domingo, 13 de abril de 2008

Lost in Space

Música: Lighthouse Family
Texto: Deiber Nunes Martins

Sometimes I get tired
of this "me first" attitude.
You are the one thing
That keeps me smiling.
That's why I'm always
wishing hard for you.
Cause your light
shines so bright
I don't feel no solitude
You are my first star at night
I'd be lost in space without you

And I'd never lose my faith in you
How will I ever get to Heaven, if I do...

It feels just so fine
when we touch the sky, me and you.
This is my idea of heaven
why cant it always be so good.
But its alright,
I know youre out there,
doing what you gotta do.
You are my soul satellite
I'd be lost in space without you.

And I'd never lose my faith in you
How will I ever get to Heaven, if I do...

And I'd never lose my faith in you
How will I ever get to Heaven, if I do...


Esta música é uma maneira de dizer o que estou sentindo nesses últimos dias. Uma mistura de cansaço e falta de disposição e inspiração contribuíram para que eu passasse boa parte da semana sem postar um texto sequer. Quero com estar música começar a me desculpar...
Tenho me sentido cansado. Cansaço físico e também um tipo de cansaço que não sei explicar. Mas é um cansaço das coisas ruins da vida. Sinto-me cansado das decepções, cansado do egoísmo das pessoas, cansado da desonestidade, da inveja, enfim das fraquezas humanas que sempre esbarram em mim, no dia a dia.
Dizia à pouco para Bi que não sei como lidar com estas situações. Não tenho tolerância nem paciência em meu sangue. Gostaria de saber relevar o que acontece, mas muitas vezes não consigo e no fim das contas, quem tem de pedir perdão sou eu, por superestimar uma situação, um problema. Sinto-me cansado disso também.
As vezes, é muito fácil fazer vista grossa, não ver o defeito do outro. Mas quando este defeito nos atinge em cheio, macula nossos valores morais, ou simplesmente nos ofende, sentimos no presunçoso direito de botar o dedo na ferida. E muitas vezes, o conflito está formado. Duas pessoas que se deixam de conversar, ficam brigadas e vão precisar ao longo do tempo experimentar novamente o perdão...
Eu estaria cansado disso também, não fosse o fato de poder experimentar o perdão.

Esta música do Lighthouse Family vem resgatar em mim um pouco da força que me faz continuar. Traduzido, seu nome é Perdido no Espaço. E quantas vezes não nos sentimos assim? Muitas vezes por fora há uma carcaça vigorosa e forte, decidida. Mas somente quem está bem mais perto de nós para perceber o que há por dentro. Muitas vezes, um menino inseguro, indefeso, com medo da vida, com medo até de respirar, de dar o próximo passo. Mas o que vale é a aparência externa... Quantas vezes as pessoas que eu queria que me amassem, percebessem o Deiber aqui dentro, o Deiber interior, o Deiber tão ou mais fraco que elas mesmas. Quantas vezes, eu pedi por isso? Perdi a conta.
Mas apesar de se permitir estar perdido no espaço, há um farol que nos conduz. Há uma estrela no céu que nos faz enxergar o caminho. Uma estrela que nos faz sermos nós mesmos. Que nos faz por pra fora o interior acanhado, medroso. É quando eu estou perdido, é que me permito ser encontrado. E eu posso graças a esta estrela. Este satélite. A música fala neste satélite. De uma forma branda, ela fala que o paraíso só possível por se conhecer este satélite, esta estrela. Eu quero ir mais além e afirmar que não é salvação sem olhar para esta estrela. Precisamos olhar para o alto, para sermos encontrados, para deixarmos de estar perdidos no espaço.
Esta estrela, este satélite que nos guia, chama-se amor.

Belo Horizonte, 13 de Abril de 2008.

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