terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Meia Noite é Quando é Menos um Dia

Por Deiber Nunes Martins

Liberdade,
Ventura cativa, surreal
Sonho de criança de verdade
Dama lasciva, porta do mal.

Ela nos faz chorar
Ela nos faz sofrer
Liberdade é voltar
E saber perder.

Eu sou lento, lentamente veloz
Cativo em sua liberdade
Prisioneiro à tua voz
Não posso entender sua maldade.

Mas teu desejo é necessidade
Teus mistérios, estrada sem fim
Meu momento é respirar saudade
Não sou mais dono de mim.

O homem vê a fotografia
Conversa com ela e a deseja
Sente o perfume que sacia
Papel que dança e beija.

Meu verso é frio, friamente quente
Sou um vassalo do amor
Cativo a liberdade dessa gente
Sou um pobre que sorri de sua dor.

Meia noite é quando é menos um dia
Meia noite é quando é menos um dia
Meia noite é quando é menos um dia.

Liberdade,
É ver-te livre quando sou preso...

O homem vê a pintura
Olha pra ela e a corteja
Repousa em teu seio que cura
Quadro de vida benfazeja.

E quando ela chorar.
Cobre a tela com carinho
Promete a ela amar
Em todo seu caminho.

As vezes se perde um amor
Para louvar o Senhor.

Meia noite é quando é menos um dia
Meia noite é quando é menos um dia
Meia noite é quando é menos um dia

Meia noite é quando é menos um dia
Meia noite é quando é menos um dia
Meia noite é quando é menos um dia

O homem vê a imagem
Chora com ela sua tristeza
Ela se move, é sua coragem
Um longe bem perto que mostra beleza.

Ela é o ideal
É o que chamo de destino
Ela é meu sonho real
Meu real desatino.

Belo Horizonte, 26 de fevereiro de 2008 às 00:53.

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