domingo, 16 de agosto de 2009

Rosas...


Por Deiber Nunes Martins

Este é um canto de amor
Um tanto sombrio, fechado
Em sublime desejo cria vigor
Corta na carne o ser mal amado.

Cruéis sombras da terra, por que olhais assim?
Não quer o mar se impor ao rio
Não quer o amor chegar-se a mim?
Minha face descora de tanto frio...

Serve a rosa vermelha, a muitas senhoras
Traduzem dos lábios, imensa paixão
Serve a rosa branca, a terna aurora
Conduz o alento, conforto à solidão.

Outra rosa queima em desejo, doce princesa
Quer da vida, um grande amor
Não serve a ninguém somente a tristeza
Aquece os corpos, sem grande valor...

Se branca fostes, traria amizade
Mas afeto nenhum conduz ao pranto
Buscarei o caminho da liberdade
E sem melodia deixo meu canto.

Conformar com a derrota, falta de amor
Voltar a sorrir, quero doces caminhos
Não vou mais ouvir o canto da dor
Guardarei a rosa, sem me ferir com os espinhos.

Belo Horizonte, 18 de Dezembro de 1999.

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