quarta-feira, 30 de abril de 2008
Um Pouco Mais de Mim
Por Deiber Nunes Martins
Um oceano de emoções
Pedra pelo fogo açoitada
Poço de vontades e sensações
Sou tudo mesmo sendo nada.
Na caminhada sozinho
Pelas pedras sou ferido
Não refugo o caminho
Pois Deus é meu amigo.
Diga-me o que de mim está errado
Encontre-me nas cercanias do meu ser
Desejo minha vida ao seu lado
E com você quero viver...
Não sou mais eu e você bem sabe
Sem você, minha bela, não seguirei
Com você meu mundo se abre
E você, eu sempre amarei.
Deus meu, atenda este meu clamor
E tenha de nós dois, compaixão
Onde está o meu amor
É onde está meu coração.
Em minh’alma se faz carnaval
Meu ser brinda a euforia
Sem ela, perco a noção do real
Sem ela, perco a noção da alegria.
Verdade rompante me invade de repente
Amar-te dobrado em meu coração
Amada minha, intenso é o que se sente
Consumir-se em brasas de paixão.
Deus meu, atenda este meu clamor
E tenha de nós dois, compaixão
Traz pra mim o meu amor
Traz pra mim, meu coração.
Belo Horizonte, 29 de abril de 2008
terça-feira, 29 de abril de 2008
Já Não Se Fazem Domingos Como Antigamente
Por Deiber Nunes Martins
Domingo de sol. Pra muitos dia de namorar, ir à praia, correr para o sítio, bater aquela bolinha, assistir a Santa Missa... Para outros dia de curtir preguiça, ir fazer compras, visitar a sogra... Domingo é um dia diferente de todos os outros, porque é o dia de fugir da rotina. Mesmo que a própria fuga já seja uma rotina. No entanto, já não se faz mais domingos como antigamente.
As manhãs de domingo sempre foram para mim, sagradas. Para ir à Igreja, agradecer a Deus pela semana que passou. E também pra assistir as corridas de Fórmula 1 pela TV. Saudosista, lembro-me dos tempos do Piquet (o pai), o Ayrton, grande Ayrton Senna, os grandes duelos com grandes pilotos como Prost, Mansell, Berger... Ah, que saudade. Manhãs deliciosas aquelas, após as Missas, em que chegava e ia me grudar na frente da TV, esperando pelo famoso "Bem amigos, da Rede Globo...". Isso, no tempo em que o Galvão não era o louco fanático de hoje. Que saudade...
Saudade também do gostinho do domingo. Aquele dia animado, com as corridas de carro, o futebol na parte da tarde. Domingos onde o Galo reinava absoluto, sem dar espaço para os rivais, sobretudo o Cruzeiro. Domingos que a gente anseava loucamente, esperando que chegasse o momento: "Vai ter jogo no Mineirão, você vai?" Domingos alegres. Almoçávamos com a família e depois íamos ao campo, ver o Glorioso. A gente sabia que o time era bom e que não ia decepcionar. E não decepcionava. Vencia sempre. E quando não vencia, saíamos chateados, mas logo passava, pois o time era bom. Valia a pena esperar pelo próximo domingo, que a revanche fatalmente viria. A alegria do domingo esportivo começava de manhã, com a vitória do Senna, seguida daquela indefectível musiquinha, que hoje as vezes até toca, mas sem graça nenhuma. A alegria seguia o restante do dia, culminando a tarde, com o futebol e o Galo ganhando mais uma.
Hoje, domingo dá medo.
A Fórmula 1 não é mais a mesma. De tanto inventarem, tiraram o prazer do esporte. Os embates de velocidade, as ultrapassagens, os nós que o Senna dava nos adversários. Nenhum outro conseguiu chegar perto do que este nosso ídolo fazia. Você pode me questionar sobre o Schumachaer, mas eu logo te respondo: O Senna não ganhava corrida no Pit Stop, ganhava no braço, brigando lado a lado muitas vezes com carros mais velozes que o dele. Se você tiver boa memória, vai se calar diante disso. Infelizmente, as corridas hoje são um espetáculo mercadológico, com carros surreais, pilotos velozes mas é só e brigas intensas de bastidores. Dentro da pista, nada além da monótona perseguição Ferrari-McLaren-BMW-Renault. Coisa medonha. E no fim ainda somos obrigados a achar normal que o brasileiro, pra quem ousamos torcer, não pode ultrapassar o companheiro de scuderia, porque tem de guardar o jogo de equipe. Pavoroso.
Como se não bastasse as corridas, o Atlético é mais um arremedo de time do que propriamente um time de futebol. Sou obrigado a concordar com os torcedores cruzeirenses. O Galo é mesmo um time "meia boca". Não assusta hoje mais ninguém. É um Galo sem esporas, vítima dos desmandos de dirigentes amadores, que se intitulam atleticanos, mas não abrem o clube para os atleticanos de verdade governarem. Se interessam pelo poder e não montam os times que a Massa tanto merece. Enfim, ter de aguentar esse timeco do Atlético, no ano de seu centenário é o pior presente que a Massa adorável poderia receber.
Foi triste o domingo ontem. Estar inerte em frente a TV, vendo o inimigo passar como queria pelos nossos defensores trapalhões. Bateu saudade dos tempos áureos, onde o Galo merecia respeito. Hoje merece condolências... Foi triste estar sozinho à noite. Contradizendo Roberto Drummond em sua Oração do Atleticano, a amada ficou exilada na Conchinchina, mas a defesa atleticana capitulou cinco vezes. E o que é pior, diante do medíocre time do Barro Preto. É preciso ser forte pra não chorar.
É preciso ser forte pra sobreviver a estes domingos modernos. Domingos onde a felicidade do adversário é a nossa completa derrocada. E o que é pior, com a amada exilada, resta-me o travesseiro, como amigo e confidente. O domingo não foi sangrento, mas ensanguentado está meu coração. Alquebrado, incapaz de respirar diante do peso da infâmia, da ousadia. Já não se fazem mais domingos como antigamente. Uma pena.
Domingo de sol. Pra muitos dia de namorar, ir à praia, correr para o sítio, bater aquela bolinha, assistir a Santa Missa... Para outros dia de curtir preguiça, ir fazer compras, visitar a sogra... Domingo é um dia diferente de todos os outros, porque é o dia de fugir da rotina. Mesmo que a própria fuga já seja uma rotina. No entanto, já não se faz mais domingos como antigamente.
As manhãs de domingo sempre foram para mim, sagradas. Para ir à Igreja, agradecer a Deus pela semana que passou. E também pra assistir as corridas de Fórmula 1 pela TV. Saudosista, lembro-me dos tempos do Piquet (o pai), o Ayrton, grande Ayrton Senna, os grandes duelos com grandes pilotos como Prost, Mansell, Berger... Ah, que saudade. Manhãs deliciosas aquelas, após as Missas, em que chegava e ia me grudar na frente da TV, esperando pelo famoso "Bem amigos, da Rede Globo...". Isso, no tempo em que o Galvão não era o louco fanático de hoje. Que saudade...
Saudade também do gostinho do domingo. Aquele dia animado, com as corridas de carro, o futebol na parte da tarde. Domingos onde o Galo reinava absoluto, sem dar espaço para os rivais, sobretudo o Cruzeiro. Domingos que a gente anseava loucamente, esperando que chegasse o momento: "Vai ter jogo no Mineirão, você vai?" Domingos alegres. Almoçávamos com a família e depois íamos ao campo, ver o Glorioso. A gente sabia que o time era bom e que não ia decepcionar. E não decepcionava. Vencia sempre. E quando não vencia, saíamos chateados, mas logo passava, pois o time era bom. Valia a pena esperar pelo próximo domingo, que a revanche fatalmente viria. A alegria do domingo esportivo começava de manhã, com a vitória do Senna, seguida daquela indefectível musiquinha, que hoje as vezes até toca, mas sem graça nenhuma. A alegria seguia o restante do dia, culminando a tarde, com o futebol e o Galo ganhando mais uma.
Hoje, domingo dá medo.
A Fórmula 1 não é mais a mesma. De tanto inventarem, tiraram o prazer do esporte. Os embates de velocidade, as ultrapassagens, os nós que o Senna dava nos adversários. Nenhum outro conseguiu chegar perto do que este nosso ídolo fazia. Você pode me questionar sobre o Schumachaer, mas eu logo te respondo: O Senna não ganhava corrida no Pit Stop, ganhava no braço, brigando lado a lado muitas vezes com carros mais velozes que o dele. Se você tiver boa memória, vai se calar diante disso. Infelizmente, as corridas hoje são um espetáculo mercadológico, com carros surreais, pilotos velozes mas é só e brigas intensas de bastidores. Dentro da pista, nada além da monótona perseguição Ferrari-McLaren-BMW-Renault. Coisa medonha. E no fim ainda somos obrigados a achar normal que o brasileiro, pra quem ousamos torcer, não pode ultrapassar o companheiro de scuderia, porque tem de guardar o jogo de equipe. Pavoroso.
Como se não bastasse as corridas, o Atlético é mais um arremedo de time do que propriamente um time de futebol. Sou obrigado a concordar com os torcedores cruzeirenses. O Galo é mesmo um time "meia boca". Não assusta hoje mais ninguém. É um Galo sem esporas, vítima dos desmandos de dirigentes amadores, que se intitulam atleticanos, mas não abrem o clube para os atleticanos de verdade governarem. Se interessam pelo poder e não montam os times que a Massa tanto merece. Enfim, ter de aguentar esse timeco do Atlético, no ano de seu centenário é o pior presente que a Massa adorável poderia receber.
Foi triste o domingo ontem. Estar inerte em frente a TV, vendo o inimigo passar como queria pelos nossos defensores trapalhões. Bateu saudade dos tempos áureos, onde o Galo merecia respeito. Hoje merece condolências... Foi triste estar sozinho à noite. Contradizendo Roberto Drummond em sua Oração do Atleticano, a amada ficou exilada na Conchinchina, mas a defesa atleticana capitulou cinco vezes. E o que é pior, diante do medíocre time do Barro Preto. É preciso ser forte pra não chorar.
É preciso ser forte pra sobreviver a estes domingos modernos. Domingos onde a felicidade do adversário é a nossa completa derrocada. E o que é pior, com a amada exilada, resta-me o travesseiro, como amigo e confidente. O domingo não foi sangrento, mas ensanguentado está meu coração. Alquebrado, incapaz de respirar diante do peso da infâmia, da ousadia. Já não se fazem mais domingos como antigamente. Uma pena.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Confissões e Retórica
Por Deiber Nunes Martins
Passo agora a confidenciar o que para muitos será uma surpresa. Mas para mim é a mais doce e pura realidade. Devo abandonar tudo e mudar completamente a minha vida. Fora com o trabalho, com a rotina angustiante, fora com os círculos viciosos de amizades, fora com as companhias inconvenientes, as obrigações sem nenhum sentido. Fora com tudo isso.
Estou deixando tudo para trás, para uma vida nova. Deixarei meu emprego para tornar-me um jardineiro. Já tenho até local de trabalho definido: um lindo jardim repleto de flores e a orquídea mais linda que já vi em toda a minha vida. Aliás, é por causa desta flor que estou deixando tudo para trás.
Muitos chamar-me-ão de louco. Porém minha maior loucura é não ter tomado esta decisão antes. Agora, eu encontrei minha Passárgada. E vou a ela, pois não quero morrer sem ter vivido o que tenho de viver. Não quero o sonho dos muitos, mas quero o que todos sonham, a felicidade.
Troco o teclado e o computador por papel e lápis e ferramentas de jardinagem. Mesmo que por vezes o mais importante a fazer possa ser feito com as próprias mãos, revolvendo a terra e arrancando as ervas daninhas. Muitas vezes também, poderei apenas usar meus ouvidos, escutando as palavras que serão o meu tesouro Ou simplesmente com o olfato, sentindo o delicioso aroma desta flor que é a razão da minha vida.
Para viver este momento, preciso me concentrar em um dia por vez. E viver a vida simples de um dia só. Descobrir toda a essência da vida nas pequenas coisas, na simplicidade do coração. Assim, posso ganhar tempo deixando de lado tudo aquilo que é grandioso e que não cabe a mim resolver. E ainda deixar de lado o que é complexo, para me concentrar no que realmente importa. Nem sempre será fácil, mas é minha disposição para o serviço que conta. Então, eu vou tranqüilo, na certeza de que minha recompensa é certa. Mesmo que não seja tudo o que imaginei, mesmo que não seja o que eu posso contar.
Minha decisão é definitiva e até segunda ordem (que venha do alto) não é passível de revogação. Meu futuro eu desconheço, mas sei que será na simplicidade dos dias felizes. Em minha Passárgada, serei formado enquanto realizo meu trabalho. Doravante, fica pra trás o velho homem, em busca dos sonhos de todo mundo e surge o homem novo, o jardineiro, em busca do cultivo da mais bela orquídea já vista nesta vida.
Um homem é o que é por ele mesmo. Eu sou eu. E dentro do meu universo particular procuro me reinventar. Mantenho minha essência humana, o que muda é o ofício. Uma mudança radical e difícil. Mas não estou sozinho. Deixo de lado minha sala fechada, o doce ambiente hostil, para assumir a simplicidade do jardim, sempre belo, que emoldura meu coração. E tudo ou quase tudo, por culpa de uma flor. A mais bela flor, doce amor de minha vida.
Belo Horizonte, 22 de abril de 2008.
Passo agora a confidenciar o que para muitos será uma surpresa. Mas para mim é a mais doce e pura realidade. Devo abandonar tudo e mudar completamente a minha vida. Fora com o trabalho, com a rotina angustiante, fora com os círculos viciosos de amizades, fora com as companhias inconvenientes, as obrigações sem nenhum sentido. Fora com tudo isso.
Estou deixando tudo para trás, para uma vida nova. Deixarei meu emprego para tornar-me um jardineiro. Já tenho até local de trabalho definido: um lindo jardim repleto de flores e a orquídea mais linda que já vi em toda a minha vida. Aliás, é por causa desta flor que estou deixando tudo para trás.
Muitos chamar-me-ão de louco. Porém minha maior loucura é não ter tomado esta decisão antes. Agora, eu encontrei minha Passárgada. E vou a ela, pois não quero morrer sem ter vivido o que tenho de viver. Não quero o sonho dos muitos, mas quero o que todos sonham, a felicidade.
Troco o teclado e o computador por papel e lápis e ferramentas de jardinagem. Mesmo que por vezes o mais importante a fazer possa ser feito com as próprias mãos, revolvendo a terra e arrancando as ervas daninhas. Muitas vezes também, poderei apenas usar meus ouvidos, escutando as palavras que serão o meu tesouro Ou simplesmente com o olfato, sentindo o delicioso aroma desta flor que é a razão da minha vida.
Para viver este momento, preciso me concentrar em um dia por vez. E viver a vida simples de um dia só. Descobrir toda a essência da vida nas pequenas coisas, na simplicidade do coração. Assim, posso ganhar tempo deixando de lado tudo aquilo que é grandioso e que não cabe a mim resolver. E ainda deixar de lado o que é complexo, para me concentrar no que realmente importa. Nem sempre será fácil, mas é minha disposição para o serviço que conta. Então, eu vou tranqüilo, na certeza de que minha recompensa é certa. Mesmo que não seja tudo o que imaginei, mesmo que não seja o que eu posso contar.
Minha decisão é definitiva e até segunda ordem (que venha do alto) não é passível de revogação. Meu futuro eu desconheço, mas sei que será na simplicidade dos dias felizes. Em minha Passárgada, serei formado enquanto realizo meu trabalho. Doravante, fica pra trás o velho homem, em busca dos sonhos de todo mundo e surge o homem novo, o jardineiro, em busca do cultivo da mais bela orquídea já vista nesta vida.
Um homem é o que é por ele mesmo. Eu sou eu. E dentro do meu universo particular procuro me reinventar. Mantenho minha essência humana, o que muda é o ofício. Uma mudança radical e difícil. Mas não estou sozinho. Deixo de lado minha sala fechada, o doce ambiente hostil, para assumir a simplicidade do jardim, sempre belo, que emoldura meu coração. E tudo ou quase tudo, por culpa de uma flor. A mais bela flor, doce amor de minha vida.
Belo Horizonte, 22 de abril de 2008.
terça-feira, 22 de abril de 2008
Um Rio que se Chama Amor
Por Deiber Nunes Martins
Amor, olhe bem o rio
Não fique triste sem mim
Pois você é meu ideal
Doce amor sempre real.
Amor, olhe bem o rio
Pensa que o futuro será bom
Seremos um só coração e alma
Nosso amor nos une e acalma.
Amor, olhe bem o rio
O nosso amor é como suas águas
Que se encontram com o mar
E nos fazem nele banhar...
Amor, olhe bem o rio
Não tenhas medo, estou aqui
Pois não tenho mais outro lugar
Que não seja ao teu lado estar.
Amor, olhe bem o rio
É a minha vida inteira a te buscar
Sofrendo a dor da solidão
Sem encontrar você no coração.
Amor, olhe bem o rio
Ele traduz o meu amor por você
E a força de sua correnteza
Não é páreo à tua beleza.
Amor, olhe bem o rio
É a força deste meu amor
Suas águas vagueiam pelo tempo
Aumentam meu sentimento.
Amor olhe bem o rio
É meu amor por você
E nada mais ouso dizer
E nada mais ouso querer.
Belo Horizonte, 21 de abril de 2008.
domingo, 20 de abril de 2008
Contrários
Música: Pe. Fábio de Melo, SCJ
Texto: Deiber Nunes Martins
Só quem já provou a dor
Quem sofreu, se amargurou
Viu a cruz e a vida em tons reais
Quem no certo procurou
Mas no errado se perdeu
precisou saber recomeçar
Só quem já perdeu na vida sabe o que é ganhar
Porque encontrou na derrota algum motivo para lutar
E assim viu no outono a primavera
Descobriu que é no conflito que a vida faz crescer
Que o verso tem reverso
Que o direito tem o avesso
Que o de graça tem seu preço
Que a vida tem contrários
E a saudade é um lugar
Que só chega quem amou
E o ódio é uma forma tão estranha de amar
Que o perto tem distâncias
E o esquerdo tem direito
Que a resposta tem pergunta
E o problema solução
E que o amor começa aqui
No contrário que há em mim
E a sombra só existe quando brilha alguma luz.
Só quem soube duvidar
Pôde enfim acreditar
Viu sem ver e amou sem aprisionar
Quem no pouco se encontrou
Aprendeu multiplicar
Descobriu o dom de eternizar
Só quem perdoou na vida sabe o que é amar
Porque aprendeu que o amor só é amor
Se já provou alguma dor
E assim viu grandeza na miséria
Descobriu que é no limite
Que o amor pode nascer.
Nossa vida é feita de contrários. As diferenças que movem nossa vida, nossa existência. Contrários que nos fazem amar, nos fazem viver. O amor tem infinitas formas de se expressar, mas escolhe sempre a melhor delas. O amor começa aqui, no contrário que há em mim. Porque preciso morrer a todo dia para o meu egoísmo, para minhas vontades, para que o Amor aconteça. Então, a vida passa a ser um desafio, uma batalha entre o bem e o mal. Contrários. Um jogo onde o vencedor é aquele que muito já perdeu. E quando se perde queima-se o desejo da vitória, mas não morre a vontade do ideal. Porque não há mal na derrota. Não há mal no cair. Porque a honra estar no levantar-se e começar de novo. Contrários. O contrário que há em mim, me ensina que o ódio nada mais é que uma forma tão estranha de amar. E nada mais. E se eu sei amar não preciso ter ódio, porque minha forma de amar é conhecida. Então eu amo com todos os meus contrários, com todas as minhas virtudes e defeitos. A vida é um contrário. E contrários requerem escolhas. Escolher entre um e outro. Que Deus nos possa ensinar a extrair dos contrários, a força da vida. Se a vida é um contrário, vivamos o contrário que há em nós, ou seja, amemos.
Belo Horizonte, 20 de Abril de 2008.
Texto: Deiber Nunes Martins
Só quem já provou a dor
Quem sofreu, se amargurou
Viu a cruz e a vida em tons reais
Quem no certo procurou
Mas no errado se perdeu
precisou saber recomeçar
Só quem já perdeu na vida sabe o que é ganhar
Porque encontrou na derrota algum motivo para lutar
E assim viu no outono a primavera
Descobriu que é no conflito que a vida faz crescer
Que o verso tem reverso
Que o direito tem o avesso
Que o de graça tem seu preço
Que a vida tem contrários
E a saudade é um lugar
Que só chega quem amou
E o ódio é uma forma tão estranha de amar
Que o perto tem distâncias
E o esquerdo tem direito
Que a resposta tem pergunta
E o problema solução
E que o amor começa aqui
No contrário que há em mim
E a sombra só existe quando brilha alguma luz.
Só quem soube duvidar
Pôde enfim acreditar
Viu sem ver e amou sem aprisionar
Quem no pouco se encontrou
Aprendeu multiplicar
Descobriu o dom de eternizar
Só quem perdoou na vida sabe o que é amar
Porque aprendeu que o amor só é amor
Se já provou alguma dor
E assim viu grandeza na miséria
Descobriu que é no limite
Que o amor pode nascer.
Nossa vida é feita de contrários. As diferenças que movem nossa vida, nossa existência. Contrários que nos fazem amar, nos fazem viver. O amor tem infinitas formas de se expressar, mas escolhe sempre a melhor delas. O amor começa aqui, no contrário que há em mim. Porque preciso morrer a todo dia para o meu egoísmo, para minhas vontades, para que o Amor aconteça. Então, a vida passa a ser um desafio, uma batalha entre o bem e o mal. Contrários. Um jogo onde o vencedor é aquele que muito já perdeu. E quando se perde queima-se o desejo da vitória, mas não morre a vontade do ideal. Porque não há mal na derrota. Não há mal no cair. Porque a honra estar no levantar-se e começar de novo. Contrários. O contrário que há em mim, me ensina que o ódio nada mais é que uma forma tão estranha de amar. E nada mais. E se eu sei amar não preciso ter ódio, porque minha forma de amar é conhecida. Então eu amo com todos os meus contrários, com todas as minhas virtudes e defeitos. A vida é um contrário. E contrários requerem escolhas. Escolher entre um e outro. Que Deus nos possa ensinar a extrair dos contrários, a força da vida. Se a vida é um contrário, vivamos o contrário que há em nós, ou seja, amemos.
Belo Horizonte, 20 de Abril de 2008.
Oração da Noite
Por Deiber Nunes Martins
Ansioso espero pelo momento em que receberei a graça que tanto almejo: desposar minha amada. Enquanto este tempo não chega, preparo-me para ser digno da mulher da minha vida e merecedor de tamanha graça. Humildemente vos peço: não tardeis em nos unir, para que nossa união seja não só o início de nossa felicidade, mas também instrumento vosso de evangelização. Senhor, poderia pedir-te tantas coisas, mas de todas elas, nada me acrescentaria, sem o meu amor, sem minha amada Bi.
Coloco-me em teus braços, Senhor. Coloco-me à tua disposição. Para que o Senhor realize em mim a sua graça, realize em mim, o seu projeto. O meu tempo, Senhor é hoje, mas em ti, meu tempo é a vida eterna, o tempo que não perece. Muito do que o Senhor quer realizar em mim, depende dela, Senhor. Embora eu saiba claramente que o Senhor é o Deus do Impossível, a cada dia que passa entendo que o Senhor quer precisar dela para realizar sua obra em mim. Por isso eu peço que apresse esta graça de nossa união, de nosso matrimônio. Acompanhando esta graça, o Senhor sabe do que precisamos e peço-Vos que estenda a Vossa Bondade e Misericórdia a estas necessidades também.
Deus meu, tu sabes de tudo. Sabes que sou fraco e que preciso contar sempre com tua misericórdia. Em contrapartida, peço que conduzas minha amada lá na Bahia. Que ela possa fazer tudo o que precisa lá, realizar a missão dela, de solteira. Para que ao nos casarmos, possamos ter cumprido todas as nossas missões de solteiros.
Em nome de teu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo, peço-Vos, Senhor que olhe por nós. E que faça desta noite, menos uma noite sem o meu amor, uma noite abençoada. Amém.
Ansioso espero pelo momento em que receberei a graça que tanto almejo: desposar minha amada. Enquanto este tempo não chega, preparo-me para ser digno da mulher da minha vida e merecedor de tamanha graça. Humildemente vos peço: não tardeis em nos unir, para que nossa união seja não só o início de nossa felicidade, mas também instrumento vosso de evangelização. Senhor, poderia pedir-te tantas coisas, mas de todas elas, nada me acrescentaria, sem o meu amor, sem minha amada Bi.
Coloco-me em teus braços, Senhor. Coloco-me à tua disposição. Para que o Senhor realize em mim a sua graça, realize em mim, o seu projeto. O meu tempo, Senhor é hoje, mas em ti, meu tempo é a vida eterna, o tempo que não perece. Muito do que o Senhor quer realizar em mim, depende dela, Senhor. Embora eu saiba claramente que o Senhor é o Deus do Impossível, a cada dia que passa entendo que o Senhor quer precisar dela para realizar sua obra em mim. Por isso eu peço que apresse esta graça de nossa união, de nosso matrimônio. Acompanhando esta graça, o Senhor sabe do que precisamos e peço-Vos que estenda a Vossa Bondade e Misericórdia a estas necessidades também.
Deus meu, tu sabes de tudo. Sabes que sou fraco e que preciso contar sempre com tua misericórdia. Em contrapartida, peço que conduzas minha amada lá na Bahia. Que ela possa fazer tudo o que precisa lá, realizar a missão dela, de solteira. Para que ao nos casarmos, possamos ter cumprido todas as nossas missões de solteiros.
Em nome de teu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo, peço-Vos, Senhor que olhe por nós. E que faça desta noite, menos uma noite sem o meu amor, uma noite abençoada. Amém.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
O Trabalho de Cida
Por Deiber Nunes Martins
Cida trabalhava lavando talheres e xícaras em uma loja de cafés. Trabalhava há algum tempo fazendo a mesma coisa e a monotonia de sua atividade era a razão de sua displicência no trabalho. De todo modo, não haviam reclamações a respeito de Cida. E poucos clientes que a conheciam até simpatizavam-se com ela. Não eram muitos, pois Cida passava a maior parte do tempo na cozinha, lavando os talheres.
Era uma mulher bonita, embora não fosse atraente. Seu olhar procurava um ponto pra se esconder, devido ao seu recato e a sua timidez. Por ser de pouco estudo, não conseguira emprego melhor. Contentava-se com aquele, pois era o que te sustentava. Mas não era feliz. Não se sentia realizada lavando copos e talheres. Então, fazia de qualquer jeito.
Suas colegas de trabalho viviam achando copos mal lavados em meio aos talheres limpos. Elas percebiam o pouco caso de Cida, mas evitavam alertá-la com medo da sua reação para com elas ou simplesmente porque achavam que não deviam mostrar a Cida o serviço que era próprio dela.
Certo dia, quando foi recolher os talheres sujos para lavar, Cida avistou um jovem rapaz tomando seu café pacientemente no balcão. Era um rapaz muito bonito e Cida se apaixonou instantaneamente por ele. Quase não foi capaz de levar as xícaras sujas para a cozinha, quando uma de suas colegas interveio:
“Ai, Cida ele é mesmo lindo não é?”
“De quem você está falando?”, gaguejou Cida, nervosa.
“Do gatinho ali no balcão. Você não tira os olhos dele.”
“Ele é mesmo muito lindo!”
“Pois não é?”, disse a colega, “E ele toma café aqui todas as manhãs...”
Enquanto lavava as xícaras, Cida não tirava o jovem da sua mente. “Meu Deus, como é bonito, aquele menino!”, pensou ela. Então, segurando uma xícara nas mãos, olhou bem para ela e viu que não estava bem lavada. Então, voltou com ela pra dentro da pia, e se pôs a lavá-la novamente. Desta vez com mais esmero.
E desde então, Cida passou a trabalhar bem melhor desde então. Deixava as xícaras brilhando de tão limpas. Muito tempo se passou e finalmente o trabalho de Cida foi reconhecido e ela foi promovida. Agora, não mais lavava xícaras, mas fazia o café. E como era saboroso o seu café!
Não demorou muito e ela ganhou outra promoção. E continuou sendo elogiada em seu trabalho. Questionada por um cliente sob a qualidade do seu café e do trabalho que fazia, Cida foi enfática:
“Trabalho como se fosse lá em casa, para o meu marido ou meus filhos.”
E pensava ela, “Tenho que fazer o meu melhor, para que aquele moço sempre esteja satisfeito! Sempre tome um bom café, encontre xícaras bem limpas, e se sinta feliz com isso. Assim, eu também serei feliz.”
E Cida nunca esteve tão certa em sua vida.
Belo Horizonte, 17 de abril de 2008.
Cida trabalhava lavando talheres e xícaras em uma loja de cafés. Trabalhava há algum tempo fazendo a mesma coisa e a monotonia de sua atividade era a razão de sua displicência no trabalho. De todo modo, não haviam reclamações a respeito de Cida. E poucos clientes que a conheciam até simpatizavam-se com ela. Não eram muitos, pois Cida passava a maior parte do tempo na cozinha, lavando os talheres.
Era uma mulher bonita, embora não fosse atraente. Seu olhar procurava um ponto pra se esconder, devido ao seu recato e a sua timidez. Por ser de pouco estudo, não conseguira emprego melhor. Contentava-se com aquele, pois era o que te sustentava. Mas não era feliz. Não se sentia realizada lavando copos e talheres. Então, fazia de qualquer jeito.
Suas colegas de trabalho viviam achando copos mal lavados em meio aos talheres limpos. Elas percebiam o pouco caso de Cida, mas evitavam alertá-la com medo da sua reação para com elas ou simplesmente porque achavam que não deviam mostrar a Cida o serviço que era próprio dela.
Certo dia, quando foi recolher os talheres sujos para lavar, Cida avistou um jovem rapaz tomando seu café pacientemente no balcão. Era um rapaz muito bonito e Cida se apaixonou instantaneamente por ele. Quase não foi capaz de levar as xícaras sujas para a cozinha, quando uma de suas colegas interveio:
“Ai, Cida ele é mesmo lindo não é?”
“De quem você está falando?”, gaguejou Cida, nervosa.
“Do gatinho ali no balcão. Você não tira os olhos dele.”
“Ele é mesmo muito lindo!”
“Pois não é?”, disse a colega, “E ele toma café aqui todas as manhãs...”
Enquanto lavava as xícaras, Cida não tirava o jovem da sua mente. “Meu Deus, como é bonito, aquele menino!”, pensou ela. Então, segurando uma xícara nas mãos, olhou bem para ela e viu que não estava bem lavada. Então, voltou com ela pra dentro da pia, e se pôs a lavá-la novamente. Desta vez com mais esmero.
E desde então, Cida passou a trabalhar bem melhor desde então. Deixava as xícaras brilhando de tão limpas. Muito tempo se passou e finalmente o trabalho de Cida foi reconhecido e ela foi promovida. Agora, não mais lavava xícaras, mas fazia o café. E como era saboroso o seu café!
Não demorou muito e ela ganhou outra promoção. E continuou sendo elogiada em seu trabalho. Questionada por um cliente sob a qualidade do seu café e do trabalho que fazia, Cida foi enfática:
“Trabalho como se fosse lá em casa, para o meu marido ou meus filhos.”
E pensava ela, “Tenho que fazer o meu melhor, para que aquele moço sempre esteja satisfeito! Sempre tome um bom café, encontre xícaras bem limpas, e se sinta feliz com isso. Assim, eu também serei feliz.”
E Cida nunca esteve tão certa em sua vida.
Belo Horizonte, 17 de abril de 2008.
terça-feira, 15 de abril de 2008
Dia Silencioso
Por Deiber Nunes Martins
O caminho que fizermos, será por honra e glória do Senhor. Nada será diferente do que Ele tem preparado para nós. Tudo virá na medida certa. Tudo no tempo certo. Se o meu tempo é hoje, o tempo de Deus é pra sempre. Preciso então me adequar ao que o Senhor tem para mim. Nem sempre é fácil perceber e aceitar esta verdade. Mas vou continuar.
O dia de hoje foi silencioso. Um dia cheio de alternativas e possibilidades, mas silencioso. A correria de todo dia foi precedida de uma vontade de fazer algo mais. Uma vontade de seguir mais adiante. E eu até que tento seguir, fazer algo mais. No entanto, desisto deste intento ao perceber que o preço que pagarei será alto demais. Não posso gastar minhas energias em passos imprecisos. Em movimentos incertos. Tenho um objetivo, ou preciso focar um. Então, mesmo quando há a possibilidade do barulho, me silencio a alma. Quem me dera silenciar também a boca e o coração.
Percebo-me por vezes falando demais. E às vezes seria mais gratificante, se eu me calasse. Silenciar o coração é um passo importante na caminhada. Tenho mais com o que gastar minha energia, do que discutir o indiscutível. Ainda assim, encontro tempo para discutir. Encontro tempo para desferir meus comentários cáusticos e muitas vezes impróprios. Minha imperfeição se realça na ausência do silêncio.
Nem sempre, as pessoas querem te escutar. Muitas delas, pessoas bem próximas, do nosso convívio diário. Infelizmente, muitas pessoas, por amor a nós, acabam tolerando as nossas falas. Mas o discurso impróprio vai empobrecendo os relacionamentos e naturalmente estas pessoas se afastam. No meu caso, tenho a terrível mania do insistir. Sou insistente quando vejo que posso dizer uma coisa que vai acrescentar à vida de uma pessoa. E isto a meus olhos não parece bom. Porque a maioria das pessoas não querem escutar conselhos. Mesmos que sejam bons. Tudo bem, a maioria é pouco. Quase todas as pessoas querem agir por suas próprias convicções. Nem sempre concordam com nossos pontos de vista. E não querem segui-lo. Então, incomodadas com a ajuda indevida, as pessoas acabam por se afastar de nós.
Em vista disso, o meu silêncio é mais que devido. Preciso aprender a corrigir-me e voltar atrás quando falar demais. Preciso resistir mais à tentação de ver soluções possíveis aos problemas dos outros e divulgá-las. Eles não querem ouvir as minhas respostas para os problemas deles. Quem sabe, não queiram ouvir as respostas para os meus? Se eu as tivesse...
Quero tentar fazer de meus dias, dias silenciosos. Quero ter a capacidade de ouvir e ficar calado. Desejo ardentemente não me envolver e assim ganhar maior simpatia dos meus pares. Ah, se me fosse possível! Seria frio o bastante para ouvir e não dizer nada. E assim, não ter o silêncio como resposta, coisa que tanto odeio...
Enquanto não posso a proeza do silêncio, entabulo tratados comigo mesmo em prol do silêncio. Recompensarei-me a cada vez que conseguir ficar calado, a cada vez que não esboçar meus pensamentos. Eu preciso entender que meus pensamentos são valiosos e precisam estar bem guardados, como uma imensa fortuna. Dinheiro esse que precisa ser investido e não ficar espalhado nos ouvidos de quem amo.
Se eu conseguir cumprir este tratado, então poderei pensar melhor nas outras possibilidades de ajuda ao meu irmão. Falar de nada adianta. Agir importa mais.
O dia hoje foi mais silencioso que de costume. No entanto, ainda usei muito minha garganta, preciso estar mais silencioso ainda. Que Nossa Senhora do Silêncio me conceda a sabedoria necessária para domar meus impulsos febris e agir com mais destreza no trato com as pessoas que amo.
O caminho que fizermos, será por honra e glória do Senhor. Nada nos será dado se não for da Providência Dele. Que o meu caminho seja trilhado na sabedoria do meu Senhor. E que eu caminhe o caminho Dele. Que meu tempo sendo o hoje, esteja a adequado ao tempo de Deus, que é o sempre. E que eu possa fazer a diferença, mesmo tendo de ficar calado.
Belo Horizonte, 14 de Abril de 2008.
domingo, 13 de abril de 2008
Lost in Space
Música: Lighthouse Family
Texto: Deiber Nunes Martins
Sometimes I get tired
of this "me first" attitude.
You are the one thing
That keeps me smiling.
That's why I'm always
wishing hard for you.
Cause your light
shines so bright
I don't feel no solitude
You are my first star at night
I'd be lost in space without you
And I'd never lose my faith in you
How will I ever get to Heaven, if I do...
It feels just so fine
when we touch the sky, me and you.
This is my idea of heaven
why cant it always be so good.
But its alright,
I know youre out there,
doing what you gotta do.
You are my soul satellite
I'd be lost in space without you.
And I'd never lose my faith in you
How will I ever get to Heaven, if I do...
And I'd never lose my faith in you
How will I ever get to Heaven, if I do...
Esta música é uma maneira de dizer o que estou sentindo nesses últimos dias. Uma mistura de cansaço e falta de disposição e inspiração contribuíram para que eu passasse boa parte da semana sem postar um texto sequer. Quero com estar música começar a me desculpar...
Tenho me sentido cansado. Cansaço físico e também um tipo de cansaço que não sei explicar. Mas é um cansaço das coisas ruins da vida. Sinto-me cansado das decepções, cansado do egoísmo das pessoas, cansado da desonestidade, da inveja, enfim das fraquezas humanas que sempre esbarram em mim, no dia a dia.
Dizia à pouco para Bi que não sei como lidar com estas situações. Não tenho tolerância nem paciência em meu sangue. Gostaria de saber relevar o que acontece, mas muitas vezes não consigo e no fim das contas, quem tem de pedir perdão sou eu, por superestimar uma situação, um problema. Sinto-me cansado disso também.
As vezes, é muito fácil fazer vista grossa, não ver o defeito do outro. Mas quando este defeito nos atinge em cheio, macula nossos valores morais, ou simplesmente nos ofende, sentimos no presunçoso direito de botar o dedo na ferida. E muitas vezes, o conflito está formado. Duas pessoas que se deixam de conversar, ficam brigadas e vão precisar ao longo do tempo experimentar novamente o perdão...
Eu estaria cansado disso também, não fosse o fato de poder experimentar o perdão.
Esta música do Lighthouse Family vem resgatar em mim um pouco da força que me faz continuar. Traduzido, seu nome é Perdido no Espaço. E quantas vezes não nos sentimos assim? Muitas vezes por fora há uma carcaça vigorosa e forte, decidida. Mas somente quem está bem mais perto de nós para perceber o que há por dentro. Muitas vezes, um menino inseguro, indefeso, com medo da vida, com medo até de respirar, de dar o próximo passo. Mas o que vale é a aparência externa... Quantas vezes as pessoas que eu queria que me amassem, percebessem o Deiber aqui dentro, o Deiber interior, o Deiber tão ou mais fraco que elas mesmas. Quantas vezes, eu pedi por isso? Perdi a conta.
Mas apesar de se permitir estar perdido no espaço, há um farol que nos conduz. Há uma estrela no céu que nos faz enxergar o caminho. Uma estrela que nos faz sermos nós mesmos. Que nos faz por pra fora o interior acanhado, medroso. É quando eu estou perdido, é que me permito ser encontrado. E eu posso graças a esta estrela. Este satélite. A música fala neste satélite. De uma forma branda, ela fala que o paraíso só possível por se conhecer este satélite, esta estrela. Eu quero ir mais além e afirmar que não é salvação sem olhar para esta estrela. Precisamos olhar para o alto, para sermos encontrados, para deixarmos de estar perdidos no espaço.
Esta estrela, este satélite que nos guia, chama-se amor.
Belo Horizonte, 13 de Abril de 2008.
Texto: Deiber Nunes Martins
Sometimes I get tired
of this "me first" attitude.
You are the one thing
That keeps me smiling.
That's why I'm always
wishing hard for you.
Cause your light
shines so bright
I don't feel no solitude
You are my first star at night
I'd be lost in space without you
And I'd never lose my faith in you
How will I ever get to Heaven, if I do...
It feels just so fine
when we touch the sky, me and you.
This is my idea of heaven
why cant it always be so good.
But its alright,
I know youre out there,
doing what you gotta do.
You are my soul satellite
I'd be lost in space without you.
And I'd never lose my faith in you
How will I ever get to Heaven, if I do...
And I'd never lose my faith in you
How will I ever get to Heaven, if I do...
Esta música é uma maneira de dizer o que estou sentindo nesses últimos dias. Uma mistura de cansaço e falta de disposição e inspiração contribuíram para que eu passasse boa parte da semana sem postar um texto sequer. Quero com estar música começar a me desculpar...
Tenho me sentido cansado. Cansaço físico e também um tipo de cansaço que não sei explicar. Mas é um cansaço das coisas ruins da vida. Sinto-me cansado das decepções, cansado do egoísmo das pessoas, cansado da desonestidade, da inveja, enfim das fraquezas humanas que sempre esbarram em mim, no dia a dia.
Dizia à pouco para Bi que não sei como lidar com estas situações. Não tenho tolerância nem paciência em meu sangue. Gostaria de saber relevar o que acontece, mas muitas vezes não consigo e no fim das contas, quem tem de pedir perdão sou eu, por superestimar uma situação, um problema. Sinto-me cansado disso também.
As vezes, é muito fácil fazer vista grossa, não ver o defeito do outro. Mas quando este defeito nos atinge em cheio, macula nossos valores morais, ou simplesmente nos ofende, sentimos no presunçoso direito de botar o dedo na ferida. E muitas vezes, o conflito está formado. Duas pessoas que se deixam de conversar, ficam brigadas e vão precisar ao longo do tempo experimentar novamente o perdão...
Eu estaria cansado disso também, não fosse o fato de poder experimentar o perdão.
Esta música do Lighthouse Family vem resgatar em mim um pouco da força que me faz continuar. Traduzido, seu nome é Perdido no Espaço. E quantas vezes não nos sentimos assim? Muitas vezes por fora há uma carcaça vigorosa e forte, decidida. Mas somente quem está bem mais perto de nós para perceber o que há por dentro. Muitas vezes, um menino inseguro, indefeso, com medo da vida, com medo até de respirar, de dar o próximo passo. Mas o que vale é a aparência externa... Quantas vezes as pessoas que eu queria que me amassem, percebessem o Deiber aqui dentro, o Deiber interior, o Deiber tão ou mais fraco que elas mesmas. Quantas vezes, eu pedi por isso? Perdi a conta.
Mas apesar de se permitir estar perdido no espaço, há um farol que nos conduz. Há uma estrela no céu que nos faz enxergar o caminho. Uma estrela que nos faz sermos nós mesmos. Que nos faz por pra fora o interior acanhado, medroso. É quando eu estou perdido, é que me permito ser encontrado. E eu posso graças a esta estrela. Este satélite. A música fala neste satélite. De uma forma branda, ela fala que o paraíso só possível por se conhecer este satélite, esta estrela. Eu quero ir mais além e afirmar que não é salvação sem olhar para esta estrela. Precisamos olhar para o alto, para sermos encontrados, para deixarmos de estar perdidos no espaço.
Esta estrela, este satélite que nos guia, chama-se amor.
Belo Horizonte, 13 de Abril de 2008.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
O Homem que Chora
Por Deiber Nunes Martins
Muitas vezes, os homens se escondem por detrás da carapaça da masculinidade para omitirem seus medos e suas frustrações. Os homens são assim. Têm medo de revelar suas fragilidades, suas misérias. Interessante como as mulheres agem diante de suas fraquezas. Convém a elas muitas vezes se permitirem ser flagradas chorando ou soluçando por algum motivo. Os homens, entretanto, precisam de um momento apropriado para isso.
Um amigo meu, o Dalton, diz que o melhor momento e lugar para se derramar em lágrimas, para se desvestir da carapaça do homem que não chora e poder ser o Homem que chora, é sozinho no quarto. Assim, em momentos terríveis de muita angústia, solidão e ou tristeza, ele se tranca no seu quarto e desata a chorar. E se alguém pergunta o porquê do choro, quando ele sai do quarto, diz categórico:
“É muito triste ter de arrumar a cama! Então, eu choro!”
Não importa o momento, o lugar, o Homem tem que chorar. Expor suas fraquezas ou a ele mesmo, ou a Deus, ou a quem ele ama. Em todos esses casos são válidos. O importante é poder ser ele, autêntico, o Homem que chora. Mesmo que para os amigos, no trabalho, na vida cotidiana, ele tenha de ser o homem, aquele que não chora, que não pode chorar.
Só o verdadeiro Homem para saber o valor de uma lágrima. É quando choramos que nossa alma se lava. Entregamos nossa vida, nossos anseios, nosso mundinho, nossas misérias à Misericórdia de Deus. Quando o homem chora sozinho, ele está se auto-conhecendo, provando do elixir das suas limitações, sabendo melhor sobre si mesmo. E isso é muito bom para ele, pois na batalha do dia-a-dia, só vence aquele que muito se conhece.
O homem também pode chorar junto de Deus. Em sua conversa diária com o Criador, se for preciso, o homem deve chorar. Chorar aqui tem uma conotação de miséria, de fraqueza. E nada como ser fraco em Deus, para que Ele nos cubra com a sua força. É quando somos fracos, que Deus se manifesta em nós.
E existem casos em que o homem pode ser permitir chorar ao lado de quem ama. Ao lado da mulher amada, por exemplo. É preciso um relacionamento muito amadurecido e muito forte pra que esta realidade seja possível – chorar nos braços da mulher amada. Mas o homem que tem este privilégio, pode se dizer um homem feliz. Geralmente, as mulheres partem da visão machista de que o homem tem de ser forte e protetor. Mas muitas vezes é o homem quem precisa ser protegido. E assim, quando se encontra uma mulher que compreende o homem desta maneira, e lhe permite ser como ele realmente é, então se encontra o verdadeiro tesouro.
Hoje, no meio da tarde, eu precisei tirar minha carapaça em meu próprio local de trabalho. Precisei chorar. Precisei me sentir fraco, triste pela saudade. Eu podia visualizar a foto de minha amada, mas não podia senti-la pertinho de mim, por causa da distância. Então a saudade bateu e me derrubou. Isto, somado as decepções e estresses do dia de trabalho, sempre tão comuns, mas que me pegaram fragilizado. Então, eu saí da sala meio desnorteado e fui pra ante-sala. Estava vazia. Acabei me sentando uma das cadeiras, dobrei a cabeça para trás, encostando-a na parede e chorei. Não foi muito, mas o suficiente pra poder continuar o meu dia. E foi bom.
O verdadeiro Homem é aquele que chora. Aquele que pode chorar.Aquele que pode se permitir fraco. E assim forte em Deus. Ainda estou aprendendo. E isso me faz bem.
Belo Horizonte, 08 de Abril de 2008.
terça-feira, 8 de abril de 2008
Considerações
Por Deiber Nunes Martins
"Não precisava me questionar daquele jeito na frente dos meus amigos", questionou Mateus, um tanto irritado
"Sim, mas você quis agradar um pouquinho além da conta. Tava quase se jogando pra cima daquela velha!", respondeu Lílian, fazendo o tipo enciumada
"Você tá ficando louca?"
"Louca por que? Por achar que você estava dando em cima dela?"
"Não, por chamar a Irene de velha."
"Seu cachorro! E ainda tem a cara de pau de me questionar. Ela é velha sim!"
"Você só pode estar com inveja. Ela é uma mulher muito bem cuidada..."
"Então fica com ela!"
Mateus e Lilian são um casal como qualquer outro por aí. Mateus era dado a ser conquistador e sempre jgoava seu charme em cima das mulheres. Lílian, por sua vez estava tendo mais um de seus ataques de ciúme. Era comum as brigas entre os dois. E por um motivo muito simples. O ponto forte de um era o ponto fraco do outro. Então, um ataca o outro com suas maiores armas, onde o outro é mais fraco. O que é muito comum entre os casais. Mas não deveria ser.
O que é fraqueza em um, deveria ser o ponto onde o outro mais se esforçaria para ajudá-lo e não atacá-lo, como fazem. Por se conhecer tanto, usam das imperfeições para o ataque. E assim, acabam agredindo-se mutuamente. O que não leva a nada...
O diálogo descrito acima é só mais um dos muitos entre tantos casais no dia de hoje. Entretanto, minha proposta é que ao invés de começar uma briga, uma batalha onde os dois lados saem vencidos, que comecem o entendimento, o diálogo, o olhar nos olhos, o flerte, o namoro. Porque nada melhor do que a emoção do reencontro, do amor em suas pequeninas coisas, para a vida de um casal.
O amor é possível quando um carrega o outro. Quando um completa o outro, começando por onde ele é limitado. As limitações de um devem ser o começo do amor do outro. E isto porque o amor de verdade não é só nas virtudes, mas principalmente nos defeitos. Na oportunidade de ajudar o outro a superar suas fraquezas, ou simplesmente, conviver melhor com elas.
Bom, essas são minhas considerações. Talvez elas devam ter mais da teoria que da prática, afinal vivo minha vida de solteiro, ainda não conheço todas as nuances de uma vida a dois. Mas desejo viver. Desejo viver o amor em sua plenitude. E desejo amar de mais, sem impor limites a este amor.
Belo Horizonte, 07 de Abril de 2008.
"Não precisava me questionar daquele jeito na frente dos meus amigos", questionou Mateus, um tanto irritado
"Sim, mas você quis agradar um pouquinho além da conta. Tava quase se jogando pra cima daquela velha!", respondeu Lílian, fazendo o tipo enciumada
"Você tá ficando louca?"
"Louca por que? Por achar que você estava dando em cima dela?"
"Não, por chamar a Irene de velha."
"Seu cachorro! E ainda tem a cara de pau de me questionar. Ela é velha sim!"
"Você só pode estar com inveja. Ela é uma mulher muito bem cuidada..."
"Então fica com ela!"
Mateus e Lilian são um casal como qualquer outro por aí. Mateus era dado a ser conquistador e sempre jgoava seu charme em cima das mulheres. Lílian, por sua vez estava tendo mais um de seus ataques de ciúme. Era comum as brigas entre os dois. E por um motivo muito simples. O ponto forte de um era o ponto fraco do outro. Então, um ataca o outro com suas maiores armas, onde o outro é mais fraco. O que é muito comum entre os casais. Mas não deveria ser.
O que é fraqueza em um, deveria ser o ponto onde o outro mais se esforçaria para ajudá-lo e não atacá-lo, como fazem. Por se conhecer tanto, usam das imperfeições para o ataque. E assim, acabam agredindo-se mutuamente. O que não leva a nada...
O diálogo descrito acima é só mais um dos muitos entre tantos casais no dia de hoje. Entretanto, minha proposta é que ao invés de começar uma briga, uma batalha onde os dois lados saem vencidos, que comecem o entendimento, o diálogo, o olhar nos olhos, o flerte, o namoro. Porque nada melhor do que a emoção do reencontro, do amor em suas pequeninas coisas, para a vida de um casal.
O amor é possível quando um carrega o outro. Quando um completa o outro, começando por onde ele é limitado. As limitações de um devem ser o começo do amor do outro. E isto porque o amor de verdade não é só nas virtudes, mas principalmente nos defeitos. Na oportunidade de ajudar o outro a superar suas fraquezas, ou simplesmente, conviver melhor com elas.
Bom, essas são minhas considerações. Talvez elas devam ter mais da teoria que da prática, afinal vivo minha vida de solteiro, ainda não conheço todas as nuances de uma vida a dois. Mas desejo viver. Desejo viver o amor em sua plenitude. E desejo amar de mais, sem impor limites a este amor.
Belo Horizonte, 07 de Abril de 2008.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Canção de Todo Dia
Por Deiber Nunes Martins
Pode até ser um bem ou mal
Talvez seja só o carnaval
O que eu posso fazer
Pelo amor que quero viver?
Corremos por ruas de morte
Perdemos toda nossa sorte
E no final, fui te encontrar
E pra sempre te amar.
Como eu quero te ver!
Como dói a dor escrever!
Pareço-me distante de mim
E sem você, sou triste assim.
Não posso esta sombra negar
Se a luz da lua não puder chegar
Enlouqueço-me neste amor errante
Morro nesta paixão distante.
Não dá mais pra viver sem você
E não tem razão nem porquê
Não sei como fazer, nem pra onde ir
E não dá mais pra sair.
Enredado estou neste doce amor
Escrevo um canto cheio de dor
Porque eu não sabia amar
E não sabia até te encontrar.
Hoje, percebi teu pranto
Não imaginava te amar tanto
Minh’alma chora por não te entender
E por você eu daria todo meu saber.
Pudera tuas lágrimas secar
Quem me dera em meus braços te tomar
Cantaria pra ti a canção de todo dia
Que fala dos sonhos, esperanças e alegria.
Um dia sei, disso tudo vamos rir
No poço da saudade não mais vamos cair
Então todo sonho será real
E tudo será tão perto, certo e natural.
Pode ser um bem ou mal
Talvez seja só o carnaval
Deus meu, o que eu posso fazer
Por este amor que quero viver?
Belo Horizonte, 06 de Abril de 2008.
domingo, 6 de abril de 2008
Humano Amor de Deus
Por Adriana e Pe. Fábio de Melo
Composição: Pe. Fábio de Melo
Tens o dom de ver estradas
Onde eu vejo o fim
Me convences quando falas
Não é bem assim
Se me esqueço, me recordas
Se não sei, me ensinas
E se perco a direção
Vens me encontrar
Tens o dom de ouvir segredos
Mesmo se me calo
E se falo me escutas
Queres compreender
Se pela força da distância
Tu te ausentas
Pelo poder que há na saudade
Voltarás
Quando a solidão doeu em mim
Quando meu passado não passou por mim
Quando eu não soube compreender a vida
Tu vieste compreender por mim
Quando os meus olhos não podiam ver
Tua mão segura me ajudou a andar
Quando eu não tinha mais amor no peito
Teu amor me ajudou a amar
Quando o meu sonho vi desmoronar
Me trouxeste outros pra recomeçar
Quando me esqueci que era alguém na vida
Teu amor veio me relembrar
Que Deus me ama, que não estou só
Que Deus cuida de mim
Quando fala pela tua voz
Que me diz: Coragem
Que Deus me ama, que não estou só
Que Deus cuida de mim
Quando fala pela tua voz
Que me diz: Coragem
Teu amor veio me relembrar
Que Deus me ama, que não estou só
Que Deus cuida de mim
Quando fala pela tua voz
Que me diz: Coragem
Que Deus me ama, que não estou só
Que Deus cuida de mim
Quando fala pela tua voz
Que me diz: Coragem.
Pois é amigos! O amor é quando um carrega o outro e juntos se carregam. Todo mundo que ama de verdade fala isso. Confessa isso, canta isso. Esta música é mais um exemplo. Prestaram atenção no nome dela: "Humano Amor de Deus". O amor verdadeiro é o amor de Deus. Se você ama de verdade, você ama com o amor de Deus.
Sinto falta de minha amada. Ela lá na Bahia, e eu aqui, em Belo Horizonte. Mas no poder que há na saudade, vamos estar juntos em breve. E a alegria do reencontro faz valer a pena essa saudade, essa falta que ela me faz. E assim, um dia, quando eu a carregar e ela me carregar, quando o nosso amor gerar frutos, vamos sim, rir de tudo isso. Vamos rir dos nossos medos, rir das nossas misérias de hoje, rir da incapacidade da distância em ferir o nosso amor. Porque a vida é um dia simplesmente. Um dia onde se pode começar tudo de novo, se pode ir além e fazer a diferença na vida do outro. Isto é humano amor de Deus, isto é a vida simples de um dia só que eu tanto busco pra mim. E desejo pra todos vocês.
Belo Horizonte, 05 de Abril de 2008.
Composição: Pe. Fábio de Melo
Tens o dom de ver estradas
Onde eu vejo o fim
Me convences quando falas
Não é bem assim
Se me esqueço, me recordas
Se não sei, me ensinas
E se perco a direção
Vens me encontrar
Tens o dom de ouvir segredos
Mesmo se me calo
E se falo me escutas
Queres compreender
Se pela força da distância
Tu te ausentas
Pelo poder que há na saudade
Voltarás
Quando a solidão doeu em mim
Quando meu passado não passou por mim
Quando eu não soube compreender a vida
Tu vieste compreender por mim
Quando os meus olhos não podiam ver
Tua mão segura me ajudou a andar
Quando eu não tinha mais amor no peito
Teu amor me ajudou a amar
Quando o meu sonho vi desmoronar
Me trouxeste outros pra recomeçar
Quando me esqueci que era alguém na vida
Teu amor veio me relembrar
Que Deus me ama, que não estou só
Que Deus cuida de mim
Quando fala pela tua voz
Que me diz: Coragem
Que Deus me ama, que não estou só
Que Deus cuida de mim
Quando fala pela tua voz
Que me diz: Coragem
Teu amor veio me relembrar
Que Deus me ama, que não estou só
Que Deus cuida de mim
Quando fala pela tua voz
Que me diz: Coragem
Que Deus me ama, que não estou só
Que Deus cuida de mim
Quando fala pela tua voz
Que me diz: Coragem.
Pois é amigos! O amor é quando um carrega o outro e juntos se carregam. Todo mundo que ama de verdade fala isso. Confessa isso, canta isso. Esta música é mais um exemplo. Prestaram atenção no nome dela: "Humano Amor de Deus". O amor verdadeiro é o amor de Deus. Se você ama de verdade, você ama com o amor de Deus.
Sinto falta de minha amada. Ela lá na Bahia, e eu aqui, em Belo Horizonte. Mas no poder que há na saudade, vamos estar juntos em breve. E a alegria do reencontro faz valer a pena essa saudade, essa falta que ela me faz. E assim, um dia, quando eu a carregar e ela me carregar, quando o nosso amor gerar frutos, vamos sim, rir de tudo isso. Vamos rir dos nossos medos, rir das nossas misérias de hoje, rir da incapacidade da distância em ferir o nosso amor. Porque a vida é um dia simplesmente. Um dia onde se pode começar tudo de novo, se pode ir além e fazer a diferença na vida do outro. Isto é humano amor de Deus, isto é a vida simples de um dia só que eu tanto busco pra mim. E desejo pra todos vocês.
Belo Horizonte, 05 de Abril de 2008.
A Busca Pelo Divino
Por Dalton González
“A senhora poderia aproveitar que está rezando aí com seu terço e este livrinho e rezar por mim também!”, disse o jovem sentado ao lado de uma senhora, já idosa, no metrô de São Paulo, em visível tom de deboche.
“Eu não vou rezar pra você não! E pare de me incomodar!”, disse a senhora, visivelmente transtornada.
A cena vista no metrô de São Paulo pode relatar duas situações adversas: a primeira, intolerância da velha para com o jovem, que lhe pedia orações. A segunda, que o jovem estava fazendo troça com a senhora, visto que esta se sentia incomodada por ele. Em ambas situações, a negativa da senhora não soa bem.
Estamos em um tempo onde a vida espiritual é colocada em evidência. E no entanto, nas grandes cidades, poucas pessoas são vistas freqüentando as Igrejas e os templos religiosos. E no entanto o homem moderno revela-se um homem espiritualizado. Um homem capaz de perseguir suas crenças e devoções mas sem o mesmo engajamento de outros tempos. A cultura do imediatismo têm minado as relações humanas com o Criador e aqui se abre um parêntese para afirmar, este não é um fato próprio desta ou daquela religião. Em todas as crenças se observa isso. Há uma superficialidade na busca pelo divino, o que acaba por gerar frustrações e desespero. O homem, em sua busca superficial por Deus acaba se fragilizando ao não encontrá-lo.
Ao mesmo tempo em que o homem se apega a espiritualidade por meio de seitas fantasiosas, amuletos e outras práticas que não levam a lugar nenhum, em relação ao verdadeiro encontro com o Criador, este mesmo homem torna-se cada vez mais intolerante. O homem em meio a insegurança e a total falta de tempo, não se abre para o diálogo e não se permite conhecer outras pessoas. O estranho é sempre estranho. Desta forma, o que se vê em lugares públicos é o império do silêncio. As pessoas não conversam, não se mostram e quando alguém se aproxima, se tornam arredias.
Há uma idéia no qual não se pode discordar: o homem está se abrindo à realidade de encontro com Deus. Infelizmente, ainda é um busca tímida e inadequada, mas já é um bom sinal. Deus está no lugar certo – em todos os lugares! Mas só pode ser encontrado no coração. O homem se afasta de Deus procurando por amuletos e falsa sorte.
Em minha busca pelo Divino, posso dizer que sou bem sucedido pois o encontro em todos que encontro por este mundo. Em todas as pessoas! Desta forma, posso dizer que não me simpatizo com a velha senhora do metrô, mas que vejo Jesus, o Filho de Deus, nela. Ou talvez não me simpatize com o rapaz debochando da fé da senhora no metrô, mas mesmo assim, eu vejo Jesus nele. E ao encontrar Deus nos outros por onde ando, eu posso concluir que não tenho o direito de julgar ninguém. Mesmo que seja fato: a resposta da senhora foi indelicada e o deboche do rapaz também tenha sido inadequado, não me permito julgar. Porque Jesus se faz presente nos dois e em mim também. Esta presença de Jesus me leva a imaginar o que não vejo. Por exemplo: eu não sei o que aquela senhora passou antes de adentrar aquele metrô, tampouco sei de sua vida. E assim é com o rapaz também. Então, quem sou eu pra julgar?
Talvez, ela esteja orante pela saúde de alguém, ou abalada por uma situação pessoal, algum problema que não a deixa dormir ou quem sabe, alguma coisa que ela esteja precisando e por isso clama aos céus com todas as suas forças, esquecendo-se de quem está ao seu lado lhe pedindo orações, naquela composição de metrô.
Talvez, o rapaz realmente esteja precisando de oração. Talvez não seja deboche. Mas ele está tão de bem com a vida, que bem humorado satiriza a busca espiritual daquela senhora. Ou então ele satiriza aquela senhora por ainda não ter tido a oportunidade de em sua busca espiritual, encontrar com o Criador. E quantos não estão assim?
Quantos de nós não frequentam as Igrejas, os grupos de oração, ou até membros de outras religiões ou seitas, outros são membros ativos da Renovação Carismática Católica. Outros, adeptos de práticas de ocultismo, bruxarias e afins; outros até são ateístas, não acreditam em Deus; ou talvez pior, sejam membros de grupos e entidades que cultuam os demônios, enfim, todas as raças e religiões, quantos de seus membros buscam incessantemente Deus e não encontram?
Muito da maldade de nosso mundo é cometida por pessoas que têm como um de seus objetivos, a busca pelo divino. Muito dos maiores inimigos da sociedade têm em comum com a própria sociedade a busca por Deus. E nesta busca, encontram-se com os erros, com os pecados, com as injustiças e com a maldade. É preciso compaixão, misericórdia com essas pessoas e Jesus nos ensina isso a todo o tempo.
Quando buscamos a Deus e o encontramos, entendemos muito do que parece impossível de se entender. Então começamos a entender a intolerância, a ambição e a maldade desmedida desse mundo. Tudo isso começa, quando a busca pelo Sagrado é apenas uma busca, e não o encontro com Ele.
Sou Dalton González e este o meu recado!
São Paulo, 04 de Abril de 2008.
“A senhora poderia aproveitar que está rezando aí com seu terço e este livrinho e rezar por mim também!”, disse o jovem sentado ao lado de uma senhora, já idosa, no metrô de São Paulo, em visível tom de deboche.
“Eu não vou rezar pra você não! E pare de me incomodar!”, disse a senhora, visivelmente transtornada.
A cena vista no metrô de São Paulo pode relatar duas situações adversas: a primeira, intolerância da velha para com o jovem, que lhe pedia orações. A segunda, que o jovem estava fazendo troça com a senhora, visto que esta se sentia incomodada por ele. Em ambas situações, a negativa da senhora não soa bem.
Estamos em um tempo onde a vida espiritual é colocada em evidência. E no entanto, nas grandes cidades, poucas pessoas são vistas freqüentando as Igrejas e os templos religiosos. E no entanto o homem moderno revela-se um homem espiritualizado. Um homem capaz de perseguir suas crenças e devoções mas sem o mesmo engajamento de outros tempos. A cultura do imediatismo têm minado as relações humanas com o Criador e aqui se abre um parêntese para afirmar, este não é um fato próprio desta ou daquela religião. Em todas as crenças se observa isso. Há uma superficialidade na busca pelo divino, o que acaba por gerar frustrações e desespero. O homem, em sua busca superficial por Deus acaba se fragilizando ao não encontrá-lo.
Ao mesmo tempo em que o homem se apega a espiritualidade por meio de seitas fantasiosas, amuletos e outras práticas que não levam a lugar nenhum, em relação ao verdadeiro encontro com o Criador, este mesmo homem torna-se cada vez mais intolerante. O homem em meio a insegurança e a total falta de tempo, não se abre para o diálogo e não se permite conhecer outras pessoas. O estranho é sempre estranho. Desta forma, o que se vê em lugares públicos é o império do silêncio. As pessoas não conversam, não se mostram e quando alguém se aproxima, se tornam arredias.
Há uma idéia no qual não se pode discordar: o homem está se abrindo à realidade de encontro com Deus. Infelizmente, ainda é um busca tímida e inadequada, mas já é um bom sinal. Deus está no lugar certo – em todos os lugares! Mas só pode ser encontrado no coração. O homem se afasta de Deus procurando por amuletos e falsa sorte.
Em minha busca pelo Divino, posso dizer que sou bem sucedido pois o encontro em todos que encontro por este mundo. Em todas as pessoas! Desta forma, posso dizer que não me simpatizo com a velha senhora do metrô, mas que vejo Jesus, o Filho de Deus, nela. Ou talvez não me simpatize com o rapaz debochando da fé da senhora no metrô, mas mesmo assim, eu vejo Jesus nele. E ao encontrar Deus nos outros por onde ando, eu posso concluir que não tenho o direito de julgar ninguém. Mesmo que seja fato: a resposta da senhora foi indelicada e o deboche do rapaz também tenha sido inadequado, não me permito julgar. Porque Jesus se faz presente nos dois e em mim também. Esta presença de Jesus me leva a imaginar o que não vejo. Por exemplo: eu não sei o que aquela senhora passou antes de adentrar aquele metrô, tampouco sei de sua vida. E assim é com o rapaz também. Então, quem sou eu pra julgar?
Talvez, ela esteja orante pela saúde de alguém, ou abalada por uma situação pessoal, algum problema que não a deixa dormir ou quem sabe, alguma coisa que ela esteja precisando e por isso clama aos céus com todas as suas forças, esquecendo-se de quem está ao seu lado lhe pedindo orações, naquela composição de metrô.
Talvez, o rapaz realmente esteja precisando de oração. Talvez não seja deboche. Mas ele está tão de bem com a vida, que bem humorado satiriza a busca espiritual daquela senhora. Ou então ele satiriza aquela senhora por ainda não ter tido a oportunidade de em sua busca espiritual, encontrar com o Criador. E quantos não estão assim?
Quantos de nós não frequentam as Igrejas, os grupos de oração, ou até membros de outras religiões ou seitas, outros são membros ativos da Renovação Carismática Católica. Outros, adeptos de práticas de ocultismo, bruxarias e afins; outros até são ateístas, não acreditam em Deus; ou talvez pior, sejam membros de grupos e entidades que cultuam os demônios, enfim, todas as raças e religiões, quantos de seus membros buscam incessantemente Deus e não encontram?
Muito da maldade de nosso mundo é cometida por pessoas que têm como um de seus objetivos, a busca pelo divino. Muito dos maiores inimigos da sociedade têm em comum com a própria sociedade a busca por Deus. E nesta busca, encontram-se com os erros, com os pecados, com as injustiças e com a maldade. É preciso compaixão, misericórdia com essas pessoas e Jesus nos ensina isso a todo o tempo.
Quando buscamos a Deus e o encontramos, entendemos muito do que parece impossível de se entender. Então começamos a entender a intolerância, a ambição e a maldade desmedida desse mundo. Tudo isso começa, quando a busca pelo Sagrado é apenas uma busca, e não o encontro com Ele.
Sou Dalton González e este o meu recado!
São Paulo, 04 de Abril de 2008.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Como vai você?
Por Deiber Nunes Martins
Como Vai Você
Roberto Carlos
Composição: Antônio Marcos / Mario Marcos
Como vai você ?
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber
Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você
Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você.
Quando se está longe de quem ama, esta música pode ajudar a explicar o que é isso. É dolorido e ao mesmo tempo gostoso, o sentido da saudade. Sentir saudade é próprio de quem ama. E quem ama cuida. Não vem a mente outro verbo que se relacione com a saudade, que não seja o cuidar.
Porque quando amamos, queremos estar perto, cuidando. Mas quando se está longe, o cuidado resume-se a um mero “Como vai você?”, que chega via torpedo de celular, ou e-mail, ou por telefone mesmo. O “Como vai você?” é importante pois nos faz estar em contato, em pleno sinal de cumplicidade com o outro.
Hoje, é assim que me sinto. O coração cheio de saudades, apertadinho aqui. E quanto mais os dias passam, mais demora pra chegar o tempo de estar junto. Tempo este que é Deus. Mas nossas humanidades desejam que ele seja breve. No Vosso tempo, ó Senhor. Que assim seja!
Belo Horizonte, 03 de Abril de 2008.
Como Vai Você
Roberto Carlos
Composição: Antônio Marcos / Mario Marcos
Como vai você ?
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber
Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você
Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você.
Quando se está longe de quem ama, esta música pode ajudar a explicar o que é isso. É dolorido e ao mesmo tempo gostoso, o sentido da saudade. Sentir saudade é próprio de quem ama. E quem ama cuida. Não vem a mente outro verbo que se relacione com a saudade, que não seja o cuidar.
Porque quando amamos, queremos estar perto, cuidando. Mas quando se está longe, o cuidado resume-se a um mero “Como vai você?”, que chega via torpedo de celular, ou e-mail, ou por telefone mesmo. O “Como vai você?” é importante pois nos faz estar em contato, em pleno sinal de cumplicidade com o outro.
Hoje, é assim que me sinto. O coração cheio de saudades, apertadinho aqui. E quanto mais os dias passam, mais demora pra chegar o tempo de estar junto. Tempo este que é Deus. Mas nossas humanidades desejam que ele seja breve. No Vosso tempo, ó Senhor. Que assim seja!
Belo Horizonte, 03 de Abril de 2008.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
O que fazer diante da barbárie?
Por Deiber Nunes Martins
Em meio a tantos noticiários escabrosos com os quais temos nos deparado, era de se esperar que a notícia da tortura de uma menina de 12 anos, por uma mulher psicopata, fosse apenas mais uma. Nem bem tive tempo de me assombrar com a crueldade das torturas praticadas contra a menina L. e outra menina, a Isabella, de apenas cinco anos é jogada do sexto andar de um prédio. Ao que tudo indica, o pai e a madrasta estão envolvidos no crime. Mas, nem este caso absurdo, ainda fresquinho nas manchetes dos jornais, me causou tanto assombro quanto ao da menina L. e sua algoz, a Calabresi. Caso como esse, tem me feito sair do estado letárgico do dia a dia, para repensar alguns conceitos e pontos de vista.
A primeira coisa que penso é: qual o meu papel frente a sociedade? Bom, esta pergunta tem a que ver com a postura que devo tomar frente a esta mesma sociedade. Se eu decidir que o meu papel é o de ser mais um produto do meio onde vivo, então a letargia diante das coisas, me cai bem. Mas se eu escolher por ter um papel de agente de mudança, buscando ser um canal de luz para o mundo, então, eu preciso repensar meu jeito de ser e de viver. Se eu quero viver como Jesus ensinou então, não dá pra viver na letargia. Tem que fazer algo, pôr a mão na massa. É interessante frisar que Jesus não disse que seria fácil segui-lo. Muitas situações como essas nos levariam a fraquejar, a temer ou simplesmente cair na tentação de achar que Deus não é bom, porque deixa acontecer uma atrocidade dessas com uma menininha. Ou ainda de desejar que o mesmo que aconteceu a L. aconteça também à Calabresi, como reparação ao que ela fez. Como se um erro justifique o outro. É importante entender que sempre somos chamados a agir como o povo judeu no antigo testamento, pela lei do olho por olho e dente por dente.
Mas, se o meu papel é o de ser acima de tudo, Cristão, discípulo de Cristo, então eu tenho de orar e vigiar, para que Deus me dê a graça de não cair nas perigosas tentações próprias do nosso movimento humano de indignar-se, de revoltar-se. É preciso ser cristão, criando alternativas para o próximo e ajudando-o a suportar sua revolta, sem mudar sua essência de vida cristã. Eu não posso ser cristão e favorável à pena de morte. Cristão é favorável a pena de vida.
Ainda não tenho uma conclusão formada a respeito do meu papel frente a sociedade, diante de uma barbaridade dessas.Mas tenho claro em mente que preciso ter uma postura, uma opinião, um ponto de vista, ao menos. Preciso apresentar um exemplo a ser vivido. Preciso ser luz no mundo de trevas para o meu irmão se orientar.
Senhor, Perdão pelas vezes que em momentos de revolta como esses, diante dos absurdos cometidos por meus irmãos eu não fui luz para o meu irmão, influenciando de modo inadequado, ou então fazendo com que minhas emoções se sobreponham ao que é certo.
Senhor, toca a menina L. Dê a ela o tempo necessário pra ela se recupere dos traumas e possa ser como as outras meninas. Que ela se liberte do mal, e dos malefícios que lhe fizeram, desde o ventre materno. E que todo este mal, se transforme em bondade, irradiando o céu com as preces mais lindas. E ainda, com o exemplo da menina L.de que se pode pagar o mal com o bem. Amém.
Belo Horizonte, 02 de Abril de 2008.
Em meio a tantos noticiários escabrosos com os quais temos nos deparado, era de se esperar que a notícia da tortura de uma menina de 12 anos, por uma mulher psicopata, fosse apenas mais uma. Nem bem tive tempo de me assombrar com a crueldade das torturas praticadas contra a menina L. e outra menina, a Isabella, de apenas cinco anos é jogada do sexto andar de um prédio. Ao que tudo indica, o pai e a madrasta estão envolvidos no crime. Mas, nem este caso absurdo, ainda fresquinho nas manchetes dos jornais, me causou tanto assombro quanto ao da menina L. e sua algoz, a Calabresi. Caso como esse, tem me feito sair do estado letárgico do dia a dia, para repensar alguns conceitos e pontos de vista.
A primeira coisa que penso é: qual o meu papel frente a sociedade? Bom, esta pergunta tem a que ver com a postura que devo tomar frente a esta mesma sociedade. Se eu decidir que o meu papel é o de ser mais um produto do meio onde vivo, então a letargia diante das coisas, me cai bem. Mas se eu escolher por ter um papel de agente de mudança, buscando ser um canal de luz para o mundo, então, eu preciso repensar meu jeito de ser e de viver. Se eu quero viver como Jesus ensinou então, não dá pra viver na letargia. Tem que fazer algo, pôr a mão na massa. É interessante frisar que Jesus não disse que seria fácil segui-lo. Muitas situações como essas nos levariam a fraquejar, a temer ou simplesmente cair na tentação de achar que Deus não é bom, porque deixa acontecer uma atrocidade dessas com uma menininha. Ou ainda de desejar que o mesmo que aconteceu a L. aconteça também à Calabresi, como reparação ao que ela fez. Como se um erro justifique o outro. É importante entender que sempre somos chamados a agir como o povo judeu no antigo testamento, pela lei do olho por olho e dente por dente.
Mas, se o meu papel é o de ser acima de tudo, Cristão, discípulo de Cristo, então eu tenho de orar e vigiar, para que Deus me dê a graça de não cair nas perigosas tentações próprias do nosso movimento humano de indignar-se, de revoltar-se. É preciso ser cristão, criando alternativas para o próximo e ajudando-o a suportar sua revolta, sem mudar sua essência de vida cristã. Eu não posso ser cristão e favorável à pena de morte. Cristão é favorável a pena de vida.
Ainda não tenho uma conclusão formada a respeito do meu papel frente a sociedade, diante de uma barbaridade dessas.Mas tenho claro em mente que preciso ter uma postura, uma opinião, um ponto de vista, ao menos. Preciso apresentar um exemplo a ser vivido. Preciso ser luz no mundo de trevas para o meu irmão se orientar.
Senhor, Perdão pelas vezes que em momentos de revolta como esses, diante dos absurdos cometidos por meus irmãos eu não fui luz para o meu irmão, influenciando de modo inadequado, ou então fazendo com que minhas emoções se sobreponham ao que é certo.
Senhor, toca a menina L. Dê a ela o tempo necessário pra ela se recupere dos traumas e possa ser como as outras meninas. Que ela se liberte do mal, e dos malefícios que lhe fizeram, desde o ventre materno. E que todo este mal, se transforme em bondade, irradiando o céu com as preces mais lindas. E ainda, com o exemplo da menina L.de que se pode pagar o mal com o bem. Amém.
Belo Horizonte, 02 de Abril de 2008.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Oração de Hoje
Por Deiber Nunes Martins
Senhor,
Hoje não tenho muito a te pedir
Mas o que peço, pedirei todo o tempo
Porque Tu sabes de tudo,
Sabes bem mais que eu
E ao pedir, eu posso conhecer
Conhecer o amor que tens por mim
Conhecer a dimensão do meu pedido.
Em minha mente invade o desejo
Tão sublime anseio meu
Em tua morada invade minha prece
Oração que faz parte de mim.
Perdoa-me se por vezes, eu não entendo
Que é preciso perder para ganhar
Ou que é preciso dar a outra face quando apanhar
As vezes, minha racionalidade é um entrave aos teus desígnios,
Mas eu quero mudar, Senhor
Quero ser melhor,
Quero o melhor.
O melhor que só o Senhor pode me dar.
Em Ti, Senhor deposito minha angústia
A dor rombuda no peito chamada saudade
A falta de quem amo, de quem eu quero
Humildemente vos peço que olhe por ela
Só Tu, Senhor, tens o poder de estar lá e aqui ao mesmo tempo
Então, olha por minha amada, minha orquídea
E se der, alivia um pouquinho essa dor
Que aperta meu coração.
Senhor, que minhas preces cheguem ao Céu
Que meus pedidos sejam aceitos
E se não forem, que eu seja formado em teu Não
Para que o melhor aconteça em nossas vidas.
Mais uma vez, de coração contrito, deixo minha prece
E deposito meu amor em Vós.
Não sou nada, não tenho nada
Mas o que sou lhe ofereço
Como prova de meu amor e compromisso
E antes de qualquer coisa, antes que chegue a Ti meus pedidos
Eu Vos louvo e bendigo,
Porque Tu és o Senhor da minha história
O Deus da minha vida
Sem Teu Poder nada estaria no lugar
Sem Teu Poder, não teria nossa vida, um sentido.
Obrigado, Senhor, porque a cada dia aprendo mais
A cada dia, posso aprender contigo
Muito Obrigado, Jesus, razão da minha vida!
E razão de minha alegria!
Louvado sejas por tudo
E mais louvado ainda sejas, porque me destes meu amor,
Minha amada, mulher de minha vida
Que me ensina a te louvar
Por tudo e em tudo.
Obrigado, Senhor!
Belo Horizonte, 01 de Abril de 2008.
Senhor,
Hoje não tenho muito a te pedir
Mas o que peço, pedirei todo o tempo
Porque Tu sabes de tudo,
Sabes bem mais que eu
E ao pedir, eu posso conhecer
Conhecer o amor que tens por mim
Conhecer a dimensão do meu pedido.
Em minha mente invade o desejo
Tão sublime anseio meu
Em tua morada invade minha prece
Oração que faz parte de mim.
Perdoa-me se por vezes, eu não entendo
Que é preciso perder para ganhar
Ou que é preciso dar a outra face quando apanhar
As vezes, minha racionalidade é um entrave aos teus desígnios,
Mas eu quero mudar, Senhor
Quero ser melhor,
Quero o melhor.
O melhor que só o Senhor pode me dar.
Em Ti, Senhor deposito minha angústia
A dor rombuda no peito chamada saudade
A falta de quem amo, de quem eu quero
Humildemente vos peço que olhe por ela
Só Tu, Senhor, tens o poder de estar lá e aqui ao mesmo tempo
Então, olha por minha amada, minha orquídea
E se der, alivia um pouquinho essa dor
Que aperta meu coração.
Senhor, que minhas preces cheguem ao Céu
Que meus pedidos sejam aceitos
E se não forem, que eu seja formado em teu Não
Para que o melhor aconteça em nossas vidas.
Mais uma vez, de coração contrito, deixo minha prece
E deposito meu amor em Vós.
Não sou nada, não tenho nada
Mas o que sou lhe ofereço
Como prova de meu amor e compromisso
E antes de qualquer coisa, antes que chegue a Ti meus pedidos
Eu Vos louvo e bendigo,
Porque Tu és o Senhor da minha história
O Deus da minha vida
Sem Teu Poder nada estaria no lugar
Sem Teu Poder, não teria nossa vida, um sentido.
Obrigado, Senhor, porque a cada dia aprendo mais
A cada dia, posso aprender contigo
Muito Obrigado, Jesus, razão da minha vida!
E razão de minha alegria!
Louvado sejas por tudo
E mais louvado ainda sejas, porque me destes meu amor,
Minha amada, mulher de minha vida
Que me ensina a te louvar
Por tudo e em tudo.
Obrigado, Senhor!
Belo Horizonte, 01 de Abril de 2008.
terça-feira, 1 de abril de 2008
Quando um dia Começa
Por Deiber Nunes Martins
Foi nesta tarde que eu senti começar meu dia. Antes, era como se estivesse vivendo um prolongamento do dia de ontem, o domingo. Existem coisas que a gente não fala, já dizia certa vez uma amiga muito querida, que infelizmente perdi o contato. Mas ela está certa. Existem coisas que a gente não fala. Mas não podia deixar de dizer que parte do domingo não me desceu bem. Então, como a surpreendente goleada do Galo no último sábado, eis que vem minha namorada, a salvar-me.
Em pequenas coisas, sinto o imenso amor de Deus por mim. Num simples gesto da amada, ou numa simples palavra dela, entendo o que sozinho não posso entender. Talvez, meus colóquios com Deus ainda não sejam tão profundos como deveriam, mas onde sou limitado, vem minha orquídea para completar-me. Assim ela me salva. Ela é o anjo que Deus me enviou para cuidar de mim. E mesmo estando longe, Deus mostra seu poder nas palavras. Nas frases soltas de um diálogo via MSN ou GTalk. Deus vai além, onde nossas forças são restritas.
E por isso, quando eu percebo que estou com dificuldades em alguma coisa, em alguma área de minha vida, Deus me concede os meios necessários para entender. E quando não consigo por mim mesmo, acontece como hoje. Vem o meu anjo, a minha flor a me socorrer. Ainda não estou totalmente recuperado, ainda tenho alguns pontos a entender e aonde preciso aquiescer meu coração. Mas creio no poder e no amor de Deus para a minha vida!
Senhor, em sua infinita bondade, conduza-me passo a passo rumo ao conhecimento do que preciso saber. E me perdoe por esta única ambição que possuo: o conhecimento. Amém.
Belo Horizonte, 31 de Março de 2008.
Foi nesta tarde que eu senti começar meu dia. Antes, era como se estivesse vivendo um prolongamento do dia de ontem, o domingo. Existem coisas que a gente não fala, já dizia certa vez uma amiga muito querida, que infelizmente perdi o contato. Mas ela está certa. Existem coisas que a gente não fala. Mas não podia deixar de dizer que parte do domingo não me desceu bem. Então, como a surpreendente goleada do Galo no último sábado, eis que vem minha namorada, a salvar-me.
Em pequenas coisas, sinto o imenso amor de Deus por mim. Num simples gesto da amada, ou numa simples palavra dela, entendo o que sozinho não posso entender. Talvez, meus colóquios com Deus ainda não sejam tão profundos como deveriam, mas onde sou limitado, vem minha orquídea para completar-me. Assim ela me salva. Ela é o anjo que Deus me enviou para cuidar de mim. E mesmo estando longe, Deus mostra seu poder nas palavras. Nas frases soltas de um diálogo via MSN ou GTalk. Deus vai além, onde nossas forças são restritas.
E por isso, quando eu percebo que estou com dificuldades em alguma coisa, em alguma área de minha vida, Deus me concede os meios necessários para entender. E quando não consigo por mim mesmo, acontece como hoje. Vem o meu anjo, a minha flor a me socorrer. Ainda não estou totalmente recuperado, ainda tenho alguns pontos a entender e aonde preciso aquiescer meu coração. Mas creio no poder e no amor de Deus para a minha vida!
Senhor, em sua infinita bondade, conduza-me passo a passo rumo ao conhecimento do que preciso saber. E me perdoe por esta única ambição que possuo: o conhecimento. Amém.
Belo Horizonte, 31 de Março de 2008.
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