quarta-feira, 13 de novembro de 2013

É tempo de ser vaso novo




TODO TEU
(Eros Biondini)
Quero colocar
Em tuas mãos a minha vida
Me deixar remodelar
Como um vaso no oleiro.

O meu coração ponho hoje em teu altar
Minha vida está pronta pra recomeçar
Ao lado teu

Ser todo teu, inteiro teu
Quero ajudar cada passo do meu ser
Ser todo teu, inteiro teu
Quero te dar os meus pedaços para que
Um vaso novo eu possa ser.

Por Deiber Nunes Martins

Estamos nos aproximando do Tempo do Advento. Tempo de espera pelo nascimento do Menino Jesus. Tempo de olhar pra nós mesmos, rever nossas atitudes e tudo o que vivemos durante o ano que aproxima-se do fim.
Tempo de conversão.
Vejo o Advento, assim como a Quaresma. Tempo de voltarmos para Deus. Refazer a nossa história. Tempo de recomeçar. E esta música do Eros me veio à mente nesse intuito. Como diz o Pe. André Luna, somos “terra do mesmo chão”. Somos barro que o Senhor transformou em vaso.
Com o pecado, o tempo que passa e as agruras da vida, este vaso vai se desgastando. Trincando, partindo. E assim vai perdendo a sua função de levar água viva aos confins deste mundo sedento. Chegamos a nosso destino muitas vezes quase que vazios, tendo perdido da água que carregávamos pelo caminho. É hora de se deixar remodelar.
Jesus é o nosso oleiro. A Cruz lhe deu a expertise necessária para o ofício de remodelar vidas, retirando delas as trincas do pecado.
Damos o nosso sim. Mas para isso, é necessário a tortuosa caminhada de conversão, de arrependimento. Digo tortuosa porque se o pecado fosse ruim ninguém pecava. E por isso, muitas vezes é difícil sair da vida velha, largar o homem velho. É como numa despedida onde a vida velha insiste em querer nossa presença.
“Fica mais um pouquinho, fica para o café.”
E talvez vamos ficando. Mesmo sabendo que o nosso vaso está quebrado e vazio. O homem velho não se importa se a água que lhe vem é pouca. Não se importa com nossas rachaduras. Importa nosso barro seco. Mas é preciso um repensar de atitudes. É preciso sair de si e ir em busca de uma vida nova, do homem novo. É preciso se deixar remodelar nas mãos do oleiro Jesus.
Mas este é um processo que dói. Como dói. Porque o oleiro precisa nos quebrar em pedacinhos. Quebrar nossa autossuficiência, nossa prepotência, nossa vaidade e nosso orgulho. Até que voltemos ao pó, com o nosso arrependimento sincero.
O oleiro trabalha o pó transformando-o em barro. Remodela-o a seu modo e leva—o forno para ganhar consistência. Pronto! Um vaso novo surge. Pronto para sua finalidade.
O processo de conversão por mais doloroso que seja é necessário. E não há outro caminho. Se queremos permanecer em Deus, precisamos de conversão dia após dia.
Senhor, dá-me a graça da conversão. Que eu perceba a minha história e queira reconstruí-la contigo, sempre. Quebra em mim o velho homem, cheio de trincas, danificado. E faça de mim um vaso novo, homem novo. Amém.

Belo Horizonte, 13 de Novembro de 2013.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Santo Antônio Maria Claret


Por Deiber Nunes Martins


Bom dia, amado e amada de Deus! Que a Paz de Jesus, o Amor de Maria e a Fé de Santo Antônio Maria Claret, estejam com todos vocês!
Hoje, 24 de outubro, é dia de Santo Antônio Maria Claret. Santo de minha devoção e a quem preciso imitar dia a dia, na minha caminhada. Assim como Santo Antônio de Pádua, Santo Antônio Claret foi um homem de fé, um evangelizador a serviço da Igreja, que trouxe muitos filhos para o redil do Senhor. E por isso, Claret foi duramente atacado pelo inimigo, com toda espécie de violência física e moral.
Mesmo diante de tamanha insídia, Santo Antônio Claret permaneceu firme, fundou a ordem dos Claretianos, conquistou pela pregação da Palavra de Deus milhares de almas. E o comportamento dele sempre foi de humildade e simplicidade. Pois são as coisas simples que mais nos aproximam de Deus. Pe. Claret sempre buscou na simplicidade da oração a força necessária para sua caminhada espiritual. Ele nos ensina que por ela, podemos chegar a santidade, tornando-nos íntimos com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amigo de Jesus e Maria, Santo Antônio Maria Claret foi um ardoroso defensor da Mãe de Deus, onde quer que estivesse.
Apóstolo da Reconciliação, Santo Antônio Claret converteu milhares de pessoas, que viviam num caminho perdido. Certa vez, ao ser ameaçado por três ladrões que tencionavam tirar-lhe a vida, o santo pediu-lhes que esperasse ele ir a um lugarejo vizinho pregar às pessoas na festa do padroeiro. Desconfiados, mas curiosos, os malfeitores deixaram o santo ir. E para surpresa deles, tão logo terminado o sermão, Santo Claret ali estava, à disposição de seus algozes. Algozes que tocados na alma, se arrependeram de seus crimes, se confessaram com Pe. Claret e se converteram ao Senhor.
De todos os feitos de Santo Antônio Maria Claret, o que mais me impressiona é a maneira pela qual ele converte seu coração a Deus, transformando-o em luzeiro para a humanidade: a oração e intimidade com o Senhor. Não só falando com o Senhor, mas escutando-o, acolhendo as mensagens de Jesus, suas instruções e recados. Antônio orava tanto quanto respirava, este é o segredo. Nada fazia sem dialogar demoradamente com Deus. Consultava Jesus para tudo. Após terminar de escrever suas publicações, pedia o santo a Jesus que as revisasse. E só as publicava quando o ouvia:
“Escreveste bem, Antônio.”
Era Maria, mediadora, que sempre lhe trazia a resposta de seu Filho Jesus.
Santo Antônio Maria Claret, rogai por nós!

Belo Horizonte, 24 de outubro de 2013, dia dedicado a Santo Antônio Maria Claret.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A Letra Fria da Lei


Por Deiber Nunes Martins

O velho drama da adoção volta à tona com a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais em devolver a guarda de uma menina de 4 anos a seus pais biológicos. A criança, que foi encaminhada a um abrigo de menores com dois meses de vida, vítima de maus tratos dos pais, foi adotada na mesma época por uma família da região metropolitana de BH e agora deve voltar para os pais biológicos, após solicitação dos mesmos. À época, o conselho tutelar também retirou deles outros cinco filhos que já voltaram para a casa. A alegação do pai biológico da menina é que hoje, melhor de vida e livre do vício do alcoolismo, seria capaz de cuidar da mesma, junto de sua esposa, que também fez tratamento contra a depressão. A lei neste caso, prevê a guarda do filho a seus pais biológicos, mas será que este é o melhor caminho numa situação como essa?
Após audiência de instrução, a mãe adotiva da criança, num desabafo, disse ser “uma fria” adotar uma criança e desaconselhou todos os casais que se interessam pela adoção. E de fato, a medida legal desestimula a prática da adoção no Brasil. Imagine o drama de uma criança e seus pais adotivos, após algum tempo, tendo que se separarem para que esta volte ao convívio de seus pais originais? Pai e mãe são aqueles que criam, já nos diz o senso comum. De forma que a identificação da criança com os pais acontece pelo convívio e não pelos laços sanguíneos. Assim sendo, qual não é o trauma da criança ao ser retirada do lar dos pais que ela conheceu e aprendeu a amar, a colocar sua segurança e sua confiança? Sem dúvida alguma, uma situação muito delicada, mas que aos olhos da lei, simplifica-se na letra fria da legislação. O juiz precisa seguir o que está escrito e nada mais.
É aí que mora o calcanhar-de-aquiles da justiça. O positivismo jurídico quebra toda coerência ou bom senso da lei e faz com que a sociedade tome certos “sustos” com as decisões judiciais. A qualquer cidadão de bem, a decisão sensata na questão não seria outra se não a manutenção da guarda da menina com os pais adotivos. Ora, os primeiros pais tiveram a oportunidade de construir um lar e falharam, permitindo que a própria lei retirasse deles a guarda de seis filhos! Não é possível que isso seja negligenciado. Mas é. Quando julga, o juiz, por alguma força pessoal, conduta ou preceito, ele deixa de lado seu papel de cidadão, de pai de família, sua crença e tudo o mais e se insere no contexto frio da lei. É um mundo de códigos, artigos, incisos e parágrafos que definem a vida e a morte, o bem e o mal. Quando sai de seu mundo real, o juiz não pode ser condenado por tal. A propósito, em nossa sociedade civilizada, decisão judicial não se discute, se cumpre. Por isso, não é caso de indignação, mérito ou demérito pessoal e sim a execução sumária da lei em todas as suas letras.
Mas também é uma vida, uma história, uma família. Talvez, seja possível perceber o despreparo dos pais biológicos em criar esta menina, pelo fato de os próprios permitirem que ela viva esta situação. O egoísmo de ambos, talvez possa corromper todo o emocional desta criança que já identifica nos pais adotivos a sua família. A faixa etária de 0 a 5 anos é decisiva para o ser humano, no que tange ao seu emocional. Isso deve ser do conhecido de todo pai e de toda mãe, biológico ou adotivo, afinal são os primeiros cinco anos de uma criança que definirão toda a sua história de vida. Por isso, a própria pendência judicial já se faz um absurdo na vida e na história desta menina.
A decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais representa um golpe na intenção de quem pensa em adotar uma criança. Assim como o tráfico de órgãos desmotiva os pretensos doadores, a devolução de uma criança adotiva a seu lar original desmotiva quem por ventura esteja pensando em dar um lar às crianças abandonadas. E quem perde com isso somos todos nós. Nem sempre a interpretação fria da lei garante a sociedade, o seu melhor.

Belo Horizonte, 18 de outubro de 2013.


sábado, 31 de agosto de 2013

Aquele Teu Olhar



Aquele Teu Olhar

Deiber Nunes Martins

Tentarei o melhor sem dizer porquê
Serei seu desejo e você, minha necessidade
Mudarei a vida só pelo teu olhar
Eu sempre tentarei amar você.

Irei ao monte mais alto
Colher as flores do teu altar
Mas eu nunca tentarei esquecer
Como é bom te amar!

Que eu nunca parta, sem tua lágrima secar
Que nunca saibamos a dor do desencontro
Pois a luz da minha vida
Acendeu-se ao teu olhar.

Belo Horizonte, 31 de Agosto de 2013.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Quando a TV Faz a Cabeça do Povo

Por Deiber Nunes Martins

José chega em casa, irritado, reclamando do aumento das passagens, do salário baixo, do trânsito, da política, do país, de tudo. Maria, sua esposa, escuta com resignação. Também para ela, a situação brasileira chegara ao ponto insustentável. O governo mostrava-se insensível e cruel, diante dos anseios do povo. Maria em seu íntimo, nutria otimismo, pensava num país melhor. Mas temia morrer sem ver este país pronto.
As manifestações irritavam José porque pra ele era só mais um modismo vindo das redes sociais. Algo vazio, superficial. E oportunista. José queria que algo mais sério fosse feito, pra abalar as estruturas do poder. Tirar os governantes do conforto que viviam.
José liga a TV. Quer ver o jogo. Sua alegria esportiva, seu ópio. A seleção canarinho vai jogar. Brasil e México. Sai mudando os canais e descobre que só uma emissora detém os direitos de transmissão. Justamente aquela emissora do narrador mala.
“Agora vou ter que aturar esse mala narrando o jogo! Que saco!”
Jogo começa. Brasil joga mal. Mas Neymar faz um golaço. José reclama. José vibra. José reclama de novo. E vibra de novo ao gol de Jô. Brasil em estado de graça. É a apoteose.
O narrador mala faz um discurso patriótico histriônico. José se alegra, orgulhoso do futebol do Brasil e arremata:
“Que venha a Espanha! Vamos arrebentar com eles!”
Um comentarista, não menos mala,  enche mais um pouco de lingüiça e depois manda direto pra São Paulo, onde a imagem se fecha no prefeito e no governador de São Paulo, juntos. Inimigos políticos unidos. Parecia feito sob encomenda. Um repórter interrompe as palavras do narrador mala e antecipa o dizer dos dois políticos: São Paulo reduziria o preço das passagens. A felicidade se completa. José, espera a confirmação do prefeito e o endosso do governador. Então, olha pra Maria e diz todo satisfeito:
“O Brasil é ou não é o melhor lugar do mundo?! Eu amo este país!”


Belo Horizonte, 20 de Junho de 2013.





sexta-feira, 31 de maio de 2013

Nossa Senhora da Penha



Nossa Senhora da Penha
(Por Deiber Nunes Martins)

“Maria, mulher da escuta, abri nossos ouvidos; fazei com que saibamos ouvir a Palavra do vosso Filho Jesus entre as tantas palavras deste mundo; fazei que saibamos perceber a realidade em que vivemos; ouvir as pessoas que encontramos, especialmente aquela pobre, necessitada, em dificuldade. Maria, mulher da decisão, iluminai as nossas mentes e os nossos corações, para que saibamos obedecer a Palavra do vosso Filho Jesus, sem hesitação; dai-nos a coragem de decidir, de não nos deixar arrastar pelos que tentam orientar a nossa vida. Maria, mulher da ação, fazei que as nossas mãos e os nossos pés se movam “depressa” em direção aos outros, para que possamos levar-lhes a caridade e o amor do vosso Filho Jesus; para levarmos, como vós, ao mundo a luz do Evangelho. Amém"
(Papa Francisco)

Ao norte da Espanha situa-se uma serra muito íngreme, chamada Penha da França. Nesta serra, os espanhóis, em batalhas ferrenhas derrotaram os mouros. Também nesta serra, nasce a devoção a Nossa Senhora da Penha. Devoção esta que começou quando no ano de 1434, Simão Vela, um monge, viu em sonho uma imagem de Nossa Senhora que lhe aparecera no alto da serra. A Virgem, em sonho, coberta de luzes, acenava-lhe para que ele fosse a sua procura.
E o monge Simão Vela assim o fez. Por cinco longos anos procurou a localização exata do monte onde aparecera a Virgem, em seu sonho. Até que encontrou o local exato e começou sua difícil escalada. Quando aproxima-se do cume, avistou uma senhora com o filho nos braços. Esta senhora indicou a Simão o local onde ele encontraria o que procurava. Auxiliado por alguns pastores da região, o monge finalmente encontrou a imagem da Virgem, igual a imagem que lhe aparecera em sonho.
Alcançado o objetivo, Simão construiu uma rústica ermida para a Virgem da Penha no alto da serra. E em virtude dos inúmeros milagres alcançados por intercessão de Nossa Senhora da Penha, logo construíram ali um dos mais ricos e belos santuários dedicados à devoção mariana.
Por conta da batalha de Alcacer-Quibir, que vitimou o Rei Dom Sebastião, de Portugal, um escultor prometeu a Nossa Senhora construir-lhe sete imagens, caso conseguisse escapar das mãos dos mulçumanos e voltar são e salvo pra sua terra. Conseguindo a graça, o escultor pôs a construir as sete imagens, mas ao chegar a sétima, resolveu buscar opinião de um padre jesuíta sobre qual invocação lhe daria. O padre lhe aconselhou a fazer uma imagem para Nossa Senhora da Penha, em virtude dos inúmeros milagres alcançados por sua intercessão.
Terminada a obra, o escultor colocou a imagem de Nossa Senhora na ermida da vitória, num local próximo a Lisboa, onde logo construíram uma Igreja. Nesta época, a peste assolou a península ibérica e vendo como os espanhóis se livraram da doença com a intercessão da Virgem da Penha, o Senado português prometeu à Virgem a construção de um grandioso templo, caso ela os livrasse da peste. E a intercessão de Maria foi valiosa: a epidemia de peste acabou por completo. E o Senado português cumpriu com sua promessa, construindo um santuário que passou a receber peregrinos de todos os lugares.
Um desses peregrinos, cansado da viagem, subiu ao alto da serra para descansar. Tomado pelo sono, não viu uma grande serpente que apareceu para picá-lo. Nesta hora, um enorme lagarto saltou sobre ele, despertando-lhe a tempo que pudesse matar a cobra com o bastão que carregava. Por isso, na imagem de Nossa Senhora da Penha, aos pés do peregrino, aparecem a cobra e o lagarto.

Oração:
Nossa Senhora da Penha, é forte a devoção dos brasileiros a vós. Abençoai os vossos devotos, cuida do povo brasileiro, dando-lhe condições humanas de saúde e educação. Volvei vossos olhares para o Brasil, este povo que tanto te ama e te venera. Nossa Senhora da Penha, rogai por nós!


Belo Horizonte, 31 de Maio de 2013. 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Nossa Senhora da Ripalta


Nossa Senhora da Ripalta
(Por Deiber Nunes Martins)

“Viva a mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida!
Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida.

Aqui estão vossos devotos, cheios de fé incendida,
De conforto e de esperança, ó Senhora Aparecida.

Virgem Santa, Virgem bela, mãe amável, mãe querida,
Amparai-nos, protegei-nos, ó Senhora Aparecida.

Ó velai por nossos lares, pela infância desvalida.
Pelo povo brasileiro, ó Senhora Aparecida.

Viva a mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida!
Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida.”

(Música, “Viva a Mãe de Deus e Nossa, Conde José V. Azevedo.
CD Uma Canção para a Padroeira, Paulinas Comep)


Ripalta é um nome que significa “Beira Alta”. A história da devoção à Virgem da Ripalta, nasceu na Itália, na região de Cerignola e tem duas versões. A primeira versão diz que por volta do ano de 1172, um bando de malfeitores achou à beira do rio Ofanto uma grossa tábua de madeira, deixada possivelmente por um lenhador. Levaram então para casa, para lhes servir de tábua de carne. Um dia, enquanto o chefe do bando preparava o toucinho, errou o corte e acertou com a faca a tábua. Com o golpe, a faca ficou cravada na madeira e desta começou a jorrar sangue vivo. Apavorado, o chefe do bando chamou seus comparsas que viram junto ao sangue e a gordura, a imagem da Virgem Maria e do Menino Jesus, ambos com o ferimento no rosto.
A segunda versão, conta que na mesma época, lenhadores partiam esta sagrada tábua para jogá-la ao fogo, a fim de se aquecerem. Logo no primeiro golpe, da tábua jorrou sangue fresco e apareceu a imagem de Maria e do Menino Jesus, ambos com o corte no rosto.
No lugar onde os lenhadores partiam a madeira para o fogo, construíram uma belíssima capela a Nossa Senhora da Ripalta, que hoje tornou-se um Santuário Diocesano. Logo, a notícia do ícone milagroso difundiu-se atraindo milhares de pessoas em peregrinação à região de Cerignola.
Também nessa época a região de Canosa disputavam a posse do lugar onde estava construída a capela de Nossa Senhora da Ripalta. Como ficava numa região de divisa entre as cidades, a disputa ficou bem acirrada. E o pároco da capela da Ripalta, resolveu intervir, pedindo ao povo que consultasse em oração a Virgem da Ripalta. Ela é quem deveria decidir a qual cidade sua capela deveria pertencer. Assim, colocaram o ícone de Nossa Senhora da Ripalta numa carroça puxada por bois e deixaram os animais livres para seguir pra onde quisessem. Os animais seguiram sem hesitação rumo a Cerignola e assim entenderam a vontade da Virgem.

Oração:
Nossa Senhora da Ripalta, olhai por teus filhos, em especial para os que sofrem perseguição e para os que são vítimas de toda espécie de violência. Protegei vossos filhos, ó Mãe, de toda maldade. Dá-nos cultura e sabedoria, para que assim, pelo saber e pelo entendimento, possamos combater toda espécie de violência. Fazei, ó Maria, que sejamos sempre amantes da vida e sempre a defendamos, em detrimento da cultura de morte, que o inimigo tenta difundir na humanidade. Amém.


Belo Horizonte, 30 de Maio de 2013.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Nossa Senhora da Expectação do Parto


Nossa Senhora da Expectação do Parto
(Por Deiber Nunes Martins)

“Seja como for, ali estávamos os dois, noivos ainda e iminentes esposos. Eu grávida do Espírito Santo e esperando o Messias, ele sem saber o que fazer nem que papel deveria assumir comigo e com meu filho. (...)
‘Perdoa-me’, disse, ‘nunca deveria ter duvidado de ti. Se te ofendi, embora sem querer, tenho como desculpa o fato de que teu pai não quis dar explicação alguma quando me contou tudo. Eu devia acreditar no impossível. Tu mereces que se aceite que os burros voem antes de se duvidar de tua honra (...)’
Dito isto, (José) estendeu o braço sobre a mesa e me segurou a mão. Esperava um gesto meu, suplicava isso não só com a mão, pois seus olhos estavam úmidos e seu olhar era de alguém trespassado pela dor e pela vergonha, que espera uma carícia como sinal de que foi perdoado. Não me fiz de rogada. Apertei sua mão com a minha – era a primeira vez que nos tocávamos – e fui mais longe: trouxe sua mão a meus lábios e a beijei com ternura.
‘José’, disse-lhe corajosamente, com palavras que até pouco tempo me julgava incapaz de pronunciar, ‘te quero muito. Serei tua mulher por vontade própria. (...) Sem dúvida, entre nós algumas coisas serão diferentes do que ocorre em outros casamentos. Não teremos mais filhos nem as relações normais entre marido e mulher. Quero que saibas agora, enquanto ainda está em tempo de dissolver tudo. Esta é uma decisão que eu tinha tomado antes e não sabia como te explicar, nem se seria justo exigir-te isso. Sempre sonhei ser inteira de Deus.(...) Em definitivo, o que conta é que tu e eu precisamos entender bem que temos uma grande missão a cumprir. Eu serei a mãe do Messias e tu serás o Pai. (...)’
José se comportou como um homem de Deus que era. Enquanto falava, estava muito sereno e notei que lhe custava assumir o fato de que nossas relações não seriam normais como marido e esposa. Porém notei também que aceitava tudo porque sabia que era Deus que pedia. Mal terminei de falar levantou-se, deu a volta à mesa e me pediu permissão para beijar-me na fronte. Dei-lhe permissão, me abraçou e disse-me ao ouvido: ‘Amada minha, disseste-me o mais importante que eu precisava ouvir, sem o que minha alma estaria penando a vida toda, ainda que viesse a passar por tudo pelo amor a Deus e a ti. Disseste-me o que me querias, que vais ser minha mulher e que estás enamorada de mim. Tudo o mais é supérfluo. O amor, compreendi nesses dias, não é só um contato físico. Respeitarei tua virgindade e te oferecerei a minha, para que sejam úteis ao Senhor. (...)”
(Trecho do Livro “O Evangelho Secreto de Virgem Maria, de Santiago Martín, Ed. Paulus)

A origem de Nossa Senhora da Expectação é espanhola. Popularmente conhecida como Nossa Senhora do Ó, devido ao fato de que nas antífonas maiores da Liturgia das Horas, sempre começarem com o “Oh”, a Virgem ficou conhecida como a “Nossa Senhora do Ó”. É a imagem de Maria grávida. Imagem esta que causou muita polêmica no século XIX, quando o estímulo ao dogma da Imaculada Conceição, contrastava com a imagem da Virgem em estado de gravidez.
A expectação do parto é o momento sublime não só de quem espera ansiosamente o nascimento do filho, mas também o desejo que a vontade de Deus se cumpra e que assim, ela se torne corredentora da humanidade.
A festa de Nossa Senhora do Ó, foi instituída no Concílio de Toledo, no século VI, ao dia 18 de dezembro. No Brasil, a devoção à Virgem do Ó, ganha destaque em Olinda, São Paulo, Itamaracá e na cidade histórica de Sabará, em Minas Gerais, onde a Igreja do Ó, uma das mais belas Igrejas do mundo, por conta de sua simplicidade, atrai milhares de turistas.

Oração: Ò Virgem do Ó, Maria Expectante, que a espera por teu filho crie também em nós, o desejo de sermos melhores. Que possamos gestar Cristo em nossas atitudes, em nossas decisões e em nossos afazeres. Onde quer que estejamos, Nossa Senhora da Expectação, permita-nos levar Jesus, com o nosso exemplo e as nossas intenções. Amém.


Belo Horizonte, 29 de Maio de 2013.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Nossa Senhora do Silêncio


Nossa Senhora do Silêncio
(Por Deiber Nunes Martins)

“Mãe da Confiança
(Léo Rabello e Pe. Tarcísio Jr.)

Mãe do silêncio, mãe da confiança
Ó mãe de ternura
Mãe, ensina a amar
Ó mãe, ensina a confiar.

Mãe da piedade, mãe do bom conselho,
Ó mãe de Deus
Mãe, ensina a amar
Ó mãe, ensina a confiar.

Ó mãe dos pobres, mãe da obediência
Ó mãe, de misericórdia
Mãe, ensina a amar
Ó mãe, ensina a confiar.

Mãe do silêncio, mãe da confiança
Ó mãe de ternura
Mãe, rogai por nós
Ó mãe, rogai por nós.”

Por volta de 1879, a Irlanda vivia uma situação de penúria extrema. Fome e doenças tomavam conta do povo irlandês, aliadas a ferrenha rivalidade com os ingleses. É neste contexto que aparece, pela primeira vez, na Colina Knock, a Virgem do Silêncio. Em tamanho natural, rodeada de anjos e acompanhada por São José, a Virgem apareceu a algumas pessoas. É a segunda vez que a Virgem aparece a um grupo de pessoas. A primeira aparição para um grupo havia acontecido anos antes na França.
Assim como nas outras aparições, Maria não desampara seus devotos. E inúmeros milagres começam a acontecer. A capela Knock, construída em 1829, num curto espaço de tempo onde o povo irlandês teve a oportunidade de praticar livremente sua fé, foi o palco desses milagres. O primeiro dele, uma mulher de 28 anos, surda desde os seis anos, volta a ouvir. Depois dois homens cegos desde a infância, voltam a enxergar. Uma mulher, com dificuldades de locomoção, tão logo adentra a capela volta a andar.
Silenciosamente, a Virgem do Silêncio opera maravilhas na vida de seus devotos. Ainda hoje a devoção a ela é impressionante. Como nos diz o Evangelho de São Lucas, Maria a tudo guardava no coração. Silenciosamente. É no silêncio que a voz de Deus ecoa em nossa vida. Por isso, o mundo agita-se e cada vez mais ocupa o nosso tempo com barulho. Passamos boa parte do tempo agitados no barulho das grandes metrópoles, quase o dia inteiro com fones nos ouvidos. Quase não damos tempo ao silêncio do corpo, da alma. Nossa Senhora do Silêncio nos ensina a ocuparmos boa parte do nosso tempo com o silêncio orante. A riqueza litúrgica da Santa Missa é outra maravilhosa oportunidade que Maria nos mostra, para conversarmos com Deus. Infelizmente, muitas vezes nem no Sacrifício da Missa, somos agraciados pelo silêncio. Conversas paralelas, a indelicadeza de um celular ligado, ou um ministério de música sem o devido conhecimento litúrgico ameaçam a riqueza do momento de contemplação, de ação de graças. O silêncio.

Oração:
Nossa Senhora do Silêncio, venha em nosso socorro. Acolhei a seus filhos, permitindo a todos que tenham um encontro pessoal com Cristo. Encontro esse que muitas vezes acontece no silêncio da nossa alma. Maria, ensina-nos a calar a alma, calando o corpo. E que assim, possamos colher de Deus seus ensinamentos, suas advertências, enfim, tudo aquilo que Ele quer nos dizer. Amém.


Belo Horizonte, 28 de maio de 2013.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Nossa Senhora da Defesa


Nossa Senhora da Defesa
(Por Deiber Nunes Martins)



Mãe,
Oh! Vede as lágrimas do pranto
Vós que a dor sentistes já
Da vida o triste fado
Trás-me desamparado
Ah! Não me deixes só
Oh! Mãe querida me escutai

Os rogos meus, Mãe atendei,
Na vida, os passos guiai

E lá do Céu um dia irei ver-vos sem véu.

(Ave Maria, Intermezzo da Ópera Cavalleria Rusticana)



A devoção a Nossa Senhora da Defesa nasceu no inverno de 1410 em Ampezzano, na Itália. Era época das imigrações e o exército godo visava tomar a cidade. Os habitantes da modesta Ampezzano, resolveram se defender, mas que podiam fazer? As limitações financeiras e militares o impediam.
No entanto, aqueles homens eram tementes a Deus. E nutriam grande devoção a Nossa Senhora. Assim, eles fizeram o que tinham a fazer: rezaram. Rogaram à Virgem, proteção. E Nossa Senhora não lhes faltou. Numa nuvem, ela desceu do Céu, com a espada na mão.
Quando os godos já invadiam Ampezzano, Nossa Senhora desceu sobre a cidade e as nuvens debaixo de seus pés, cobriram de tal modo a visão dos inimigos, que os confundiram. Tamanha escuridão abateu-se sobre o exército godo que eles não se reconheciam e lutavam entre si, matando-se uns aos outros, até se dizimarem por completo.
Oração:
Nossa Senhora da Defesa, descei em nossos lares, sobre nossas famílias. E defendei-as, com o mesmo ardor que defendeste os habitantes de Ampezzano. Defendei vossas famílias do flagelo do egoísmo, do hedonismo e de todos os embustes de satanás. Defendei vossas famílias da droga, das novelas e de todas as práticas mundanas que insistem em colocar em xeque a família cristã. Venha em socorro de pais, mães, filhos, filhas, maridos e esposas que tanto necessitam da vossa defesa, ó Mãe. Nossa Senhora da Defesa, rogai por nós! Amém!

Belo Horizonte, 27 de Maio de 2013



domingo, 26 de maio de 2013

Nossa Senhora da Árvore


Nossa Senhora da Árvore
(Por Deiber Nunes Martins)

Magnificat
“Minha alma glorifica ao Senhor,
Meu espírito exulta de alegria
Em Deus, meu Salvador,
Porque olhou para sua pobre serva.
Por isso, desde agora,
Me proclamarão bem-aventurada todas as gerações,
Porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso
E cujo nome é Santo.
Sua misericórdia se estende, de geração em geração,
Sobre os que o temem.

Manifestou o poder do seu braço:
Desconcertou os corações dos soberbos.
Derrubou do trono os poderosos
E exaltou os humildes.
Saciou de bens os indigentes
E despediu de mãos vazias os ricos.
Acolheu a Israel, seu servo,
Lembrado de sua misericórdia,
Conforme prometera a nossos pais,
Em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.”
(Lc 1, 46-55)

Nos conta a tradição, que na França, na região de Monte Branco, numa região frondosa, uma árvore trazia em sua cavidade, uma imagem de Nossa Senhora. Não havia explicação sobre como a imagem da Virgem havia ido parar ali, naquela cavidade natural, da árvore. O povo, devoto, logo batizou a imagem de Nossa Senhora da Árvore.
Não tardaram a aparecer os milagres e pedidos atendidos aos devotos da Virgem. Os devotos, em agradecimento, construíram tempos depois, em 1703, naquele local, um santuário a Nossa Senhora da Árvore.

Oração:
Nossa Senhora da Árvore, muitos lhe são os devotos. E também muitos lhe são gratos pelas graças alcançadas. Não há um devoto que não tenha lhe pedido graça que não tenha sido atendido. Em virtude dos vossos favores e de vossa prontidão em atender a nós, seus filhos, vos queremos pedir pela paz. O mundo vive tempos violentos, repletos de intolerância e incompreensão. Vossa imagem, ó Mãe, foi encontrada numa árvore e certamente quem lá a depositou, trazia paz no coração e a certeza de que somente pela vossa proteção é que podemos caminhar. Nossa Senhora da Árvore, apaziguai os corações e fortalecei o diálogo e o entendimento entre os povos e as pessoas. Nossa Senhora da Árvore, rogai por nós.

Belo Horizonte, 26 de Maio de 2013.


sábado, 25 de maio de 2013

Nossa Senhora da Anunciação



Nossa Senhora da Anunciação
(Por Deiber Nunes Martins)

“Deus vos salve, Virgem,
Mãe imaculada,
Rainha de clemência
De estrelas coroada.

Vós, acima dos anjos
Sois purificada;
De deus à mão direita
Estais de ouro ornada.

Por vós, Mãe da graça,
Mereçamos ver
A Deus nas alturas
Com todo o prazer.

Pois sois esperança
Dos pobres errantes
E seguro porto
Aos navegantes.

Estrela do mar
E saúde certa
E porta que estais
Para o Céu aberta.

É óleo derramado,
Virgem, vosso nome,
E os servos vossos vos
Hão sempre amado.

Ouvi Mãe de Deus,
Minha oração.
Toquem vosso peito
Os clamores meus.”

(Trecho do Ofício à Nossa Senhora da Conceição, Ed. Canção Nova)

“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da cada de Davi; e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
O anjo disse-lhe: ‘Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó. E o seu reino não terá fim.’ Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem? Respondeu-lhe o anjo: ‘O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Então disse Maria: ‘EIS AQUI A SERVA DO SENHOR. FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA.’ E  o anjo afastou-se dela. (Lc 1, 26-38)

A Festa da anunciação do nascimento de Jesus é das mais antigas da Igreja. O SIM de Maria é o centro das atenções, visto que pelo sim de uma mulher, o Salvador chegou à humanidade. A humildade de Maria é da mesma proporção que a sua mansidão e docilidade. Maria nos permite compreende-la, revisitando sua história e nos guiando pelos fatos de sua vida. Se pelas mãos de uma mulher, Eva, o pecado adentrou o mundo, também pelas mãos de uma Mulher, Maria, a Salvação chega a toda humanidade.
Comemorada todo dia 25 de março, a exceção quando a data coincide com a Semana Santa e então é postergada.

Oração:
Nossa Senhora da Anunciação, favorecei os caminhos da nossa vida, a fim de que saibamos escutar a voz do anjo e dizer o nosso sim a Deus. Que o exemplo da Virgem da Anunciação nos sirva de bússola espiritual, afim de que saibamos dar o nosso sim a Deus e caminhar por entre os milagres que só aqueles que se colocam ao dispor de Deus, podem conferir. Amém.

Belo Horizonte, 25 de Maio de 2013.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Nossa Senhora da Agonia



Nossa Senhora da Agonia
(Por Deiber Nunes Martins)

“Voltou a Betânia dois dias antes da Páscoa. Creio que o fez somente por mim, para dar-me o último adeus e receber, uma vez mais, meus beijos e meu consolo, de que tinha tanta necessidade naquelas horas escuras.
Passamos a manhã juntos. De novo preferiu passear pelos caminhos que fazem a comunicação entre os hortos ao redor do povoado. Queria afastar-se do movimento da casa e não desejava testemunhas para o que tinha a me dizer. Estava agitado. Se diante dos outros sempre mostrava bom humor e um notável poder de decisão, exortando todos a cumprir a vontade de Deus e lembrando-lhes que o que iria acontecer estava previsto pelo Altíssimo, comigo desabafava e não ocultava sua angústia, seu temor e inclusive suas dúvidas. Sim, João, suas dúvidas. Tu sabes que as teve. Agora já o sabeis todos. Sabeis o que foram as horas de oração solitária no horto das oliveiras enquanto vós dormíeis. Mas na ocasião não sabíeis, sequer suspeitáveis. Acostumados a vê-lo sempre firme, em pé, sereno e poderoso, havíeis esquecido que ele era, também, um ser humano. Porém eu, que o havia carregado em meus braços, não podia esquecer isso. Aquele homem capaz de fazer os maiores milagres era, não obstante, uma pessoa e, como tal, tinha seus momentos escuros, suas angústias, suas tentações. Também, precisamente porque era verdadeiramente homem e não uma estátua de mármore, dessas que os pagãos colocam em seus templos, tinha necessidade de ser consolado, de ser ajudado, de ser apoiado em suas terríveis lutas internas. Isto nenhum de vós conhecia, nem tu que estavas tão perto do seu coração. Só uma mulher consegue captá-lo, e creio que por isso fomos nós que soubemos ajuda-lo mais naqueles difíceis momentos. Mas nem sequer as outras poderiam chegar onde eu tinha entrada. Porque eu era sua mãe e comigo não havia necessidade de fingir, de ocultar, nem de esconder nada para não me abalar ao me oferecer o espetáculo de um homem angustiado, é que veio a mim como um menino perdido e assustado em busca de apoio quando já lhe faltava pouco para terminar sua carreira e chegar à meta final.”
(Trecho do Livro “O Evangelho Secreto da Virgem Maria”, de Santiago Martín, Ed. Paulus)


Em Viana do Castelo, em Portugal, existe um santuário dedicado a Nossa Senhora da Agonia, situado bem próximo ao mar. E esta devoção vem do mar. Região pesqueira, os pescadores e seus familiares se apegavam sempre a Nossa Senhora devido ao mar sempre agitado da região e os constantes perigos de naufrágio. Constantemente, os tufões atiravam as embarcações em uma falésia conhecida como “Penedo Ladrão”.
A partir daí que nasceu a devoção a Nossa Senhora da Agonia. Os pescadores e suas famílias se colocavam de joelhos suplicantes a Nossa Senhora por suas vidas e pelas vidas dos seus. E a Mãe de Jesus sempre de prontidão e ouvidos abertos a agonia de seus devotos e pedintes, concede a vida a todos os que a procuram.

Oração:
Nossa Senhora da Agonia, vós sentistes agonia ao receber seu Filho Jesus, dois dias antes da Páscoa, quando Ele já conhecia o que estava por vir e partilhaste contigo. Ajuda aos pais que hoje imploram por seus filhos presos ao vício da droga. Sede o conforto e o porto seguro dos pedintes que clamam por seus filhos perdidos. Atendei aos inúmeros pedidos de pais e mães que em agonia extrema, não têm mais a quem recorrer por seus filhos e filhas. Atende ó Virgem da Agonia, aos que sofrem do flagelo dos vícios e desejam libertação. Peça a teu Filho Jesus que não os desampare. Olhai, Senhora por todos  dependentes químicos, e escravos de todos os vícios e compulsões. Olhai também, ó mãe, por suas famílias. Nossa Senhora da Agonia, rogai por nós!

Belo Horizonte, 24 de Maio de 2013

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Nossa Senhora da Grade



Nossa Senhora da Grade
(Por Deiber Nunes Martins)

“Vem Maria, vem,
Vem nos ajudar,
Neste caminhar,
Tão difícil rumo ao Pai.”

(Canção “Vem Maria Vem”, da Com. Canção Nova)


Nossa Senhora da Grade é a padroeira da belíssima cidade de Lille, na França. Diz a lenda que a princesa Hermengarda era perseguida pelo conde Finaert pelas cercanias da cidade. Grávida, ela dá a luz num frondoso bosque, onde aparece-lhe a Virgem Maria, oferecendo-lhe proteção. A perseguição do conde se intensifica e a princesa é obrigada a abandonar o filho no bosque sob os cuidados de Nossa Senhora.
O menino cresce em robustez e saúde, sendo criado por um eremita, que lhe garante formação cristã. Liderico é o nome escolhido para o menino, que se torna um cavaleiro. Tempos depois, Liderico, num duelo, mata o conde Finaert libertando toda a região da opressão deste nobre.
Séculos depois, no lugar onde se construíra o castelo de Liderico, é erguida a cidade de Lille. Em 1066, o piedoso conde Balduíno construiu uma belíssima Igreja. Era o tempo dos senhores feudais. Nesta Igreja é colocada uma belíssima imagem da Virgem Maria, a mesma que aparecera a jovem princesa Hermengarda. A esta imagem, dá-se o nome de Nossa Senhora da Grade. Por mais estranho que possa parecer, a razão do nome, deve-se ao fato de o guardião do castelo de Liderico atender aos pedidos dos pobres por uma grade. Quando a Igreja é construída, diante da imagem da Virgem é colocada uma grade, para simbolizar os pedidos que eram levados a ela e atendidos. A partir daí, inúmeros milagres são concedidos ao povo, aumentando ainda mais a devoção a Virgem da Grade.

Oração:
Nossa Senhora da Grade, vós que sois a padroeira do povo francês, da cidade de Lille. Olhai por nossas necessidades. Sobretudo as espirituais. Afastai de nós as tentações do inimigo, conduza-nos com tua mão poderosa rumo a Graça do Pai. E que possamos, firmes na fé, render-lhe louvores e venerar-lhe por toda a nossa vida. Amém.

Belo Horizonte, 23 de Maio de 2013.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Nossa Senhora da Divina Providência



Nossa Senhora da Divina Providência
(Por Deiber Nunes Martins)

“O Anjo do Senhor anunciou a Maria. E ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria, cheia de Graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores. Agora e na hora de nossa morte. Amém.
Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a Vossa palavra.
Ave Maria, cheia de Graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores. Agora e na hora de nossa morte. Amém.
E Verbo de Deus se fez homem. E habitou entre nós.
Ave Maria, cheia de Graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores. Agora e na hora de nossa morte. Amém.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amém.

A devoção à Nossa Senhora da Divina Providência começou por volta do século XVII, com os padres Barnabitas. Por ordem do Papa Alexandre VII, a Igreja de São Paulo, onde os Barnabitas ficavam tinha de ser demolida. Então eles pediram que o arquiteto e sua equipe responsáveis pela demolição, retirassem sem nenhum dano, um afresco da Virgem Maria e o transportasse para o seu lugar definitivo. No entanto, no transporte, o afresco acabou sendo destruído. O arquiteto, tentando compensar a perda dos padres, os presenteou com um quadro do pintor Scipione Pulzone. Era um quadro da Virgem Maria, com o Menino Jesus no colo, mas o menino não apresentava a auréola dos santos. Para muitos, o quadro representava Maria, mãe da humanidade.
Tempos depois, os padres Barnabitas iniciaram a construção da Igreja de São Carlos Borromeu. Após 15 anos de obras, os recursos ficaram escassos e sua continuidade, ameaçada. Resolveram os padres então rezarem a Virgem pedindo auxílio. Enquanto rezavam, acorriam a quem lhes podia ajudar. No caso em questão, o Cardeal João Batista Lenie, que após um primeiro contato, negou ajuda financeira aos Barnabitas.
Os padres continuaram em oração. E tempos mais tarde, o Cardeal morreu, sendo seus funerais realizados na Igreja inacabada. Quando abriram o testamento do Cardeal Lenie, perceberam com muita surpresa que ele deixava recursos suficientes para o término da obra. Como em suas orações, os padres Barnabitas diziam que Maria era a Providência deles. O quadro pintado por Pulzone, foi exposto para o público e passou a ser reconhecido como Mãe da Divina Providência.

Oração:
Virgem da Providência, providenciai. Providenciai solução, para o flagelo da fome no mundo. Da de comer a quem fome. Mas acima de tudo, aquecei aos corações insensíveis que fechados no egoísmo, se preocupam em não ajudar aos necessitados, aumentando ainda mais a miséria e a fome.

Belo Horizonte, 22 de Maio, de 2013

terça-feira, 21 de maio de 2013

Nossa Senhora da Consolação



Nossa Senhora da Consolação
(Por Deiber Nunes Martins)

“Terias que ver, João, o que passamos em Belém. José não tinha conhecido algum e as cartas de recomendação que Manassés nos dera não nos serviram de nada. (...) José estava nervoso. Conduzindo o burrico pela rédea, levava-me de casa em casa pedindo por favor um lugar. (...) Muitas mulheres se compadeciam de mim e me prometiam ajuda para quando ocorresse o parto, mas ao mesmo tempo me mostravam a casa cheia de gente e incapaz de abrigar mais ninguém.
Por fim, uma senhora, ao ver nossa agonia, falou-nos de algumas grutas que se localizavam na saída da aldeia, no início do grande vale. (...) As grutas eram labirintos de mais comprimento do que largura e resolvemos nos acomodar na que estava mais próxima à entrada, em parte porque aí o odor não era tão forte.
João, se visses aquele ambiente, tua alma viria aos pés. Era uma gruta como tantas outras, mas que, além do mais, servia de abrigo para o gado e se encontrava repleta de excrementos. O cheiro era insuportável e dava medo olhar a negrura de seus recôncavos.
(...)
Tive que tranqüilizar novamente José, embora confesso que aquela noite eu também necessitava que alguém me tranqüilizasse. Como sabes, somos nós, as mulheres, que temos de nos fazer de fortes mesmo que estejamos tremendo por dentro. Meu pobre José estava desmoralizado ao ver aquele quadro miserável.”

(Trecho livro “O Evangelho Secreto da Virgem Maria, de Santiago Martín, Ed. Paulus)

A devoção à Nossa Senhora da Consolação espalhou pelo mundo por meio dos Agostinianos. Foi graças a intercessão da Virgem da Consolação, que Santa Mônica alcançou o que tanto pedia: a conversão de seu filho, Agostinho. A invocação Nossa Senhora da Consolação foi aprovada pelo Papa Gregório XIII, em 1577. Sua festa é celebrada no primeiro domingo após o dia de Santo Agostinho, sendo portanto uma festa móvel dentro da Igreja.
A intercessão de Maria da Consolação é válida e poderosa, não só aqui na terra, mas também no purgatório. Pois Maria tem a capacidade de consolar e livrar as almas completamente do purgatório.

Oração:
Nossa Senhora da Consolação, vós que consolastes José, dentro da gruta, imprópria para o nascimento do Filho de Deus, em um momento em que era vós quem precisava de consolo, conforta e consola os corações desesperados. Afastai as almas do purgatório, venha em socorro de quem vos busca, com devoção. Maria, Mãe de Deus e Nossa, curai as feridas do egoísmo, do orgulho, da traição, das infidelidades e de todo o pecado cometido contra vosso filho e nossos irmãos. Nossa Senhora da Consolação, rogai por nós.

Belo Horizonte, 21 de Maio de 2013

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Nossa Senhora de Quinche



Nossa Senhora de Quinche
Por Deiber Nunes Martins

“Enquanto a corda avança e o corpo se cansa
Pra alma descansar,
O povo de Belém se reúne nas ruas e vira mar
Por onde a Virgem Maria veleja em seu altar de flores.
É por isso que, na alma de todo paraense, a vida é
Sempre outubro...
(Pe. Fábio de Melo, in “Virgem que Veleja”)

A província de El Quinche, na Cordilheira dos Andes, deu este título à Nossa Senhora e a transformou em padroeira do Equador, por conta de suas aparições na região. Em 1591, os índios Oyacachi receberam dos espanhóis a escultura da imagem de Nossa Senhora, em troca de madeira de cedro, valiosíssima naquele tempo.
O que os espanhóis não sabiam é que tempos bem antes, Nossa Senhora havia se manifestado aos índios daquela tribo da mesma maneira como fora retratada na escultura. E isso alegrou muito àqueles indígenas, pois tiveram certeza de que sua protetora estava com eles. Em suas aparições, Maria sempre lhes dizia que nada temessem, pois ela estaria com eles. E esta foi a prova.
Tão logo receberam a imagem e trataram de fazer um altar em uma gruta para ela. E todas as tardes, ali se reuniam para rezar à Virgem. Tamanha quantidade de peregrinos no acanhado local, que tiveram de transladar a imagem para a cidade de El Quinche a cerca de 50 km de Quito. Hoje, a cidade é um grande centro de peregrinação na América Latina.

Oração:
Nossa Senhora de Quinche, vós que sois padroeira do povo equatoriano, rogai também por nós, povos da América Latina. Precisamos de vossa intercessão, Mãe de Deus, pois são muitos os desafios vividos em toda a América. Abençoai aos povos indígenas, zelai por todos eles, muitos, dizimados pela cobiça do homem branco. Cuidai dos povos da América, Mãezinha! Tornai-nos mais unidos e mais fiéis à Palavra de Deus. Nossa Senhora de Quinche, rogai por nós!

Belo Horizonte, 20 de Maio de 2013.

domingo, 19 de maio de 2013

Nossa Senhora do Sorriso



Nossa Senhora do Sorriso
(Por Deiber Nunes Martins)

“Mãezinha do Céu, eu não sei rezar,
Eu só sei dizer que eu quero te amar.
Azul é o teu manto, branco é o teu véu,
Mãezinha, eu quero, te ver lá no Céu.

Mãezinha do Céu, Mãe do puro amor,
Jesus é teu filho, eu também o sou
Azul é o teu manto, branco é o teu véu,
Mãezinha, eu quero, te ver lá no Céu.

Mãezinha do céu, vou te consagrar,
A minha inocência, guardai-a sem cessar
Azul é o teu manto, branco é o teu véu,
Mãezinha, eu quero, te ver lá no Céu.”

(Música: Mãezinha do Céu, CD Sempre Maria)


A história da Virgem do Sorriso, nos vem trazida por Santa Terezinha do Menino Jesus. Esta, quando menina, trazia à cabeceira de sua cama, uma imagem de Nossa Senhora. Certo dia, a menina Terezinha ficou muito doente e seus pais e familiares rezavam constantemente à Santíssima Virgem para que a recuperasse.
Certa noite, em sua cama, a imagem mostrou um lindo sorriso para Terezinha, sorriso esse que a curou maravilhosamente e repentinamente. A partir desse milagre, Nossa Senhora também passou a ser conhecida como Nossa Senhora do Sorriso. Em 1894, a imagem que mostrara o sorriso a menina Terezinha, foi doada ao mosteiro de Liseux, onde Santa Terezinha viveu e até hoje lá se encontra.

Oração:
Nossa Senhora do Sorriso, vós que sorristes para Santa Terezinha do Menino Jesus e milagrosamente ela foste curada, sorria também pelas nossas crianças, sobretudo as que se encontram doentes nos hospitais, as que se encontram órfãs de pais vivos e falecidos, as que se encontram perdidas na vida, perambulando pelas ruas. Sorria também, para as nossas crianças, que são exploradas de todas as formas pelos adultos, muitos deles, próprios familiares delas. Sorria também e faça o milagre, na vida das crianças que têm tudo, mas não têm a sementinha da fé, semeada pelos pais. E por essa razão, estão fadadas ao agnosticismo ou a tibieza na fé. Interceda por nossas crianças, Virgem do Sorriso, todas elas! Para que sejam o futuro abençoado da Igreja de Cristo. Amém.


Belo Horizonte, 19 de Maio de 2013.

sábado, 18 de maio de 2013

Nossa Senhora da Regra



Nossa Senhora da Regra
(Deiber Nunes Martins)

“Deus vos salve cidade,
De torres guarnecida,
De Davi com armas
Bem fortalecida.

De suma caridade
Sempre abrasada.
Do dragão a força
Foi por vós prostrada.

Ó mulher tão forte!
Ó invicta Judite!
Que vós alentastes
O sumo Davi!

Do Egito o curador
De Raquel nasceu,
Do mundo o Salvador,
Maria no-lo deu.

Toda é formosa
Minha companheira;
Nela não há mácula
Da culpa primeira.

Ouvi, Mãe de Deus,
Minha oração.
Toquem vosso peito
Os clamores meus.”

(Trecho do Ofício da Imaculada Conceição, Com. Canção Nova)


Também uma devoção muito antiga, a devoção a Nossa Senhora da Regra vem do século IV. A imagem da Virgem da Regra assemelha-se às imagens de Nossa Senhora morena e negra, que dos primeiros séculos. O que a diferencia, é o fato dela trazer o Menino Jesus de pé, apoiado em sua perna esquerda. A tradição nos conta que esta imagem foi esculpida por Santo Agostinho, que enquanto escrevia a Regra da Ordem dos Monges Agostinianos, a própria Virgem Maria lhe teria aparecido em sonho. Daí o motivo dele ter entalhado esta imagem que o acompanhava sempre em sua mesa de trabalho.
Em 443, com a invasão dos bárbaros no norte da África, os monges agostinianos fugiram para a Espanha e lá desembarcaram com esta imagem de Nossa Senhora da Regra. Ali se estabeleceram e construíram uma capela para abrigar a imagem e o mosteiro da Ordem da Regra. No século VIII. Em virtude da invasão muçulmana novamente os monges agostinianos tiveram de fugir, mas antes, esconderam a imagem nos arredores do mosteiro. Ela só foi encontrada, muito tempo depois por um cônego regular em Santiago de Compostela. Descansava ele embaixo de uma árvore, quando a Virgem Maria lhe apareceu dizendo onde estava a imagem. Escolheram o dia 8 de setembro para comemorar o dia de Nossa Senhora da Regra, pois este é o dia da primeira procissão feita em sua homenagem. Os monges agostinianos espalharam por todo mundo a devoção à Nossa Senhora da Regra, sendo esta mais forte na Espanha, em Cuba, Filipinas, Bélgica e Holanda.

Oração:
Nossa Senhora da Regra, vós que fostes o luzeiro da vida de Santo Agostinho, ilumina nossos caminhos pela estrada da vida. Ó Mãe, dá-nos sabedoria para saber seguir, pois a cada dia que passa, viver se torna mais perigoso e os filhos das trevas em muito conseguem ludibriar os filhos da luz. Virgem da Regra, dá-nos coragem para abraçar Cristo e seguir seus mandamentos, posto que Ele é o caminho a verdade e a vida. Que a vossa intercessão chegue aos Céus e Deus nosso pai, tenha compaixão de nós.
Amém.

Belo Horizonte 18 de Maio de 2013.