terça-feira, 3 de março de 2009

Tela de Cinema


Por: Deiber Nunes Martins

Quando as luzes se acendem
Seu tempo é só de acordar
O que se fez está feito
O relógio atrás não vai voltar...

Uma confusão que nunca pára
Um dia após o outro dia
Uma noite após a outra noite
Você dorme em meio à alegria...

Há gente na praia, há gente no porto
Pessoas a beira da piscina bebendo cerveja
Outras, à mesa jogando cartas,
Irônica euforia benfazeja...

Um amor vai, outro vem
E nós aqui nesta sala escura
Sedento estou, da luz do luar
Inebriado nesta aventura...

Queira, por favor, deixar de ser vítima
Ninguém virá pra te salvar
Largue a porcaria do teu mise èn cene
Lute por quem está a te amar...

O mundo expurga quem errou
Sem receio, perdão ou quarentena
E você, se matando aos poucos,
Numa tela de cinema...

Não é quem foi contra você
Mas sim os problemas que quis ter
Não adianta agora ficar morgada
Sonhando com o que queria ser...

Você perdeu o bonde da história
Esperando quem não vai chegar
Não é o nascimento a sua glória
E sim o louco que’stá a te amar...

Em um dia, inúmeros papéis
Em poucas horas, tantos amores
E nada nos sacia, nada nos completa!
Vontade, desejo, agonia e dores...

As luzes se acendem, aplausos!
A emoção toma conta do lugar
Mas no fim das contas é só você
E você só tem o tempo de acordar.

Canavieiras, 23 de fevereiro de 2008.

Nenhum comentário: