Por Deiber Nunes Martins
Talvez a batalha mais sangrenta
dos nossos dias seja contra a ditadura do relativismo, onde se faz o que quiser
a qualquer hora, sem limite algum.
A nossa sociedade, meio que às
cegas, caminha a passos largos pra esse relativismo. Vou deixando de cultivar a
minha fé, afinal Deus não vai se desdizer do amor que tem por mim, não é mesmo?
Pra quê ir à Missa se Deus está em mim? Fico por aqui mesmo, em casa, faço as
minhas orações, não desejo o mal pra ninguém, fico na minha.
É assim que o mundo nos seduz. O
inimigo, travestido de boas intenções, semeia seu joio de mentiras e nós,
fracos em nossa espiritualidade, vamos caindo nesses embustes e ciladas.
Acreditando que meu dia será péssimo se não seguir meu horóscopo. Acreditando
que preciso estar somente onde me sinto bem, que não devo enfrentar o
sofrimento, mas empurrá-lo ao primeiro que aparecer na reta. Acreditando hoje
que a Santa Missa não é essencial para mim, amanhã, acreditando que família não
precisa ser pai, mãe e filhos. Semana que vem, acreditando que direitos humanos
é defender o direito da mulher escolher se quer ou não ter seu filho e assim
lhe permitir o aborto. Mentiras que vão brotando em nossos corações, criando
raízes e nos afastando da Verdade.
Mas o que é a Verdade?
Pilatos fez esta pergunta a
Jesus, que ficou em
silêncio. Ficou em silêncio porque nada que dissesse faria
Pilatos enxergar a Verdade ali diante dele. Assim também é em nosso cotidiano.
Não adianta verbalizar a Verdade, se o colega de trabalho nunca a viu. Não
adianta mostrar a Verdade, se o amigo do bar não a conhece.
É preciso antes de tudo,
render-se à Verdade, combatendo a mentira que há em nós. É preciso pelo
testemunho, destruir em nós as mentiras semeadas pela TV, pelas novelas, pelas
falsas doutrinas, pelo inimigo, que sorrateiro, às vezes usa de nossa boa
vontade para seduzir. É preciso ir pro combate, meus irmãos!
Só assim, venceremos o
relativismo que toma conta do mundo, tornando-o morno. E nós sabemos, que é o
que é morno será consumido pelo fogo do inferno. Portanto, lutemos.
Belo Horizonte, 14 de fevereiro
de 2014.