Por Deiber Nunes Martins
Ao contrário do que vislumbra o Sr. Zezé Perrela, o Atlético é bem mais que o Cruzeiro e não o contrário. Com todo respeito aos cruzeirenses, alguns deles amigos meus, mas o Atlético é e sempre será mais que o time do Barro Preto. E a razão é muito simples: o Atlético é uma nação, uma família, uma tradição, um jeito de ser... e não somente um clube de futebol, uma agremiação, como o time azul.
As razões para eu dizer isso estão escancaradas nas ruas de nossa amada Belo Horizonte. Pra começar, o dia seguinte a uma vitória do Cruzeiro, é dia de velório em nossa capital. Apesar do time perrela estar em um bom momento e navegar em águas tranqüilas há mais de duas décadas, enquanto os atleticanos vivem há também mais de duas décadas um calvário sem fim, Belo Horizonte ainda tem mais atleticanos que cruzeirenses e ainda nesta cidade, nascem mais atleticanos que os rivais.
Mas não entremos nessa discussão sobre torcida. Os acontecimentos dos últimos dias só aumentam a antipatia da nação atleticana com o pobre Ipatinga, que deverá no próximo ano voltar ao lugar de merecimento, a segunda divisão e com os dirigentes azuis. Por que digo isso? Porque ninguém destrata o Glorioso Atlético impunemente. No caso do Ipatinga, o presidente deste clube, ousou fazer acusações levianas contra dirigentes e até contra o repórter Roberto Abras que faz a cobertura jornalística do Galo para a rádio Itatiaia.
Tudo, devido ao imbróglio com o jogador Gérson Magrão que na manhã do último dia 5 estava vestindo a camisa alvinegra e ao final da tarde, vestia a camisa azul, numa infame manobra das duas diretorias a do Ipatinga e a do Cruzeiro, contra o amadorismo atleticano. Infelizmente, a diretoria do Galo tem dado munição aos inimigos.
Como atleticano que sou entendo que o clube passa por uma situação de pré-falimentar. Entendo que a falta de recursos impede que grandes jogadores venham a vestir o manto atleticano. E entendo também que no ano do centenário, as comemorações devam se restringir aos bastidores e não dentro de campo, devido à incapacidade do time. Reconheço que aqui, dou mais que um voto de confiança a quem administra o clube, uma vez que clubes como o Flamengo, que deve dez vezes mais que o Galo, lideram o campeonato brasileiro e contam com um time infinitamente superior ao meu. Mas bem, que seja assim.
O que está acontecendo com o Galo e eu não entendo, é como esta famigerada diretoria pode se deixar ser chacota nas mãos de gente como Zezé Perrela e Itair Machado. Digo isso porque qualquer criança sabe que o Ipatinga nada mais é que uma filial do time celeste. E assim sendo, era mais que óbvio que o Ipatinga não cederia um de seus melhores jogadores para o arqui-inimigo, o Atlético. Se a diretoria tivesse pensado um pouco, perceberia que Gérson Magrão já pertencia ao Cruzeiro. Não pensaram. Deu no que deu.
Somos obrigados a agüentar a chacota do time cruzeirense. Mas nós atleticanos de verdade, sabemos, Senhor Perrela, que o seu time não representa nem a terça parte do que é o Galo. Se para o senhor, o time do Galo está infinitamente aquém do seu time azul, para uma imensa nação alvinegra o Cruzeiro é só um detalhe, um apêndice. Não representa nada. Talvez seja esta, a sua irritação, senhor Zezé Perrela. Ser o deus de um time que é um mero detalhe. Ser o dono de um time que tem uma torcida fria e interesseira. O Galo não se compara a ninguém, senhor Perrela. Talvez um dia, a vida te ensine isso.
Belo Horizonte, 16 de julho de 2008.
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