Por Deiber Nunes Martins
Cadeiras espalhadas, garrafas quebradas
Na fria noite em que nada ficou no lugar
Você se perde, devaneio, frio sei lá
Não sabemos onde isso pode parar
A loucura afinal vence o frio
O medo supera a mais torpe razão
Vencemos a sombra da noite
Mas perdemos o calor da ilusão.
Tudo começa e termina nesta noite
E deste sonho nada podemos levar
A uma voz, sombria ficaste de repente
E ao seu gesto não pude deixar de notar.
Ficou na boca o amargor
Sarado na balinha de limão
Mas nada seria como antes
Encravava em meu peito a paixão.
E você saiu pela porta que entrou
Não se termina o que não pode começar
Não se define o que não pode acontecer
E aquela fria noite, tornou-se meu ar.
Belo Horizonte, 27 de janeiro de 2012.
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