nossa resposta diante daquilo que não aceitamos. Amém.

Belo Horizonte, 11 de Abril de 2011

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