sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Na Fria Noite

Por Deiber Nunes Martins


Cadeiras espalhadas, garrafas quebradas

Na fria noite em que nada ficou no lugar

Você se perde, devaneio, frio sei lá

Não sabemos onde isso pode parar

A loucura afinal vence o frio

O medo supera a mais torpe razão

Vencemos a sombra da noite

Mas perdemos o calor da ilusão.

Tudo começa e termina nesta noite

E deste sonho nada podemos levar

A uma voz, sombria ficaste de repente

E ao seu gesto não pude deixar de notar.

Ficou na boca o amargor

Sarado na balinha de limão

Mas nada seria como antes

Encravava em meu peito a paixão.

E você saiu pela porta que entrou

Não se termina o que não pode começar

Não se define o que não pode acontecer

E aquela fria noite, tornou-se meu ar.

Belo Horizonte, 27 de janeiro de 2012.

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