domingo, 29 de março de 2009
Recortes de Vida
Por Deiber Nunes Martins
Aqui sofre um pobre homem
Perdido na desordem do seu coração
Encontrado na ventura de um amor
Nunca desiste, sempre o mesmo sonho
Um dia uma noite, um fim de semana
Ele parte em busca de uma chance
Mas ele não tem muito tempo pra viver
Pois quando se vê, as luzes se acendem
Você acorda, levanta e morre.
Vamos pra casa, mamãe
Esquecer esta droga de noite
Esquecer este lugar, esta vida
Abaixo a pizza emborrachada
A cerveja quente, o papo furado
Vamos pra casa viver um pouco mais
Nos conhecer um pouco mais
Porque quando você vê, as luzes se acendem
Você acorda, levanta e morre.
Acho que ela ainda gosta de mim
Ela não diz, tem coisa que não se fala
Mas eu não morro em vão, ela se preocupa
Assim eu vou vivendo a vida
Ela tem um noivo, sabia?
Mas eu não desisto desta mulher
Eu não desisto de viver um grande amor
Porque quando se vê, as luzes se acendem
Você acorda, levanta e morre.
Há um amigo motorista, um grande amigo
Ele nos guia pelas ruas da cidade falida
Eu espero o momento do dinheiro
Olho a dispensa vazia e fico a lembrar
Do tempo em que feliz eu era
A recordar das baratas e tatus
Você também tem o seu medo, siga em frente
Porque quando você vê, as luzes se acendem
Você acorda, levanta e morre.
Continua guiando o meu amigo
A viagem é louca, mas a aventura sedutora
O prazer que se tem em ver a vida fervilhar
Pessoas a caminhar, ruas quentes de gente
Homens, carros, mulheres, em toda direção
De repente sou golpeado, o sangue escorre na garganta
O fim ta chegando e só se vê formigas caminhando
Recolherão a paga de mais um dia
E quando se vê, as luzes se acendem
Você acorda, levanta e morre... espera!
Me deixa ficar com você
Me perdoa por ter sido tão mal
Me ame como sou com meus defeitos e males
Me faça feliz do seu lado
Me dê a alegria de ser o teu amado
Me leve pra longe deste mundo egoísta
Porque quando nós vemos, as luzes se acendem
Nós acordamos, levantamos e morremos.
As luzes se acendem
Você acorda, levanta e morre.
Belo Horizonte, 29 de Março de 2009.
terça-feira, 3 de março de 2009
Tela de Cinema
Por: Deiber Nunes Martins
Quando as luzes se acendem
Seu tempo é só de acordar
O que se fez está feito
O relógio atrás não vai voltar...
Uma confusão que nunca pára
Um dia após o outro dia
Uma noite após a outra noite
Você dorme em meio à alegria...
Há gente na praia, há gente no porto
Pessoas a beira da piscina bebendo cerveja
Outras, à mesa jogando cartas,
Irônica euforia benfazeja...
Um amor vai, outro vem
E nós aqui nesta sala escura
Sedento estou, da luz do luar
Inebriado nesta aventura...
Queira, por favor, deixar de ser vítima
Ninguém virá pra te salvar
Largue a porcaria do teu mise èn cene
Lute por quem está a te amar...
O mundo expurga quem errou
Sem receio, perdão ou quarentena
E você, se matando aos poucos,
Numa tela de cinema...
Não é quem foi contra você
Mas sim os problemas que quis ter
Não adianta agora ficar morgada
Sonhando com o que queria ser...
Você perdeu o bonde da história
Esperando quem não vai chegar
Não é o nascimento a sua glória
E sim o louco que’stá a te amar...
Em um dia, inúmeros papéis
Em poucas horas, tantos amores
E nada nos sacia, nada nos completa!
Vontade, desejo, agonia e dores...
As luzes se acendem, aplausos!
A emoção toma conta do lugar
Mas no fim das contas é só você
E você só tem o tempo de acordar.
Canavieiras, 23 de fevereiro de 2008.
Sempre há um Recomeço
Por: Deiber Nunes Martins
Às vezes, sou invadido por uma força bem maior que eu. Uma força que me faz querer recomeçar. Como se tudo o que eu escrevesse na areia da praia tivesse sido apagado pela maré alta. Mas com esta força, eu escrevo tudo de novo. Muitas vezes, meu discurso ecoa pelo ar, e se perde ao longe, no horizonte. Eu insisto, e falo de novo! Há uma força em mim que me faz ser assim. Quando não quero.
E sempre recomeço tudo. Mais uma vez. Sou redundante, enfadonho, chato. Mas não desisto. Quero me fazer ouvir. Mas às vezes, não digo nada. O silêncio fala mais que as palavras. Basta querer ouvir. Mas querer de verdade, olhar nos olhos e sentir as palavras que brotam no meu ser. É disso que preciso. E isso me dá forças pra continuar. Sem esta força, não há recomeço. Eu não poderia ir além.
Há um mar imenso dentro de mim. Um sentimento tão grande, tão forte, uma poesia tão insana, que não quer sair. Um desejo tão profundo de pôr pra fora, tudo aquilo que eu guardo e que me machuca. Quero recomeçar a todo dia. Quero pôr pra fora este desejo. Mas quando insisto em pôr pra fora este sentimento, ele insiste em estar aqui dentro.
Tem horas que é duro recomeçar. Saber que não aconteceu como você queria. Não saiu como queria. É doído, cruel, difícil... Dói na carne e na alma. Mas sempre há um recomeço.
Canavieiras, 23 de fevereiro de 2009.
Surrender
Por: Deiber Nunes Martins
Duas cidades, duas estações nos separam
Você está tão longe de mim
Como o inverno, do verão
Você está tão longe
E ao mesmo tempo tão perto.
A razão da nossa distância
É você não poder sentir o que sinto
Ou não poder ver o que vejo
Você só pode estar longe, mesmo quando perto
É como você sempre esteve
E agora, eu estou tão cansado!
De tanto andar sozinho neste mundo
Mesmo tendo você sempre ao meu lado.
Em algum dia da minha vida, serei rendido
A esta dona que me faz ser amado
Nosso amor é o nosso caminho
E estaremos juntos, lado a lado
Em pensamentos, palavras, amores e ações
Mas saiba hoje que’u estou cansado
Estou longe de te entender
Mas em meu coração, você está por perto.
Canavieiras, 23 de fevereiro de 2009.
One Life, One Day
Por: Deiber Nunes Martins
Em um dia vivi,
Todas as histórias da minha vida
Andei por lugares bem distantes
Conheci lindas mulheres
Beijei lábios que tanto sonhei pra mim
E deixei pelo caminho tantos amores
Mas o dia chegou ao fim...
No céu, esquadras rasgavam as nuvens
Mísseis teleguiados arrasavam meus ouvidos
Destruíram todas as minhas defesas
O inimigo que não era meu
Tão forte a ponto de acabar comigo
Artilharia pesada me condena a solidão
Num esforço pueril tento me erguer
Mas em gotas se esvai, meu coração.
É o amor que tenho, amor andante
Pulsante, jaz em todo meu ser
Sigo perdendo minha voz e meu sangue
E vejo gente querendo morrer em meu lugar
Mas ninguém pode estar onde estou
Ninguém pode amar como eu amo
Meu Bem Querer, minh'alma, minha vida
O meu amor não tem lugar
Vive aqui, vive acolá, na Bahia
Terra aprazível, onde entrego o meu ser
E tudo mais que vivi em um dia.
Canavieiras, 23 de fevereiro de 2009.
segunda-feira, 2 de março de 2009
One Day, One Life
Por Deiber Nunes Martins
Um dia se passou
Voei bem alto
O céu namorando o mar no horizonte
Mas não posso ir adiante
Caminho errante, vou fazer
Mas sei que vou morrer
A um lugar, eu posso estar
Um lugar no coração
Vou ao meu limite
Acredite! Não posso mais
Romance andante adiante
Errante, não posso errar
Brisa pequena e suave,
Mulher ardente, morena
Ao seu lado quero estar
No lado do coração.
Um dia se passou
Ao teu lado não estou
Será este o meu fim?
Será sempre assim?
Chorar enquanto dançam
Sofrer enquanto cantam
Queria todo poder
Queria poder ter
O teu coração...
Canavieiras, 23 de Fevereiro de 2009.
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